"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

terça-feira, 29 de junho de 2010

Consequência dos bundões

O texto abaixo é bom para refletir sobre como coisas que aconteceram no passado, inclusive o longínquo, podem afetar nossas vidas de hoje. Neste caso é uma questão concreta, mas peço que pensem sobre coisas que acreditam, que têm como verdadeiras, palavras escritas no passado e que embora pertinentes àquela época, hoje já não nos servem mais.

A maioria dos seres humanos não questiona o que lê, ouve ou assiste na TV, ou seja, não tem uma maior consciência sobre o mundo em que vive. Vivem de reclamar de tudo: do clima aos políticos, das leis, do vizinho e por aí afora. Mas somente uns poucos têm conhecimento, têm consciência do porque as coisas são como são.

Não será a hora de mudar isso?

Eu recebi este texto por e-mail sem indicação da fonte.

biga

A bitola das ferrovias (distância entre os dois trilhos) nos Estados Unidos é de 4 pés e 8,5 polegadas.

Por que esse número foi utilizado?

Porque era esta a bitola das ferrovias inglesas e como as americanas foram construídas pelos ingleses, esta foi a medida utilizada.

Por que os ingleses usavam esta medida?

Porque as empresas inglesas que construíam os vagões eram as mesmas que construíam as carroças, antes das ferrovias e se utilizavam dos mesmos ferramentais das carroças.

Por que das medidas (4 pés e 8,5 polegadas) para as carroças?

Porque a distância entre as rodas das carroças deveria servir para as estradas antigas da Europa, que tinham esta medida.

E por que tinham esta medida?

Porque essas estradas foram abertas pelo antigo Império Romano, quando de suas conquistas, e tinham as medidas baseadas nas antigas bigas romanas.

E por que as medidas das bigas foram definidas assim?

Porque foram feitas para acomodar dois traseiros de cavalos!

Finalmente... O ônibus espacial americano, o Space Shuttle, utiliza dois tanques de combustível sólido (SRB - Solid Rocket Booster) que são fabricados pela Thiokol, em Utah. Os engenheiros que os projetaram queriam fazê-lo mais largo, porém tinham a limitação dos túneis das ferrovias por onde eles seriam transportados, os quais tinham suas medidas baseadas na bitola da linha.

Conclusão: O exemplo mais avançado da engenharia mundial em design e tecnologia acaba sendo afetado pelo tamanho da bunda do cavalo da Roma antiga.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O comércio da fé

