"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

sábado, 30 de abril de 2011

Espiritualidade e discernimento

espirit-discernimento

Bom, parece que estes dois termos não têm muito a ver um com o outro porque a espiritualidade implica em fé e esta não pertence ao reino da razão.

Pois é, sempre foi assim, mas não precisa ser. A espiritualidade também pode se basear no conhecimento e não só no sentimento (que é a fé cega).

Três expressivas correntes religiosas do planeta: cristianismo, judaísmo e islamismo são fundamentadas em livros chamados sagrados porque conteriam as palavras de Deus, com o seguinte detalhe: três diferentes deuses. Por aí já começa a cegueira, pois as três diferentes correntes dizem haver um só Deus supremo. Então dois desses deuses são falsos. Quais deles?

Essas e outras diferentes crenças religiosas, desde o início, criaram separativismo entre as pessoas e/ou nações e conflitos que muito sangue derramou e ainda derrama.

Suprema falta de discernimento!

Vamos começar por analisar os livros assim chamados sagrados.

Todos eles contêm mensagens vindas do outro lado do véu (véu=barreira que nos impede de ter contato direto com outras realidades sutis) que foram recebidas por humanos chamados de canalizadores.

Um canalizador tem a capacidade de receber e transmitir mensagens de seres que estão do outro lado do véu, mas isso não quer dizer que seja a Fonte ou o Criador que esteja se comunicando. Quanto mais evoluído é um ser, maior é a sua freqüência vibratória, portanto se existe um ser-fonte (o que chamam de Deus) sua frequência é tão fantasticamente alta que nosso primitivo e biológico denso cérebro “torraria” com tal comunicação.

Voltando aos livros, Abraão, Elias, Moisés e Maomé (que se diz ser uma reencarnação de Moisés) e outros foram canalizadores e provavelmente receberam mensagens do outro lado, mas eram seres humanos com suas falhas de caráter ou comportamento e que usaram, naturalmente, seus filtros internos ao transmitirem tais mensagens. Moisés, por exemplo, tinha péssimo temperamento (dedutível das escrituras).

Portanto, se usarmos nosso senso crítico ou discernimento devemos fazer a seguinte pergunta: o quão acuradas ou honestas foram as transmissões de tais mensagens? Segunda pergunta: como não foram eles que redigiram suas mensagens, os futuros redatores foram absolutamente fiéis às palavras canalizadas nas mensagens originais?

Parece que os crentes de fé cega não se perguntam isso. Não se trata aqui de desvalorizar as religiões, mas alertar para a necessidade de questionar o que dizem os livros “sagrados”. Ainda existe um agravante quanto à sua veracidade: as mensagens foram adequadas ao conhecimento, cultura, hábitos, nível de consciência e crenças daquelas épocas. São iguais aos de agora?

Os canalizadores continuaram aparecendo pelo mundo no transcorrer dos tempos e após 1987 tornaram-se muitos. Esta data marca o início do movimento Nova Era que ocasionou a manifestação de uma proliferação de canalizadores e “gurus”. Alguns honestos e bem intencionados, outros nem tanto. Já apareceu de tudo e se você pesquisar hoje na web vai encontrar mensagens esdrúxulas provenientes de “ETs” a canalizadores sérios. Já postei aqui sobre mestres ascensionados (que são canalizados atualmente) onde mostro como reconhecer sua autenticidade. Pessoalmente já conheci alguns canalizadores tendo sido somente um digno de confiança.

No Espiritismo e na Umbanda, por exemplo, é bastante comum as pessoas acreditarem piamente no que um “espírito” diz partindo do pressuposto de que como ele está do “outro lado” já alcançou a sabedoria ou é um ser de luz. Nada mais equivocado.

Mariana Caplan, PhD, autora do livro Cultivando o Discernimento no Caminho Espiritual, diz o seguinte: “Após 17 anos de experiência em quatro continentes e 10 anos de pesquisa em campo, eu estou pessoalmente e profissionalmente muito familiarizada com os tipos de abusos de poder, chocantes, que têm sido cometidos em nome da espiritualidade.”

Sim, o poder é uma droga sutil, que além de viciar, retira a capacidade de discernimento e lucidez de quem o utiliza e sempre foi e ainda é utilizado por gurus, canalizadores, sacerdotes, pastores, padres, rabinos, mulás, imames ou qualquer humano que se arvore em condutor de seu “rebanho” de crentes.

Qualquer pessoa que diga ser detentora do privilégio de intermediar a comunicação com o Criador é alguém que está mais focada no poder oriundo de tal posição, seja este financeiro e/ou influência sobre as cabeças de seus seguidores.

