"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A c e i t a ç ã o: o início da transformação

Aceitação

No início de meu caminho espiritual ouvi que deveria aprender a “aceitar”. Como legítima representante dos rebeldes índigos, fiquei injuriada.

Como assim, aceitar? Submeter-me? Virar capacho? rsrs

Bem, os anos passaram e um belo dia entendi o que tinham me dito e hoje recebi por e-mail um pps que diz, melhor do eu diria, o que vem a ser aceitação. Então compartilho com vocês. Claro, para aqueles que querem evoluir...

“A primeira impressão que temos quando ouvimos ou pensamos em aceitar, seja uma pessoa, um fato ou uma circunstância é de que estaremos nos submetendo ou nos subjugando, desistindo de lutar, sendo fracos.

De verdade, se quisermos modificar qualquer aspecto da nossa vida e de nós mesmos, devemos começar aceitando.

A aceitação é detentora de um poder transformador que só quem já experimentou pode avaliar.

É difícil aceitar uma perda material ou afetiva; uma dificuldade financeira; uma doença; uma humilhação; uma traição.

Mas a aceitação é um ato de força interior, sabedoria e humildade, pois existem inúmeras situações que não estão sob o nosso controle.

As pessoas são como são, dificilmente mudam.

Não podemos contar com isso. A única pessoa que podemos mudar, somos nós mesmos, portanto, se não houver aceitação, o que estaremos fazendo é insensato, é insano.

Ser resistente, brigar, revoltar-se, negar, deprimir, desesperar, indignar-se, culpar, culpar-se são reações emocionais carregadas de raiva. Raiva do outro, raiva de si mesmo, raiva da vida. E a raiva destrói, desagrega.

A aceitação é uma força que desconhecemos porque somos condicionados a lutar, a esbravejar, a brigar.

Aceitar não é desistir, nem tão pouco resignar-se. Aceitar é estar lúcido do momento presente e se assim a vida se apresenta, assim deve ser.

Tudo está coordenado pela Lei da ação e reação.

No instante em que aceitamos, desmaterializamos situações que foram criadas por nós, soluções surgem naturalmente através da intuição ou  fatos trazem as respostas e as saídas para o problema.

Tudo é movimento. Nada é permanente.

A nossa tendência “natural” é resistir, não aceitar, combater tudo o que nos contraria e o que nos gera sofrimento. Dessa forma prolongamos a situação. Resistir só nos mantém presos dentro da situação desconfortável, muitas vezes perpetuando e tornando tudo mais complicado e pesado.

Quando não aceitamos nos tornamos amargos, revoltados,frustrados, insatisfeitos, cheios de rancor e tristeza, e esses padrões mentais e emocionais criam mais dificuldades, nunca trazem solução.

Aceitar é expandir a consciência e encontrar respostas, soluções, alívio.

Aceitar se refere ao momento presente, ao agora.

No instante que você aceita, você se entrega ao que a vida quer lhe oferecer. Novas idéias surgem para prosseguir na direção desejada, saindo do sofrimento. Pense nisto!”

Autor desconhecido.

Imagem: blogsintese.blogspot.com

Este blog foi criado para você, leitor. E só saberei se você está satisfeito se comentar os posts, ou então, pergunte, questione e sugira temas ou modificações.

23 comentários:

BiscuitVeraMiniaturas disse...

Olá Atena!
Gostei muito deste seu post. Aceitar é como perdoar, não é mesmo? ou vem junto! Me lembro que a vivência mais importante pra mim deste aceitar foi quando após a morte de minha mãe, eu ainda vira e mexe me lembrava dela com pena, muita pena por não ter sido diferente,não termos podido ser mais companheiras ainda, por ela não ter sabido que, quando eu queria ajudá-la com os remédios era porque o médico me disse que cabia a mim esta responsabilidade uma vez que ela não estava em condição de tomar conta de si neste aspecto.
Eu, tudo fazia para poupá-la de sofrer com a dor de um câncer que ela não sabia que tinha...e ela abusava um bocado! Eu pensei que a tinha perdoado, mas sempre tinha pena...então,um belo dia, embaixo do chuveiro me dei conta! Claro que eu não sabia ainda perdoar, enquanto eu não tinha percebido que perdoar/aceitar era ter a certeza que tudo o que aconteceu tinha sido mesmo o melhor que ambas tínhamos conseguido fazer - o que tinha sido,tinha sido e ponto,não podia ser mudado. Perdoar é não achar mais que poderia ter sido melhor - é aceitar o que foi. E não quer dizer que a gente finja que não soeu. A gente fica livre pra sentir tristeza ou alegria pelo que aconteceu, mas não fica preso mais ao "SE tivesse sido diferente! "
Pronto, tudo ficou em paz, pra mim, em relação a ela. Concordo plenamente com o texto. Mas ainda estou aprendendo amiga, com alguém que está presente em minha vida e é importante. ainda estou aprendendo..rs.....
Beijos, Adorei o papo.
Vera Alvarenga

