"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

sábado, 29 de janeiro de 2011

Como é fácil julgar ...

julgar
Recentemente assisti, em cima do muro, a um episódio que me inspirou a fazer este post.
Por que fiquei em cima do muro? Porque procuro seguir o velho ditado: “macaco velho não mete a mão em cumbuca”.
Sei que há pessoas mais extremadas que consideram ficar em cima do muro uma falta de personalidade ou de convicções. Bem, uma coisa é não ter convicções sobre assuntos importantes e vitais e outra bem diferente é se meter ou dar palpites e julgamentos sobre a vida alheia.
No episódio em questão uma pessoa teve uma atitude estranha, não usual, e foi violentamente julgada por outros.
Fiquei surpresa com a carência de empatia demonstrada pelos julgadores, bem como com a facilidade em destruir o pedestal.
Vamos, então, analisar a questão a partir desses dois tópicos, o que não elimina os demais fatores envolvidos na tendência humana a julgar.
1) A falta de empatia.
Quando uma pessoa não consegue se colocar no lugar da outra jamais terá noção do que pode ter levado a outra a ter determinado comportamento ou atitude.
É preciso entender que não existe ação, atitude ou comportamento sem uma motivação determinante e esta, em boa parte das ocasiões, é inconsciente.
Somos seres de muitos aspectos, sendo que todos eles influenciam e/ou determinam nosso comportamento e atitudes e esses aspectos funcionam no nosso subterrâneo ou como gosto de chamar: na “caixa preta”.
É difícil quantificar, mas eu arriscaria dizer que dois terços do nosso conteúdo psíquico é inconsciente. Sendo inconsciente não temos controle sobre ele.
Como podemos, então, julgar uma pessoa se talvez ela nem saiba conscientemente o porquê de seu comportamento ou atitude?
2) Destruir o pedestal.
Pedestal,, aqui, está sendo usado no sentido de colocar uma pessoa numa posição idealizada ou superior ao que ela realmente é.
O ser humano faz muito isso: idealizar o outro. E uma forma de fantasia. Nós vemos acontecer isso frequentemente em relação às celebridades do cinema, TV ou música. Enxergar fulano como isento das características pequenas e mesquinhas de um reles mortal.
Nas relações diárias entre humanos isso também acontece. Conhecemos alguém que se comporta de determinada maneira que admiramos. A partir daí vamos construindo, sem o percebermos, expectativas sobre essa pessoa.
Sem refletirmos a respeito, passamos a considerá-la capaz disso , mas incapaz daquilo. Às vezes subestimamos, outras vezes superestimamos.
Em ambos os casos estamos equivocados, mas quando superestimamos e a pessoa em questão comete um deslize, segundo nossa percepção, a tendência é derrubá-la do pedestal, seja este de cinqüenta centímetros ou dois metros. Não importa a altura em que a colocamos e sim o fato de termos fantasiado a respeito dessa pessoa.
Idealização e formação de expectativas podem acabar com qualquer relação, seja de caráter íntimo ou social ou profissional. Aí, quando a pessoa não responde adequadamente às expectativas vem o julgamento crítico. E é lamentável a ferocidade humana ao julgar e criticar.
Já vi pessoas que num dia elogiam, fazem carinhos e no dia seguinte estão jogando a outra no lixo (metaforicamente falando). Como é fácil julgar ...
Gente, o chamado aqui é para a seguinte reflexão: lembrem que são todos humanos e não super heróis. Não existe ninguém perfeito, aliás, estamos bem longe disso.
Olhe-se no espelho quando estiver julgando criticamente alguém e verá que expressão feia será refletida ... a bruxa da Branca de Neve. rsrsrs
Imagem: vida-imperfeita.blogspot.com
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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O que acontecerá em 2012?

