"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Já se sentiu estar sentado no meio-fio balançando as pernas?


Ou se sentiu o cocô da mosca do cocô do cavalo do bandido?
Tudo bem! Todo mundo já sentiu assim um dia. Afinal essa é uma das características da condição humana. Em alguns momentos nos sentimos pequenos ou insignificantes ou até uma pessoa ruim.
Muitos se sentem assim o tempo todo. Conheço alguns. E você?
Por quê?
Mais de um motivo. Vamos ver um por um.
Infância. Deve-se ao medo que todos nós internalizamos na primeira infância: o medo de perder a mãe, o de não ser alimentado, o de não ser amado. A partir desses medos a criança começa a assumir comportamentos desnaturais, por exemplo, a suprimir ou esconder a raiva (emoção que faz parte do nosso instinto de sobrevivência) na tentativa de agradar aos adultos para continuar a ser amada e protegida.
Assim crescemos, negando e/ou reprimindo emoções e sentimentos que os pais e a sociedade nos dizem ser errados ou vergonhosos e isso vai nos diminuindo aos nossos próprios olhos, pois todos nós, lá bem no fundo, sabemos o que sentimos e nos culpamos por isso. Aos poucos a maior parte desse conteúdo vai para o inconsciente e ao chegarmos à idade adulta não teremos mais pleno conhecimento de quem somos.
Todos nós já tivemos a oportunidade de observar que algumas pessoas confessam que não têm auto-estima, outras, no entanto, alardeiam que a possuem em alto grau, algumas até “pisam” nos outros com a justificativa de se autopreservar. Essas são as mais difíceis de reverter o comportamento, pois usam uma máscara muito rígida de defesa que nega seus legítimos sentimentos de inadequação, insegurança, medo ou inferioridade.
Ao chegarmos à idade adulta todos nós, uns mais, outros menos, estamos dissociados de nossa essência verdadeira, usando máscaras de defesa nos nossos relacionamentos e alguns, até, consigo mesmos.
Na tentativa de ignorar nosso lado negativo, utilizamo-nos de mecanismos de defesa que acabam por construir uma legítima máscara. Assim, por ex., o homem inseguro de sua masculinidade ou desempenho sexual irá comportar-se como o “garanhão da noite”, medindo sua capacidade pela quantidade (sempre grande) de conquistas por uma noite; tem também os casos de mulheres em posição de chefia que são os próprios “generais em comando”, na tentativa de esconder sua insegurança profissional, bem como sua inadequação para o cargo (porque ela cresceu numa sociedade machista que sempre priorizou os homens para cargos de direção).
Podemos também ver as conseqüências da falta de amor por si próprio nos sentimentos de carência e na nossa dificuldade com a rejeição.
O que podemos fazer, então, para melhorar nossa auto-estima?
Primeiro, tomar consciência de nossas crenças limitantes, sejam elas referentes à nossa personalidade, temperamento, ações, corpo físico, nível de Q.I. ou sei lá mais o quê. Acreditamos em muitas babaquices.
Veja bem, grande parte de nossas crenças são inconscientes. É preciso um certo esforço e persistência para trazê-las à consciência. Algumas coisas que pensamos ou aceitamos nem sequer nos damos conta que são crenças.
Conhecer o nosso interior dá trabalho e pode ser sofrido, mas ah .... vale a pena! Tornamo-nos pessoas melhores e mais completas.
Segundo: há um exercício que se mostrou eficaz, com meus pacientes, quando eu clinicava.
É o seguinte: você visualiza a si próprio/a quando tinha a idade entre cinco e sete anos. Visualize o melhor que puder. Quanto mais detalhes, melhor.
Então comece a falar com essa criança, que é você, com carinho, dizendo que a ama e que como “pessoa grande” se preocupa com ela e está ao seu lado para cuidá-la e protegê-la, que nunca, nunca irá abandoná-la.
Diga-lhe qualquer palavra de conforto e/ou carinho que lhe vier à cabeça. Termine o exercício abraçando-a e reafirmando que sempre estará ali para ela.
Se você não lembra bem como era nessa faixa etária olhe suas fotos de infância.
Por que esse exercício é eficaz? Porque essa criança ainda existe dentro de todos nós, embora não tenhamos consciência disso, e é essa parte a responsável pelas nossas emoções. Nós sentimos com a nossa criança interna.
Creia-me, esse exercício é libertador. Use-o sempre que acontecer de estar deprimido, carente ou com medo de algo.
Carma. Embora boa parte da humanidade não acredite nisso conscientemente, carma existe porque é um conceito que foi criado por nós há muito tempo atrás e no fundo, inconscientemente, a humanidade inteira crê nele. É algo que vem conosco quando encarnamos. Não vou explicar aqui como isso funciona para não alongar muito; Mais adiante, em outro post ...
Crença. Pelo menos na parte ocidental do planeta, fomos condicionados com a crença de que nascemos em pecado. Pecado herdado dos, assim ditos, nossos primeiros pais: Adão e Eva. Por isso somos impuros e precisamos ser salvos. Mesmo pessoas descrentes de qualquer religião, ateus e agnósticos têm esse condicionamento porque está no nosso DNA, nós o herdamos. Gostemos disso ou não.
Vai ficar mais claro quando, em futuro post, eu falar sobre a culpa.
Bom, este é o primeiro passo na expansão da consciência. Vem muuuuito mais por aí.

