"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Qual é o propósito da vida?

proposito de vida

Será que existe ou existiu algum ser humano que nunca se perguntou em momentos de devaneio ou até quando está em “estado alterado etílico”: quê que eu tô fazendo aqui? rsrs

A perguntinha que em muitos nunca se cala: qual o propósito da vida ou da minha vida?

Os primeiros, dos quais temos notícia, a se preocupar com o assunto foram os famosos filósofos gregos, afinal naquela época não existia televisão, e o que fazer com os momentos de ócio? Devanear, refletir e encher a cuca de minhocas.

A humanidade foi evoluindo e a questão continuou presente. Em algumas épocas eram muito poucos os que se davam a este trabalho, em outras temos conhecimento de grandes e atormentados pensadores.

Atormentados, sim, porque pensaram, pensaram, discutiram e discutiram com seus pares e cada um chegou a uma conclusão diferente, se é que chegou a alguma..

Se vocês estão pensando que li todos ou a maioria dos grandes filósofos ou pensadores, desiludam-se de vez. Comecei a lê-los na adolescência, mas quando cheguei aos meus 20 anos, aproximadamente, percebi que tais leituras tinham feito estragos na minha cabecinha. Havia muitas minhocas para as quais eu não tinha repelente. Muitas dúvidas, questionamentos e incertezas que nenhum dos “grandes pensadores” resolvia a contento. Então parei de ler os filósofos.

As leituras pararam, mas os questionamentos não e essa pergunta sobre o propósito de estarmos aqui ainda me acompanhou durante muito tempo.

Muitos são aqueles que se estressam com esse tipo de questão. Alguns por características próprias de personalidade, outros por influências externas como as religiões, com toda a carga de crenças que vem junto com elas.

Já li e ouvi todo tipo de missão que a humanidade “deve” cumprir aqui no planetinha se quiser “agradar” ao senhor, seja lá este quem for... Boa parte dessas missões carregadas de sacrifícios, dor e, por que não dizer, autopunições. Sim, a humanidade foi tão altamente condicionada que deve sofrer e ser punida que para muitos isto é algo natural.

Não sei de onde surgiu a necessidade, no ser humano, de ter um propósito para viver. Só o fato de viver já é uma experiência tão rica, tão repleta de facetas e nuances que não precisa de mais nada para se justificar.

É que o ser humano é um bicho muito esquisito mesmo, sempre procurando explicação para tudo, não se contentando em simplesmente viver ou como dizia a música: “be and let be”.

Se todos dessem significado para suas vidas creio que essa necessidade de propósito desapareceria. Dar significado às relações, ao trabalho, ao lazer (curtindo cada minuto), enfim, vivendo a vida intensamente. Boa parte da humanidade não faz isso, limitando-se a ficar na rotina do dia a dia, esquecendo que também existe a imaginação que pode dar um colorido a qualquer vidinha chata.

Emoções, sentimentos, imaginação, ingredientes para se curtir a vida sem necessidade de um propósito. Claro que não há nada de errado com aqueles com um propósito, se o tem que vá atrás dele. Cuidado, porém, com algumas crenças limitantes que se fazem presentes nesse particular. Muitas religiões pregam propósitos para o viver humano que só conduzem à alienação e fantasia fazendo com que as pessoas, ao invés de procurar sentir-se bem aqui, enquanto estão vivos, busquem a realização e felicidade que virá após a morte quando forem para o “céu”(?).

É aqui, na Terra, que somos úteis aos propósitos do Criador (sejam lá quais forem) porque este é o laboratório de onde sai um específico tipo de conhecimento do “Tudo Que É” (que a dualidade e o livre arbítrio permitem), através de nossas experiências e criações.

Os mestres nos ensinam que o propósito do viver humano, seja em matéria densa ou sutil, é criar e experienciar (tal como o Criador faz). Se houver consciência disso garanto que qualquer vida vai ser repleta de movimento, ação/reação e surpresas, sem lugar para monotonia nem para ficar se perguntando: “quê que eu tô fazendo aqui?”

Imagem: coisasmagicasdavida.blogspot.com

Este blog foi criado para você, leitor. E só saberei se você está satisfeito se comentar os posts, ou então, pergunte, questione e sugira temas ou modificações.

22 comentários:

Beth Muniz disse...

Grande mestra.
Demorou! rsrsrs
Sei lá...
Quer saber?
Apenas vivo. Ttento fugir da rotina que pode contaminar os meus escasos dias, já que tenho a certeza de que jamais serei eterna fisicamente. Afinal, sou apenas um ser humano, com uma carcaça em eterno movimento.
Procuro colorir a vida com todas as cores possivéis.
Não procuro ser eternamente feliz, mas ter momentos felizes...
Como este por exemplo, expandindo a minha consciência, ao refletir sobre o que escrevestes.
Pensar me faz viva!
Será este o meu propósito? Me manter viva e sentir que realmente estou?!
Grande beijo.

Atena disse...

