"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

domingo, 12 de fevereiro de 2012

As doenças que mais venderão em 2012

remedios

“Se há um remédio capaz de gerar lucros, deve haver consumidores. O que as corporações querem que você compre agora!”

Martha Rosenberg

Este texto eu considero de utilidade pública. É longo, mas peço a atenção do leitor para ele, pois se não tiver uma das doenças assinaladas pode ser que conheça alguém que a tenha e aqui há informação útil e importantíssima para a população leiga (em medicina).

Informação, conhecimento e consciência são as ferramentas para a evolução.

Como a indústria farmacêutica conseguiu que um terço da população dos Estados Unidos tome antidepressivos, estatinas, e estimulantes? Vendendo doenças como depressão, colesterol alto e refluxo gastrointestinal. Marketing impulsionado pela oferta, também conhecido como “existe um medicamento – precisa-se de uma doença e de pacientes”. Não apenas povoa a sociedade de hipocondríacos viciados em remédios, mas desvia os laboratórios do que deveria ser seu pepel essencial: desenvolver remédios reais para problemas médicos reais.

Claro que nem todas as doenças são boas para tanto. Para que uma enfermidade torne-se campeã de vendas, ela deve: (1) existir de verdade, mas ser constatada num diagnóstico que tem margem de manobra, não dependendo de um exame preciso; (2) ser potencialmente séria, com “sintomas silenciosos” que “só pioram” se a doença não for tratada; (3) ser “pouco reconhecida”, “pouco relatada” e com “barreiras” ao tratamento; (4) explicar problemas de saúde que o paciente teve anteriormente; (5) precisar de uma nova droga cara que não possui equivalente genérico.

Aqui estão algumas potenciais doenças da moda, que a indústria farmacêutica gostaria que você desenvolvesse em 2012:

Déficit de atenção com hiperatividade em adultos

Problemas cotidianos rotulados como “depressão” impulsionaram os laboratórios nas últimas duas décadas. Você não estava triste, bravo, com medo, confuso, de luto ou até mesmo sentindo-se explorado. Você estava deprimido, e existe uma pílula para isso. Mas a depressão chegou a um ápice, como a dieta Atkins e Macarena. Com sorte, existe o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) em adultos. Ele dobrou em mulheres de 45 a 65 anos e triplicou em homens e mulheres com 20 a 44 anos, de acordo com o Wall Street Journal.

“Estou deprimida, pode ser TDAH?” diz um anúncio na Psychiatric News, mostrando uma mulher bonita, mas triste. Na mesma publicação, outro anúncio diz “promessas quebradas – adultos com TDAH têm quase duas vezes mais chances de se divorciar”, enquanto estimula médicos a checar a presença de TDAH em seus pacientes.

Adultos com TDAH são normalmente “menos responsáveis, confiáveis, engenhosos, focados, autoconfiantes e eles encontram dificuldades para definir, estabelecer e propor objetivos pessoais significativos”, diz um artigo escrito pelo Dr. Joseph Biederman, psiquiatra infantil de Harvard, que leva os créditos por colocar “disfunção bipolar pediátrica” no mapa. Eles “mostram tendências de ser mais fechados, intolerantes, críticos, inúteis, e oportunistas” e “tendem a não considerar direitos e sentimentos de outras pessoas”, diz o artigo, numa frase que poderia ser usada por muitas pessoas para definir seus cunhados.

Adultos com TDAH terão dificuldade em se manter em um emprego e pioram se não forem tratados, diz WebMD, apontando para o seguindo requisito para as doenças campeãs de venda – sintomas que se agravam sem medicação. “Adultos com TDAH podem ter dificuldade em seguir orientações, lembrar informações, concentrar-se, organizar tarefas ou completar o trabalho no prazo”, de acordo com o site, cujo parceiro original era Eli Lilly.

Como as empresas farmacêuticas conseguiram fazer com que cinco milhões de crianças, e agora talvez seus pais, tomem remédios para TDAH? Anúncios em telas de 9 metros por 7, quatro vezes por hora na Times Square não vão fazer mal. Perguntam: “Não consegue manter o foco? Não consegue ficar parado? Seu filho pode ter TDAH?” (Aposto que ninguém teve problemas em se focar neles!).

