"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Acredita em tudo que lê ou ouve?

hoax

Em outro post falei sobre os que não têm mente aberta e o ceticismo burro, hoje vou abordar o oposto: acreditar em tudo que se lê ou ouve.

Existem muitas pessoas assim, de uma ingenuidade atroz e isso pode ser perigoso ou, no mínimo, pernicioso.

É incrível a quantidade de e-mails que se recebe relatando as mais diversas desgraças e pedindo ajuda.

Após algum tempo recebendo-os, certo dia resolvi fazer uma pesquisa na Internet sobre um determinado caso de criança desaparecida.

Fiquei pasma ao descobrir um site onde constavam n casos semelhantes e todos falsos. São o que o pessoal chama de hoax (palavra inglesa que quer dizer embuste). No mesmo site ainda vi considerável número de outros tipos de embustes que rolam na rede.

Bem, após tantos anos existindo a Internet eu continuo recebendo esse tipo de e-mail:

- Procura-se criança desaparecida ou seqüestrada (uma que realmente estava desaparecida, já foi encontrada há bastante tempo).

- Não abra o link xyz, irá queimar seu disco rígido.

- Não coma isso porque faz mal pra aquilo ou não beba aquilo porque faz mal pra isso.

- Chineses usam preservativos na fabricação de elásticos para cabelo.

- Mondex o biochip da besta, a nova moeda e o apocalipse.

- Etc.

Principalmente há que se tomar cuidado com todas as mensagens que tratam da saúde. Sim, algumas podem conter conselhos ou advertências úteis, mas outras podem causar algum mal.

Outro tipo de assunto que campeia na web são as matérias sobre conspirações. Além dos e-mails, há os blogs e vídeos no Youtube. Vão desde as barbaridades cometidas pelo governo norteamericano às “grandes conspirações” como o Clube Bilderberg, a seita Skull and Bones e os mais famosos: os Illuminati.

Aqui não vou negar a existência de tais conspirações, há demasiados registros de suas atividades para ser possível negá-las. Contudo na atualidade está havendo um fenômeno interessante, um mix de temas, preocupações, medos, incertezas, fatos, tudo se misturando no caldeirão fervilhante de uma sociedade altamente informada e informatizada, com uma fatia dela carente de perspectivas e outra em processo de conscientização e toda ela como possível vítima da violência. Ufa!!

Coexistem ateus, cada vez mais acirrados em suas posições, crentes evangelizando aos berros nas rádios e canais de TV, céticos burros, seguidores da Nova Era viajando vertiginosamente na maionese, crentes em conspirações e por aí a fora. Uma boa parte de qualquer dos grupos – fanatizados.

Que mistura, não? Lembra aquele prato que se faz com todos os restos de comida. rsrs

Esse tipo de situação em que estamos vivendo requer mais do que nunca bom senso e muita precaução com toda e qualquer informação que recebamos, seja através da \internet, TV e demais mídias.

Qualquer informação que nos afete emocional ou intelectualmente deve ser checada. Isso é o mínimo que podemos fazer para evitar sermos vítimas dos inumeráveis embustes que pululam por aí nos dias atuais.

É preciso expandir a consciência, observar que há indivíduos ou mídias que mentem descaradamente, outros nem sabem que estão mentindo, são simplesmente enganados por falsas evidências ou fatos construídos com a aparência de verdadeiros.

Quanto às conspirações, lembrem que elas precisam de segredo para ter sucesso e a web já se encarregou de denunciar tudo (verdadeiro ou falso).

Acordem. Comecem a ter discernimento e a usar o bom senso. Inclusive registrem que o que leem aqui é a minha visão, a minha verdade do agora, que pode mudar, não precisa ser a sua.

Imagem: fanpop.com

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sintomas do despertar ... da Matrix

despertar

Existe uma necessidade que é inerente a todo ser humano, faz parte de nossa essência, sendo esta o verdadeiro ser – a totalidade do ser e não só a expressão física que caminha sobre o planeta: a necessidade de encontrar ou ter contato com o Criador.

Essa necessidade se manifesta de várias maneiras, variando de indivíduo para indivíduo. Em alguns se manifesta como uma tristeza indefinida, em outros como um sentimento de incompletude (a busca da alma gêmea) ou solidão ou, em outros ainda, como falta de propósito para o viver – uma frustração profunda.

O conhecimento de que somos todos oriundos da mesma Fonte, que somos seres divinos e grandiosos está contido dentro de nós, no nosso DNA e explica muito bem o desejo pelo poder demonstrado por muitos, a busca de alguns, mania para outros, pela perfeição Para alguns está tão escondido na “caixa preta” que conscientemente a pessoa diz não acreditar em Deus. Não existe nenhum problema aí, foi o que a pessoa escolheu experienciar nesta existência e não há julgamento por parte do Espírito (o Criador).

Aliás, o Espírito não julga e muito menos condena. As estórias da Bíblia sobre a ira divina ou são mau entendimento dos canalizadores da época ou, na minha opinião, poderia Jeová ser um E.T. com boas intenções mas com má execução dos seus propósitos. (as estórias da Bíblia ainda são um grande ponto de interrogação para mim).

