"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Depois de algum tempo...

Este é o tipo de texto que merece ser lido vagarosamente, parando após cada parágrafo para meditar em que e no quanto você se encaixa ou é afetado por ele. Somente um mestre poderia ter escrito esta aula de vida: William Shakespeare

ampulheta2

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se e que a companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiantes, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo, você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer em um instante coisas das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você é na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com que você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vemos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes agem sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser e que o tempo é curto.

Aprende que não importa aonde já chegou, mas onde está indo, e se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.

Aprende que a paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute, quando você cai é uma das poucas que o ajudam a se levantar.

Aprende que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens. Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, o que não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você queria não significa que esse alguém não o ame com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam e simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o refaça.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida.

William Shakespeare (1564-1616)
Foto:http://gabiru.info/wordpress/wp-content/uploads/2008/08/ampulheta.jpg

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Poder, sexo e violência

historyofman
Hoje o assunto é pesado, mas dada sua importância resolvi postá-lo.
Lembro até hoje como fiquei chocada quando certa vez assisti num filme um casal tendo relações sexuais num quarto enquanto na sala estava sendo velado o corpo da mãe da moça.
Os anos passaram, amadureci, estudei, fui em busca do conhecimento até que um dia numa meditação onde questionava a violência veio o entendimento, muito claro, que a história da humanidade está calcada ou permeada por uma tríade inseparável: poder, sexo e violência (ou morte). Hoje sei que a cena do filme que me chocou é uma decorrência normal do medo da morte que é fantasiosamente anulada pela realização do ato sexual - que é gerador de vida.
A história mostra muitos personagens que aliaram estes três elementos. Lembro de Cleópatra que ,seduzindo Cesar, almejava o poder decorrente dessa união e quanto derramamento de sangue se sucedeu. Messalina, esposa do imperador romano Claudius, tão famosa por suas conquistas que virou até sinônimo de mulher insaciável por homens e sobre quem pesam muitas suspeitas de assassinatos. Lucrecia Borgia, a envenenadora (não confirmado) do século XV que celebrizou suas orgias dentro do Vaticano, além de incesto com os irmãos.
No lado masculino temos o famoso imperador romano (supremo poder) Calígula que levou uma vida promíscua e que adorava ver suas vítimas sendo torturadas. Henrique VIII que ficou célebre por suas conquistas e decapitar suas esposas.
Lembro também as sociedades secretas que reúnem orgias ou práticas sexuais com rituais de sangue, numa busca doentia pelo poder sobre o oculto. Hitler, o grande genocida, pertencia a uma delas.
Um dos mais significativos exemplos desta tríade é o estupro. Por que, desde a antiguidade, exércitos invasores estupram as mulheres do lado inimigo? Certamente porque é a suprema demonstração de poder do vencedor e aí está bem caracterizada a união dos três elementos. O estupro rotineiro que hoje ocupa as manchetes da mídia já foi bastante estudado por especialistas e verificado que o estuprador não quer sexo, embora se utilize dele, o que ele quer realmente é exercer poder sobre a vítima.
A humanidade sempre se sentiu tão indefesa e impotente por causa de sua separação da Divindade e pela existência da morte que desde o início voltou-se para a busca do poder. Foi a forma de compensação que encontrou. Seja o poder sobre o vizinho, a esposa, seus seguidores religiosos, os funcionários, a cidade, o país e até tentou, e continua tentando, sobre a natureza.
O poder é almejado e perseguido nas suas mais distintas formas, desde os pais, que mesmo na pura intenção de educar, não deixam de sentir prazer, inconsciente ou não, no poder que eles têm sobre os filhos até a recompensa do exercício ditatorial sobre uma nação.
Bom, mas por que cargas d’água abordei este assunto hoje? O que tem a ver com expandir a consciência?
Eis a razão: a energia sexual tem sido muito mal qualificada pelo ser humano e com essa ligação atávica ao poder e violência o recado aqui é levar o leitor a ter consciência disto para evitar cair em armadilhas, que existem sim, nas relações com seus parceiros sexuais – fixos ou eventuais.
Muitas das relações são calcadas na necessidade de poder que um dos dois ou ambos têm. Pode ser exercido das mais diversas formas, incluindo violência psicológica ou emocional culminando na violência física que hoje vemos nos noticiários.
As mulheres costumam se utilizar da manipulação (exercício do poder) do companheiro por intermédio da sedução e os homens, ainda, se arvorando em provedores tanto financeiramente quanto de protetores (segurança física. Eles são mais fortes fisicamente) de suas parceiras. Hehehe, alguém já viu este filme?
A erotização exagerada da mulher nos meios de divulgação não deixa de ser uma violência à sua dignidade e que aumenta o poder do anunciante ou dos donos de emissoras de TV ou de outras mídias.
Durma-se com um barulho desses! Está faltando conscientização e muito!
Foto: http://hp.gizmodo.com.br/sites/all/files/historyofman_1.jpg

Este blog foi criado para você, leitor. E só saberei se você está satisfeito se comentar os posts, ou então, pergunte, questione e sugira temas ou modificações.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Entender um pouco sobre a palavrinha misteriosa: energia

átomo

Em posts posteriores a energia vai ser uma palavra citada, portanto vamos começar, para aqueles que não conhecem, explicando um pouco sobre energia.