Beth:
Você me parece ter um aspecto com os pés bem no chão, temperado com um lado sonhador/otimista que considero maravilhoso. Sabe aproveitar o bom da vida, não é?
Pelo jeito já faz o que os mestres dizem: apena vive. Esse é o principal propósito. Continue por aí...
Quanto a pensar ... que pena que nem todos são como você. Aff!
Beijocas, querida

MARIANGELA BARRETO disse...

Oi Atena,

Pois é,amiga,sinceramente não me preocupo muito com esta questão do propósito. Minhas inquietações me conduzem a aprofundar cada vez mais meu processo de autoconhecimento a partir daí e das minhas experiencias vou vivendo e expandindo minha compreensão e conexão com a Fonte.
Concordo plenamente com o que vc escreveu:
"Se todos dessem significado para suas vidas creio que essa necessidade de propósito desapareceria."

grande abraço
Mariangela

Mauricio Vaz disse...

Grande Deusa da Sabedoria!

obrigado por compartilhar este texto!!!

adoro saber que a vida não tem sentindo!

faz ela ter cheiro de aventura!

Atena disse...

Mariangela:
Do meu ponto de vista, e a partir dos ensinamentos dos mestres, você está no caminho certo.
O autoconhecimento é o primeiro passo para, expandindo a consciência, encontrar a Fonte.
È isso aí, siga em frente. Querendo trocar ideias, estou sempre às ordens, até porque compartilhando fica sempre mais fácil.
beijos

Atena disse...

Mauricio:
ôba, mais um que gosta de aventuras...rsrs
Pois é, sem um propósito pré-determinado as coisas ficam mais light.
Seja sempre bem vindo.
Abraços

Lucia disse...

Olá Atena!

Não há coincidências! Ando há dias a pensar na ideia de sermos o "braço direito de Deus" aqui na Terra, e hoje ao ler o seu blog pela primeira vez, você escreve precisamente que é aqui na Terra que somos úteis aos propósitos do Criador! Curioso, não é?

Talvez o propósito da vida seja esse: apenas desfrutar da vida, amar, criar, evoluir, se conhecer...

Já coloquei o seu blog nos favoritos, é mais um alimento para a minha alma.

Eduardo Medeiros disse...

e aí, beleza?

a filosofia não foi feita para dar respostas e sim para fazer perguntas, então...rsss

não concordo que seja possível viver a vida sem propósito algum, nem que seja a de não ter propósito algum.

procurar O SENTIDO da vida em si é impossível para nós; o melhor a fazer é cada um buscar o seu próprio sentido para a vida.

e aí, o sentido de alguém pode ser a de viver para agradar seu "senhor" ou "pai celestial" e ninquém tem o direito de dizer que ele está errado ou equivocado.

o que dá sentido à vida de alguém nunca é falso ou ilusório.

sabe atena, o marcio é meu amigo de blogue, e de uns tempos prá cá eu resolvi não mais debater com ele; tudo o que ele escreve eu concordo mesmo não concordando cem por cento...rsssss

eu não concordo com a cruzada que ele e o edson estão empetrando contra a religião e contra os "pobres iludidos crentes".

a religião é uma dimensão autêntica do ser humano e não deve ser atacada pelo puro prazer de atacá-la e se achar superior fazendo isso.

vários ramos da ciência como a neurociência têm redescoberto a importância da espiritualidade e da religião.

valeu, beijos

Atena disse...

Edu:

Você, como sempre, falando com muita sensatez.
Sim, cada um tem o seu propósito, uns com alegria, outros com culpa, outros com o fervor da religião, etc. e não falei que eles estão errados, somente citei um fato. Até porque não existe certo ou errado, cada um vive como escolheu viver.
Agora, viver pelo propósito de somente experienciar a vida eu já acho ótimo. rsrs

Eu concordo com o Marcio e Edson quanto aos iludidos crentes, mas cada um tem o que escolheu, portanto não compete aos demais criticá-los. Com certeza essas religiões falaciosas, dogmáticas e gananciosas também já ajudaram e ajudam muita gente que, neste momento, precisam delas. É um estágio pelo qual alguns têm de passar.
Eu, provavelmente, já passei por esse estágio em outra vida e agora estou livre. rsrs
abração

Unknown disse...

Gostaria de saber sua opnião sobre a terapia reencarcionista,se na sua visão tem alguma utilidade ou não?

Atena disse...

Duvendas:
Dê uma olhada no post http://expandiraconsciencia.blogspot.com/2011/03/quem-somos-nos-ou-os-aspectos-humanos.html

Aí você encontrará a minha opinião.

Cidadão Araçatuba disse...

Já queimei muitos neurônios com divagações e pensamentos, e estava sóbrio, rs...
Mas ainda não entendi direito, e desisti. Procuro viver sem perturbar e nem atrapalhar ninguém,ajudo quando precisam.
Acredito que isso seja essencial.
A paz interior que tanto almejamos e que as religiões se ocupam em vendê-la parceladamente vem assim; ajude, não atrapalhe e não pergunte muito, pois acabará sabendo as respostas, rs...
Abração!