Valéria Mello disse...

Nem todos tem um depreendimento tão grande. Perdoar, deixar de lado, pra traz ou na primeira lixeira que encontrar no caminho, às vezes, ou por vezes, pode parecer omissão. Digo isto, em relação a família ou pessoas cujo relacionamento é mais estreito.

Sou da posição em que se deve colocar o que se pensa, falar e ouvir a respeito e se estiver tratando com adultos, deixar de lado.Carregar a mochila do "eu-sou-dono" é perder a passada.

Abs!

Atena disse...

Vera:
Não conheço nada mais que tire tanto o peso das costas como o perdão. É libertador.
Descobri há anos atrás que muitas vezes ficamos esperando mais dos outros ou de nós mesmos do que deveríamos. Assim me dei conta que as pessoas fazem o que sabem e o que podem em determinada situação ou época de suas vidas. É aí que entra a aceitação e, no caso de relações, o perdão. Não é bom isso? rsrs
Esteja certa que sua mãe, onde quer que esteja, sabe cem por cento o que você fez de bom para ela.
Beijos e obrigada pela presença.

Atena disse...

Valéria:
Leia o que respondi para Vera.
Acho que desprendimento a gente vai aprendendo conforme vai passando os anos e a vida nos mostra que tudo é relativo. Eu gosto de um dito popular que diz: “na vida, tudo é passageiro, menos o motorista e o cobrador”. rsrs Mas não é assim mesmo?
Beijos e obrigada pela presença

CrazyAngel disse...

Parabéns pelo blog e pela proposta temática, voltarei mais vezes pois, divulgar, educar e inspirar faz bem para nós e para o todo.
Beijo
Até...

Atena disse...

CrazyAngel:
Obrigada por suas gentis palavras.
Já que é uma educadora, talvez queira cooperar com um outro blog que comecei há pouco com uma proposta voltada à educação:
http://edupreciso.blogspot.com/
Dê uma olhada e se quiser postar nele, é só me avisar por e-mail: iamatena@gmail.com
Seja sempre bem vinda.
abraços

Blog Teia disse...

Olá Atena
Postagem divulgada tá ,té mais

Anônimo disse...

Concordo plenamente com esse texto!!!

Eu nunca fui exatamente rebelde em relação ao mundo. Mas eu não aceitava que pudesse ter sentimentos negativos, ou assim considerados.

Para mim eu nunca poderia sentir raiva de alguem, tristeza, ansiedade. Enfim deveria estar sempre bem.

Mas essa proibição leva a reprimir os sentimentos. E quando reprimimos algo não o eliminamos, ele está lá e aparece nas horas mais improprias.

Por minha propria experiencia eu digo que com o tempo o sentimento negativo acaba diluindo quando ele é realmente aceito...

Atena disse...

Florzinha:
Seus comentários são sempre ótimos para dar exemplos a outras pessoas, pois você já vivenciou e fala de experiência própria.
Os mestres dizem: "tudo a que se resiste, persiste". Eu também já comprovei isso.
beijos

Unknown disse...

Adorei seu blog e o conteudo que tem nele.;*

Atena disse...

Anamaria:
Muito obrigada pela gentileza, fico contente que tenha apreciado.
abraços

Vamos Pensar 2012 disse...