“Em geral, o conceito e uso da palavra energia se refere "ao potencial inato para executar trabalho ou realizar uma ação” (Wikipedia) já que a palavra tem sua origem no grego – ergos, que quer dizer trabalho.

Podemos dividir a energia em dois tipos, dependendo se ela está em movimento ou armazenada: a energia em movimento chama-se energia cinética ou dinâmica e a energia armazenada chama-se energia potencial.

Estes são os conceitos que usamos aqui em nossa terceira dimensão produzidos pelo conhecimento acumulado até agora.

O conhecimento científico atual, bem como a visão do mundo são produtos da obra de dois grandes homens: Descartes e Newton.

Descartes queria chegar a um método científico inédito em sua época, um método que trouxesse absoluta certeza sobre os fatos investigados.

Após muito estudo e reflexão chegou à seguinte conclusão: todos os fenômenos complexos podem ser entendidos desde que reduzidos a seus componentes básicos – o reducionismo, que virou sinônimo de método científico.

Para ele, o universo material era como se fosse simples máquina, composta de diferentes partes ou peças independentes e desprovidas de um propósito espiritual.

Newton, na sua própria busca de explicações para o mundo material, acatou as idéias de Descartes. O modelo newtoniano de matéria era atomístico (átomo, em grego: indivisível), ele pensava que a matéria era composta de partículas sólidas, duras e impenetráveis que se moviam exclusivamente por causa da atração gravitacional.

Somente com o advento da Física Quântica, no começo do século 20, é que esta visão da matéria sofreu transformação e ... radical!

A teoria quântica ou mecânica quântica foi formulada por um grupo de físicos, entre os quais Max Planck, Albert Einstein, Niels Bohr, Louis De Broglie, Erwin Schrödinger, Wolfgang Pauli, Werner Heisenberg e Paul Dirac.

A Física Quântica veio demonstrar que o átomo não é aquela partícula sólida que se supunha, mas sim, um elemento vibrátil que está em constante movimento.

A característica mais interessante do átomo é que ele é mais espaço vazio do que matéria. O átomo é enorme em relação ao tamanho do núcleo. Fritjof Capra faz a seguinte comparação: se o átomo tivesse o tamanho da abóbada da Catedral de São Pedro (Vaticano) o núcleo teria o tamanho de um grão de sal.

O porquê do nome quântica :

Max Planck provou que toda energia não é irradiada de forma contínua, mas em “pacotes individuais” que Einstein chamou de quanta.

Em primeiro lugar, para aceitar a Física Quântica, temos de nos libertar do raciocínio cartesiano/newtoniano e esse é o maior obstáculo que os físicos têm enfrentado.

Já no início dos experimentos com átomos os dados obtidos deixaram os cientistas atônitos, pois os eventos no nível quântico são de natureza totalmente estranha e indeterminada, tudo são possibilidades, não há condições de prever resultados. Citando Capra: “o paradoxo partícula/onda forçou os físicos a aceitarem um aspecto da realidade que contestava o próprio fundamento da visão mecanicista do mundo - o conceito de realidade da matéria. Em nível subatômico a matéria não existe com certeza em lugares definidos, em vez disso mostra “tendências para existir” e os eventos atômicos não ocorrem com certeza em tempos definidos e de maneiras definidas, mas antes mostram “tendências para ocorrer”.(O Ponto de Mutação. Ed. Cultrix)

A substância quântica é ao mesmo tempo onda e partícula, mas somente uma delas está disponível num determinado momento. Não se consegue medir ao mesmo tempo a posição exata de um elétron (quando ele se manifesta como partícula) e sua velocidade (quando ele se manifesta como onda).

O mundo que percebemos é real? Os objetos, os seres, a matéria em geral é tudo sólido? Para responder estas questões temos duas explicações na Física Quântica:

a) dentro do átomo os elétrons assumem uma velocidade altíssima, em torno de 960 km/seg. Isso faz com que o átomo aparente ser uma esfera rígida, como acontece com a hélice de um ventilador que girando em alta velocidade parece-nos como um disco.

b) a função de onda do elétron entra em colapso quando interage com outro sistema físico mais amplo, como um aparelho de medição ou o cérebro do observador, assumindo então o aspecto partícula e o modo especial que escolhemos para observar a realidade também determina o que veremos.

Portanto, o mundo não é sólido, é constituído por energia e esta toma forma através do pensamento daqueles que dele participam. A mente de todos é que mantém os átomos e moléculas aglutinados em determinada forma (colapso da função de onda).