Nós estamos atravessando um período da existência humana totalmente diferente de todos os anteriores, onde o nível de consciência está aumentando, onde há milhões de pessoas já despertas e outras em processo de despertar.

O que desencadeia o despertar? Aqueles que vão ler nosso trabalho conjunto são os que vão procurar, realmente, coisas como “o livro que cai da prateleira”. Agora, uma série de outras coisas fez com que Vince lhe desse o livro. Você estava pronta para ele, mas costumam dizer que é o livro que cai da prateleira; o filme que, de repente, faz alguém conceber a vida de um modo inteiramente diferente; um sonho muito ruim, aterrorizante, que faz alguém passar para um nível em que nunca esteve antes; um cônjuge, uma pessoa amada que morre; a primeira vez que alguém se defronta com a morte. A pessoa sabe que a morte existe, mas, na verdade, nunca se defrontou com ela. Pode ser algo como um acidente de carro; um acidente de carro que faça a pessoa passar por algum tipo de trauma, ou mesmo entrar num coma, mas que a arranque da zona de conforto.

Pode ser, simplesmente, o fato de acordar um dia e perceber que se está sozinho. Ou, repentinamente, pode se tomar consciência de sua curiosidade devastadora. Essas coisas vêm fermentando por existências e existências – e vocês, finalmente, se conectaram com elas.” (Adamus, canalizado por Geofrey Hoppe, Círculo Carmesim)

O que é despertar? Simplificando: é sair da hipnose coletiva em que sempre vivemos (ver A Matrix de todos nós).

Primeiro vem a consciência de que se está vivendo na Matrix, um sistema louco, desumano e antinatural e a seguir vem a busca da Divindade como um direito inato do ser humano.

Muitos pensam que para começar o caminho da espiritualidade (encontro da Divindade) é necessário fazer cursos e seminários, experimentar alterações de consciência, ler tudo que encontrar sobre extraterrestres, magia, fenômenos paranormais ou mistérios, etc. Nada disso. Para encontrar a divindade o primeiro passo é entrar para dentro de si mesmo. É se auto-analisar para aumentar o autoconhecimento. Só aumentando o autoconhecimento a pessoa conseguirá livrar-se das crenças limitantes e escapar da Matrix.

Quando o despertar para a Divindade interior começa, uma série de sintomas e/ou fenômenos ocorrem com os despertantes nessa primeira fase.

Nosso propósito aqui é divulgá-los para o esclarecimento porque são muitos os que pensam estar doentes fisicamente ou ficando loucos.

Vou listar alguns mais comuns, mas provavelmente existem outros que desconheço.

- Freqüentemente sono interrompido entre duas ou três horas da madrugada.

- Dores no corpo sem causa aparente, principalmente nos ombros e costas.

- Muito cansaço.

- Diarréias e/ou vômitos sem explicação pela medicina (os médicos não descobrem a causa).

- Sensação de flutuação ou como se faltasse o chão.

- Desorientação espacial e/ou temporal.

- Ouvir vozes (dentro da cabeça). Ver vultos, ter sonhos muito vívidos.

- Ver cenas, imagens na tela mental sem explicação aparente.

- Aumento de apetite, acompanhado ou não de ganho de peso.

- Tristeza e/ou choro sem saber a razão.

- Sentir-se desconfortável em ambientes com multidão (shoppings, por exemplo).

- Sentimentos de desagrado com o emprego ou ambiente de trabalho.

- Para alguns, distanciamento afetivo dos familiares.

Deu para perceber por que as pessoas acham que estão ficando loucas? Pois é, mas a coisa se passa assim mesmo. É desnorteante.

Vejam bem que nem todas as pessoas têm os mesmos sintomas ou algumas podem ter todos eles.

Os já despertos não têm explicações lógicas para alguns sintomas, ainda somos muito ignorantes sobre esses assuntos, só podemos adiantar que é somente uma fase e que aos poucos a gente vai se acostumando tanto com “coisas estranhas” acontecendo que de repente vira rotineiro.

Paralelamente a tudo isso começam a se suceder as sincronias e esta é a parte ótima, rsrs mas este assunto é para um outro post.

Imagem: encantandotempo.blogspot.com

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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Por que não?

circle 1

Essa é a pergunta que faz a mente aberta.

Infelizmente parece que pessoas de mente aberta são uma minoria. O mais comum é encontrarmos preconceitos, estereotipias, “donos” da verdade e ceticismo burro.

O que é ceticismo burro? É fincar pé na própria visão estreita de mundo.

Sempre fui cética, costumo botar um pé atrás quando ouço ou leio algo inusitado ou com aparência de fantasia, contudo sempre tive mente aberta também. É nessas ocasiões que me faço a pergunta: por que não, ao invés de refutar de saída a nova informação.

Há indivíduos que dizem os círculos nas plantações ser obra de humanos e que nada tem de misterioso ou de misticismo envolvido. Segundo depoimentos de observadores in loco, os falsos, realizados por humanos, têm as plantas com as hastes quebradas ao passo que nos outros, “misteriosos”, as hastes são apenas curvadas.