Porém convencer adultos que eles não estão dormindo pouco, nem entediados, mas têm TDAH é apenas metade da batalha. As transnacionais farmacêuticas também têm que convencer crianças que cresceram com o diagnóstico de TDAH a não pararem de tomar a medicação, diz Mike Cola, da Shire (empresa que produz os medicamentos para TDAH: Intuniv, Addreall XR, Vyvanse e Daytrana). “Nós sabemos que perdemos um número significativo de pacientes com mais ou menos vinte anos, pois saem do sistema por não irem mais ao pediatra”.

Claro, enganar crianças (ou qualquer um, na verdade) não é muito difícil. Por que outra razão traficantes de metanfetamina dizem que “a primeira dose é grátis”? Mas a indústria está tão empenhada em manter o mercado pediátrico de TDAH que criou cursos para médicos. Alguns exemplos: “Identificando, diagnosticando e controlando TDAH em estudantes”. Ou “TDAH na faculdade: procurar e receber cuidado durante a transição da infância para a idade adulta”.

Para assegurar-se de que ninguém pense que a TDAH é uma doença inventada, WebMD mostra ressonâncias magnéticas coloridas de cérebros de pessoas normais e de pacientes com TDAH (ao lado de um anúncio de Vyvanse). Mas é duvidoso se as duas imagens são realmente diferentes, diz o psiquiatra Dr. Phillip Sinaikin, autor de Psychiatryland. E mesmo que sejam isso não prova nada.

“O ponto central do problema é que simplesmente não existe um entendimento definitivo de como a atividade neural está relacionada à consciência subjetiva, a antiga relação não muito clara entre corpo e mente”, Sinaikin contou ao AlterNet. “Não avançamos muito além da frenologia, e esse artigo do WebMD é simplesmente o pior tipo de manipulação da indústria farmacêutica a fim de vender seus produtos extremamente caros. Nesse caso, um esforço desesperado da Shire para manter uma parte do mercado quando o Addreall tiver versão genérica”.

Artrite Reumatóide

A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença séria e perigosa. Mas os supressores do sistema imunológico que a indústria farmacêutica oferece como alternativa – Remicade, Enbrel, Humira e outros – também são. Enquanto a AR ataca os tecidos do corpo, levando à inflamação das articulações, tecidos adjacentes e órgãos, os supressores imunológicos podem abrir uma brecha para câncer, infecções letais e tuberculose.

Em 2008, a agência norte-americana para alimentação e medicamentos (FDA) anunciou que 45 pessoas que tomavam Humira, Enbrel, Humicade e Cimzia morreram por doenças causadas por fungos e investigou a relação do Humira com linfoma, leucemia e melanoma em crianças. Esse ano, a FDA avisou que as drogas podem causar “um raro tipo de câncer nas células sanguíneas brancas” em jovens e o Journal of the American Medical Association (JAMA) advertiu o aparecimento de “infecções potencialmente fatais por legionela e listeria”.

Medicamentos que suprem o sistema imunológico também são perigosos para os bolsos. Uma injeção de Remicade pode custar US$ 2.500; o suprimento de um mês de Enbrel custa US$ 1.500; o custo anual do Humira é de US$ 20 mil.

Há alguns anos, a AR era diagnosticada com base na presença do “fator reumatóide” e inflamações. Mas, graças ao marketing guiado pela oferta da indústria farmacêutica, bastam hoje, para o diagnóstico, enrijecimento e dor. (Atletas e pessoas que nasceram antes de 1970 entrem na fila, por favor).

Além do espaço de manobra para o diagnóstico e um bom nome, a AR possui outros requisitos das doenças campeãs de vendas. “Só vai piorar” se não for tratada, diz WebMD, e é frequentemente “subdiagnosticada” e pouco relatada, diz Heather Mason, da Abbott, porque “as pessoas costumam não saber que a têm, por algum tempo”.