O prêmio Nobel Ylya Prigogine assim se manifestou a respeito: “Seja o que for que chamemos realidade, ela só nos é revelada através de uma construção ativa da qual participamos.”

Então vejam: o mundo que vemos, a nossa tão preciosa realidade nada mais é que um constructo que depende da concordância da grande maioria ou seja, pode mudar se assim o quisermos e tivermos a intenção. Os xamãs fazem isso há milênios.

Os indianos, sempre disseram que o mundo em que vivemos é maya=ilusão. Os ocidentais, principalmente acadêmicos e cientistas já riram muito disso, no entanto a Física Quântica agora nos prova sua razão.

Para finalizar é importante lembrar que tudo, absolutamente tudo é energia, inclusive nossos pensamentos, nossos sonhos à noite, nossos desejos, nossas emoções ...tudo.

domingo, 22 de agosto de 2010

Código de Ética dos Nativos Norte-americanos

Recebi este texto por e-mail e não sei dizer da veracidade da autoria (nativos norte-americanos), mas quis compartilhar com vocês porque é um lindo texto e linda mensagem, muito apropriada aos dias de individualismo em que vivemos.

índio

Levante com o sol. Reze sozinho. O Grande Espírito só escutará, se você falar.

Seja tolerante com os que estão perdidos em seus caminhos. Ignorância, preconceito e aborrecimento, formam uma alma perdida. Reze para que achem um guia.

Se procura, procure por si próprio. Não permita que outros percorram o caminho por você. É sua estrada, e somente sua. Outros poderão caminhar com você, mas ninguém poderá caminhar por você.

Trate visitas em sua casa com muita consideração. Sirva-lhes a melhor comida, dê-lhes a melhor cama e trate-os com respeito e honra.

Não tire o que não é seu de uma pessoa, da comunidade, da natureza ou de uma cultura. Não foi merecido nem dado. Não é seu.

Respeite todas coisas sobre a terra - sendo pessoas, animais ou plantas.

Respeite os pensamentos, desejos e palavras dos outros. Nunca interrompa nem zombe ou faça mímicas rudes deles. Permita que todos se expressem livremente.

Nunca fale mal dos outros. A energia negativa que você põe no universo se multiplicará quando voltar para você.

Todas as pessoas cometem erros. E todos os erros podem ser perdoados. Maus pensamentos causam doença da mente, corpo e espírito. Pratique otimismo.

Natureza não é PARA nós, é uma PARTE de nós. Ela é parte da sua família mundial.

Crianças são as sementes do futuro. Plante amor no coração delas e regue com sabedoria e lições de vida. Quando estiverem crescendo, dê-lhes espaço para crescer.

Evite machucar corações alheios. O veneno de sua dor retornará para você.

Sempre seja verdadeiro. Honestidade é o teste da própria vontade neste universo.

Mantenha seu equilíbrio. Sua auto-vontade, auto-espiritualidade, auto-emoção e auto-estima necessitam estar fortes, puras e saudáveis. Trabalhe o corpo para fortalecer a mente. Cresça rico de espírito para curar males emocionais.

Faça decisões conscientes de quem você quer ser e como reagirá. Seja responsável por seus atos.

Respeite a privacidade e espaço pessoal dos outros. Não toque na propriedade particular dos outros - especialmente objetos assustadores e religiosos. Isso é proibido.

Seja verdadeiro consigo mesmo. Você não poderá ajudar aos outros se não se ajudar primeiro.

Respeite as crenças religiosas dos outros. Não force sua crença religiosa aos demais.

Compartilhe seu bem estar com os outros. Participe com amor ao próximo.

Foto: Edward S. Curtis

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Os “espíritos de porco”

porco-espinho

Conhecem esta expressão?

Para quem não conhece: se refere àquelas pessoas que são sempre do contra, estraga-prazeres, que querem aparecer chamando a atenção de modo negativo.

O mundo está cheio delas.

Como profissional de comportamento humano, até sei os motivos (inconscientes) de serem assim, contudo não consegui ainda deixar de me irritar com algumas.

Vou dar um exemplo: temos em nossa mídia um jornalista que me dá muita vontade de escrever ao Presidente (do país) pedindo para lhe caçar a cidadania. Por que? Porque ele passa o tempo todo falando mal do Brasil e dos brasileiros. Pombas, se há uma coisa que acho execrável é virar o coxo em que se come. É o que ele faz. Se acha tudo aqui tão ruim por que não volta para a Itália?

Esse falar mal do nosso país é o que mais me incomoda na dita figura, mas outras vezes ele solta pela boca umas pérolas de burrice que me deixam pasma. Uma delas (essa tá no meu caderninho preto) dita na fase de invasão do Iraque (na época a grande maioria do planeta era contra, ele, pra contrariar, era a favor e disse - “é melhor que haja uma guerra civil do que continuar com um ditador como o Sadam.” Acreditam nisso? Pois ele disse na TV!