Esta matéria foi publicada na Folha de São Paulo no dia 29/11/2009. Postei aqui como um alerta ao leitor. Reflita: é tão necessário assim ir a uma igreja para poder encontrar o Criador?
cruz
Como fundar uma igreja
O primeiro milagre do heliocentrismo.
Eu, Claudio Angelo, editor de Ciência da Folha, e Rafael Garcia, repórter do jornal, decidimos abrir uma igreja. Com o auxílio técnico do departamento Jurídico da Folha e do escritório Rodrigues Barbosa, Mac Dowell de Figueiredo Gasparian Advogados, assim o fizemos.
Precisamos apenas de R$ 418,42 em taxas e emolumentos e de cinco dias úteis (não consecutivos). É tudo muito simples. Não existem requisitos teológicos ou doutrinários para criar um culto religioso. Tampouco se exige número mínimo de fiéis.
Com o registro da Igreja Heliocêntrica do Sagrado Evangelho e seu CNPJ, pudemos abrir uma conta bancária na qual realizamos aplicações financeiras isentas de IR e IOF. Mas esses não são os únicos benefícios fiscais da empreitada.
Nos termos do artigo 150 da Constituição, templos de qualquer culto são imunes a todos os impostos que incidam sobre o patrimônio, a renda ou os serviços relacionados com suas finalidades essenciais, as quais são definidas pelos próprios criadores. Ou seja, se levássemos a coisa adiante, poderíamos nos livrar de IPVA, IPTU, ISS, ITR e vários outros "Is" de bens colocados em nome da igreja.
Há também vantagens extra tributárias. Os templos são livres para se organizarem como bem entenderem, o que inclui escolher seus sacerdotes. Uma vez ungidos, eles adquirem privilégios como a isenção do serviço militar obrigatório (já sagrei meus filhos Ian e David ministros religiosos) e direito à prisão especial.
Se levarmos em conta, pelo último senso do IBGE que temos 19% de evangélicos e uma população de 192 000 000, teremos 36 500 000 evangélicos. Supondo uma renda média mensal de R$ 800,00 por evangélico e cada um pagando seu dízimo de 10% do ganho, o faturamento mensal é de R$ 2 920 000 000,00 (dois bilhões novecentos e vinte milhões de reais por mês).
Outras religiões não ficam para trás, algumas só detem o monopólio. Tudo isso sem impostos. Viva a empresa da fé.
Por que esse privilégio?????????? Isso permite o enriquecimento rápido.
Essa concentração de riqueza a mídia e os da esquerda não tem coragem de falar, só falam dos empresários.
Alguns curiosos nomes de "igrejas" pelo Brasil:
- Igreja da Água Abençoada
- Igreja Adventista da Sétima Reforma Divina
- Igreja da Bênção Mundial Fogo de Poder
- Congregação Anti-Blasfêmias
- Igreja Chave do Éden
- Igreja Evangélica de Abominação à Vida Torta
- Igreja Batista Incêndio de Bênçãos
- Igreja Batista Ô Glória!
- Congregação Passo para o Futuro
- Igreja Explosão da Fé
- Igreja Pedra Viva
- Comunidade do Coração Reciclado
- Igreja Evangélica Missão Celestial Pentecostal
- Cruzada de Emoções
- Igreja C.R.B. (Cortina Repleta de Bênçãos)
- Congregação Plena Paz Amando a Todos
- Igreja A Fé de Gideão
- Igreja Aceita a Jesus
- Igreja Pentecostal Jesus Nasceu em Belém
- Igreja Evangélica Pentecostal Labareda de Fogo
- Congregação J. A. T. (Jesus Ama a Todos)
- Igreja Evangélica Pentecostal a Última Embarcação Para Cristo (quem perder vai ficar!!!)
- Igreja Pentecostal Uma Porta para a Salvação
- Comunidade Arqueiros de Cristo
- Igreja Automotiva do Fogo Sagrado
- Igreja Batista A Paz do Senhor e Anti-Globo
- Assembléia de Deus do Pai, do Filho e do Espírito Santo
- Igreja Palma da Mão de Cristo
- Igreja Menina dos Olhos de Deus
- Igreja Pentecostal Vale de Bênçãos
- Associação Evangélica Fiel Até Debaixo D'Água
- Igreja Batista Ponte para o Céu
- Igreja Pentecostal do Fogo Azul
- Comunidade Evangélica Shalom Adonai, Cristo!
- Igreja da Cruz Erguida para o Bem das Almas
- Cruzada Evangélica do Pastor Waldevino Coelho, a Sumidade
- Igreja Filho do Varão
- Igreja da Oração Eficiente
- Igreja da Pomba Branca
- Igreja Socorrista Evangélica
- Igreja 'A' de Amor
- Cruzada do Poder Pleno e Misterioso
- Igreja do Amor Maior que Outra Força
- Igreja Dekanthalabassi
- Igreja dos Bons Artifícios
- Igreja Cristo é Show
- Igreja dos Habitantes de Dabir
- Igreja 'Eu Sou a Porta'
- Cruzada Evangélica do Ministério de Jeová, Deus do Fogo
- Igreja da Bênção Mundial
- Igreja das Sete Trombetas do Apocalipse
- Igreja Barco da Salvação
- Igreja Pentecostal do Pastor Sassá
- Igreja Sinais e Prodígios
- Igreja de Deus da Profecia no Brasil e América do Sul
- Igreja do Manto Branco
- Igreja Caverna de Adulão
- Igreja Este Brasil é Adventista
- Igreja E.T.Q.B (Eu Também Quero a Bênção)
- Igreja Cenáculo de Oração Jesus Está Voltando
- Ministério Eis-me Aqui
- Igreja Evangélica Pentecostal Creio Eu na Bíblia
- Igreja Evangélica A Última Trombeta Soará
- Igreja de Deus Assembléia dos Anciãos
- Igreja Evangélica Facho de Luz
- Igreja Batista Renovada Lugar Forte
- Igreja Atual dos Últimos Dias
- Igreja Jesus Está Voltando, Prepara-te
- Ministério Apascenta as Minhas Ovelhas
- Igreja Evangélica Bola de Neve
- Igreja Evangélica Adão é o Homem
- Igreja Evangélica Batista Barranco Sagrado
- Ministério Maravilhas de Deus
- Igreja Evangélica Fonte de Milagres
- Comunidade Porta das Ovelhas
- Igreja Pentecostal Jesus Vem, Você Fica
- Igreja Evangélica Pentecostal Cuspe de Cristo
- Igreja Evangélica Luz no Escuro
- Igreja Evangélica O Senhor Vem no Fim
- Igreja Pentecostal Planeta Cristo
- Igreja Evangélica dos Hinos Maravilhosos
- Igreja Evangélica Pentecostal da Bênção Ininterrupta
- Assembléia de Deus Batista A Cobrinha de Moisés
- Assembléia de Deus Fonte Santa em Biscoitão
- "Igreija" Evangélica Muçulmana Javé é Pai
- Igreja Abre-te-Sésamo .......(Essa deve ser em Brasília para fieis do Ali Babá)
- Igreja Assembléia de Deus Adventista Romaria do Povo de Deus
- Igreja Bailarinas da Valsa Divina
- Igreja Batista Floresta Encantada
- Igreja da Bênção Mundial Pegando Fogo do Poder
- Igreja do Louvre
- Igreja ETQB, Eu Também Quero a Bênção
- Igreja Evangélica Batalha dos Deuses
- Igreja Evangélica do Pastor Paulo Andrade
- Igreja Evangélica Idolatria ao Deus Maior
- Igreja MTV, Manto da Ternura em Vida
- Igreja Pentecostal Marilyn Monroe
- Igreja Quadrangular O Mundo É Redondo
- Igreja Evangélica Florzinha de Jesus (Londrina - PR)
- Igreja Pentecostal Trombeta de Deus (Samambaia - DF)
- Igreja Pentecostal Alarido de Deus (Anápolis - GO)
- Igreja pentecostal Esconderijo do Altíssimo (Anápolis - GO)
- Igreja Batista Coluna de Fogo (Belo Horizonte - MG)
- Igreja de Deus que se Reúne nas Casas (Itaúna - MG)
- Igreja Evangélica Pentecostal da Volta do Grande Rei (Poços de Calda - MG)
- Igreja Evangélica Pentecostal Creio Eu na Bíblia (Uberlândia - MG)
- Igreja Evangélica a Última Trombeta Soará (Contagem - MG)
- Igreja Evangélica Pentecostal Sinal da Volta de Cristo (Três Lagoas - MS)
- Igreja Evangélica Assembléia dos Primogênitos (João Pessoa -PB)
- Ministério Favos de Mel (Rio de Janeiro - RJ)
- Assembléia de Deus com Doutrinas e sem Costumes (Rio de Janeiro - RJ)