Bom, eu não estive em tais locais e não posso afirmar nada, mas já vi as fotos das plantas com as hastes curvadas, portanto por que não podem ser os círculos criados de forma misteriosa para nós humanos?

Este é um dos mistérios atuais, mas lendo os registros históricos encontraremos muitos fatos misteriosos no decorrer de nossa história.

Um bom exemplo de ceticismo burro é o daquele senhor que oferece um milhão de dólares a quem quer que prove algo paranormal ou misterioso.

Eu o ouvi, numa recente entrevista, dizendo que o que os médiuns espíritas chamam de falar com os espíritos não passa de enganação porque o que eles fazem é simplesmente dizer coisas genéricas que algum dos ouvintes vai tomar como dirigida a si.

Já estive em sessões públicas em casas espíritas onde, do que ouvi, tenho de concordar com ele, por outro lado já ouvi e vi casos de médiuns incorporados que não deixaram a mínima dúvida quanto a estarem se comunicando com algum desencarnado.

É muito fácil taxar de mentira ou fraude eventos “misteriosos” sem pesquisar e estudá-los a fundo.

Pessoas condicionadas pelas crenças judaico-cristãs que não admitem a reencarnação (porque na Bíblia diz que ela não existe) também não vão a fundo pesquisar e principalmente experimentar se a coisa é ou não real.

Canalizações são chamadas por muitos de conteúdos provenientes da mente do sujeito que está alucinando ou tendo delírio histérico. Então eu pergunto: o cético da vez já participou de algum evento onde seres de luz transmitem seus ensinamentos através de um canalizador?

A resposta é não porque qualquer pessoa que assiste a uma canalização (não de qualquer um) jamais dirá que é uma fraude porque não conseguirá negar o que sente durante esses eventos (a energia de amor é muito forte).

Ah, canalizadores não fazem o que muitos pastores de algumas religiões costumam: usar técnicas de PNL para colocar a audiência em estado alfa, quando fica fácil aceitar tudo o que é ouvido como verdades insofismáveis.

Há muitos canalizadores que estão canalizando o produto de sua própria mente ou de seres interessados em manter a humanidade no atual estado de ignorância e falta de consciência. É sempre proveitoso se ter um pé atrás e não sair acreditando em tudo que se vê, ouve ou lê.

O argumento mais usado pelos céticos é: se a ciência não pode provar, não é real. Sempre que ouço ou leio isto eu fico me perguntando: mas de onde essa criatura tirou que a ciência sabe tudo ou pode provar tudo?

Quantas coisas a ciência já afirmou no passado e depois teve de voltar atrás? E ainda: a ciência tem mecanismos ou aparelhos para medir manifestações ditas paranormais?

O nosso conhecimento científico está muito desenvolvido, mas até agora nem sequer começou a investigação (salvo exceções geralmente desacreditadas) de fenômenos chamados paranormais ou de coisas que não podem ser vistas ou medidas com os atuais aparelhos existentes.

Então, se a nossa ciência não sabe tudo por que não aceitar que existem coisas que são reais, mas que não podemos ver ou provar?

Afinal o que é real e o que não é?

Toda noite, quando sonhamos, é absolutamente real o que experimentamos. A gente fala, ouve, sente frio ou calor, sente medo ou alegria, experimenta orgasmos, enfim tudo se passa como quando estamos acordados. As sensações são as mesmas, no entanto chamamos aos sonhos de fantasia ou ilusões. Por que não pode ser uma diferente realidade? Por que não?

A mesma coisa com o experimentado com drogas ditas “alucinógenas”. Por que não ser uma outra realidade?

A esta altura tenho a certeza que os leitores de mente aberta estão, no mínimo, se questionando. Questionando suas certezas...

Eu já me dei conta há bastante tempo que não tenho certeza de nada, que não sei nada e que há um mundo desconhecido ainda por ser descoberto.

É bom lembrar que as coisas nem sempre são o que parecem.

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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O pai, o adulto e a criança de todos nós

pac

No post Existe uma criança dentro de você ... já comentei sobre a teoria de personalidade criada por Eric Berne – a Análise Transacional.

Segundo Eric Berne a nossa personalidade é formada por três partes bem diferentes (chamou-as Estados do Ego) e que começam a atuar já na primeira infância, quando éramos bebês.

Do nascimento até mais ou menos um ano e meio, nós somos puramente instintos e emoções. Um bebê não compreende nada, ele só sente e esse comportamento não desaparece quando crescemos, ele continua operando, só que de forma diferente. Portanto nós continuamos com uma parte infantil dentro de nós que representa as emoções, a tristeza, a diversão, o prazer, o sexo (porque é instintivo), o choro e tudo o que se refira aos cinco sentidos. É a nossa CRIANÇA interna.