Mariana Caplan, apropriadamente, enfatiza que a autoridade espiritual vem de dentro da própria pessoa e não de outrem.

Finalizando, não existe um só caminho para encontrar o Criador, as pessoas são diferentes e consequentemente encontrarão diferentes caminhos para expressar sua espiritualidade, mas principalmente, devem usar a razão, questionar, duvidar e não sair acreditando em tudo que seu guru, pastor ou sacerdote lhe diz porque “está no livro sagrado” (?).

Imagem: blog.cancaonova.com

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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Já abraçou alguém hoje?

abraço1

Vivemos numa época de muitas carências e poucos abraços.

Se você ligar a televisão encontra a toda hora programas abordando o assunto: solidão atual das pessoas e suas carências.

Época de estresses e depressão. Época de individualismo e egocentrismo.

O ser humano é gregário por natureza, as exceções fogem à regra e, muitas vezes, à normalidade de “cuca”, rsrs

Sendo gregárias, por que atualmente as pessoas andam tão solitárias? Vejo algumas razões:

1 – paranóia despertada pela violência;

2 – falta de tempo causada pelo consumismo excessivo (há que se trabalhar mais para poder gastar mais);

3 – vício da internet ou de vídeo games;

4 – medo dos sentimentos (defesa para não sofrer depois);

5 – alguns: superficialidade (defesa ou cabeça ôca mesmo);

6 – culto ao imediatismo (com vários motivos);

Enfim, por aí vai ...

Estão faltando abraços, aqueles de verdade, não o abraço puramente social, onde muitas vezes você nota a “obrigatoriedade” do cumprimento: postura rígida, braços rígidos, evitando-se o contato dos corpos. Aff! Abraço assim é melhor não receber!

Estou falando daquele abraço onde você se encontra envolvido, onde o corpo amolece, você até suspira, quando dá vontade de não terminar o abraço. Esse é dos bons!

Sempre achei estranho as pessoas valorizarem tanto, almejarem tanto uma relação sexual em vez de um simples, amigo e terno abraço. Nada contra o sexo, que é bom mesmo, mas que, salvo honrosas exceções, não une tanto duas pessoas como um verdadeiro abraço.

O sexo, mesmo entre os que se amam, é a união de dois corpos (a ação dos hormônios mascara ou até evita o afloramento dos sentimentos), já o abraço é a união de dois seres conscientes e sencientes.

abraço4 Existe o abraço de mãe no seu filho, que quando este é pequeno, é protetor até a última gota. Quando o filho já cresceu é um misto de proteção com uma pitada de: o que poderei fazer para evitar que você faça mais bobagens? Segurá-lo para sempre em meus braços?

Um abraço muito gostoso é aquele do reencontro com um ser querido. Quanto mais tempo esteve distante, mais forte e prolongado é o abraço. Não é? Eu acho.

O abraço do adeus. Ah, esse dói! Mas ao mesmo tempo sentimos que mesmo doendo ele é imprescindível! É aquele abraço onde, quando os corpos se separam, os braços continuam estendidos em busca do outro, querendo partir com ele. Boa parte das vezes é acompanhado por lágrimas. snif snif

abraço2 Há o abraço do consolo. Esse eu adoro. Na hora em que você está realmente na m..., com vontade de sumir num buraco ou, quem sabe, explodir o mundo, muito melhor do que palavras (que não consolam mesmo) é um terno e amigo abraço. Ele diz tudo da empatia do outro.

abraço3 Por último: o abraço do parceiro/a amado/a. Sem conotação erótica, só transmitindo o sentimento do amor. Esse é demais!!!

Será que consegui convencer vocês do valor do abraço?

Abraço é tão bom que até Terapia do Abraço já existe. Acho que vou procurar se existe em minha cidade e participar. rsrs

Pessoinhas queridas, não se deixem contaminar pela “loucura” dos dias atuais. Lembrem que todo ser humano (salvo os sociopatas) é carente de amor em alguma medida – e ficaria feliz em receber um abraço. Soltem sua criança interna e comecem a abraçar, de verdade!

Assistam ao vídeo abaixo e divirtam-se. Notem o sorriso das pessoas ...


Meu virtual forte abraço para todos.

Imagens: janelas.blogs.sapo.pt, postais.net, suzanaleite.wordpress.com, eulamattos.blogspot.com, mundodaneusinhabrotto.blogspot.com

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sexta-feira, 15 de abril de 2011

A melhor época da humanidade

Sai Baba

Recebi por e-email e repasso a vocês para terem acesso às palavras de um ser evoluído e sábio: Baghavan Sri Sathya Sai Baba, pseudônimo de Sathya Narayana Raju, um guru indiano, considerado por muitos como um Avatar.