2012
Segundo todas as informações a que tenho acesso, nada diferente ou excepcional acontecerá em 2012.
Sei que a Internet está lotada das mais diversas informações sobre esta data “fatídica”: 21 de dezembro de 2012.
Fala-se sobre:
1) A aproximação ao nosso sistema solar de um planeta de enormes dimensões que, afetando o campo gravitacional da Terra, iria causar convulsões catastróficas a nível planetário.
2) A inversão dos pólos terrestres.
3) Queda de um asteróide na Terra.
4) As águas vão subir vertiginosamente inundando muitas áreas costeiras.
5) Alinhamento do nosso sol com o centro da galáxia.
6) Profecias Maias sobre o final do ciclo de vinte e cinco mil e sei lá o que anos de duração.
E por aí vai. Tudo recheado de muitas catástrofes, bem ao gosto mórbido do ser humano ainda sem consciência evoluída.
De tudo que li sobre os Maias não posso discordar de sua contagem do tempo nem de sua capacidade de fazer profecias, afinal seu conhecimentos dos ciclos que o sistema solar atravessa só foram descobertos pela ciência milhares de anos depois. Eles tinham um conhecimento que ainda hoje nos escapa. Como? Por que? Não temos resposta, só muitas conjeturas e teorias, nem sempre verossímeis.
Contudo, conforme já comentei em outro post, o futuro consiste de potenciais. Se nem o Criador o conhece, porque o mudamos diariamente, os Maias também não o poderiam conhecer em detalhes.
Que estamos no final de um ciclo é certo, mas isso não quer dizer final da existência da humanidade, como muitos creem.
Acertaram na elevação da temperatura terrestre, mas isso faz parte dos ciclos geológicos: uma elevação de temperatura precede uma era glacial, curta ou longa. Parece que a próxima será uma curta.
A preocupação dos Maias era com a consciência dos humanos e sua evolução ou não. Pois bem, evoluímos. Claro que somente uma pequeníssima percentagem dos humanos, mas o suficiente para compor uma massa crítica que já está produzindo resultados positivos para a humanidade.
Vejamos: caiu o muro de Berlim, os ditadores estão caindo aos poucos, os que restam já não possuem a credibilidade do povo como a possuíam antes, as safadezas e segredos dos políticos e burocratas de primeiro e segundo escalão estão vindo à tona cada vez mais (Wikileaks que o diga) e coroando esta pequena lista: o famoso Armagedon, que juravam aconteceria ao final do século 20, não aconteceu.
Sim, a consciência está mudando e evoluindo. Aí dirão vocês: e as barbaridades todas que assistimos nos noticiários? Toda a corrupção, o aumento da pedofilia, os ataques terroristas?
Essa frase de Sai Baba explica: “Imagine que você tem um quarto, ou uma despensa, onde guarda suas coisas, iluminado por uma lâmpada de 40W. Se trocar para uma lâmpada de 100W, verá desordem e um tipo de sujeira que você nem imaginava que havia no local.” Ou seja, mais luz (consciência), mais coisas aparecem, principalmente as que estavam escondidinhas, rsrs mas também porque existem energias (chamadas trevosas) que não querem o aumento da consciência no planeta. Mas não se preocupem com isso.
Quanto à mudança nos pólos: sim, já houve essas mudanças anteriormente, constatadas pelos cientistas, e, ao que tudo indica, está ocorrendo novamente, mas isso não acontece de um dia para o outro.
A mesma coisa com relação à subida das águas. Elas estão subindo: gra da ti va men te. Não será em 2012 que você vai ser arrebatado por elas. rsrs
Quanto ao famoso planetão: vocês acham mesmo que se houvesse uma aproximação iminente ao nosso sistema solar de um grande planeta a comunidade científica já não saberia disso? Alguns dizem que os cientistas sabem e estão escondendo o fato, mas fiz uma extensa pesquisa na web em sites científicos e a conclusão a que cheguei é que essa estória não passa de mais uma teoria conspiratória. Teorias, aliás, que visam disseminar o medo entre os não informados, aumentando o caos com o qual já estamos convivendo. Aff!!
As catástrofes relatadas em profecias já começaram a ocorrer faz algum tempo: os terremotos, tsunamis, fogo em extensas áreas, enchentes ... Já estão aí e felizmente, graças ao aumento de consciência, com perdas pequenas de vidas se comparadas à população mundial.
Não se deixe enganar nem aterrorizar pelos “arautos do apocalipse”, 2012 será um ano como outro qualquer.
Imagem: oarquivo.com.br
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domingo, 23 de janeiro de 2011

Você moraria com um clone seu?

clone

Este foi o título de uma enquete que fiz no blog. Eis os resultados:

Sim, ia adorar 25%

Sim, mas ia ter muita briga 6%

Talvez 25%

Não, de jeito nenhum 41%

Mesmo considerando que a amostragem foi pequena, o resultado não deixa dúvidas: a maior parte das respostas foi que as pessoas não gostariam de viver ou morar com seu clone.

O que isso quer dizer?

Quer dizer que as pessoas não se amam realmente, pois se a pessoa gostasse de si iria adorar viver com seu clone.

Acompanhe meu raciocínio:

Seu clone seria a pessoa que mais o conheceria e, portanto, mais o compreenderia. Você poderia desabafar com ele todas as suas mágoas sem receio de ser recriminado ou julgado.