Ao redor de um ano, um ano e meio, o bebê começa a bisbilhotar tudo que o rodeia, os objetos, os móveis, as pessoas da casa, etc. É aquela fase em que ele começa a mexer em tudo, tudo quer ver e tocar. É nessa idade que começa a se desenvolver uma outra parte da nossa personalidade, o ADULTO, a parte que raciocina; que procura saber o porquê das coisas; reflete sobre a realidade que a rodeia e de acordo com essa reflexão é que vai tomar uma atitude frente a uma situação, pesa os prós e os contras e age segundo a razão e não as emoções; pede e dá informações. A nossa parte de ADULTO não tem emoções, é pura razão.

Vimos, então, que já nascemos com a parte CRIANÇA e que o ADULTO se forma algum tempo depois, porém não podemos esquecer que não vivemos sozinhos; desde o nascimento o bebê está rodeado por pessoas que vão cuidá-lo, alimentá-lo e educá-lo. Em geral isto é feito pelos pais.

Você já deve ter notado como as crianças, desde cedo, imitam seus pais nos gestos, atitudes ou maneira de falar. É porque os pais são os modelos que elas têm de como se comportar. Tudo o que os nossos pais dizem ou fazem fica registrado em nossa mente para sempre, contudo a maior parte fica inconsciente. Quando crescemos a nossa tendência será a de repetir as atitudes deles sem nos darmos conta disso. Portanto temos permanentemente um pai dentro de nós ou uma mãe (para simplificar dizemos somente PAI, reunindo as duas influências de comportamento que herdamos).

É a nossa parte que serve para educar, proteger, alimentar, normatizar, criticar, dirigir e ensinar a viver em sociedade. É toda a herança que recebemos de nossos pais (ou pessoas que os substituíram) quanto a normas, tradições, leis, etc.

A parte de PAI pode assumir três formas de comportamento: CRÍTICO, aquele que critica, castiga, julga,.

Pode ser PROTETOR, aquele que não só protege, mas também cuida, alimenta, orienta sem imposição e é permissivo.

Por último o PAI pode ser BRUXO (assim chamado por Berne), aquele que incute medo e preconceitos, estimula sentimentos de fracasso e culpabilidade. Esta é a pior parte. Pobre de quem teve um pai ou mãe assim.

Assim que as três partes se encontram formadas, nós começamos a agir ora usando uma, ora outra, às vezes duas ou as três juntas. Este uso de uma parte ou de outra vai depender do tipo de mensagens que recebemos de nossos pais e a nossa reação a elas, se as aceitamos ou rejeitamos.

Se você pensar um pouco vai ver como lembra de pessoas que estão sempre rindo, brincando, bem humoradas. São as que usam mais a CRIANÇA interna. Outras vivem sisudas, dando ordens ou conselhos, são as que usam mais a parte de PAI. Já outras são mais racionais, não tendo problemas de relacionamento porque usam mais o ADULTO que determina o momento adequado para agir com a CRIANÇA ou com o PAI internos.

Nas relações interpessoais, a vantagem de quem conhece esta teoria é conseguir identificar qual parte a outra pessoa está usando em determinado momento e procurar interagir com ela usando a sua adequada parte interna. Por ex;

1) O chefe grita com você ou lhe dá uma ordem em tom brusco. Ele está usando o Pai Crítico interno. O melhor que você tem a fazer é reagir com o seu Adulto, pois se reagir com sua Criança ou seu próprio Pai Crítico vai haver um conflito.

2) O marido chega em casa, após o trabalho, e começa a se insinuar para a a esposa. Ela ao invés de responder à investida com sua Criança, o que levaria a uma relação sexual, começa a usar seu Pai Protetor perguntando ao marido como estão suas costas, se já se sente melhor da dor, etc. É claro que o marido vai ficar desapontado (pra não dizer outra palavra...rsrs) ou bravo mesmo.

Conhecer os nossos Estados de Ego, além de contribuir com o autoconhecimento, ajuda muito na nossa interação com as pessoas, a tomar decisões, a se portar numa entrevista de emprego ou outra situação delicada, etc.

Imagem: http://www.colegiocesut.com.br/

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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A vida é simples, o ser humano é que a complica

vida simples

“A simplicidade é o último degrau da sabedoria!”

Esta é a frase que escolhi para este mês no blog. Por quê? O que me motivou? Sempre há uma motivação adjacente a cada ato nosso...

O que me motivou foi um antigo desejo (surgido na época da Faculdade) de resgatar a simplicidade.

O ambiente acadêmico foi decisivo na conclusão de meu status cognitivo. Explicando melhor: sempre tive a tendência natural de simplificar as coisas e na Faculdade recebi uma superdose de “como complicar as coisas e lhes outorgar grau de importância”. Aff!!

Na adolescência, quando comecei a ler os clássicos da literatura e alguns textos filosóficos chamou-me a atenção a quantidade de palavras despendidas em explicar coisas altamente subjetivas, portanto, no meu modo de ver, perda de tempo. Sim, porque se são visões ou conceitos subjetivos, cada um vai ter o seu.

Claro que eu, ignorantemente, posso ter uma ótica sobre determinado assunto carente de consistência e lendo ou ouvindo alguém com mais conhecimento aprimorar ou até mudar minha opinião. Afinal é para isso que serve o estudo.