Uma doença tão perigosa que o tratamento custa US$20 mil por ano, mas que é tão súbita que você pode não saber que a tem? AR desponta como uma doença da moda.

Fibromialgia

Outra doença pouco relatada é a fibromialgia, caracterizada por dores generalizadas e inexplicadas no corpo. Fibromialgia é “quase a definição de uma necessidade médica não atendida”, diz Ian Read, da Pfizer, que fabrica a primeira droga aprovada para fibromialgia, o medicamento anticonvulsivo Lyrica. A Pfizer doou US$ 2,1 milhões a grupos sem fins lucrativos em 2008 para “educar” médicos sobre a fibromialgia e financiou anúncios de serviço da indústria farmacêutica que descreviam os sintomas e citavam a droga. Hoje, a Lyrica lucra US$ 3 bilhões por ano.

Mesmo assim, a Lyrica concorre com Cymbalta, o primeiro antidepressivo aprovado para fibromialgia. A Eli Lilly propôs o uso de Cymbalta para a “dor” física da depressão, em uma campanha chamada “depressão machuca” antes da aprovação do tratamento para fibromialgia. O tratamento de pacientes com fibromialgia com Lyrica ou Cymbalta custa cerca de US$10 mil, segundo diários médicos.

A indústria farmacêutica e Wall Street podem estar felizes com os medicamentos para fibromialgia, mas os pacientes não. No site de avaliação de medicamentos, askapatient.com, pacientes que usam Cymbalta relatam calafrios, problemas maxilares, “pings” elétricos em seus cérebros e problemas nos olhos. Nesse ano, quatro pacientes relataram a vontade de se matar, um efeito colateral frequente do Cymbalta. Usuários de Lyrica relatam no askapatient perda de memória, confusão, ganho extremo de peso, queda de cabelo, capacidade de dirigir automóvel comprometida, desorientação, espasmos e outros ainda piores. Alguns pacientes tomam os dois medicamentos.

Disfunções do sono: Insônia no meio da noite

Disfunções do sono são uma mina de ouro para os laboratórios porque todo mundo dorme – ou assiste TV, quando não consegue. Para agitar o mercado de insônia, as corporações criaram subcategorias de insônia, como crônica, aguda, transitória, inicial, de início tardio, causada pela menopausa, e a grande categoria de sono não reparador. Nesse outono [primavera no hemisfério Sul], apareceu uma nova versão do Ambien para insônia “no meio da noite”, chamado Intermezzo – ainda que Ambien seja, paradoxalmente, indutor de momentos conscientes durante o sono. As pessoas “acordam” em um blackout do Ambien e andam, falam, dirigem, fazem ligações e comem.

Muitos ficaram sabendo desse efeito do Ambien quando Patrick Kennedy, ex-parlamentar de Rhode Island, dirigiu até Capitol Hill para “votar” às 2h45min da manhã em 2006, sob efeito do remédio, e bateu seu Mustang. Mas foi comer sob o efeito do Ambien que trouxe a maior discussão sobre o medicamento. Pessoas em forma acordavam no meio de montanhas de embalagens de pizza, salgadinhos e sorvete – cujo conteúdo tinha sido comido pelos seus “gêmeos maus”, criados pelo remédio.

Sonolência excessiva e transtorno do sono por turno de trabalho

Não é preciso dizer: pessoas com insônia não estarão com os olhos brilhando e coradas no dia seguinte – tanto faz se elas não tiverem dormido ou se tiverem, em seu corpo, resíduos de medicamentos para dormir. Na verdade, essas pessoas estão sofrendo da pouco reconhecida e pouco relatada epidemia da Sonolência Excessiva durante o Dia. As principais causas da SED são apneia do sono e narcolepsia. Mas no ano passado as corporações farmacêuticas sugeriram uma causa relacionada ao estilo de vida: “transtorno do sono por turno de trabalho”. Anúncios de Provigil, um estimulante que trata SED, junto com Nuvigil, mostram um juiz vestindo um roupão preto, no trabalho, com a frase “lutando para combater o nevoeiro?”.