Como alguém pode achar que guerra civil é melhor que ditadura? Quantos morreram na época do ditador e quantos até agora depois da invasão? E continuam morrendo!?

Quanto a este “espírito de porco”, ainda não consegui descobrir se:

a) só está tentando imitar (mal) o Paulo Francis

b) só precisa chamar a atenção de qualquer jeito

c) o que precisa mesmo, urgente, é de terapia

d) todas estão corretas

O fator crítico dos espíritos de porco é que eles não contribuem em nada, a não ser criar irritação nos que os ouvem e, muitas vezes, são obrigados a os aturar.

Na webesfera também há muitos do tipo, volta e meia a gente vê algum exemplo.

Nos ambientes corporativos essas figuras, e são muitas, conseguem emperrar projetos, atrasar prazos, causar gastrite no chefe, detonar com metas.

No âmbito social são os estraga-festas. O grupo todo quer ir comer pizza, ele/a quer comida tailandesa, num restaurante caro!

No ambiente familiar é aquele parente que ninguém quer convidar para as festas ou reuniões familiares porque já sabem que vai dar rolo.

O espírito de porco pode ter sido muito mimado na infância, o que faz com que cresça com o rei na barriga e não dá a mínima para as necessidades dos demais

Pode também ser tão inseguro e carente de auto-estima que precisa, doentiamente, ser alvo de atenção o tempo todo. Enfim, as causas podem ser várias, mas o efeito é sempre o mesmo: o “espírito de porco” irrita.

O que fazer com essas “figuraças”? Não lhes dar atenção!

O ser do contra é um jogo psicológico e para ser anulado é só não jogar junto. O velho ditado não diz que quando um não quer, dois não brigam?

Então procure ignorar o espírito de porco quando ele estiver tendo a sua grande cena de estrelismo. Nem sempre é possível, mas, por exemplo, se ele estiver num grupo, todas as pessoas devem dizer que aquela idéia que ele está combatendo é dele mesmo, que a deu há um tempo atrás e não se lembra. Inicialmente ele vai negar irritado, mas se o grupo mantiver dizendo que a idéia é dele e ele não lembra, acabará ficando confuso e mesmo contra a vontade concordando com o grupo.

domingo, 15 de agosto de 2010

História da Criação que a Matrix não conta

creation
O post de hoje é para atender pedidos sobre qual é a idéia que os shaumbra têm de Deus e da Cosmologia.