Você sempre teria uma opinião honesta quando a pedisse.

Poderia agendar dois compromissos ao mesmo tempo. Olhe só que ganho de tempo. rsrs

Poderia ter longas, longuíssimas conversas sobre os seus temas preferidos.

Fazer auto-análise ficaria facílimo, pois seria só uma questão de debater com seu clone as suas questões, dúvidas, perplexidades, etc. Lembrando que somente o fato de conversar sobre os assuntos que nos incomodam já ajuda na objetivação e reflexão sobre os mesmos.

Não existiria mais o problema de não ter companhia para assistir aqueles filmes que você adora, mas nunca encontra ninguém que também goste para acompanhá-lo ao cinema.

Poderia, ao chegar do trabalho em casa, relatar tudo o que lhe aconteceu durante o dia sem receber uma cara de enfado como recepção. É do interesse do seu clone aprender com você, assim como você aprende com ele. Olhe que riqueza de conhecimentos que pode sair daí!

Enquanto você lê um livro, seu clone lê um outro e depois cada um passa o resumo para o parceiro. Que acréscimo fantástico de cultura! rsrs

Bom, o céu é o limite para descobrir vantagens em viver com um clone. rsrs

Pode parecer que estou brincando, mas estou falando sério. Seria uma mão na roda para os tímidos e os introvertidos. Poderiam ter boas conversas e quem sabe isso não seria um treino para depois enfrentarem a sociedade?

Quando atendia em consultório, costumava fazer essa pergunta para meus pacientes e depois trabalhávamos em cima das respostas.

Muitas vezes, por diversão, (acho que meus leitores já perceberam que sou bastante “sarrista”) também fiz essa pergunta a conhecidos e amigos e ouvi respostas como: ah, mas ia dar muita briga, eu não iria agüentar as minhas chatices e neuras no clone.

Se você não agüenta as suas chatices é porque não se ama. Quem só gosta de suas partes consideradas positivas não se ama por inteiro. Isso não é verdadeira auto-estima.

Quando nos amamos realmente, aceitamos todas as nossas partes, perdoamos os nossos “erros”, sentimos alegria com a nossa companhia.

Portanto, gente, parabéns aos 25% que responderam sim e àqueles que ficaram no talvez, espero que a leitura deste post os tenha incentivado a se gostar mais.

Quanto aos demais... snif snif, mas não joguem a toalha, sempre há jeito de mudar.

Imagem: eu.techcrunch.com

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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Diferenças entre religião e espiritualidade

rezando

Hoje o texto não é de minha autoria, foi gentilmente cedido por Luis Pellegrini que o postou em seu blog. A ele meus agradecimentos por partilhar este texto que tão brilhantemente aponta as diferenças entre os dois conceitos.

Religião e espiritualidade

A religião não é apenas uma, são centenas.

A espiritualidade é apenas uma.

A religião é para os que dormem.

A espiritualidade é para os que estão despertos.

A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer, querem ser guiados.

A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.

A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.

A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.

A religião ameaça e amedronta.

A espiritualidade lhe dá Paz Interior.

A religião fala de pecado e de culpa.

A espiritualidade lhe diz: “aprende com o erro”.

A religião reprime tudo, te faz falso.

A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!

A religião não é Deus.

A espiritualidade é Tudo e portanto é Deus.

A religião inventa.

A espiritualidade descobre.

A religião não indaga nem questiona.

A espiritualidade questiona tudo.

A religião é humana, é uma organização com regras.

A espiritualidade é Divina, sem regras.

A religião é causa de divisões.

A espiritualidade é causa de União.

A religião lhe busca para que acredite.

A espiritualidade você tem que buscá-la.

A religião segue os preceitos de um livro sagrado.

A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.

A religião se alimenta do medo.

A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.

A religião faz viver no pensamento.

A espiritualidade faz Viver na Consciência.

A religião se ocupa com fazer.

A espiritualidade se ocupa com Ser.

A religião alimenta o ego.

A espiritualidade nos faz Transcender.

A religião nos faz renunciar ao mundo.

A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.

A religião é adoração.

A espiritualidade é Meditação.

A religião sonha com a glória e com o paraíso.

A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.

A religião vive no passado e no futuro.

A espiritualidade vive no presente.

A religião enclausura nossa memória.

A espiritualidade liberta nossa Consciência.

A religião crê na vida eterna.

A espiritualidade nos faz conscientes da vida eterna.

A religião promete para depois da morte.

A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida.