Reflitam sobre o que ele diz sobre os dias atuais e notarão que ele está certo em suas colocações (“quem tem olhos para ver, verá”).

SAI BABA fala sobre 2012:

P. Ouviu falar de 2012 como um ano em que algo ocorrerá?

R. Bom, por um lado existem várias profecias que indicam esta data como um momento importante da história da humanidade, mas a mais significativa é o término do calendário Maya, cuja profecia foi interpretada de várias formas.

Os mais negativos pensam que nesse ano o mundo termina, mas isto não é real, pois sabemos que neste ano começa a Era de Aquário.

Na verdade este planeta está sempre mudando a sua vibração, e estas mudanças intensificaram-se desde 1998, levando a um período de 20 anos de alterações dos pólos magnéticos que não ocorriam há milhares de anos. Quando ocorre uma mudança do magnetismo da terra, surge também uma mudança consciencial, assim como uma adaptação física à nova vibração. Estas alterações não acontecem apenas no nosso planeta, mas em todo o universo, como a ciência atual tem comprovado.

Informe-se sobre as mudanças das tempestades solares (que são tempestades magnéticas) e perceberá que os cientistas estão a par destes assuntos. Ou pergunte a um piloto aviador sobre o deslocamento dos pólos magnéticos, já que todos os aeroportos foram obrigados a modificar os seus instrumentos nos últimos anos. Esta alteração magnética se manifesta como um aumento da luz, um aumento da vibração planetária.

Para entender mais facilmente esta questão, é preciso saber que a vibração planetária é afetada e intensificada pela consciência de todos os seres humanos. Cada pensamento, cada emoção, cada ser que desperta para a consciência de Deus eleva a vibração do planeta.Isto pode parecer um paradoxo, uma vez que vemos muito ódio e miséria ao nosso redor, mas é assim mesmo.

Venho dizendo em mensagens anteriores que cada um escolhe onde colocar a sua atenção. Só vê a escuridão aqueles que estão focados no drama, na dor e na injustiça. Aquele que não consegue ver o avanço espiritual da humanidade, não tem colocado a sua atenção nesse aspecto.

Porém se liberar sua mente do negativo abrirá um espaço onde sua essência divina pode manifestar-se, e isto certamente trará o foco para o que ocorre de fato neste momento com o planeta e a humanidade. “Estamos elevando a nossa consciência como jamais o fizemos”.

P. Como assim? Não percebe a escuridão?

R. Vejo-a sim, mas não me identifico com ela, não a temo. Como posso temer a escuridão se vejo a luz tão claramente? Claro que entendo aqueles que a temem, porque também fiquei parado nesse lugar onde apenas via o mal. E por esta razão sinto amor por tudo isso.

R. A escuridão não é uma força que obriga a viver com mais ruindade ou com mais ódio. Não é uma força que se opõe à luz. É ausência da luz. Não é possível invadir a luz com a escuridão porque não é assim que o principio da luz funciona. O medo, o drama, a injustiça, o ódio, a infelicidade só existem em estados de penumbra, porque não podemos ver o contexto total da nossa vida. A única forma de ver a partir da luz é por meio da fé. Assim que aumentamos a nossa freqüência vibracional (estado de consciência), podemos olhar para a escuridão e entender plenamente o que vivemos.

P. Mas como pode afirmar tudo isso, se no mundo existe cada vez mais maldade?

R. Não há mais maldade, o que há é mais luz, e é sobre isso que falo agora.

Imagine que você tem um quarto, ou uma despensa, onde guarda suas coisas, iluminado por uma lâmpada de 40W. Se trocar para uma lâmpada de 100W, verá muita desordem e um tipo de sujeira que você nem imaginava que tinha naquele local. A sociedade está mais iluminada. Isto é o que está acontecendo. E isto faz com que muitas pessoas que lêem estas afirmações as considerem loucura.

Percebeu que hoje em dia as mentiras e ilusões são percebidas cada vez mais rapidamente? Bom, também está mais rápido alcançar o entendimento de Deus e compreender a forma como a vida se organiza. Esta nova vibração do planeta tem tornado as pessoas nervosas, depressivas e doentes. Isto porque, para poder receber mais luz, as pessoas precisam mudar física e mentalmente. Devem organizar seus quartos de despejo porque sua consciência cada dia receberá mais luz. E por mais que desejem evitar, precisarão arregaçar as mangas e começar a limpeza ou terão que viver no meio da sujeira.