Eu vivia muito revoltada com o mundo, não me conformava que existia guerra, assassinato, fica p... da vida com Deus e com tudo.
A aceitação veio do entendimento do funcionamento do Todo. Em algum momento quando nos percebemos parte do mundo, ligados, despertamos. Só podemos mudar a nossa mente e isso já não é tarefa fácil! Excelente texto obrigada por partilha-lo! Grande abraço
Larissa

Cidadão Araçatuba disse...

Que sinuca!
O que não quero para mim, não devo fazer ao outro, logo, tudo que o outro faz é um reflexo daquilo que eu não posso refletir, pois aceitar sem revidar, é a moeda de troca, é isso?
Socorro, pare o mundo eu quero descer!
Como gostaria de ser assim!
Sei perdoar, sei compartilhar,até procuro entender os "diferentes", gosto de dividir e para eu, respeitar é palavra de ordem, mas aceitar a tudo para ser feliz?
Vou tentar expandir mais um pouco... rs
Grande Abraço!

Atena disse...

Larissa:
Empatamos. rsrs Eu também era revoltada com o que considerava as "injustiças" do mundo. Quanta ignorância. Os ensinamentos dos mestres é que puseram fim à minha ignorância e à revolta.
Obrigada pela visita e participação.
abraços

Atena disse...

Cidadão:
Não é de um dia para o outro que a gente aprende a aceitar. Leva tempo, acompanhado de muita reflexão e cada caso é um caso. Tenho esse treinamento faz tempo e ainda hoje, de vez em quando, me pego não aceitando alguma coisa. Como também desenvolvi muito a auto-observação, quando isso acontece logo me dou conta e então passo a analisar o que ocorreu e o porque não estou aceitando. Desta forma a gente vai evoluindo, ... aos pouquinhos, rsrs portanto não desanime.
grande abraço

Unknown disse...

Ótimo post,gosto da frase também nada como um dia ápos outro;tudo passa momentos bons e ruins o que fica é forma como encaramos os momentos ,outra frase boa depois da tempestade sempre vem a calmaria...

Atena disse...

Duvendas:
Você tem toda a razão, nada como um dia após o outro. Muitas vezes no auge de um evento sofrido as pessoas não acreditam que a dor passará, mas é apenas nossa percepção, tudo passa depois de algum tempo.

Jackie Freitas disse...

Oi minha querida!
Tenho tentado trabalhar profundamente esse tipo de aceitação tratada no texto! A primeira fase é aprendermos a nos aceitar como somos, olhar nossa vida através dos nossos olhos e não pelos dos outros! É dessa forma que entendemos que estamos onde devemos e fazemos aquilo que as circunstâncias nos permitiram... no final de tudo, toda e qualquer decisão é nossa...isso é fato!
O problema da aceitação é que muitos querem apenas o belo, o prazeroso, o caminho mais fácil... Aceitar as barreiras e as dificuldades implica em trabalho, e nem todos estão dispostos a trabalharem em prol de si mesmos!
Adorei, minha linda! Ando bem sumida, corrida, sem muito ânimo...rsrs...estou trabalhando para melhorar isso, mas o paradoxo é que enquanto não aceitei o meu estado de espírito, não conseguia encontrar o caminho para a solução... Não aceito estar assim, mas precisei me aceitar para encontrar uma saída...rsrs... deu para entender?
Grande beijo,
Jackie

Atena disse...

Olá Jackie:
Entendo muito bem o que quer dizer. Às vezes me sinto assim. É um porre! rsrs A gente sabe que não pode se rebelar contra o que está sentindo porque só piora, mas é difícil aceitar. É um treino constante, só assim teremos sucesso.
Tem razão quando diz que muitos não estão dispostos a trabalhar por si próprios. É uma pena, mas é verdade.
Você está sempre fazendo por onde, é uma guerreira (guerreira do bem). Continue assim, pois só tem a ganhar com isso.
beijos

Anônimo disse...

É um conteúdo excelente do seu blog, está matéria é muito interessante. E concordo, nada é permanente, e devemos nos adaptar às mudanças. Fomos feitos para mudar! Parabéns pelo blog, estou seguindo já!
Beijos e boa semana :)

Atena disse...

estranhasedução:
Obrigada pelas gentis palavras.
Seja bem vinda e apareça sempre.
abração

Anônimo disse...

What heyday isn't today?

Atena disse...

Anonimo:
I'm not sure what you're meaning.