Guido Nunes Lopes - Físico

Doutor em Energia Nuclear na Agricultura, ARC – Academia Roraimense de Ciências, UFRR – Universidade Federal de Roraima

Imagem: poesias.omelhordaweb.com.br

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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Por que morreram tantos na região serrana do Rio?

desastre

Porque escolheram assim. Era a hora deles. Um humano não é como peru de Natal que morre na véspera. Uma parte nossa decide o bom momento de ir embora, apesar dos que ficam vivos não entenderem nem se conformarem.

Tenho acompanhado as notícias e os mais diversos comentários sobre a catástrofe na região serrana do Rio de Janeiro e observado o emocionalismo suscitado.

Existe a mania de sempre achar um bode expiatório quando acontece esse tipo de desastres.

Vi comentários acusando as autoridades governamentais e a especulação imobiliária. Ok, talvez, e friso o talvez, o número de mortes teria sido menor se houvesse mais responsabilidade e interesse pelo povo por parte dos governantes, mas o que aconteceu na região foi além das áreas consideradas de risco. Alcançou proporções catastróficas, atingindo áreas habitadas por pessoas de classes econômicas mais altas. Ah, disseram, aí foi culpa da especulação imobiliária, como se fosse possível prever que um belo dia iria cair tanta água da montanha a ponto de invadir os vales. Quantos vales por esse Brasil a fora são habitados?

Há também um detalhe que não está sendo levado em conta: devido à ignorância das pessoas elas só vêem o risco quando o teto já está desabando, portanto eu não acredito muito que medidas de prevenção funcionem adequadamente, não para todos os envolvidos. As pessoas têm muito medo de deixar seus pertences.

Segundo uma declaração que ouvi de um especialista em Gerenciamento de Risco, Nova Friburgo inteira teria de ser realocada. E aí? Como?

Se quiserem botar a culpa em alguém que seja então no serviço de meteorologia, pois também disseram que na Austrália, onde a enchente foi maior, somente 20 pessoas morreram. Lá houve um alerta prévio aos moradores emitido pela meteorologia.

Estão comparando os dois desastres naturais, mas aí também está havendo carência de bom senso, pois as condições topográficas são completamente diferentes.

O ponto em questão é: a dificuldade humana em lidar com perdas massivas de vidas sentindo-se, portanto, impotente. É a ingênua pretensão humana de ter controle sobre tudo.

Não temos. Nesses momentos isso fica muito claro afetando então o raciocínio lógico das pessoas.

Como a consciência humana sempre foi limitada, nunca conseguimos ver o panorama total dos acontecimentos no planeta.

Por exemplo: numa sociedade cada vez mais individualista e autocentrada é exatamente esses desastres naturais que trazem à tona e à ação o inerente sentimento humano de solidariedade.

Nós estamos precisando disso, resgatar nosso humanitarismo, lembrar que é mais importante ser do que ter.

A futilidade chegou a um nível colossal como o demonstra a reportagem que a Folha de São Paulo de 09/01/11 publicou sobre os ricos e super ricos no balneário Jurerê Internacional de Florianópolis, onde: “Com amigos, ele pagou, em um dia, R$ 20 mil de consumação para ficar na piscina do Cafe de la Musique.”

Desastres grandiosos como esse da serra do Rio podem ser chamadas para o despertar humano da consciência. Servem para lembrar o que é mais importante: a vida!

Que tal levar isso em consideração e não só maldizer as autoridades ou qualquer outro bode expiatório?

Imagem: http://g1.globo.com/

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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A dificuldade humana com as diferenças

diferenças

É bem sabido que a humanidade sempre pautou suas interações com os demais pelas suas diferenças ao invés de pelas suas semelhanças. Que coisa, né?

As relações pessoais e interações entre países, entre religiões, entre facções políticas, por exemplo, seriam tão mais fáceis e provavelmente mais harmoniosas se fossem pautadas no que nos assemelha ...

A humanidade como um todo possui inúmeras semelhanças independentemente da região do globo onde vive, com suas diferentes culturas e hábitos.

Salvo pessoas com deficiências, somos todos constituídos por corpos físicos semelhantes: uma cabeça, tronco e dois membros superiores e dois inferiores. No interior de nossos corpos também somos todos iguais, o sangue de todo mundo é vermelho e assim por diante. Os sentimento de amor e amizade existem pelo globo todo. Também o do ódio.

Enfim, já notaram que estou falando do óbvio, não é? Fiz de propósito porque parece que muitos se esquecem disso.

