"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O Ego Negativo

drama2

É assim que chamo um dos nossos aspectos, uma parte nossa que parece ter prazer em nos botar pra baixo, em fazer  acontecer conosco coisas desagradáveis (quando não são realmente desastrosas).

Você fez uma escolha ou tomou uma decisão ”errada”? Foi seu Ego Negativo o mandante. Tudo anda perfeito em sua vida, no trabalho, nos amores, etc. e de repente você quebra uma perna num simples tombo que levou? Pode colocar na conta do seu Ego Negativo, foi ele que o sabotou. Ele detesta nos ver bem.

O ser humano é constantemente sabotado pelo Ego Negativo, seja quando a mulher que não podendo mesmo engravidar agora, “esqueceu” (?) de tomar a pílula ou quando o executivo, dirigindo seu carro para ir a uma reunião importante, tem um momento de “bobeira” (?) e bate no carro da frente.

Às vezes são “esquecimentos”, outras vezes pequenos, ou grandes, “acidentes” que tiram nossa paz ou bem estar.

O Ego Negativo também costuma detonar nossa autoestima. Na forma de uma “vozinha” interna nos chama de gordos, feios ou enrugados quando estamos na frente do espelho. Ele não poupa nada, desde uma pequeníssima ruga no rosto até um mísero quilinho que acumulou na cintura. Aff!

Agora, ainda pior que esculhambar a nossa forma física é quando ataca nossas fragilidades psíquicas. Você é tímido e hoje precisa ler em voz alta, perante a classe, um trabalho seu de escola? Você ouve uma vozinha interna dizendo: “não vou conseguir, vou começar a gaguejar”, ou algo parecido.

Está perdido de amores pela vizinha do sétimo andar, que volta e meia encontra no elevador, e já planejou a abordagem nos mínimos detalhes? Não se surpreenda se no momento X você derruba no chão a caixa de ovos que carregava, fazendo a maior lambuzeira no chão e tornando impossível abrir a boca para sequer dizer um oi para a sua deslumbrante Venus.

É, essas coisas acontecem demais da conta e nos deixam vexados, furiosos ou completamente deprimidos, dependendo da situação.

Todos temos essa praguinha dentro de nós e não adianta brigar com ela, só vai torná-la mais forte. O que fazer então para, pelo menos, minimizar os estragos causados pelo nosso Ego Negativo?

Eu venho batendo nesta tecla desde que iniciei o blog: autoconhecimento. Tem n vantagens e é o caminho para resolver muitas coisas que atrapalham nossa vida.

O autoconhecimento começa prestando atenção nos pensamentos. A cabeça do ser humano pode ser comparada a uma paisagem pós tufão ou tornado: caos total, não existe nada tão imponderável quanto. Mesmo a de pessoas assim chamadas normais e controladas.

Passamos a totalidade das nossas horas de vigília tendo pensamentos e a regra geral é não prestarmos atenção neles. É por isso que volta e meia o bicho pega. rsrs

Eu sei que é meio chato e exige esforço consciente prestar atenção nos pensamentos, mas é assim que se começa a ter controle sobre si mesmo e sobre a própria vida ao invés de ser um joguete das Parcas.

Depois de certo tempo, atentando para o que pensamos, começamos a nos dar conta da vozinha maldosa de nosso Ego Negativo. Só essa conscientização já vai fazer diminuir a freqüência com que o mesmo se manifesta (porque agora ele foi flagrado), depois, a cada vez que ele se manifestar, é só não se submeter, não aceitar o que ele diz.

Bem, não é tão simples assim porque você precisa ter um bom nível de autoestima, mas pelo menos já é um começo para o autoconhecimento e a autodeterminação que o mesmo traz.

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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Seus pensamentos nem sempre são seus

telepatia

Parece uma frase maluca? Mas não é. Este é um problema que todos nós, encarnados aqui no planetinha, enfrentamos. Muito daquilo que navega pela nossa cabeça, aquilo que cremos ser nossos pensamentos, na realidade são pensamentos de outras pessoas que “entraram” na nossa cabeça.

Como isso acontece? Simples processo físico. Lembre que pensamentos nada mais são do que energia que pode viajar na forma de ondas, pode cruzar o espaço, incluindo-se aí grandes distâncias.

De vez em quando surgem histórias sobre duas pessoas, em partes diferentes e distantes do planeta, terem inventado ou criado a mesma coisa. Usualmente dá motivos a conflitos, pois cada um se diz o legítimo autor e o outro um mero copiador. Ninguém se dá ao trabalho de aventar a hipótese de ambos terem tido a mesma idéia ao mesmo tempo, pois é isso o que geralmente ocorre.

Nós nos comunicamos telepaticamente mesmo sem estarmos conscientes disso. Além de nos comunicarmos telepaticamente ainda somos passíveis de outra forma de comunicação que Rupert Sheldrake chamou de “ressonância mórfica”. Segundo ele existe uma transmissão de informação entre campos mórficos (“estruturas que se estendem no espaço-tempo e moldam a forma e o comportamento de todos os sistemas do mundo material”) sem transmissão de energia, ou seja, no caso de seres humanos não haveria pensamentos, mas consciência pura sendo partilhada.

Embora a teoria de Sheldrake não seja aceita pela totalidade da comunidade científica, ela explica com perfeição o que acontece quando se forma a “massa crítica” (a história do centésimo macaco).

Quanto mais intensamente nos dedicamos a pensar no mesmo assunto, mais energia está sendo gerada e consequentemente mais forte fica esse núcleo de pensamentos. Ficando mais forte haverá mais probabilidade de ser passado adiante, captado pelas “antenas” receptoras de uma pessoa ou de várias.

Essa transmissão/captação de pensamentos entre as pessoas é o que explica fenômenos de atuação de massas (manifestações políticas, linchamentos, etc.) Sendo que nessas atuações ainda há o reforço da energia das emoções.

Bom, mas vamos falar do indivíduo e como ele é afetado pelos pensamentos dos outros. Tudo tem a ver com semelhanças.

Semelhante atrai semelhante.

Digamos que pela manhã você está indo, de ônibus, para o trabalho. Começa a pensar no seu chefe que é uma refinada cavalgadura. Acontece que neste mesmo momento A, B ou C ou os três (passageiros do ônibus) estão pensando nos respectivos chefes – também cavalgaduras. Digamos também que você é uma pessoa bem equilibrada e nada agressiva, mas quando chega ao seu local de trabalho, ao olhar para seu chefe, se imagina pulando ao seu pescoço e esganando-o. Como não é um comportamento típico seu você fica espantado e/ou chocado com seu pensamento. Ahá, acontece que esse pensamento não é seu, ele é de A, B ou C que estavam com você no ônibus. Você recebeu esse pensamento porque era “semelhante” ao que você estava tendo (semelhança entre os tipos de chefes e a reação que despertam).

É bastante comum nos chocarmos com certas coisas que pensamos e como o ser humano é atolado em culpas vai logo assumindo a paternidade de tais pensamentos e considerando-se um ser vil e negativo. Boa parte das vezes tais pensamentos não são nossos.

Tenha cuidado, examine seus pensamentos quando eles o incomodarem ou causarem espanto. Questione se você é realmente o autor, se você não fizer isso estará se deixando continuar preso na “matrix”, na ilusão.

Expandir a consciência é ter maior controle sobre os próprios pensamentos.

Imagem: tecnicalia.com

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