Esta mudança provoca dores físicas nos ossos, que os médicos não conseguem resolver, já que não provem de uma doença que possa ser diagnosticada. Dirão que é causado pelo estresse. Porém isto não é real. São apenas emoções negativas acumuladas, medos e angústias, todo o pó e sujeira de anos que agora precisa ser limpo.

Algumas noites as pessoas acordarão e não conseguirão dormir por algum tempo. Não se preocupem. Leiam um livro, meditem. Não imaginem que algo errado ocorre. Você apenas está assimilando a nova vibração planetária. No dia seguinte seu sono ficará normal, e não sentirá falta de dormir.

Se não entender este processo, pode ser que as dores se tornem mais intensas e você acabe com um diagnóstico de fibromialgia, um nome que a medicina deu para o tipo de dores que não tem causa visível. Para isto não existe tratamento específico – apenas antidepressivos, que farão com que você perca a oportunidade de mudar sua vida.

Uma vez mais, cada um de nós precisa escolher que tipo de realidade deseja experimentar, porém sabendo que desta vez os dramas serão sentidos com mais intensidade, assim como o amor. Quando aumentamos a intensidade da luz, também aumentamos a intensidade da escuridão, o que explica o aumento de violência irracional nos últimos anos.

Estamos vivendo a melhor época da humanidade desde todos os tempos. Seremos testemunhas e agentes da maior transformação de consciência jamais imaginada.

Informe-se, desperte sua vontade de conhecer estas questões. A ciência sabe que algo está acontecendo, você sabe que algo está acontecendo. Seja um participante ativo. Que estes acontecimentos não o deixem assustado por não saber do que se trata.

Imagem: stelalecocq.blogspot.com

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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Fé e saúde

Fé.saúde

Embora ainda vivamos num mundo dominado pelo pensamento cartesiano e a nossa ciência ainda seja de “visão estreita”, felizmente há muitos pesquisadores pelo mundo afora que tem amplitude de visão e que não se deixam dominar pelo receio de parecerem “ridículos” quando realizam estudos sobre assuntos não ortodoxos e publicam suas descobertas.

Um desses assuntos, que ainda causa controvérsias, é o fator associado a curas ou à saúde. A maior parte da comunidade científica não aceita que a fé possa causar melhoras na saúde de alguém ou uma cura, no entanto diariamente, em alguma parte do mundo, isso acontece.

O que os cientistas se recusam a ver é que a vida do ser humano está fundamentada em suas crenças, boas ou ruins, positivas ou negativas. O mundo é aquilo que acreditamos que seja. Nós somos o nosso sistema de crenças! Fé é o ato de acreditar em algo, portanto se uma pessoa acredita que uma oração vai curá-la, ela se curará. A história humana está repleta desses “causos”.

Jesus já dizia: tua fé te curou. Claro que os céticos não acreditam em nada do que encontram na Bíblia, mas nesse assunto específico é porque ignoram a força das crenças. Tenho uma amiga que teve um órgão extirpado numa cirurgia e o reconstruiu (ela é uma xamã,) só para ter de ouvir depois um médico dizer-lhe, ao constatar a presença do órgão em posterior exame, que ela tinha se enganado, que não tinha feito cirurgia nenhuma. Em outras palavras, chamou-a de louca. rsrs

Para confirmar minhas palavras iniciais sobre os cientistas de mente aberta, cito a seguir material a respeito do assunto:

“Um grupo de cientistas do Centro da Espiritualidade e da Mente da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, está investigando como a fé e a espiritualidade afetam a saúde e o comportamento humano. A partir de análises de imagens computadorizadas, eles verificam o comportamento de determinadas áreas cerebrais e a alteração de níveis hormonais.

"A espiritualidade e a fé não estão necessariamente relacionadas com a fé religiosa", disse Andrew Newberg, diretor do centro. Segundo ele, os sentimentos de clareza e bem-estar podem vir também de outras expressões artísticas, como meditações não-religiosas, um bonito pôr-do-sol ou ao ouvir música. “Ateus também têm fé".(http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1375275-EI8148,00.html)

“Época – Como Deus pode mudar a estrutura cerebral das pessoas?

clip_image002Newberg – Os nossos estudos usando imagens do cérebro mostram que, no longo prazo, há alterações no lobo frontal (relacionado à memória e à regulação das emoções) e no sistema límbico (ligado às emoções). As pessoas tendem a conseguir controlar mais suas emoções e expressá-las. A meditação e a oração ajudam a melhorar a relação consigo mesmo e com os outros. Também especulamos que essas práticas alteram, inclusive, a química cerebral, como os níveis de serotonina e dopamina, que regulam nosso humor, nossa memória e o funcionamento geral de nosso corpo, mas ainda não temos provas disso.