domingo, 20 de junho de 2010

O tripé da tragédia humana: culpa

culpa

Chegamos ao último elemento do tripé: a culpa.

A culpa é um legado trágico das religiões.

O ser humano sempre teve contato com o Espírito (o Criador), pois nós somos parte Dele. Contudo quando se estabeleceu a primeira religião sobre a face da terra, devido ao fato da comunicação com o divino não ser cem por cento acurada, o dito cujo, futuro sacerdote ou sacerdotisa, não entendeu direito ou distorceu por conta própria o que recebia da Fonte e partiu para o estabelecimento de regras. Não sei quantas regras ou “mandamentos” havia nessa primeira religião fundada, mas com certeza as havia, sim, pois nossa história registrada o mostra desde o princípio. Essa criatura, sacerdote ou sacerdotisa, inventou que a divindade gostava disso, mas não gostava daquilo, aprovava isso, mas não aprovava aquilo e assim por diante. Aff...

De lá pra cá as regras foram aumentando e ao chegar o advento da religião judaico-cristã, com os 10 mandamentos e suas estórias de punição e ira de Deus a coisa saiu do controle.

Como se não bastasse a fúria punitiva já contida no Velho Testamento, a religião católica aumentou-a mais ainda e chegamos à Idade Média onde a Inquisição deitou e rolou. Vem depois a fúria dos protestantes, depois a das demais religiões ditas evangélicas (é de chorar o que se lê no livro Hawaii de James Michener: o que fizerem com os nativos para impor sua evangelização).

Bom, e assim chegamos aos dias de hoje onde a maior parte da população terráquea vive cheia de culpas, oriundas de suas crenças invalidantes e que contribuem enormemente com a baixa auto-estima.