sábado, 24 de abril de 2010

Mudanças na Terra

espiral

Há um grupo de pessoas que sabe que a Terra está mudando. Seu número talvez já tenha atingido os sete dígitos, mas comparando-se à total população do planeta é um número muito pequeno – ainda! Onde vive esse grupo? Por toda parte. Há membros dele nos cinco continentes.
Quem são, o que fazem?
São das mais diversas raças, idades e ocupações. Há médicos, físicos, engenheiros, professores, terapeutas e sim, muitos são pessoas bem comuns até sem uma profissão definida.
O que eles têm em comum?
Em primeiro lugar: amor pelo planeta e pela humanidade. Em segundo, cada pessoa dedica algum tempo do seu dia para trabalhar pelos seus dois amores. Esse tempo diário varia de alguns minutos a várias horas (como o pessoal do Greenpeace, por exemplo).
Seu trabalho inclui desde meditação para chegar mais perto do seu Deus interior à participação ativa em movimentos ecológicos, voluntariado nas mais diversas áreas, cura holística, pesquisa em física quântica. Muitos estão primeiro curando a si próprios, outros lutando bravamente para resgatar sua auto-estima e perdoar-se, outros estão canalizando seres de luz e há outros ... publicando blogs.
Cada um é diferente. São muitos os caminhos ... Alguns são mais espiritualizados, outros menos, contudo todos sentem intuitivamente que o homem é um ser espiritual vestindo uma roupagem humana (física). Se assim não fosse, por que 85% da população mundial acredita num Ser Superior?
Então quais são as mudanças na Terra?
Na minha percepção as mudanças começaram na década de 1960 com uma juventude que saías às ruas proclamando "paz e amor". Ficaram conhecidos como os hippies. Começaram um movimento contrário à hipocrisia na área sexual, contrário às guerras e, na sua busca pelo lado intangível do ser humano - o divino - fizeram uso das drogas alucinógenas.
Nessa década também o movimento feminista trouxe à tona o papel inferior e subordinado das mulheres que começaram então a lutar de forma mais organizada por seus direitos incluindo principalmente o direito ao próprio corpo.
Tudo leva a crer, porém, que é em 16 e 17 de agosto de 1987 que aconteceu a maior mudança que continua se refletindo nos dias atuais e que o continuará a fazer.
Segundo o calendário Maia nessa data ocorreu uma Sincronização Galática que José Argüelles (não endosso toda sua obra) chamou de Convergência Harmônica. Desde o ano de 1987 que chega a um milhão o número de pessoas a se reunir na tal data em Teotihuacan para celebração e rituais comandados pelos indígenas maias de hoje que vivem na América Central.
Não sou estudiosa do assunto, mas pelo que sei a data de ago/87 trouxe ao ser humano a esperança de um futuro melhor, pois foi o despertar espiritual de boa parte da raça humana.
Bom, a partir daí o que mais observamos de diferente acontecendo no nosso planetinha?
1) Queda do muro de Berlim. Acho que não preciso comentar o inusitado desse evento, não?
2) A partir de 2000 houve um expressivo aumento nas aparições dos "círculos nas plantações". Apesar de muitos serem embustes (criados por gente com exacerbado medo do desconhecido) qualquer um com nível suficiente de inteligência não tem como negar que a execução dos mesmos não pode ser realizada por nossa atual tecnologia (alguns desenhos são de extrema sofisticação e complexidade).
Quem os faz e por que eu não sei e não estou interessada. O que conta é que eles estão lá. Para quem quiser ver.
3) A maior potência mundial, por mais incrível que pareça, sofreu em seu próprio solo, um atentado terrorista em dois dos símbolos de sua supremacia.
4) Em 2004 um tsunami eliminou 220.000 pessoas na Ásia trazendo à tona a evidência da fragilidade e impermanência de nosso invólucro (o corpo físico), mas, ao mesmo tempo e isso é o principal, o despertar de sentimentos de compaixão e solidariedade que andavam meio em baixa.
5) Em 2008 ... oh! ... é eleito um presidente negro nos Estados Unidos. Alguém branco já teria pensado nisso?
6) Mães, pais e professores das séries iniciais estão se arrancando o cabelo na sua falta de habilidade para lidar com as novas crianças: os chamados índigos.
7) Por último: até sinais nos céus, aqueles que pareciam estórias da carochinha da bíblia, estão se tornando visíveis. Ver foto no início do post.