Então vamos lá:
Um belo dia a Unidade estava meio aborrecida. Não tinha muita certeza sobre o que ou quem era, não havia parâmetros de comparação ou espelho, e também queria entender mais sobre criação e energia. Resolveu criar companhia para ver se então matava a charada.
Defratou-se em muitas, muitas partes (para facilitar a compreensão vamos chamar essa partes de Anjos) e gostou de sua criação.. Dotou os Anjos de polaridades opostas no sentido de equilibrar as energias e também possibilitar a transmutação. E juntos viveram por alguns eons.
De repente, não mais que de repente, algum Anjo ou alguns se deram conta que não tinham soberania, dependiam da Unidade para tudo, pois dela faziam parte. Consultaram a Unidade e ela lhes disse que teriam de partir para viver por conta própria (exatamente como nós fazemos quando nossos filhos querem ter uma vida independente). E assim foi feito.
Quando os Anjos se separaram da Unidade passaram a ter uma identidade individual própria que nós humanos chamamos de Alma.
Os Anjos, então, decidiram abandonar o lar e partir para manifestar suas próprias expressões e criações. Só que ao se separar da Unidade todos eles também se fragmentaram em bilhões de partes. Por isso hoje nos dizem que somos seres multidimensionais.
De início foi tudo um mar de rosas, brincaram criando universos, galáxias e tudo que lhes apetecesse, pois eles como parte da Unidade tinham também o dom de criar. Após certo tempo começou uma síndrome deveras preocupante: Síndrome de Separação da Unidade com o conseqüente medo de perder ou não ter a energia suficiente para voltar para casa.
Como obter energia – se perguntaram? Algum, primeiro, deve ter tido a idéia: vou tirar do fulano ou do beltrano (essa memória atávica pode explicar as lendas de vampiros). A essa altura do campeonato os Anjos já tinham se agrupado em famílias (as chamada famílias espirituais). Foi aí que começaram o que nos registros humanos é chamado de Guerras dos Deuses ou Guerras nos Céus, um período em que os anjos batalharam entre si para conseguir energia. Praticamente toda a mitologia humana fala sobre isso: a suméria, a indiana, a nórdica, a grega, etc. Claro que tais contos mitológicos são carregados de simbologia e alegorias, pois, para os humanos sempre foi, e ainda é, difícil o entendimento de assuntos tão transcendentais.
Não se sabe como acabaram tais guerras, nem se houve um lado vencedor. Também porque num determinado ponto os Anjos notaram que a criação estava estacionada. Não havia mais “nada de novo no front”. Um tédio!
O propósito da força de energia de vida, Deus, Unidade, Fonte, como queira que se chame é: se expressar e criar, então era preciso tomar uma atitude para reverter a situação de estagnação.
Chegaram à conclusão que para a energia criativa ser compreendida mais profundamente uma solução seria criar um mundo mais denso (ainda não tentado) e onde seus habitantes não soubessem sua origem divina ou procedente do Um. Isto abriria todo um novo leque de possibilidades de expressão e criação.
Um grupo de Anjos criou então ....tchan, tchan, tchan, tchan ... a Terra!
Após criada a água, entraram nos pequenos corpos dos seres unicelulares, depois nos pluricelulares e o resto você já sabe como funcionou a evolução aqui.
Que tipo de Anjos vieram para cá encarnar? Para haver equilíbrio de energias vieram os “bonzinhos” e também os “mauzinhos”. Isso no nosso ignorante conceito humano, pois para a Unidade são todos iguais. Nossas expressões (vivências, atitudes) nada mais são do que input de dados para o HD da Unidade. É assim que ela aprende e se expande.
Esse é o conhecimento dos Shaumbra e sei perfeitamente que todo o exposto é “osso duro de roer”, pois vai de encontro a tudo que a humanidade aprendeu das religiões, mas, para mim, bem mais lógico do que as historinhas da bíblia, pois explica muitas de nossas questões humanas:
De onde viemos?
R: da Fonte, da Unidade.
Por que estamos aqui?
R: para expressar e criar, assim expandindo a capacidade criativa da Unidade.
Existe vida após a morte?
R: Só existe morte, ou melhor dizendo, transmutação, do corpo físico denso. A vida é infinita, mas pode passar por diferentes formas de manifestação. Hoje corpo carnal denso, amanhã corpo só de energia.
Se Deus é bom por que permite as guerras, as matanças, a fome da criancinhas da África e todas as tragédias que afligem a humanidade?
R: Porque sabe que foi escolha nossa passarmos por isso para aprender e como filhos somos extremamente amados e esse amor inclui liberdade total e absoluta. Se a Unidade interviesse em nossas questões estaria nos cerceando.
Creio que fica bem claro que não existe um Deus antropomórfico que está no céu nos julgando ou passando a mão na cabeça dos filhos “bonzinhos”, muito menos atendendo às nossas preces, pois para Ele/Ela tudo está sempre certo já que estamos fazendo o nosso papel que é expressar e criar. Ele/Ela é ao mesmo tempo uma Unidade e uma Coletividade, pois todos nós somos Ele/Ela também, somente esquecemo-nos disso.
Este é também um entendimento absolutamente capenga porque o nosso cérebro não dá conta de processar e analisar algo tão grandioso e fora da nossa pueril realidade. Contudo, como shaumbra eu sinto/sei que é assim e isso também não dá para explicar.
Claro que esta exposição está bem resumida, mas é fruto de muitos anos de acompanhamento dos ensinamentos de mestres ascensionados, acrescido de outras tantas leituras, vivências e pesquisas que dão sentido ao aqui exposto.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A expectativa na relação amorosa