Quanto menos consciência uma pessoa tem, mais dará ênfase às diferenças entre ela mesma e o outro com o qual está interagindo. Diferenças de cor, raça, idade, classe social, nacionalidade, crença religiosa, preferência política, time de futebol e esta lista vai ad nauseam.

Qual a origem dessa característica humana? Não tenho a resposta, mas arrisco palpitar que as crenças desenvolvidas ao longo de nossa História têm muito a ver com isso.

Por exemplo: as crenças no “normal”, no “usual”, no “estatisticamente preponderante” ditam e governam grande parte de nossos conceitos e consequentemente nossas atitudes.

Existem crenças globais e outras culturais ou diferenciadas por país. Hoje vou me deter numa crença que é global, e o é porque faz parte de uma característica que todo ser humano possui: a sexualidade. Pois bem, a crença é a de que ser “normal” é ser heterossexual.

Nossa crença na normalidade de alguma coisa é bastante questionável desde que ampliemos nossos horizontes cognitivos. Tudo bem, os heterossexuais são a maioria, mas por que cargas d’água quem não o é precisa ser anormal e não simplesmente diferente?

Nós não consideramos os surdos de nascença ou alguém que nasce sem as pernas anormais, não é? Os consideramos deficientes ou diferentes.

Ah, eu sei que os religiosos dizem que homossexualidade é um comportamento obsceno, como se fosse meramente um comportamento. Não o é. As pessoas já nascem homossexuais e cabe a cada um, mais tarde, assumir ou não sua diferença de preferência, gosto ou orientação sexual. Como não sou homossexual eu não sei exatamente como é isso.

O que existe é muita ignorância por parte dos heterossexuais sobre essa condição humana. E por ser o sexo um assunto ainda tabu, muito preconceito também.

Atualmente está no Senado um Projeto de Lei para criminalizar a homofobia e o mesmo está causando um rebuliço danado entre os heterossexuais preconceituosos e entre os religiosos das diversas facções.

Estive navegando e lendo bastante na internet depoimentos diversos sobre o Projeto. Seria de rir, se não fosse pra chorar as barbaridades que li.

De um bacharel em Direito sobre os homossexuais:

“Quer dizer: quem não pauta sua vida segundo os postulados da razão, do bom senso, sem o perceber, como que preso por um entorpecimento ou aniquilamento do raciocínio, passa a julgar ser razão viver sob o jugo dos instintos e das paixões, dos apetites mais baixos da sensibilidade.” ...

“Com Reinaldo Azevedo, jornalista de Veja, devo dizer que a verdadeira minoria no Brasil é composta de homens, brancos, católicos, heterossexuais e de classe média. Essa minoria, sim, apanha de todos os lados.” ...

“Não se diga que a discriminação baseia-se no princípio da dignidade humana porque não há argumento lógico ou científico que demonstre ser o homossexualismo digno do homem.” (Paul Medeiros Krause - http://jus.uol.com.br/revista/texto/9306/projeto-de-lei-no-5003-b-2001-crimes-de-homofobia)

Dá para perceber nessas palavras toda a ignorância contida sobre o assunto homossexualidade. Esse senhor considera falta de uso da razão e ser uma escolha pessoal a favor de instintos (?) e apetites (?) baixos e ainda por cima se coloca na posição de vítima como minoria branca, católica e heterossexual. Tadinho, que vida difícil a dele! Aff

Li também o texto do Projeto e os argumentos contra de um Parecer que foi dado em uma das Audiências Públicas.

Eis alguns trechos do Parecer:

“O texto do projeto avilta em alguns artigos a liberdade de expressão de presbíteros em proclamar aquilo que crêem e professam.”

“Impede, de qualquer forma, deixar bem esclarecido que a orientação sexual quer heterossexual, quer de ?gênero?, não forma preconceito, mas conceito, porque diz respeito a comportamento.” ((sublinhado meu)

“... como é que se pode incriminar alguém por preconceito de ?gênero? ou crime contra a ?identidade de gênero? se o juiz ou tribunal não sabe exatamente o que isso significa? Isso pode gerar inúmeras interpretações, dificultando a própria aplicação da lei, o que fará uma pessoa ser enquadrada no tipo penal em razão de uma simples interpretação subjetiva de quem acusa ou julga, o que é absolutamente inadmissível no direito penal. O próprio policial, ao abordar um suspeito homossexual, pode ter sua atitude interpretada como discriminatória. Vão dizer: isso é preconceito de gênero, pois, o policial só abordou o cidadão porque ele é homossexual?. Tudo isso, porque não há uma definição legal do que possa ser ?gênero?? ou ?identidade de gênero?.” (Parecer do Dr. Paulo Fernando Melo da Costa - http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2011/01/483758.shtml)

Bom, após ler o Projeto e esse Parecer, devo dizer que em muita coisa concordo com ele. Como sói acontecer em nosso país querem aprovar mais uma lei burra!