Época – Em seu livro, o senhor fala bastante da meditação, uma prática tradicionalmente ligada às religiões orientais. Existe alguma diferença entre, por exemplo, o catolicismo e o budismo?

Newberg – Não olhamos exatamente para as diferenças entre as religiões, mas para as diferentes práticas. A forma como você pratica a religião é mais importante que as ideias religiosas em si.

Época – Há um consenso entre os cientistas de que a fé pode ajudar na manutenção da saúde?

Newberg – Muitos cientistas acreditam que a espiritualidade tem um papel na saúde. A pergunta é quem vai administrar isso e como os profissionais de saúde vão lidar com a espiritualidade de uma maneira apropriada e benéfica. Essas questões ainda não foram respondidas.

Época – Há alguma diferença neurológica entre aqueles que creem e os que não creem em Deus?

Newberg – Encontramos algumas diferenças, sim, e também notamos diferenças dependendo do tipo de prática religiosa. O problema é que nunca sabemos se aquelas mudanças estão lá porque a pessoa é religiosa há muito tempo ou se ela nasceu daquela maneira e, por causa disso, procurou um tipo de religião ou meditação.” (http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI64993-15224,00-A+FE+QUE+FAZ+BEM+A+SAUDE.html)

Entrevista com o Dr. Jeff Levin, epidemiologista social formado em religião, sociologia, saúde pública, medicina preventiva e gerontologia na Universidade Duke, na Universidade da Carolina do Norte, na Divisão Médica da Universidade do Texas e na Universidade de Michigan (http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3711&catid=80):

“P. Tem se falado na influência de fatores espirituais ou religiosos no processo de cura. Foi realizada alguma tentativa no sentido de determinar se se trata, de fato, de fatores espirituais, ou pode se tratar da ação da mente, como ocorre em tantos dos chamados “fenômenos parapsicológicos”? Em outras palavras, a crença de uma ou mais pessoas daria início a um processo ou uma ação mental. O que o senhor pensa a esse respeito?

R. Eu não estou certo de que usando os métodos naturalistas da ciência empírica poderemos algum dia desemaranhar esses dois conceitos. Aqui, nos Estados Unidos, médicos religiosamente muito conservadores opuseram muita resistência a essa pesquisa. Eles vêem os resultados de estudos de oração e cura, e quer atribuir qualquer cura subseqüente à intervenção “sobrenatural” de Deus. Outros reconhecem a possibilidade de que o ato de rezar envolva criar uma intenção mental positiva que pode ter, por si mesma, um efeito curativo. Mas isso é interpretado pelo primeiro grupo como blasfemo e até mesmo, acredite ou não, satânico – porque parece implicar efeitos que são inerentemente parapsicológicos, e a parapsicologia é considerada maligna.

Considero essa reação perturbadora por duas razões. Em primeiro lugar, fez muitos médicos cristãos conservadores rejeitar efetivamente os resultados de estudos de oração e cura, porque os estudos implicavam que as orações de qualquer um podem ser efetivas, independentemente de religião, talvez devido a algum tipo de mecanismo paranormal. Isso ameaça as reivindicações de exclusividade que alguns fazem para sua própria religião e para os resultados de orações dessa religião.

Em segundo lugar, se os resultados forem devidos “apenas” à parapsicologia – em vez de a Deus, por assim dizer -, por que isso seria um problema? Em última instância, todos esses efeitos vêm de Deus. Eu acredito que o Criador dotou os seres humanos com todo tipo de aptidão, algo que os grandes místicos conhecem há milhares de anos e que cientistas ocidentais só agora procuram entender. Mais de cem anos de pesquisa parapsicológica confirmaram isso, para satisfação minha e de muitos outros.

P. Já ouvimos falar de experiências de “prece a distância”, com resultados positivos. Inclusive, as pessoas que realizavam as preces não sabiam a quem elas se dirigiam. O que o senhor pode nos dizer sobre esse assunto?

R. Como muitos leitores já devem saber, houve vários estudos recentes que investigaram os efeitos da oração a distância. Alguns desses estudos foram, de fato, bem controlados, com método duplo-cego e amostragem criteriosa; foram testes clínicos de certa forma similares aos testes farmacológicos que avaliam os efeitos de novas drogas. Para horror de muitos médicos acadêmicos convencionais, alguns desses estudos mostraram resultados, com índices de recuperação que foram melhores entre os pacientes que foram alvo de orações sem o saberem do que entre os pacientes dos grupos de controle.