Constatei na prática clínica que o pior de tudo é que as pessoas se vêm num círculo vicioso sem saída: se sentem culpadas porque fizeram algo “errado” e sabem que vão “errar” de novo porque não conseguem evitá-lo e que sentirão mais culpa ainda. Ufa! Ou seja, estão sendo simplesmente humanas, mas não conseguem aceitar isso porque está muito entranhado em seu DNA que: ERRAR É ERRADO! Durma-se com um barulho desses.

As pessoas conectam intrinsecamente culpa com erro. Não se dão conta de que é o modo como percebemos o erro que gera a culpa.

Errar não está errado, errar é uma forma de termos uma chance de aprender algo, experienciar algo que pode vislumbrar a oportunidade de mudança.

O ser humano está aqui na Terra para criar e experienciar. Mas este é um papo para futuro post.

Muitos dirão que não fazem parte deste bloco: o dos culpados. Então digo que dêem uma olhada com mais cuidado nas suas doenças. Somatização é uma forma bem comum de mascarar a culpa.

Coloco aqui trechos de um texto muito bom sobre culpa. Infelizmente não sei a origem para passar a vocês.

“Por detrás de nossas tristezas e frustrações, de nossas insatisfações na vida, de nossos tédios e angústias, está um sentimento, o mais arraigado em nosso comportamento e responsável por grandes sofrimentos psicológicos, que é o sentimento de culpa. O sentimento de culpa é o apego ao passado, é uma tristeza por alguém não ter sido como deveria ter sido, é uma tristeza por ter cometido algum erro que não deveria ter cometido. O núcleo do sentimento de culpa são estas palavras: "Não deveria...".

A culpa é a frustração pela distância entre o que nós fomos e a imagem de como nós deveríamos ter sido. Nela consiste a base para a auto-tortura. Na culpa, dividimo-nos em duas pessoas: uma real, má, errada, ruim, e uma ideal, boa, certa e que tortura a outra. Dentro de nós processa-se um julgamento em que o Eu ideal, imaginário, é o juiz e o Eu real, concreto, humano, é o réu. O Eu ideal sempre faz exigências impossíveis e perfeccionistas. Assim, quando estamos atormentados pelo perfeccionismo, estamos absolutamente sem saída. Como o pensamento nos exige algo impossível, nunca o nosso Eu real poderá atendê-lo. Este é um ponto fundamental.

... Quanto maior for a expectativa a nosso respeito, quanto maior for o modelo perfeccionista de como deve ser a nossa vida, maior será o nosso sentimento de culpa. A culpa é a tristeza por não sermos perfeitos, é a tristeza por não sermos Deus, por não sermos infalíveis; é um profundo sentimento de orgulho e onipotência; é uma incapacidade de lidar com o erro, com a imperfeição; é um desejo frustrado; é o contato direto com a realidade humana, em contraste com as suas intenções perfeccionistas, com os seus pensamentos megalomaníacos a respeito de si mesmo. E o mais grave é que aprendemos o sentimento de culpa como virtude!” (Culpa, a busca da perfeição - Antônio Roberto Soares)

Pessoal, comigo foram anos de terapia para acabar com as minhas culpas, mas valeu cada centavo e cada minuto empregado. E vocês? Vão para o túmulo com as suas? Pensem nisso.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O tripé da tragédia humana: medo