O texto é inconstitucional em algumas partes e ambíguo em outras. Se for aprovado como está causará um caos nos futuros processos que venham a ocorrer.

Esse Projeto vem rolando desde 2001, tendo sido aprovado na Cãmara (quantos descerebrados existem lá?) e agora está tramitando no Senado.

Se tivesse uma redação mais coerente e totalmente constitucional já teria sido aprovado há muito tempo.

No meu leigo entender, os direitos dos homossexuais já estão amparados pela Constituição no seu Art. 5° - X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

Enfim, enquanto houver a ignorância, o preconceito e a intolerância com os diferentes parece que a solução é votar leis que, pelo menos, punam crimes como os que temos visto ultimamente nos noticiários: homossexuais sendo agredidos brutalmente.

Reflita, se você for pai ou mãe: seu filho/a pode ser um homossexual sem que você o saiba e futuros pais também poderão ter filhos assim.

Imagem: uniblog.com.br

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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Batalhas entre ateus vs. crentes


Vamos expandir a consciência para não haver o risco de cair em fanatismo?

Há dias em que minha diversão é ler páginas da web escritas por ateus e/ou céticos. E por que acho divertido? Que fique bem claro que a diversão não é absolutamente com relação às pessoas, pois admiro a muitos por sua inteligência e cultura, mas é porque eles usam o mesmo método que os crentes para convencer suas prováveis “vítimas”. rsrsrs

Os sites ou blogs religiosos, para convencer os incrédulos usam e abusam de citações bíblicas, muitas carregadas de ameaças àqueles que não seguem os mandamentos de Moisés.

Os sites ou blogs dos ateus recheiam suas páginas com citações de filósofos e pensadores célebres com frases plenas de lógica, na acepção deles irrefutável, “provando” que Deus não existe.

Ambos os lados também usam a emoção em vez da razão, embora os ateus sejam mais racionais, muitas vezes alguns são bem fanáticos, o que demonstra emocionalismo e não razão.

Os crentes rotulam os ateus de “seguidores do diabo”, de indivíduos que não acreditando em Deus também não acreditam no amor, de pessoas sem ética ou moral.

Os ateus rotulam os crentes de “bestas quadradas”, carentes de razão e de não usarem a massa cinzenta.

Recentemente os ateus, reunidos em uma Associação, quiseram veicular cartazes nos ônibus de algumas cidades brasileiras à exemplo do que já ocorreu na Europa. Não tiveram resultado porque as empresas publicitárias e companhias de ônibus se recusaram a veicular os cartazes. A Atea, Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos diz que irá entrar na justiça reclamando seus direitos.

Bom, vamos analisar o mais imparcialmente possível os fatos.

Nesta campanha idealizada pela Atea, segundo o site: “Nossos objetivos são conseguir um espaço na sociedade que seja proporcional aos nossos números, diminuindo o enorme preconceito que existe contra ateus, e caminhar rumo à igualdade plena entre ateus e teístas, que só existe quando o Estado é verdadeiramente laico - o que está muito, muito longe de acontecer.”

Segundo meu ponto de vista, seus objetivos são claramente justos e democráticos. Existe sim enorme preconceito em relação aos ateus e sim o nosso país se diz laico, mas não o é na realidade (veja aqui). Mas ... acho que os ateus não foram muito felizes com as idéias destes dois cartazes:

 
A lógica deles foi a de que as pessoas entendem os conceitos a partir de comparações, mas esqueceram um detalhe importante: como boa parte dos crentes não utiliza mesmo a razão, o que conseguiram foi uma gritaria geral. Creio que uma grande maioria das pessoas crê que Hitler não acreditava em Deus por ter sido o carrasco que foi. Os ateus também utilizaram a figura de um “crente” que por ser fanático provavelmente tinha uma visão muito distorcida de fé e de Deus.

Quanto às torres gêmeas, sua escolha realmente vai contra a nossa Constituição, pois ataca, indiretamente que seja, a religião de uma parte de nossa população – os muçulmanos.

Nestas outras duas eles acertaram em cheio:

 
Conclusão? Nem ovos nem pintos.