Refiro-me, no entanto, a conceitos subjetivos ou questões para as quais não temos resposta. Por exemplo; definir ou conceituar o amor ou o sentido da vida.

É a maior perda de tempo falar ou escrever sobre isso! É aí que vale o “cada cabeça, uma sentença”.

Quero alertar também para os riscos de encher os miolos com palavras e conceitos de grandes pensadores. Não quero aqui anular sua importância. Eles contribuíram com o grau de desenvolvimento que atingimos, contudo também levaram muita gente à loucura ou ao suicídio, final meio que compulsório de quem pensa demais em assuntos que não tem solução.

Para onde vão as moscas no inverno? Pode ser que os zoólogos saibam, mas o resto da população mundial não sabe, então pra que se encucar com isso? rsrs

Lembro quando li um livro de Humberto Eco e fiquei muito p. da vida. Era uma edição brasileira, no entanto havia “n” parágrafos escritos em Latim. Pombas, Latim é uma língua morta! Afinal um romance é escrito para o grande público ou para uma pequena elite de eruditos?

Num certo trecho da história humana abdicamos do sentir em favor do pensar. Aí começou a complicação.

Vejam bem, quando sentimos, e sensação é um estímulo que vem através dos cinco sentidos, só existem três possibilidades: 1) prazer; 2) desprazer e 3) indiferença ou neutralidade. Simples assim.

Então falar ou escrever de forma difícil ou como “eles” diriam de forma vernacular não é sinal de sabedoria e sim de esnobismo e vaidades do tipo acadêmico.

Neste ponto da leitura alguém deve estar pensando: “ essa criatura é louca. Seu blog é sobre expandir a consciência e aqui fala para não pensar ...?

Nã na ni na não.

Expandir a consciência é fruto de: conhecimento e percepção e não de queimar a mufa!!

Os grandes filósofos e pensadores complicaram demais. Descobriram “chifres em cabeça de vaca”. rsrs Muitas pessoas, também, acreditam que ser “importante” é o que interessa e para isso usam e abusam não só de palavras difíceis, mas de demonstrações (sempre com plateia) de conhecimento sobre assuntos “relevantes” e complicados. Pobreza de espírito!!!

Outra forma de complicar a vida é o consumo de produtos não necessários.

Salvo por necessidade profissional, por que uma pessoa precisa ter dois ou quatro celulares ou um smartphone, um tablet e um notebook ao mesmo tempo?

Por que ter quatrocentos pares de sapato?

Por que um aparelho de TV em cada cômodo da casa?

São maneiras de complicar a vida, pois no caso das tranqueiras acumuladas dentro de casa, surge a necessidade de mais móveis para contê-las e mais espaço disponível.

No caso das parafernálias eletrônicas, vem junto com elas a ocupação do tempo do indivíduo.

Atualmente as pessoas reclamam tanto de falta de tempo e da correria em que vivem. A solução é refletir sobre como está levando a vida, se não a está complicando em vez de simplificar.

A vida é simples, o ser humano é que a complica.

Imagem: galeriaaberta.com

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O carma trocado em miúdos

carma

Continuando a expandir a consciência, vamos hoje ver um conceito que já tem dado “pano pra mangas”.

Como já disse em outro post, mesmo que você não acredite em reencarnação ou carma conscientemente esse conceito pode estar contido em seu DNA, transmitido através de um antepassado que acreditava nisso.

Não podemos ignorar conteúdos inconscientes gravados em nosso DNA já que eles explicam muitos sentimentos nossos e principalmente o que chamamos as nossas idiossincrasias.

Sei que há muitos que acreditam que o carma faz parte das regras divinas, só que a Divindade nunca estabeleceu regras, iria contra sua dádiva para nós do livre arbítrio.

O carma foi um conceito criado pelos humanos, provavelmente após o estabelecimento da primeira religião no planeta. Não esquecer que as religiões, todas elas, foram invenções humanas, criadas e estruturadas por humanos.

O ser humano é bom e puro em sua essência, contudo ao encarnar aqui, esquecido de onde veio, essa sensação de separação da Divindade deu “motivos” para os comportamentos destrutivos que conhecemos tão bem.

Atrelado ao advento das religiões veio a implantação da culpa nos corações humanos.

Mesmo na longínqua antiguidade já havia uma incipiente consciência e ao final da vida terrestre todo ser “sabia” num cantinho de sua psique que havia cometido atos não dignos, o que foi reforçado pelas religiões.

As religiões dessa antiga época aceitavam naturalmente a reencarnação, já que é um fato inerente à vida humana na Terra. Surge então a idéia de pagar numa próxima encarnação as dívidas morais acumuladas.

Eis, provavelmente, o início do conceito que após algum tempo virou uma crença e persiste até hoje.

Com o passar do tempo, com as religiões cada vez mais se sofisticando e acrescentando regras e dogmas aos seus princípios, o conceito de carma acabou se tornando um preceito divino.

Assim chegamos aos dias atuais onde tal conceito é amplamente aceito no lado ocidental do planeta graças ao trabalho realizado por Kardec, além, é claro, do grande contingente de seguidores da crença no Oriente.