Obviamente, agentes estimulantes contribuem com a insônia, que contribui com problemas de sonolência durante o dia, em um tipo de ciclo farmacêutico perpétuo. De fato, o hábito de tomar medicamentos para insônia e para ficar alerta é tão comum que ameaça a criação de um novo significado para “AA” – Adderal e Ambien.

Insônia que é depressão

Disfunções do sono também deram nova vida aos antidepressivos. Médicos agora prescrevem mais antidepressivos para insônia que medicamentos para insônia, de acordo com a CNN. É também comum que eles combinem os dois, já que “insônia e depressão frequentemente ocorrem conjuntamente, mas não fica claro qual é a causa e qual é o sintoma”.

WebMD concorda com o uso das duas drogas. “Pacientes deprimidos com insônia que são tratados com antidepressivos e remédios para dormir se saem melhor que aqueles tratados apenas com antidepressivos”, escreve.

De fato, muitas das novas doenças de massa, desde TDAH em adultos e AR até fibromialgia são tratadas com medicamentos novos junto com outros que já existiam e que não estão funcionando. É uma invenção das corporações “polifarmácia”. Isso lembra do dono de loja que diz “eu sei que 50% da minha propaganda é desperdiçada – só não sei qual 50%”.

(Martha Rosenberg escreve sobre o impacto das indústrias farmacêuticas, alimentícias e de armamentos na saúde pública.)

Fonte: AlterNet - Tradução: Daniela Frabasile

Imagem: acefalando.blogspot.com

Este blog foi criado para você, leitor. E só saberei se você está satisfeito se comentar os posts, ou então, pergunte, questione e sugira temas ou modificações.

10 comentários:

Unknown disse...

Excelente artigo, Alba.

É isso aí, os laboratórios também precisam sobreviver, não é? Então que tal promover uma nova doença e o respectivo tratamento? Nada mais simples... um bom publicitário, ou uma boa equipa, já é meio caminho andado. Depois é só promover a maleita junto dos médicos e das populações sadias, mas cansadas com o trabalho e preocupações diários. Anúncios em horário nobre, artigos em revistas insuspeitas... subitamente, determinado estrato da população está exatamente com aqueles sintomas anunciados. Tem filhos para criar, precisa tratar-se, ora essa! Daí até ser moda é um passinho.

Dado o passinho, está no "papo" o lucro previsto e muito bem planeado para 2012... Para 2013 haverá mais novidades! Não tenho qualquer dúvida que muitas doenças são meticulosamente planeadas. Como é que as indústrias farmacêuticas sobreviveriam com a venda de antibióticos para as otites, amigdalites, gripes e viroses nas crianças? Ora bolas, estas coisas passam em cinco dias e o mais provável é acontecer duas vezes por ano... As crianças são irrequietas, demasiado hiperativas, vamos tratá-las prolongadamente de TDAH! Os pais agradecem e os pirralhos ficam quietinhos...

E os adultos sem doenças crónicas, esses nem se fala, podem passar anos sem adoecer! Até parece mal... vamos dar-lhe atenção com uma doença e a respetiva cura bem prolongada, pode ser TDAH... Aos que têm doenças, curamos de um lado e fazemos adoecer de outro, assim todo o ano precisam ser tratados! E assim, os objectivos económicos são atingidos sem dificuldade.

Mostrar como operam estas empresas é muito importante. Parabéns pelo artigo e recebe um grande abraço!

Valéria Mello disse...

Que fantástico isto! Vou favoritar.

A gente esquece (sim, a gente se esquece) que somos seres manipuláveis, e às vezes,dormimos no ponto. Não é a toa que um jovem disse: orai e vigiai!

Gostei das notícias. Vou compartilhar e divulgar. Quem sabe uma ou duas pessoas sejam salvas deste círculo comercial, né?

Abração!

Beth Muniz disse...