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O ser humano é um ser mergulhado em medos. Já na infância os pais vão ensinando aos filhos a ter medos: medo de fogo, medo de facas, das tomadas elétricas, de altura, etc. É correto que assim o façam porque estão protegendo seus filhos de possíveis acidentes. Vejam bem: possíveis, não predestinados a acontecer, mas como é que os pais falam às crianças?
“Sai de perto do fogão senão vai se queimar!” E não: “Sai de perto do fogão senão pode se queimar.”
Via de regra, os adultos transmitem às crianças possibilidades como sendo algo predeterminado. Crianças não têm como avaliar a veracidade do que ouvem, tendem a acreditar no que os adultos dizem e aí começam a se instalar as crenças e grande parte delas vai se aninhar no inconsciente.
Bem, mas qual é origem todos os nossos medos?
A principal é o medo que toda a humanidade tem de não voltar à Fonte (o Criador), mas como quase que a totalidade sequer sabe que faz parte da Fonte, canalizou esse medo para a morte, o grande desconhecido. Então podemos dizer que a maioria dos medos está concentrada na sobrevivência: medo de se ferir, de ficar doente, de não ter o que comer, de não ter um teto. Também há a considerar a sobrevivência do “eu” ou ego. Aí vem os medos de: ser ignorado, rejeitado, não amado, humilhado, ofendido, etc.
O medo da morte também está associado ao medo do desconhecido numa escala mais ampla. Uma considerável parte da humanidade rejeita ou tem dificuldades com as mudanças por esse medo ao desconhecido.
Já presenciei cenas do tipo: “- Cara, você está se destruindo, sofrendo prá burro e não faz nada para mudar isso?” E o “cara” não faz nada! Até diz que está tentando...
Mas é assim mesmo que funciona a psique humana: está sofrendo, mas aquela situação é conhecida, pode ser manejada ou controlada. Se mudar, o que poderá acontecer? Como reagirá, como enfrentará? Que ferramentas haverá para auxiliá-la?
Para finalizar, vamos ver algumas dificuldades humanas, todas baseadas no medo.
- Inveja. Medo de não ter ou não ser o que o outro tem ou é.
- Cinismo. Medo de se abrir, de ser autêntico.
- Arrogância. Medo de deixar transparecer a falta de auto-estima (o quão pequeno se sente lá no fundo).
- Agressividade. Medo de demonstrar fraqueza ou medo de ser atacado.
- Machismo. Medo do poder de sedução das mulheres. Elas são poderosas. hehehe...
- Perseguição (muito comum no ambiente empresarial). Medos diversos, desde perder o cargo, por exemplo, o status pessoal, seja lá qual for, a ...sei lá. A complexidade do comportamento humano não permite se descobrir ou prever tudo.
O exposto tem o objetivo não só de ajudar no autoconhecimento como também lembrá-lo de não julgar tão sucintamente alguém que esteja sendo arrogante, agressivo, etc. com você. Ele está fazendo isso porque está com medo.

sábado, 12 de junho de 2010

Você ama de verdade?

Aproveitando o dia dos namorados, vamos examinar hoje o que consideramos amor.

O amor é tido como o melhor sentimento do ser humano, talvez porque seja o que mais nos aproxima do Deus de nossa visão.

Só que até este baluarte de nossa “perfeição” já foi e é bastante deturpado.

Há quem acha ou pensa que ama para encobrir uma carência afetiva muito grande, para afastar a solidão, para sentir-se normal (mentalmente falando), para sentir-se melhor consigo mesmo (baixa auto-estima) ou para estar na moda – pertencer ao grupo.

Sim, o amor é muito louvado e também superestimado. Você acha que não? Então vejamos, por exemplo, o amor entre homens e mulheres. Responda sinceramente.

Você, mulher, consegue amar em seu parceiro:

- a característica dele de responder e-mail ou mensagens monossilabicamente?

- o fato dele só fazer carinho quando está querendo sexo?

- ele nunca falar sobre os próprios sentimentos?

- ele só lavar a louça quando você lhe pede?

- quando você está contando como foi o seu dia ele ficar repetindo an-hã, sem realmente estar ouvindo?

E você, homem, consegue amar em sua parceira:

- o fato dela levar mais de hora para se aprontar para sair?

- sua mania de ligar para você várias vezes ao dia sem realmente ter algo importante para falar?

- quando ela se faz de vítima e faz chantagens emocionais?

- quando ela quer discutir a relação?

- quando ela ouve seus recados no telefone ou percebe que ela vasculhou as suas gavetas?

Enfim, ambos, homem ou mulher, conseguem amar cada um dos ditos “defeitos” do seu parceiro?

Quando amamos tudo, absolutamente tudo, no outro é a prova do real amor – o amor incondicional. Só que a humanidade ainda não chegou nesse estágio de evolução. O amor entre homem e mulher é principalmente possessivo.

O ser humano, no geral, pelo fato de amar possessivamente acaba tolhendo e limitando o objeto de seu amor. Depois ainda se perguntam por que a relação não deu certo.

As relações de amor são inerentes à nossa espécie, sejam elas homem x mulher, paternais, maternais ou de amizade.

Pode se melhorar as coisas? Sim, para começar, não criando muitas expectativas logo que começa a relação e depois não querendo controlar o outro ou mudá-lo. Até porque isso não funciona, a mudança sempre vem de dentro de cada um.

Embora considere alguns livros de auto-ajuda bem ineficientes, existe um bastante útil para ajudar os casais: Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus. Nesse, pelo menos, você vai descobrir que seu parceiro/a não é nenhuma figurinha rara, que é igual ou parecido/a com os demais de seu respectivo gênero.