Acredite ou não, já houve quase duzentas investigações desse tipo. E não só em pessoas, mas em outros organismos, como animais e plantas. A pesquisa foi compilada de forma muito abrangente em um livro soberbo chamado Spiritual Healing (Cura Espiritual), escrito por meu amigo Dr. Dan Benor, um médico norte-americano. Ele descobriu que cerca de um quarto dos estudos foi realizado com uma metodologia de pesquisa impecável, e que, desse um quarto, aproximadamente três quartos constataram resultados positivos. Em outras palavras, isso é evidência de que orações à distância tiveram um efeito mensurável e benéfico.

P. Existem diferenças visíveis entre “estar associado a uma religião” e ter o que se poderia se chamar de uma “atitude espiritual independente”? Faz diferença se a pessoa reza numa igreja ou em qualquer outro tipo de templo, ou se ela reza em casa e segundo suas próprias regras? O que conta, afinal, é o comportamento, é o modo de pensar, é uma sintonia especial ou outro fator?

R. Eu não acredito que faça qualquer diferença. Um dos primeiros fatos básicos que descobri quando comecei minha pesquisa, vinte anos atrás, é que um efeito saudável da religiosidade ou da espiritualidade parecia ser uma constante universal na natureza. Isto é, quando se toma como referência pessoas sem um caminho espiritual ou a população como um todo, efeitos epidemiologicamente protetores ou preventivos foram observados em católicos, protestantes, judeus, budistas, hindus, muçulmanos, zoroastristas, etc. Além disso, uma quantidade considerável de estudos mostrou um benefício às pessoas que, mesmo não sendo formalmente religiosas, estão envolvidas com meditação ou outras buscas espirituais.

O Institute of Noetic Sciences, uma esplêndida organização na Califórnia, publicou um relatório excelente chamado The Physcal and Psychological Effects of Meditation (Os Efeitos Físicos e Psicológicos da Meditação) documentando esses estudos.”

Então, podemos ver pela entrevista com o Dr. Levin, que além do ceticismo ser uma barreira para maiores pesquisas sobre o assunto, também as crenças religiosas atrapalham o desenvolver do conhecimento.

Reflitam sobre suas crenças ...

Imagem: institutomauriciodenassau.com.br

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quarta-feira, 6 de abril de 2011

O caos da Medicina


Existem duas profissões que considero sagradas: o magistério e a medicina. Acho que não preciso explicar o porquê. É óbvio.

Hoje vou falar sobre a Medicina, pois li um texto fantástico num blog, que não deixa pedra sobre pedra, sobre a situação atual desta ciência tão importante para todos nós.

Há muitos anos que só vou consultar um médico quando estou “nas últimas!” ou quando realmente não consigo diagnosticar o que tenho. Até hoje só errei uma única vez no meu diagnóstico e isto quase me fez passar para o “outro lado” rsrs Como não era a minha hora, ainda estou aqui ... rsrs

Desde que fiquei adulta, com suficiente senso crítico, dei-me conta que boa parte dos médicos além de atenderem o paciente impessoalmente, sem nenhuma empatia, ainda enrolam pra caramba. Não dão tempo ao paciente para explicar tudo pelo que está passando, alguns não os olham nos olhos, solicitam carradas de exames e nos atendimentos pelo SSUS ou por convênio não fazem mais o histórico clínico do paciente. Na ocasião em que quase bati as botas fui atendida eficientemente, salvaram-me a vida para logo em seguida quase me matarem porque me aplicaram na veia uma medicação que eu não poderia tomar. Eu estava lúcida, mas ninguém me perguntou sobre meu histórico, o que teria lhes informado da contraindicação do referido medicamento.

Volta e meia a mídia nos informa dos “erros” médicos ou do péssimo atendimento nos hospitais públicos. É revoltante o descaso e a indiferença com que o assunto saúde, vital para o ser humano, é tratado muitas vezes.

Cito a honesta e ácida análise que fez um ex-médico (abandonou a profissão), um idealista íntegro e bem ... pessimista também, mas cujo texto assino em baixo apesar de não ter a vivência que ele teve na profissão.

Para quem não sabe, a medicina em toda a sua história (de mais de 2500 anos, na tradição ocidental), sempre foi um misto de três elementos principais: charlatanismo, benevolência e comércio. Antes do século XX, o charlatanismo (a arte de fazer parecer que uma ação resultaria em um efeito prático desejável) predominava em praticamente tudo que qualquer médico viesse a fazer. Esse charlatanismo, entretanto, somente existia e fazia sentido devido à benevolência que o acompanhava: uma vontade (sincera) que o médico tinha de ajudar alguém que estivesse sofrendo ou alguém que estivesse caminhando para a morte.”

