"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

A Educação Proibida



A Educação Proibida " é um projeto documental, sem fins lucrativos, realizado por um grupo de jovens estudantes de cinema e preocupados com o futuro da educação. Os objetivos do projeto são: colocar na agenda pública os problemas educacionais como um assunto que exige uma dedicação profunda; o desenvolvimento de uma educação integral da humanidade incluindo aspectos intelectuais, emocionais, experimentais e físicos; dar a conhecer os projetos educacionais holísticos encontrados em desenvolvimento atualmente na América do Sul e Espanha; educar os pais e professores sobre as consequências da educação que dão a seus filhos e oferecer uma alternativa de mudança; e finalmente lançar o filme na Internet para que dele se possa fazer download da rede e exibição em casas/escolas/Institutos sem impedimentos jurídicos.

Algumas das propostas e princípios pedagógicos que sustentam “A Educação Proibida”: Método Montessori; pedagogia Waldorf (Rudolf Steiner); pedagogia Crítica; pedagogia Liberadora (Paulo Freire); método Pestalozzi; método Freinet; A Escola Livre; A Escola Ativa; pedagogia Sistêmica; educação Personalizada; pedagogia Logosófica.

Estes são alguns dos fundamentos gerais pedagógicos do projeto:

- Conteúdo/conhecimento não é a coisa mais importante, a informação não é correta para sempre, ela pode variar. O ideal é aprender a aprender, aprender a distinguir, interpretar por si só, tudo é relativo, de acordo com o contexto.

- O desempenho não é o mais importante, deve haver um objetivo a atingir. O importante são os objetivos pessoais e apreciar o processo em harmonia, o crescimento e a aventura de progredir. Em sala de aula não deve haver nenhuma hierarquia, senão se transforma em uma jaula. O professor não é superior ou tem o direito de dar ordens, é um companheiro, um guia que promove a democracia, a autonomia, a diversidade.

- O professor deve adaptar-se às capacidades e habilidades do aluno e não vice-versa. Programas educativos devem ser flexíveis e adaptáveis para o crescimento e o interesse da criança.

- O progresso não deve ter passos fixos, a segregação das crianças deve ser substituída por um agrupamento consciente de acordo com interesses, habilidades, experiências, simpatias. Não há nenhum nível maior ou menor do que outros.

- Conhecimento não deve ser somente teórico. Deve basear-se em experiências e experimentação dentro e fora da sala de aula. A teoria deveria ser mínima, a criança pode alcançá-la por suas próprias conclusões.

- Nem sempre é bom o que é conveniente, eficaz e produtivo. É importante criar um ambiente de autonomia, interação e alegria.

- A escola deve estar aberta para a Comunidade, permitir eventos de bairro, com a família, vizinhos e organizações parceiras. A criança pode trazer temáticas da comunidade para a escola. A escola funciona como um centro comunitário.

- O objetivo da escola já não é domesticar as crianças, nem transmitir valores e costumes sociais, mas criar o ambiente em que as crianças podem construir seus próprios valores e costumes. Educação não é um processo temporário, é um processo de vida que procura desenvolver capacidades e habilidades, sem um determinado curso marcado.

- O professor não tem todo o conhecimento, também vem para aprender com os alunos. É um guia que está em um processo de aprendizagem.

- O comportamento é um elemento visível que não indica demasiado. O ideal é que o professor possa conhecer internamente a cada criança, seus sonhos, sentimentos, imaginação, desejos. Esta é a melhor maneira de encontrar a melhor educação para ela.

- Seguir um padrão regular, estruturado de pensamento não é benéfico. O melhor é promover o pensamento divergente ou lateral. Há tantas soluções como alunos. Incentivar a criatividade e conjectura.

- Aprender a utilizar ambos os hemisférios cerebrais. Como na vida, as estratégias devem recorrer também à intuição e não ser tão seqüenciais e analíticas. Tudo é relativo.

- O sistema de qualificações não funciona. O esquema é de auto-profecias cumpridas. A pedagogia é uma ciência social que não pode ser medida numericamente. Avaliação é um processo.

- As lutas de poder e a competitividade causam danos para a criança. Há que democratizar a sala de aula. Torná-la um lugar participativo, cheio de paz.

- O interesse do professor deve satisfazer seu aluno para promover o crescimento do mesmo, não para controlá-lo. O mestre deve confiar que a criança vai crescer e concorda em não ter de adaptá-lo ao seu conceito de normal.

- O professor também colabora no crescimento espiritual e emocional da criança. Sem gerar crenças, deve dar-lhe técnicas para administrar seus estados de ânimo, seus pensamentos, ações, idéias e projetos. Incentivá-los à introspecção.

- Os valores não são para ser ensinados, mas para ser vividos. A cognição de valores e conhecimento é baseada em emoções, a melhor maneira de educar é pelo exemplo.