discussao
Um dos assuntos que mais chama a atenção dos humanos são as relações amorosas.
Hoje vamos abordar aqui um dos grandes entraves ao sucesso de uma relação a dois – a expectativa.
Quando alguém começa uma relação afetiva geralmente logo nos primeiros encontros estabelece expectativas sobre o outro. É uma variada gama de características que esperamos ou desejamos encontrar no outro.
Compatibilidades, caráter, simpatias, antipatias,, gênio (humores), hobbies, time de futebol, interesses culturais, tipos de diversão preferidos, ser carinhoso/a, ser bom ou boa de cama, que tipo de família tem, etc. Ou seja, esperamos que todas ou a maioria de nossas expectativas a respeito do outro sejam favoráveis ao nosso gosto ou desejo.
Claro que boa parte dessas expectativas nem são conscientes, mas são elas que vão marcar o relacionamento com sutis nuances de comportamentos reativos de ambos.
Nos primeiros tempos da relação, como a paixão deixa todo mundo cego e burro, os casais passam incólumes por dúvidas e/ou questionamentos. Passado algum tempo, variado para cada casal, cada um começa a ver os “defeitos” do outro e isso se manifesta muito mais nas mulheres por serem mais sensitivas e observadoras do que os homens.
É aí que a relação começa a degringolar. Os mais carentes continuam mantendo a relação assim mesmo, com altos e baixos. Os demais acham por bem terminar a relação e depois de algum tempo começam outra nas mesmas bases fantasiosas.
Fantasiosas? Sim, porque se escolhemos uma pessoa para nos relacionar por características que achamos que ela tem, isso é fantasiar.
Vejam bem, isso é regra geral, mas há exceções. Existem pessoas bem pragmáticas que até “pagam pra ver” e se acertarem sentem que saíram no lucro. Outras, com muito baixa auto-estima não esperam nada do outro porque o que vier, vem bem para elas.
O ideal é não termos expectativas, mas isso é difícil, precisa de muito treino, bastante autoconhecimento e motivação para mudar. Para o que nem todos estão dispostos.
Gente, uma relação de amor real é aquela onde ambos devem caminhar juntos numa mesma direção, independentemente das diferenças ou idiossincrasias de cada um. Quando estamos dividindo nossa vida com alguém é necessário que se obedeça a uma regrinha de ouro: ter tolerância e respeito pelo outro. Ele/ela não é o que eu imaginava? Mesmo assim o/a amo? Então vale a pena investir na relação mesmo que nossas expectativas tenham sido frustradas.
A criação de expectativas não se restringe só às relações amorosas, nós as estabelecemos para quase tudo que se encontra no nosso caminho futuro, por isso tantas e tantas vezes “damos com os burros n’água”. O que é ter uma expectativa? É esperar obter o resultado desejado de uma determinada situação. Quando não o obtemos, ficamos frustrados, dizemos que não temos sorte ou que a culpa é do fulano ou beltrano.
Depois que aprendemos a deixar as coisas fluírem, no seu ritmo natural, tudo começa a ficar mais fácil e as sincronias começam a acontecer. É um longo aprendizado, mas vale a pena!
Foto: http://deboralopesmodaestetica.blogspot.com/2008/09/diferenas-entre-antes-e-depois-de-casar.html

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Você se sente ofendido quando…

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Samurai3

Há muitos anos li alguns livros que desencadearam o primeiro dos “turning points” da minha vida: Os livros de Carlos Castaneda.

Cito aqui um trecho que tem a ver com o que o samurai disse. Palavras do índio Dom Juan:

“Aprendemos a pensar sobre tudo e depois exercitamos nossos olhos para olharem como pensamos a respeito das coisas que olhamos. Olhamos para nós mesmos já pensando que somos importantes. E, por isso, temos de sentir-nos importantes!”

Na sua linguagem simples, Dom Juan está dizendo que o mundo que nos rodeia é fruto de nossa mente e de nossas percepções. A partir de nossas percepções tomamos decisões, sentimos emoções e fazemos escolhas sobre tudo, absolutamente tudo.

Como o ser humano é carente de uma boa auto-estima, compensa isso com a sensação de importância – falsa – porque se fosse genuína não se sentiria afetado ou ofendido pelo que os outros lhe dizem de negativo.

Tornar-se inatingível ao que os outros nos dizem é difícil, mas perfeitamente possível através de treinamento. Aliás, toda mudança é possível com treinamento. Lembram quando eram bebês e começaram a usar talheres? No início , um desastre, comida mais no chão do que na boca, mas depois tornamo-nos experts. Tudo ou quase tudo é treinável.

Lembrem das palavras do samurai e não se deixem afetar pelo raivoso, invejoso ou insultuoso! Ele também se acha tão importante que acha que pode destruir você.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A Sucção da Sedução

Hoje a postagem é diferente, é voltada aos shaumbra. Quem não o é pode não entender alguns termos, mas tenho certeza que algumas coisas ditas pela Jean irão tocá-los também porque a problemática humana é universal. Passamos todos pelas mesmas emoções, dúvidas, questionamentos, tristezas, sustos e perplexidades.

mãon'agua

Texto de Jean Tinder em Shaumbra Heartbeat, maio/2008

Durante o último Shoud, quando Tobias falava sobre sedução, eu venho ouvindo e sentindo a palavra “sucção”, não só porque elas soam muito parecidas, mas também porque sedução tem muito a ver com a maneira como as coisas podem atrair e sugar você. Quando você segue em frente, o passado pode puxá-lo de volta – seja um momento atrás, seja um relacionamento anterior, seja uma vida anterior. Quando você expande e cresce, pode ser que as velhas limitações e jeitos de ser tendam a atraí-lo novamente para padrões familiares.

Isso é, na verdade, um efeito natural. Quando você movimenta sua mão na água, isso causa turbulência e um tipo de sucção, visto que a água tenta preencher o local onde o movimento desestabilizou seu equilíbrio anterior. Pelo mesmo princípio, o movimento e a expansão da consciência criam o efeito natural da sucção/sedução, visto que as energias ao nosso redor procuram voltar ao seu velho equilíbrio.

Você conheceu alguém que lhe é familiar há tempos e se encontrou caindo nos – ou tentando recriar – os mesmos velhos padrões? Não é carma, é a sedução dos “bons velhos dias”, a inércia do status quo, a resistência à mudança. Até o drama e a dor estão tão arraigados no mundo, que ele procura manter seu atual estado de desequilíbrio em vez de mudar e de expandir.