Creio que a Atea perdeu uma ótima chance de reivindicar os direitos de ateus e agnósticos. Sim, porque se a sociedade brasileira pode ser bombardeada diariamente com mensagens televisivas e radiofônicas das mais diversas facções religiosas, por que os que não creem numa fonte divina não podem se manifestar também?

Existe alguma lei no nosso país ou planetária que diga ser proibido não crer em Deus? Que eu saiba, não.

Parece-me que democracia quer dizer direitos iguais para todos.

Do que leio nas páginas dos ateus, concluo que muitos deles estão perdidos, desiludidos com a humanidade e consequentemente com a sociedade, carentes de algo que preencha o vazio da existência num mundo violento, hostil, impiedoso e desumano.

Do que leio nas páginas dos crentes vejo pessoas que dizem seguir ao Cristo, mas não perdoam o mínimo deslize dos que não seguem suas crenças. Vejo muito preconceito com ateus e homossexuais. Vejo muitas citações bíblicas, mas não vejo uma análise crítica das mesmas.

Na realidade quando a gente tem certeza, mas certeza mesmo, daquilo em que se crê, não precisamos argumentar, discutir ou questionar. A gente sabe.

Concluindo: creio que ambos os lados, crentes e ateus, não têm certeza do que crêem ou deixam de crer. Nessa parada os que estão mais tranqüilo são os agnósticos, pois neles não percebo laivos de fanatismo. rsrsrs

Imagens: http://www.atea.org.br
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sábado, 8 de janeiro de 2011

O drama nosso de cada dia

drama
Por que a humanidade vive em constantes dramas? Conflitos nos relacionamentos, no ambiente de trabalho, com os familiares? Doenças e achaques diversos? Crises financeiras ou existenciais ou espirituais?
Raros são os momentos em que não há um drama acontecendo com alguém,
Como tão bem coloca a Análise Transacional (teoria de personalidade, de Eric Berne), nós usamos jogos psicológicos (um conjunto repetido de transações, não raro enfadonhas, embora plausíveis e com uma motivação oculta) o tempo todo e no meu caminho de expansão da consciência, através dos mestres ascensionados, me foi colocado ser o drama um desses jogos (com a diferença de não ser um jogo transacional, mas um jogo solitário).
Como psicóloga conheço bem do que é capaz a mente humana em matéria de desvarios, mas por alguma defesa inconsciente minha não conseguia aceitar que os nossos dramas, todos eles, fossem mais um dos jogos psicológicos que usamos.
Ficava me perguntando: quer dizer que procuramos o sofrimento, que vamos ao encontro dele? Eu, pessoalmente, odeio sofrer, é algo que me irrita profundamente, então continuava me analisando e procurando ver como eu tinha “criado” ou “atraído” tal ou qual drama pelo qual já tinha passado.
Foram muitos anos de auto-análise e auto-observação constante com momentos de aceitação de minha responsabilidade na criação do drama e outros de negação, negando e/ou projetando minhas mazelas, atribuindo-as a outrem ou circunstâncias externas.
Bom, aos poucos, com o crescimento de minha auto-estima, os dramas foram diminuindo e comecei a notar que, na maior parte do tempo, eu vivia em estado de paz interior, a chamada paz de espírito. Finalmente, então, admiti que meus dramas eram criados ou atraídos por mim mesma. O passo a seguir foi, quando da aproximação de um próximo drama, analisar detidamente o que estava acontecendo e o porquê. E assim o faço até hoje.
Dentre as crenças limitantes que temos, a de que a vida aqui no planeta é um mar de lágrimas, intercalado por momentos bons, é mais uma delas.
É uma crença bem introjetada em nosso psiquismo. As pessoas acham que sofrer faz parte da condição humana.
Outro dia assisti a um exemplo disso num programa televisivo onde ouvi um dos participantes dizer que ter a vida tumultuada e conflituosa é um tipo de paz de espírito. Outro disse que pessoas muito zen, com paz de espírito eram muito chatas de se conviver.
A que cúmulo chega a hipnose humana nessa Matrix em que vivemos! Estar tão acostumados com o drama, o conflito e o negativo que a pessoa fora desse contexto é considerada chata!
Claro, pois o drama acrescenta adrenalina ou como os mestres dizem: “nos faz sentir que estamos vivos”. Eles dizem que criamos o drama para afastar o tédio. E é verdade. Achamos a vida sem graça quando nada de diferente ou excitante acontece e como crianças, que fazem birra para chamar a atenção, criamos dramas para nos entreter já que, por estarmos tão afastados de nossa real e criativa essência, não conseguimos criar conscientemente eventos apaixonantes e excitantes.
A essas alturas sei perfeitamente que alguns de vocês estão sentindo como se tivessem levado um soco no estômago e outros estão balançando a cabeça e pensando: quanta besteira isso tudo, não é assim, mesmo.
Eu sei, já pensei assim também. Já usei de todas as racionalizações (sou boa nisso porque sou inteligente) possíveis e imagináveis.
Não adianta espernear, nós somos os responsáveis por tudo, absolutamente tudo o que acontece conosco, seja porque o manifestamos conscientemente ou, o que é pior, inconscientemente.
Sei que a maioria das pessoas, por não se conhecerem ou por nunca terem feito alguma terapia costumam atribuir a “culpa” de muitas das suas desgraças a fulano, beltrano, ao governo, à má sorte e alguns, religiosos, a atribuem ao “diabo” porque esse ... he he he tem as costas largas ...
Enquanto o ser humano não se conscientizar e aceitar que é o criador de sua realidade continuará sofrendo, não tendo paz de espírito, adoecendo (somatizações), sendo “vítima” e padecendo de todas as mazelas que até hoje caracterizam tão bem a existência humana.
PS. Ah, eu tenho muita paz de espírito, raramente surge algo com cara de drama na minha vida (logo analisado) e absolutamente não sou chata!
Imagem: artesromanas.blogspot.com
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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Você acredita em destino? Em sorte também?