Meus queridos, não levem as coisas tão à sério, empreguem o seu tempo curtindo mais e deixando a relação fluir, pois terão mais sucesso.

Feliz dia dos namorados para todos!

terça-feira, 8 de junho de 2010

O tripé da tragédia humana: ignorância, medo e culpa

Sobre esta base está construída a epopéia humana e que dá origem a outro tripé: violência ou morte, sexo e poder. Mas este é para futuros posts.
Então vamos por partes, como diria Jack O Estripador.
Hoje vamos falar sobre a ignorância, mas não no sentido pejorativo e sim com o sentido etimológico: falta ou privação do conhecimento.
A cada encarnação no planeta ignoramos quem somos e de onde viemos porque não lembramos de nossas outras vidas e nem do que experienciamos nas outras realidades não físicas devido ao véu que as bloqueiam.
Portanto ignoramos nossa história total e ignoramos a respeito da Fonte que nos criou.
Conforme vamos crescendo, vamos aprendendo a interagir com o meio ambiente, mas em muitos há uma constante insatisfação, um certo vazio que tentamos preencher de diversas formas: excesso de trabalho ou de diversão, álcool, drogas, relacionamentos amorosos, etc. Alguns poucos têm mais sucesso nesse preenchimento, aqueles cujo trabalho é criativo ou que se dedicam a qualquer forma de arte. Ou seja, aqueles que exercem a nossa função básica que é criar.
Já na adolescência ou como adultos a maior parte da humanidade simplesmente sobrevive – não vive! Não se expande. Não cria.
Como ignoramos que somos todos parte de um Todo maior, alguns matam ou prejudicam de alguma forma os seus semelhantes.
Se a maioria da população não fosse ignorante, nós aqui no Brasil, por exemplo, não teríamos tantas leis. Elas são criadas não porque é um país de malandros ou de corruptos, mas sim porque ignoramos de onde viemos e o que somos. Aí o que acontece? Abdicamos de nossa liberdade pessoal e entregamos ao Governo o comando de nossas vidas.
À medida que o ser humano for expandindo a sua consciência não haverá necessidade de tantas leis e regras porque o conhecimento de nossa origem, da magnificência do Universo e da grandiosidade de cada ser fará com que os humanos deixem de matar, roubar, torturar, trair, enganar, etc.
Como ignoramos que essa vida é apenas uma passagem, que algo muito maior existe para nós, a maioria leva seus dias batalhando furiosamente pelo pão de cada dia, não tendo sequer a noção de que podemos manifestar algo material do qual necessitamos (Sai Baba faz isso).
Enfim, a maioria ignora que enquanto bate boca com o vizinho por uma picuinha, nesse exato momento um planeta ou estrela está sendo criado por um ser exatamente igual a nós, apenas não estando em corpo físico, e que pode perfeitamente ser uma outra parte nossa, já que somos todos multidimensionais.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Medicina reconhece obsessão espiritual

Embora não seja espírita, reconheço os méritos desta religião no que tange a uma melhor compreensão da espiritualidade.

Recebi o seguinte texto por e-mail e repasso a vocês por tratar-se de um avanço da ciência cartesiana o que já é uma amostra de que a Consciêcia está se expandindo.

medium

Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade.

Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP:

A obsessão espiritual como doença da alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito.

No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos, essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do ser humano e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito.

Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral: biológico, psicológico e espiritual. Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado de transe, que é um item do CID - O Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual obsessora.

O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.

Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.

Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura - bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual. Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.

O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura..

Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade. Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.

Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas. Em minha prática clínica, (também praticada por Ian Stevenson) a grande maioria dos pacientes, são rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o ser integral).

Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.

Texto de Osvaldo Shimoda

Vídeos: Palestra Completa Glândula Pineal - Dr. Sérgio Felipe de Oliveira

http://br.youtube.com/watch?v=4walu-hO9fQ&feature=related

http://br.youtube.com/watch?v=bnLUOfFaEFE&feature=related

http://br.youtube.com/watch?v=BRY41_pvIxI&feature=related

http://br.youtube.com/watch?v=3Gl6unmMbz8&feature=related

http://br.youtube.com/watch?v=HpZoni-LQic

http://br.youtube.com/watch?v=HTgiJjBumD4&feature=related

http://br.youtube.com/watch?v=r7HGTdp7tsM&feature=related