... Com o charlatanismo, os médicos conquistaram, até meados do século XIX, algum prestigio social – o prestígio que recebe aquele que alivia o sofrimento e cuida dos moribundos e fracos. Conseguiram também a recompensa por esse prestígio, que não tardou a ser em forma de presentes ou dinheiro (além de poder político, cargos públicos e coisas do tipo).

Logo, invertendo-se essa equação, ser médico, praticar charlatanismo, parecer ser bom e demonstrar ter vontade de ajudar tornou-se uma boa maneira de ganhar dinheiro e prestígio, principalmente quando, nos últimos séculos (sobretudo no século XX), o dinheiro tornou-se a busca maior de quase todo ser humano.


Desde o começo da medicina, por outro lado, o charlatanismo fora muito bem disfarçado, praticamente tornado invisível para os não-médicos, e mesmo para os médicos. Fazer sangrias nas pessoas, fazê-las vomitar, impossibilitá-las de dormir por vários dias (ou o contrário, fazê-las dormir em excesso) ou simplesmente nelas bater ou lhes mandar fazer alguns atos sem sentido (comer certos alimentos, não comer outros, beber determinada água ou chás, fazer compressas, tomar certos banhos, etc. – tudo isso que já foi ato médico consagrado) não eram, em suas épocas, ações médicas vistas pelos próprios médicos que as aplicavam e pelos pacientes que as recebiam como fraudes escandalosas (como depois passou a ser). Ao contrário, todos acreditavam que estas ações eram verdadeiramente terapêuticas, dando resultados concretos, ou seja, que doenças realmente estavam sendo tratadas por estes atos.”

Seguindo sua exposição, o ex-doutor chega aos dias atuais:

“Agindo mecanicamente, automaticamente, um paciente após o outro, o médico burocrata (o da saúde pública) age repetindo atos padronizados para os quais ele não precisa pensar nem refletir sobre o que está fazendo. Ao contrário, o que ele faz é encaixar os pacientes que têm queixas e sintomas semelhantes dentro de rotinas estandartizadas, padronizadas, ou, como é mais comum de se falar atualmente, que estão previstas nas guide lines (as quais, muitas vezes, principalmente em serviços precários de saúde, como no Brasil, terminam se transformando em rotinas que são padronizadas apenas na base do improviso). O médico burocrata quase sempre alterna (meio aleatoriamente meio tentando “acertar o diagnóstico”, no improviso) alguns poucos tratamentos disponíveis (ou mais fáceis de aplicar) para os vários pacientes que lhes vão surgindo à frente. Quase todas as faculdades brasileiras (e também do resto do mundo) ensinam este “modelo” de medicina, já que são integradas à saúde pública.” (Tomázio Aguirre - http://desacocheiodessepais.blogspot.com/2009/02/o-que-e-medicina-e-o-que-e-medicina-no.html )

Esta padronização de rotinas foi o que quase me matou. Posteriormente uma medicação preconizada pela padronização também me provocou um efeito colateral que só consegui resolver consultando um médico homeopata.

A medicina atual trata todos os pacientes como se todos fossem iguais. Parece não haver o reconhecimento de que cada paciente é um universo distinto do outro que acabou de sair da consulta.

Este texto tem o objetivo de levar o leitor a expandir sua consciência quanto ao assunto, jamais o de sugerir não consultar um médico quando estiver doente. A automedicação pode fazer tanto ou mais mal do que consultar um mau médico. Não sigam o meu exemplo porque as medicações e os tratamentos que eu uso são naturais, pertencem à chamada “ medicina alternativa”.

Usem seu discernimento e senso crítico, se não ficarem satisfeitos com o atendimento ou prescrição de um médico, procurem outro/s. Exerçam seu direito de liberdade, garantido inclusive pela nossa Constituição.

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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Por que as mulheres se submetem?

bruxas

Esta história é antiiiiiga...! Mas vamos lá. Nesta exposição vou colocar alguns pontos para serem motivo de reflexão e, ... quem sabe, ajudar algumas a tomarem as rédeas de suas vidas como seres autônomos e com todo o direito às vantagens que até agora somente os homens tiveram.

O patriarcado é antigo. As primeiras evidências dele já constam da Bíblia e de outros registros até anteriores a este. Quando começou eu não sei, por mais que já tenha pesquisado a respeito, mas talvez tenha sido uma revanche dos homens ao matriarcado, se é que tal coisa existiu. As lendas falam sobre ele: mulheres que dominavam, governavam e usavam os homens somente como machos para reprodução. Tenho comigo que toda lenda tem seu fundo de verdade, mas realmente não posso afirmar nada sobre este assunto.