Olá Mestra,
É assustador mesmo.
Acredito que não apenas em 2012, pelo rumo que as coisas estão tomando, mas no século.
Muitos estão sendo seduzidos pelas propagandas, em todas as áreas, e buscando no consumo a saída para resolver os seus dilemas. E na área da industria farmacêutica não é diferente. Basta observar a quantidade de propagando veiculada na mídia.
E quando um orgão público regulador do mercado se posiciona, surgem os brados retumbantes condenando e exigindo a liberdade de imprensa e o exercício da livre escolha. Pode até ser uma livre escolha. Mas, mas... que podem levar a um caminho sem saída, portanto, sem escolha futura.
É por isso que a minha terapia ainda está baseada na leitura de um bom livro, boa música, bom papo (ao vivo), valorizar as coisas simples da vida, uma cerveja geladinha e um sambinha. Rsrsrs
E é claro: Amar e ser amada.
E assim, deixo a vida e levar...
Beijo querida.

Atena disse...

Luisa:
Adorei a ironia, você é ótima.
Pois é, é preciso estar-se atento para como funcionam as indústrias farmacêuticas. É claro que muitas doenças foram planejadas e provavelmente continuará assim se a humanidade não se der conta de como eles agem.
Eu dou pouquíssimo lucro para eles porque uso mais os remédios naturais. rsrs
Desculpe a demora na resposta, passei uns dias na praia.
Beijos e obrigada pela visita

Atena disse...

Sim, Val, precisamos divulgar. Quanto mais pessoas souberem disso melhor para elas.
Ultimamente fico horrorizada com a quantidade de pessoas que consomem psicotrópicos quando, para muitos, seria bem mais indicado uma psicoterapia, mas ...
Obrigada pelo apoio e beijos

Atena disse...

Beth:
Amei suas terapias, são da melhor qualidade. rsrs
Se eu trabalhasse na Anvisa, num cargo de direção, acabava com essa pouca vergonha, doesse a quem doesse.
Desculpe a demora, a praia se impôs com o calor que anda fazendo aqui.
beijos

Cidadão Araçatuba disse...

Atena que beleza de artigo. A indústria farmacêutica está na minha lista há anos. Eita povo safado! Mas uma pergunta não quer calar... O que ganha o (mau) profissional da medicina que receita essas porcarias indistintamente?
Que se formam péssimos profissionais na área da saúde não tenho dúvida, mas colaborar para que o paciente tenha problemas adicionais? É o fim do mundo. Nem precisamos mais dos maias! rs...
Abração, reproduzirei em breve esse artigo.
Grande Abraço!

Atena disse...

Cidadão:
Também tenho essas indústrias no meu caderninho preto há anos. rsrs
Já faz um bom tempo que a saúde, ou melhor, a doença virou uma indústria altamente lucrativa e você sabe que infelizmente o que comanda o mundo é o lucro ou ganância.Aff!
Agradeço se a postar também, as pessoas precisam ficar avisadas.
abração

Ivan Monticelli Jr disse...

Como é fácil falar bobagens não? Basta ter um computador e se informar somente com textos não científicos, não aprovados pelos pares e sem nenhum trabalho publicado! Você acha então que transtornos mentais não existem né? Em que parque de diversões vc mora? Autismo não existe, TOC, Depressão, tudo bobagem né prá vender remédios... Lamentável, espero qaue nunca tenha um filho com algum transtorno pois ele vai sofrer muito! Até em Cuba que é comunista mas tem excelentes médicos os Portadores de TDAH recebem medicação gratuitamente!

Atena disse...

Ivan:
Parece-me que você faz parte da atual geração de alunos que não tiveram boa aprendizagem escolar e consequentemente não sabem interpretar textos.
Em nenhum momento é dito que tais doenças não existem, o texto é um alerta à população em geral quanto aos abusos da indústria farmacêutica e também, como psicóloga que sou, não poderia negar que existem transtornos mentais.
Por exemplo, a medicina ainda não sabe o que causa a fibromialgia e não existe remédio para sua cura, no entanto, no texto, você viu que estão vendendo remédios para tratamento (inóquo) da mesma.
A jornalista, autora do texto, tem renome nos Estados Unidos com publicações em mídia impressa séria como Boston Globe, San Francisco Chronicle, Chicago Tribune, etc.
Releia o texto, por favor ou você é médico e sentiu-se ofendido com a parte que lhe toca?