Bom, se carma não é uma imposição divina, podemos nos ver livres dele? A resposta é sim. A causa de alguns mal entendidos a respeito do carma é que muitos ainda se deixam guiar por ensinamentos dados em outras épocas, como, por exemplo, os ensinamentos de Kardec. Acontece que o homem evoluiu em consciência e ensinamentos ou mensagens enviados a nós no século passado ou ainda anteriores não são mais válidos nos dias de hoje.

Agora, libertar-se do carma demanda uma considerável evolução de consciência. Requer seres responsáveis pela própria vida¹ e que não sentem mais necessidade, mesmo que inconsciente, de prejudicar seus semelhantes, o que, convenhamos, é uma diminuta percentagem da humanidade.

1. Ser responsável pela própria vida é não delegar a outros (Deus, satanás, a mãe, o motorista que deu-lhe uma fechada, etc.) ou fatores externos (o governo, a sorte ou azar, etc.) a responsabilidade por seus atos, sentimentos ou pensamentos

Imagem: http://www.let-verlag.de/ecards/2-bumerang.jpg

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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O que os nossos pais nos diziam. Ou ... Mensagens Parentais

mandatos

Como já comentei no post anterior, os pais ou pessoas que os substituem enviam às crianças constantemente mensagens que são percebidas como ordens pelos pequenos porque eles não têm ainda suficiente capacidade de discernimento ou juízo crítico.

Em grande parte das vezes em que isso ocorre as mensagens são não verbais, podem ser entonação da voz, expressões faciais ou corporais ou atitudes.

Os pais ou substitutos não têm consciência que estão enviando mensagens (poderíamos chamá-las de metalinguagem) às crianças o que torna o assunto mais delicado, pois não haverá então como evitar que ocorram.

Vou citar alguns exemplos para ficar mais claro como essas mensagens ocorrem.

- Se uma criança pequena, mas que já tem desenvolvimento suficiente para realizar certas tarefas rotineiras, como se vestir, calçar os sapatos, etc. não é estimulada a realizá-las, sendo os pais que fazem as coisas por ela, vai receber a seguinte mensagem: “Não consigo cuidar de mim ou sou uma nulidade”. Crescerá se sentindo uma pessoa menor, não muito capaz e que se voltará para os outros para que resolvam as coisas por ela.

- Quando na infância a criança é impedida de chorar (muitas vezes os adultos se sentem incomodados pelo choro) e/ou de rir muito alto (ser o que as crianças são: espontâneas), quando chegar à fase adulta terá dificuldade em manifestar ou expressar seus sentimentos.

- Muitas vezes os pais ou substitutos obrigam os pequerruchos a dar seus brinquedos ou constantemente repartir suas guloseimas com os amiguinhos (é diferente de ensiná-los a ser solidários). A mensagem subliminar aqui é: “não seja egoísta, nunca se coloque em primeiro lugar”. Tal mensagem gerará falta de amor por si próprio.

- Figuras parentais masculinas, quando tratam mal as esposas e a criança (também do sexo masculino), assiste os maus tratos, mesmo que sejam só verbais, futuramente será aquele tipo de homem machista e que não valoriza as mulheres.

- Pais que não dão suficiente atenção aos filhos estão enviando a mensagem: você não existe ou não merece atenção. Resultado? Futuro adulto com sentimentos de menos valia, baixa auto-estima.

- Uma mensagem muito perigosa e que infelizmente é bem comum: pais que um dia dizem ou fazem uma coisa e no dia seguinte dizem ou fazem o oposto. Ou ainda: o pai tem uma atitude e a mãe uma atitude oposta em relação às solicitações dos filhos. Na cabecinha da criança isso se traduz como: “as pessoas não são confiáveis”. Futuro adulto com dificuldade em confiar e/ou poderá enganar os outros, pois considera que eles também são enganadores.

Eis algumas das mensagens parentais transformadas em Mandatos pela Análise Transacional: "não viva", "não sinta", "não pense", "não cresça", "não seja você mesmo", "não faça", "não consiga" (fracasse), etc. (Portal BrAT)

“Pais muito críticos geram uma criança tímida e retraída. Pais super protetores tornam a criança dependente e insegura. Pais afetivamente carentes geram uma criança culpada. Pais omissos ou ausentes deixam a criança confusa. Pais muito exigentes e perfeccionistas geram uma criança indecisa, hesitante.” (http://www.veiga.net/)

Um fator importante a se levar em conta no tratamento dado às crianças pequenas é que elas são altamente sensíveis às energias contidas nas mensagens verbais que recebem. Se o adulto lhes diz alguma coisa num tom de voz que não corresponde à mensagem, elas perceberão e ficarão confusas, tirando suas próprias conclusões que não serão acuradas porque lhes falta suficiente compreensão e discernimento.

Bem, todas essas mensagens que recebemos quando crianças ficam registradas no nosso HD interno. Muitas ficarão conscientes, mas uma boa parte delas será inconsciente e aí é que reside o problema.