Você já sentiu o puxão do passado, as velhas histórias de quem nós fomos uns com os outros e com nós mesmos? Histórias e memórias podem ser as mais sedutoras de todas. Elas podem sugá-lo e fazê-lo querer reviver e recriar – ou fugir e repudiar – o passado. Você foi queimado na fogueira por expressar sua verdade? Que história sedutora pode ser essa, levando-o a querer contá-la de novo e de novo – ou nunca falar sua verdade em voz alta novamente! Você amou alguém profundamente e compartilhou significativas vidas junto com essa pessoa? Que sedutor é, querer recriar esse lindo relacionamento do passado, ao invés de permiti-lo evoluir de uma nova maneira. Você teve experiências traumáticas em sua infância e descobriu que, quando começou sua jornada de cura, quase se tornou uma obsessão contar às pessoas sobre isso? Você compartilhou incríveis experiências com alguém nesta vida e depois tentou persistir quando tudo acabou? Que difícil pode ser, às vezes, deixar ir e retornar para o Agora.

Este “deixar ir, seguir adiante e expandir para além de” que estamos fazendo, na verdade, cria a turbulência “atrás” de nós, atraindo-nos para voltar, querendo que as coisas se acalmem novamente. Você tem sentido isso ultimamente? Você até mesmo sentiu que tinha feito alguma coisa de errado? Que você pode ter virado na direção errada em algum lugar? As energias ao seu redor – amigos, família, humanidade – o têm atraído? Como você pode permanecer sem ser sugado de volta?

É claro que a única resposta é permanecer tão equilibrado e centrado em si mesmo a ponto de toda sucção no mundo não surtir efeito. Oh, você a sente, como uma árvore sente o vento puxá-la; como sua mão sente a turbulência quando você a movimenta na água. Mas a árvore está tão enraizada em Gaia, sua mão está tão conectada a você, que ela não é puxada pra longe.

Por ser humano, você sente o puxão, a sedução; por ser Shaumbra, você sabe que isso não é seu, até mesmo quando você sente...

... a segurança daquele emprego do qual você não gosta realmente, puxando-o de volta da ampla liberdade e do vazio desconhecido da total confiança em si mesmo e da autêntica expressão.

... a fascinação de desvendar tudo racionalmente e logicamente que o atrai para longe da intuição, do coração e do saber indefinível que você simplesmente não consegue explicar.

... a irresistível atração de um amor que você costumava conhecer, atraindo-o de volta para as velhas histórias e para longe da mágica daquilo que está neste momento.

... a gratificação de tentar salvar alguém de si mesmo, atraindo-o para fora da compaixão e da confiança, e criando ainda mais separação.

... a sedução do medo e do drama ao seu redor, levando-o para longe de seu conhecimento de que tudo está verdadeiramente bem.

... a atração magnética da maneira como as coisas costumavam ser – sejam dores infligidas, dramas compartilhados, ou alegrias celebradas – puxando-o de volta da total experiência do AGORA.

... talvez até a sucção das suas próprias histórias e definições de si mesmo que o mantém pequeno, quieto e confortável, puxando-o de volta da expressão do seu EU SOU para todo o mundo.

Shaumbra, você pode sentir todas essas energias sedutoras atraindo-o, mas elas não são suas – não mais do que a tempestade pertence à árvore. Elas são simplesmente a turbulência natural que ocorre quando você faz a escolha de crescer, de expandir e de confiar em si mesmo. Sinta VOCÊ MESMO, querido Shaumbra. Sinta a liberdade em seu próprio coração, a verdade de seu próprio conhecimento, a paixão da sua própria expressão, o espaço seguro do seu centro.

Sinta VOCÊ primeiro – torne-se íntimo de sua própria alma – e depois será fácil saber o que não é você. A sedução só acontece quando a consciência expande, como a turbulência atrás de sua mão quando ela se movimenta na água. Isso não é bom ou mau, e isso não precisa atraí-lo para fora do equilíbrio de sua mente ou do seu corpo. Apenas continue escolhendo, continue expandindo, continue respirando... e permaneça verdadeiro em relação ao ritmo da batida do seu próprio coração.