Eduardo Medeiros disse...

quer dizer que em outra vida você talvez foi uma dogmática religiosa fundamentalista???? rs

pois eu já fui um neste vida mesmo e evoluí nesta vida mesmo, já que hoje, já não o sou...rss

todavia, entretanto, concordo também com sua frase

"Agora, viver pelo propósito de somente experienciar a vida eu já acho ótimo."

com certeza. a vida é a vida e ela se basta.

olha, eu estou com muito pouco tempo para atualizar meus 3 blogues(!!!! rs), escrever no blog coletivo da confraria uma vez por mês e ainda comentar nos blogues dos amigos.

por isso, resolvi atualizar somente meu blog mais antigo, o olhar o tempo. os outros talvez eu delete ou os deixe morrer por inanição...kkkkkkk

você sabe que eu me dei a aventura de cuidar do meu filho hoje com 7 meses enquanto a mão dele trabalha, né, e isso requer tempo, muito tempo...rs

então, quando você quiser me visitar, vá somente ao olharotempo.blogspot.com

e vou tentar ser mais assíduo por aqui, ó deusa que já foi fundamentalista em vidas passadas...

olha, sem querer polemizar, mas acreditar em vida pós morte eu até consigo aceitar; agora tenho sérios problemas com reencarnação.

eu já fui fundamentalista religioso, crédulo mesmo, hoje sou um cético-crente....rssssss

beijos

Atena disse...

Acho que todo aquele que procura entender assuntos transcendentais, queima os neurônios mesmo. rsrs Realmente algumas respostas confundem uma pessoa despreparada, portanto...
O que você considera essencial está pra lá de bom, quem dera a metade da humanidade pensasse assim.
Grande abraço

Atena disse...

Pois é, Edu, meu passado é negro. rsrs Uma encarnação como freira eu já vi e outra como um sacerdote com cara de mau caráter. Me arrepiei com a criatura. rsrs

A dificuldade de aceitar as reencarnações é decorrência de se considerar o tempo como linear. Quando aprendemos mais sobre o tempo, entendemos que na realidade não existem re-encarnações, mas múltiplas vidas, cada uma no seu corredor(?) de tempo. É um assunto muito complexo para explicar em poucas palavras ou por escrito.

Sei que você, como “cético crente”, é dotado de bastante bom senso e me parece ter a cabeça mais aberta, portanto se pesquisar mais em assuntos metafísicos tenho certeza que não só entenderá muitas coisas que hoje podem ser duvidosas, mas também aceitará outras que digo aqui.

Parabéns pela coragem (cuidar do bebê). rsrs
Anotada a recomendação sobre o blog
abraços

Unknown disse...

Atena o que voce pensa a respeito alcoolismo,tabagismo e drogas em geral,são sintomas negativos da sociedade moderna?

Atena disse...

Duvendas:
eu não me incomodo de responder aos seus inquéritos rsrs, mas gostaria também de ter o seu feedback sobre as postagens. A opinião dos leitores é importante para mim.
Alcoolismo, tabagismo e drogas são bastante antigos na história da humanidade. Tirando o álcool, os outros dois eram usados em rituais xamânicoas por muitas culturas.
O tabaco em si, não faz mal, bem como a maconha, que é uma erva medicinal, o problema é que no cigarro são adicionadas muitas substâncias nocivas à saúde e a maconha serve como entrada para outras drogas pesadas e altamente destrutivas.

Atena disse...

Lucia:
Sim, não há coincidências e sim sincronias.
Seja muito bem vinda e estimo que tenha apreciado o blog.
Se quiser, pode sugerir temas para o mesmo, já tenho outros leitores que fazem isso.
abraços

Unknown disse...

Gostei muito do seu site,me esclareceu varias dúvidas com algumas postagens que já li,sou umbamdista por influ~encia de meus pais,por isso tenho feito outro tipo de leitura,para saber se é influencia mesmo ou faz parte da minha evolução seguir umbanda nesse momento da minha caminhada.

Atena disse...

Duvendas:
Faz muito bem em pesquisar e expandir o leque de suas leituras, é isto que contribui para a expansão da consciência.
Cada um de nós deve seguir o caminho que fala ao coração, sem se deixar influenciar por outros. Não existe caminho certo ou errado, somente alguns que propiciam uma evolução mais rápida e outros mais lenta.
Se a Umbanda lhe agrada, continue com ela.
Desejo-lhe sucesso na sua busca

Unknown disse...

Obrigado pelo apoio Atena,uma última pergunta...rsrsrs...então voce não cre que acham obsessores ou espiritos vampirizadores ou coisas semelhantes ,citados em literaturas espiritas?

Atena disse...

Duvendas:
Acredito sim em obsessores e espíritos que roubam energia.
Nos casos de obsessão, todavia, muitas vezes há engano quanto ao obsessor. Aqueles que não tem o devido esclarecimento julgam que a obsessão é sempre de um outro espírito (desencarnado) quando, muitas vezes, é um outro aspecto da própria pessoa que a está "obsediando".