Ao chegarmos à idade adulta temos dentro de nós como se fosse uma “cartilha” de como agir ou se portar frente a determinadas situações sem falar nos sentimentos inconscientes de menos valia, carência, abandono ou como reação: sentimentos agressivos, cínicos, manipuladores, etc.

Felizmente nem todas as mensagens parentais negativas vão gerar problemas ao futuro adulto, pois há um fator chave envolvido: como a criança recebe ditas mensagens. Há essencialmente duas formas básicas: submissão ou rebeldia. A criança rebelde poderá ignorar não todas, mas algumas mensagens negativas recebidas. Vemos, portanto, mais uma vez a importância da nossa percepção. Ela atua influenciando o nosso psiquismo desde a nossa infância.

Finalizando, os mandatos parentais não precisam necessariamente governar o futuro adulto, desde que eles sejam conscientizados, eles podem ser anulados pelo portador. A maneira mais fácil e rápida é por intermédio de uma psicoterapia.

Àqueles que já são pais ou pretendem ser, lembrem que a criança precisa saber que é importante, digna de ser amada e principalmente aceita como ela é.

Imagem: brasilmelhor.net

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sábado, 5 de fevereiro de 2011

Existe uma criança dentro de você. Está cuidando bem dela?

criança

Para entender a respeito da criança interna precisamos primeiro compreender sobre o tempo. Estamos tão acostumados com o tempo linear que não temos consciência que fora de nossa prosaica vidinha rotineira o tempo assume outra expressão – ele é simultâneo. Ou seja, só existe o agora.

Precisamos entender que agora, neste exato momento, nosso eu criança está vivinho da silva tendo suas experiências. Como???

Para facilitar a compreensão vamos dizer que nosso eu criança de um ano está vivo na linha de tempo A, o de dois anos está vivo na linha de tempo B, etc. E estou simplificando ao máximo, pois na realidade cada momento de vida nosso está numa particular linha de tempo, já que o tempo é simultâneo.

Eu sei que o assunto é de difícil compreensão, pois não estamos acostumados a pensar dessa maneira, mas peço um voto de confiança para aceitar essa proposição a fim de entender o restante do texto.

Cada vivência passada (na concepção linear de tempo) pode ser considerada um aspecto da psique que influencia, e algumas vezes determina, o comportamento humano.

Hoje vamos tratar do aspecto criança interna e de seus reflexos no comportamento do adulto de hoje. Essa criança viva dentro de cada um de nós se manifesta em nossas fantasias, imaginação, nossos sonhos, devaneios, desejos e principalmente em nossas emoções.

. Todos tivemos uma infância feliz ou não, mas ninguém teve uma infância perfeita. Carregamos questões inconscientes que não foram resolvidas. A Criança Interior pode desaparecer por anos, ficar abafada dentro de nós e isso acontece por motivos diversos que ocorrem na infância: sentimentos de abandono, cobranças, humilhações, comparações, frustrações, perdas, não importa o que faça, nunca está certa, é impedida de sentir medo, vergonha, dor, raiva, tristeza.

Os pais ou substitutos transmitem aos filhos mensagens, que a Análise Transacional chama de Mandatos, frequentemente de forma não verbal, e que são recebidas pelas crianças como ordens as quais normalmente decidem obedecer, pois não possuem outras informações nem suficiente juízo crítico. Os pais, por sua vez, não têm consciência que estão enviando mensagens aos filhos.

Tais mensagens podem ser positivas e vão dar origem a um futuro adulto bem adaptado e de bem com a vida ou negativas, o que acarretará num futuro adulto com problemas emocionais como: insegurança, carência, baixa auto-estima, insensibilidade, imaturidade, sentimentos de inadequação, etc.

A Criança Interior é um aspecto importantíssimo nosso já que comanda as emoções e todo mundo sabe que quando a emoção entra em cena a razão sai pela porta dos fundos. Precisamos saber administrar as nossas emoções se quisermos ter uma vida adaptada ao ambiente em que vivemos e para isso é necessário reconhecer que temos uma criança interna, compreendê-la e principalmente cuidar bem dela – amá-la.

Como cuidar bem da Criança Interior? É só lembrar do que gostávamos e do que precisávamos quando éramos crianças e nos propiciar esses itens ou valores.

Via de regra, resumindo bem, as crianças precisam de amor e atenção e gostam de diversão e lazer.

Cuidar das necessidades da Criança Interior não significa ser infantil ou irresponsável e sem seriedade, muito pelo contrário, é trazer alegria para a própria vida que se manifestará como saúde psicológica ou mental.

Sempre vivemos num mundo castrador, cheio de regras, cheio de não pode isso, não pode aquilo e, atualmente, isso faz mal e aquilo também. rsrs

Não estou dizendo aqui para abolir todas as regras e leis, mas refletir sobre algumas que nos incomodam, principalmente à nossa Criança Interior. Regras das quais podemos abrir mão sem detrimento de nossos deveres como cidadãos.