Tradução de Mabel Gouveia

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A “Doença” do Vazio

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Criei esta expressão há alguns anos atrás após ter assistido a um filme que mostrava pessoas, vivendo nos dias atuais, perdidas, sentindo-se impotentes, perplexas e tristes com o a realidade que as rodeava.
Não é assim que vive uma boa parte da humanidade?
Após minha reflexão sobre o assunto, fiquei toda entusiasmada e resolvi escrever um livro. Comecei e ... parei no terceiro capítulo. Meu ascendente em Virgem (mania de perfeição) veio à tona a me dizer que não sou escritora, quando muito, escrevo razoavelmente, que sou muito telegráfica para escrever e não saberia “encher lingüiça”, que é o que dá interesse a qualquer livro.
Bom, mas isto aqui não é um livro, então vou procurar discorrer sobre o que chamo “doença do vazio”.
Esta doença sempre existiu, mas há épocas da história da humanidade em que ela aparece com mais força. Acredito que o Renascimento tem um tanto a ver com ela (sendo uma “seqüela” excelente), mais recentemente o período pré Segunda Guerra, depois durante alguns anos da Guerra Fria e agora – acho que começou após 1987 (ver Mudanças na Terra).
Então o que é a doença do vazio?
- E uma insatisfação difusa, como se faltasse alguma coisa, mas a pessoa não consegue perceber o que é. Um vazio .....
- Pode ser também uma tristeza (que pode virar depressiva) lá no fundo e que também a pessoa não consegue saber o porquê ou de onde ela vem.
- Muitas vezes se manifesta como a vontade de fazer alguma coisa. Qualquer coisa que tire a pessoa da rotina e da mesmice. Aqui, via de regra, a pessoa sai em busca de atividades diferentes, de preferência carregadas de adrenalina.
- Sensação ou crença de nada fazer sentido, de não haver propósito na vida. (pelo menos um que seja entendível).
- Para alguns a pergunta: “o que é que estou fazendo aqui” neste mundo insano e violento? Qual é a saída? “Parem o mundo que eu quero descer!”
Bem, os principais sintomas são estes. Para muitos, cabeçinhas pensantes, a doença se instala já na adolescência, para outros chega mais tarde. Para alguns chega após uma perda (morte) de um ser querido, para outros após perdas financeiras.
Esta “doença” tem conseqüências na vida das pessoas, às vezes até graves: alcoolismo, adição às drogas, vício do jogo são algumas.
Outras conseqüências:
- Trabalhar demais. Os chamados workaholics.
- Passar horas intermináveis na frente da TV.
- O mesmo em relação à internet.
- Participar de eventos frenéticos como festas rave, bailes funk ou shows de rock pauleira.
- Consumir exageradamente: as pessoas compram coisas que depois não usam.
Tudo isso são formas de preencher o Vazio. Enquanto a pessoa está envolvida com tais atividades ela não pensa. Não pensa no que está lhe faltando porque pensar nisso a torna triste ou infeliz ou deprimida.
Alguém já adivinhou o que é esse Vazio? O que está faltando?
Alguns acham que é a alma-gêmea. Não é. Isso não existe. Essa crença foi mais uma das muitas conclusões equivocadas a que chegou o pessoal da Nova Era.
O Vazio que sentimos dentro de nós é a falta que sentimos da Divindade.
Nós somos seres divinos. Temos a chama divina dentro de nós.O problema é que quando encarnamos aqui na Terra esquecemos quem somos: seres magnificentes.
Por que os homens inventaram deuses? Só para explicar raios e trovões? Ou a morte, esse implacável desconhecido? O que acontece depois da morte? Porque sentiram que certas situações não podiam controlar?
Talvez tudo isso, mas principalmente porque lá no fundo da “caixa preta” sempre soubemos que havia algo mais. Indefinível, indecifrável, mas presente. Algo como quando temos um nome na ponta da língua, mas não conseguimos lembrar. A gente sabe que está ali, só não vem à consciência.
Se assim não fosse, como se explica que cerca de 90% da população mundial, hoje, acredita num Ser Superior? Para manter-se na ilusão, como dizem os ateus, de que existe uma escapatória deste mundo violento, “injusto”, cruel, sem sentido?
Se, do ponto de vista deles, formos acreditar nesse deus das religiões, concordo com eles que é pura balela. Ilusão. A Divindade, contudo, não é esse ser antropomórfico que as religiões ensinam.
Como explicar os eventos de êxtase dos chamados santos da igreja católica? Esquizofrenia ou histeria? Alguns até pode ser, eu ou qualquer outro psicólogo não estava lá para avaliar, mas pelo que é conhecido das vidas de vários santos este argumento não se sustenta.
Como explicar os contatos com seres que já desencarnaram? Fato que já está pra lá de comprovado e que mostra haver um corpo intangível que sobrevive à morte.
Enfim, como dizia o mestre Shakespeare “há mais entre o céu e a Terra do que alcança nossa vã filosofia”. A cosmologia, cosmogonia, a própria vida ainda são um grande mistério para nós humanos. Temos muito que aprender ainda. Não podemos negar que algo existe só porque não o vemos ou tocamos.
O Vazio é produzido porque viemos da Fonte e aqui, desmemoriados, sentimos falta do contato com ela. Sentimos como se nos faltasse uma parte. Por que as pessoas procuram tanto a “outra metade da laranja”? É porque se sentem incompletas. Concordam?

Foto: http://emrota.com/2010/03/17/salar-de-uyuni/