Tenha sido ou não uma revolta contra o poderio das mulheres, o fato é que num determinado momento da história humana o patriarcado se estabeleceu e a mulher passou a ser considerada um ser inferior ao homem e que lhe devia obediência e submissão.

Para aquelas pessoas que só leem a Bíblia, que fique claro que isso aconteceu bem antes dela ter sido escrita e nada, absolutamente nada, tem a ver com o pseudo fato de ter sido Eva a ter comido a maçã. rsrs

Desconfio fortemente que os seres do sexo masculino cedo se deram conta do poder da mulher por serem geradoras de vida (todos acreditavam que só a mulher era a responsável pela vida que carregava em seu ventre, claro que a certa altura notaram que precisava haver o acasalamento, mas a participação do homem continuou por um bom tempo sendo um mistério para os povos antigos).

Reflitam comigo: as mulheres não só carregavam bebês em seu ventre, mas também a cada mês sangravam, sem estarem feridas, e continuavam sua vidinha do dia a dia como se nada estivesse acontecendo. Que raios de ser era esse tão espantoso e resiliente? Acho que devia ser assim que pensavam. rsrs

Desde a antiguidade, em algumas culturas, as mulheres tiveram uma situação mais amena e também surgiram algumas que se destacaram, seja pela inteligência, astúcia e/ou poder. No Egito, na 18ª dinastia, houve um faraó feminino (Hatshepsut)

Posteriormente, na Grécia, sabe-se de uma renomada poetisa – Safo; na antiga Roma mulheres poderosas como Agripina e Messalina (esposas do imperador Claudius). Sem falar da mais famosa: Cleópatra, rainha do Egito.

Apesar do domínio masculino essas mulheres e outras conseguiram se impor ao invés de se submeter.

Em tempos mais recentes encontramos algumas rainhas famosas por estabelecer seu lugar de direito com suas personalidades marcantes. E as mulheres do povo, as plebeias? Ah, essas coitadas sempre foram submetidas e se submeteram,

E quanto aos dias atuais, por que as mulheres continuam em posição inferior ao homem? Minha teoria é que o homem se sente inferior à mulher num ponto chave: o sexo. O coitadinho do Freud dizia que a mulher tem inveja do pênis (foi uma ótima racionalização que ele encontrou para seus próprios problemas), mas na verdade eu acho que o homem é que tem inveja da mulher por dois motivos: 1) ela pode carregar a vida dentro de si e 2), no mesmo período de tempo, enquanto o homem tem um orgasmo a mulher pode ter dez ou mais. Fisiologicamente eles já nasceram prejudicados no assunto. rsrs Diz o ditado que a melhor defesa é o ataque, portanto o patriarcado continua atuante para se defender das “perigosas” e “superiores” mulheres.

No lado ocidental do planeta também temos de levar em conta o fator religião como determinante da crença na posição inferior e perigosa da mulher. Todas nós carregamos em nosso DNA a crença de que somos pérfidas, dissimuladas e perigosas porque podemos fazer pacto com o “diabo”. Existe um livro que esclarece bem este assunto: O Martelo das Feiticeiras ou Malleus Maleficarum. Escrito na Idade Média, relata como a mulher era vista pela igreja e todos os horrores que fizeram com as chamadas “bruxas” da época.

Nós todas herdamos esses conceitos distorcidos, claro que não são conscientes, mas com certeza atuam brilhantemente para nos fazer sentir inferiores e carentes da “proteção” masculina. Resultado concreto? Mulheres que sofrem diariamente a violência masculina, seja psicológica ou física, seja em casa ou no trabalho.

Portanto, meninas leitoras, o primeiro passo para declarar seu “grito do Ipiranga” é tomar consciência de que vocês têm em seu inconsciente crenças destrutivas e limitadoras que vem dos tempos antigos. Com este conhecimento, vocês então comecem a refletir se estão se deixando subjugar por elas ou não.

Todo conteúdo inconsciente atua no nosso comportamento de forma sutil, precisamos estar muito atentos para detectá-los, fazendo autoanálise constante, e a partir daí nos livrarmos deles.

Quanto mais ignorante e atrasada é uma cultura, mais a mulher é oprimida e submetida à violência do macho. Numa escala de zero a dez, quanto a este quesito, qual vocês acham que seria a pontuação de nosso país?

Imagem: eluscohen.zip.net

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