Destino
Existem algumas crenças que, para mim, foram bem difíceis de livrar-me delas. Uma foi a existência da sorte e outra a do destino. Crenças são osso duro de roer, elas grudam na gente que nem chicletes.
Quando nascemos nossa futura vida não está predestinada e sim condicionada a predisposições. Parece a mesma coisa, mas não é. Na predestinação a pessoa não tem escapatória, ela necessariamente terá de passar pelo que está predisposto – é o chamado destino. Contudo quando existe somente predisposição, a pessoa estará mais sujeita a alguns eventos do que a outros, nada além disso.
Já expliquei, em post anterior, que toda a humanidade acredita em carma, pois é um conceito que se encontra em nossa memória atávica, em nosso DNA, portanto antes de reencarnar novamente cada ser decide as linhas gerais do que será a próxima vida no sentido de “resgatar” seu carma ou ,se é alguém que adora “repetir de ano na escola Terra”, fazer as mesmas besteiras que já fez antes.
Vemos, portanto, que há um script a ser seguido, mas é aqui que se encontra a chave do mistério, esse script é esquecido ao nascermos novamente. Digamos que ele continuará a existir a nível inconsciente. A isso chamamos predisposição.
Ao nascermos, todos nós somos dotados de livre arbítrio e é ele que determinará o que faremos ou não.
A cada minuto de nossas vidas estamos construindo nosso futuro a partir das escolhas que fazemos.
A parte difícil disso é que boa parte das vezes nossas escolhas são produto de motivações inconscientes. Produto de traumas, recalques, baixa auto-estima, carências, medos, crenças limitantes e sei lá mais de que lixo nossa “caixa preta” mantém armazenado. Daí a máxima importância de aprofundarmos nosso autoconhecimento se quisermos ser pessoas mais realizadas e de bem consigo mesmas e com a vida.
E a sorte? O que é?
A sorte também é produto de nossas escolhas.
Eventos futuros predeterminados não existem, o que existe são vários potenciais de eventos (as profecias não realizadas aí estão para comprová-lo). A cada escolha que fazemos em nossas vidas nós estamos pegando um “ticket” da caixinha chamada futuro. Se pegarmos o ticket “zebra” nos ferramos, se pegarmos o premiado podemos acertar na loteria ou conhecer a pessoa de nossos sonhos, etc.
Aqui também o difícil é que geralmente não sabemos quais são os potenciais disponíveis e muito menos quais escolhas levarão à concretização do potencial que desejamos manifestar.
Bom, esse é o jogo chamado “ser um humano encarnado”.
Parece injusto? Aparentemente sim, mas fomos nós mesmos que assim o escolhemos lá atrás, há muito, muito tempo.
Existe saída desse jogo “cruel”?
Sim existe. A saída é expandir a consciência, tarefa nada fácil, pois somos preguiçosos, acomodados e complacentes.
Seres de consciência plenamente expandida têm autodomínio (para fazer boas escolhas) e conhecimento de seus potenciais futuros. Tá bom assim ou querem mais? rsrsrs
Isso é maestria. Um dia todos chegaremos lá.
Imagem: florianopolis.olx.com.br
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