Vou dar um exemplo bem simples: minha mãe me ensinou que era horriiiiivel uma cama desarrumada durante o dia. Eu sempre a obedeci cegamente até pouco tempo atrás, embora ela tenha falecido quando eu era jovem, pois era uma lei sagrada pra mim. Hoje, naqueles dias em que a minha criança interna está preguiçosa, eu deixo sim de arrumar a cama e isso não tira pedaço nem de mim nem de ninguém. Entendem a que me refiro?

Pois é, o mundo está cheio de regras bobas e muitas delas afligem ou castram a nossa “pobrezinha” criança interna. rsrs

Lembre-se também que neste exato momento, você criança, numa outra linha de tempo, pode estar levando uma surra e se sentindo humilhada. Você, no agora, porque vive num tempo linear, guarda no seu inconsciente esse sentimento de humilhação. É assim que funcionam os conteúdos inconscientes dos nossos diversos aspectos.

No próximo post continuarei este assunto discorrendo sobre os Mandatos ou mensagens parentais.

P.S. Brinque mais, tome mais sorvete ou coma algodão doce, estimule sua veia cômica, vá mais à praia, caminhe de pés descalços, enfim ... divirta-se mais. Ah … você não consegue se divertir sem umas cervejas primeiro? Tem algo de errado com sua Criança Interior então. Criança não gosta de álcool ou não precisa dele.

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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Essencialismo ou o mundo do faz de conta

PERRIER

Assisti a uma entrevista com o psicólogo Paul Bloom, da Universidade Yale, que conduziu pesquisas utilizando a teoria do Essencialismo para explicar por que gostamos do que gostamos ou ... desvendar o prazer humano. Este material está contido em seu livro How pleasure works (Como o Prazer Funciona).

A teoria do Essencialismo sustenta compreender o fundamento da realidade a partir de uma substância primeira, a essência. Seria a crença que cada um tem sobre a natureza mais profunda de algo. Em outras palavras, o que você acha que ela é, é mais importante do que a coisa realmente é, ou seja, a teoria reafirma o que já tenho esclarecido aqui no blog sobre as crenças criarem a nossa realidade.

Na entrevista foram dados alguns exemplos que esclarecem o assunto.

Foi servida a uma pessoa vendada, água comum e a famosa água Perrier. A pessoa não conseguiu diferenciar entre uma e outra. O engraçado é que há milhares de pessoas (de bom nível aquisitivo) que só bebem água Perrier por causa do prestígio da mesma (este seria a sua essência). Outro exemplo é o fato de as pessoas dizerem que apreciam um vinho pelo seu sabor, mas na realidade darem mais importância ao rótulo do mesmo.

Mulheres, incluída a nossa presidente, pagam caríssimo (variam de 1900,00 a 45000,00 reais) por uma bolsa Hermes que, com exceção do logo, é igual a qualquer outra bolsa de boa qualidade. Em leilões, pessoas pagam fortunas (que alimentariam muitas bocas) para adquirir roupas ou objetos que foram usados por alguém famoso na crença de que esses estariam impregnados da essência do antigo dono.

Paul Bloom dá o Essencialismo como exemplo extremo da explicação do prazer no canibalismo. Neste, ao comer o corpo de outra pessoa, estariam sendo assimiladas as suas qualidades ou essência.

Achei interessantes suas colocações de também na área sexual a crença na essência ser o fator determinante na atração exercida por uma pessoa sobre a outra. Isso explicaria mulheres lindas se casarem com homens muito feios e sem charme, mas que ou tem poder ou são famosos.

“O que pensamos afeta drasticamente o que sentimos”. Esta frase deixa bem claro o valor da crença, correta ou não, que temos a respeito de alguém ou alguma coisa.

Conceitos distorcidos sempre houve na história humana, mas nunca antes como agora tantos se deixaram influenciar pelo pensamento de uma minoria. Claro que a explicação para tanto é o poder que a mídia exerce atualmente bem como a facilidade e rapidez com que as informações percorrem o globo.

Nunca antes se cultuou tanto as celebridades, as grifes e o status.

Que coisa mais pobre. Aff! Pobreza de espírito!

Realmente, tenho de concordar com o que diz o Essencialismo, pois atualmente vivemos num mundo de aparências, totalmente irreal.

Se o que importa é o rótulo (do vinho, da água mineral) e as grifes (bolsas, roupas, etc.) o que importa é a aparência e não o que a coisa é.

Atualmente até as crianças são inocentes vítimas das aparências, pois suas “babás eletrônicas” as bombardeiam constantemente com as fantasiosas delícias de ter uma Barbie ou o último vídeo game.

A humanidade se queixa tanto da atual situação do mundo: crianças africanas morrendo de fome, mulheres sofrendo estupro corretivo na África do Sul, haitianos sem teto e morrendo com cólera, baleias sendo extintas a porretadas, ditadores aqui e ali abusando do povo e tudo o mais que se vê nas notícias. Bom, tudo isso é conseqüência das crenças que moldam a nossa realidade.

Precisamos mudar nossas crenças, são elas que dão origem aos valores e hoje está havendo muita inversão nos valores fundamentais da humanidade.

Precisamos voltar a valorizar a vida e o ser.

Imagem: estilorg.blogspot.com

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