Este blog foi criado para você, leitor. E só saberei se você está satisfeito se comentar os posts, ou então, pergunte, questione e sugira temas ou modificações.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Primeira página





            Como dar um título ao primeiro post do nosso primeiro blog?

Sei lá. Resolvi não pensar muito e ir colocando logo as primeiras ideias que foram surgindo.

Por que se começa um blog?

Enésimos motivos. O meu, me desculpem os cínicos de plantão, e a blogosfera está cheia deles, foi dar minha despretensiosa contribuição para tornar o mundo melhor. De que maneira? Levando os leitores a refletir sobre as "verdades e certezas" que todos nós temos sobre muitos assuntos que nada mais são do que somente condicionamentos e crenças e não nos damos conta disso.

Deixo aqui um convite perene para expandir a consciência. Irei colocar um post específico sobre este assunto: como expandir nossa consciência atual e por quê.

Algumas pessoas já me disseram que me consideram paradoxal. Não me incomodei ou me ofendi porque desde pirralha já debatia com minha enfurecida mãe a relatividade das coisas (quando eu aprontava alguma).

Hoje, após muitos quilômetros rodados e vivenciados, tenho certeza da relatividade de tudo que percebemos ou experienciamos por aqui. Creio que Einstein, onde estiver, estará me dando razão. Então, neste blog, poderão ser encontradas opiniões ou declarações consideradas paradoxais, mas não desistam de nos acompanhar logo no primeiro impasse, tudo será esclarecido a seu tempo. Tudo é relativo!

Quando eu tinha 14 anos de idade estudava num colégio de freiras e acho que as aulas de religião começaram a mexer com a minha cabeça. Comecei a fazer muitas indagações: "se no início da criação só havia Adão e Eva, com quem casou Abel, com uma irmã dele? "Afinal, de onde viemos?" "Por que estamos aqui?" "Para onde vamos depois da morte?"

Tais questões começaram a ocupar minha mente e sentia urgência em ter respostas (sempre fui muito curiosa e não sossego enquanto não descubro o que quero saber). Na falta de alguém melhor, coloquei as questões ao capelão da escola.

Era um capuchinho idoso, amável e adorado por todas nós alunas. Bem, apesar de toda sua fofura não soube responder minhas perguntas ou suas explicações não convenceram.

Exatamente aí começou a minha procura pelas respostas. Primeiro nos livros, os poucos aos quais tive acesso. Afinal era muito jovem até para saber o quê ler. Posteriormente, já com mais idade, fui entrando em toda igreja ou templo que estivesse com a porta aberta.

Visitei algumas, frequentei outras por algum tempo sem nunca encontrar religião alguma que respondesse de forma coerente ou, pelo menos com aspecto de lógica, minhas "profundas" indagações.

Além de não terem as respostas também sempre me senti incomodada pelos rituais que todas, algumas menos, outras mais, tinham.

Assim foi até 1985 quando recebi um convite para entrar na Ordem Rosa Cruz. Aí comecei a obter respostas ... que faziam sentido! Mais tarde afastei-me da Ordem por entender que a Informação é prerrogativa de todos. Contudo este foi o início de minha jornada pelo chamado "caminho espiritual" que hoje chamo de "expansão da Consciência".

Hoje, após muita pesquisa, muitas dificuldades, muito sofrimento, muitos momentos de bem-aventurança e, muito, mas muito mesmo trabalho interno cheguei ao que nós Shaumbra chamamos "espaço seguro".

Espaço seguro é um lugar atemporal e não geográfico onde eu sei quem sou e o que souno Agora. Ainda com mil perguntas, tendo completa e absoluta consciência da minha ignorância, ainda com dúvidas (buscando me livrar delas) e sabendo que a cada momento estou criando a minha realidade.

Esta realidade que estou criando é um mar de rosas? Não. Tenho muito ainda que desenvolver e expandir para que assim seja, mas com certeza, privilegiadamente, vivo na mais maravilhosa paz, equilíbrio e alegria. Quantas pessoas você conhece que podem dizer isso?

Finalizando, quero convidar a todos que tiverem algo construtivo a expressar que venham aqui para cooperar para um mundo melhor junto comigo. Guest bloggers são bem vindos. A velha frase que as cooperativas usam ainda se impõe: A União Faz a Força.