segunda-feira, 17 de maio de 2010
A raiva e como administrá-la
Você já sentiu raiva ou tem sangue de barata?
Sim, uma coisa ou outra, porque é absolutamente humano sentir raiva.
Esta é uma das poucas emoções legítimas ou naturais do ser humano. Segundo a Análise Transacional, teoria de personalidade desenvolvida por Eric Berne, somente apresentamos cinco emoções ao nascer: raiva, tristeza, medo, alegria e prazer (emoções primárias). As demais vão sendo acrescentadas ao nosso psiquismo conforme vamos crescendo, chamadas de emoções secundárias.
Muito freqüentemente manifestamos uma emoção secundária para encobrir uma primária – verdadeira. O que motiva isso? Vivemos numa sociedade altamente falsa e hipócrita. As pessoas ditas normais não exteriorizam cem por cento o que realmente pensam ou sentem. Alguns, mais que outros, utilizam-se de mais subterfúgios para esconder e principalmente proteger seu íntimo. A Psicologia chama-os de Mecanismos de Defesa.
É apropriado que assim o façamos, pois enquanto o ser humano se considerar indefeso e desprotegido, sem assumir sua verdadeira divindade, ele necessita de recursos para se proteger.
Voltando à raiva. A despeito do que dizem os manuais de boas maneiras e as religiões, é natural e até saudável sentir raiva (ela pode ser um fator motivador para conquistas pessoais). O problema surge em como manifestamos a raiva.
Notou que no título deste post eu coloquei como administrar em vez de controlar a raiva? Porque quando você controla está se reprimindo, castrando ou numa palavra – se limitando. Limitando tudo que você é.
A raiva não deve ser reprimida, mas canalizada de forma a não prejudicar a alguém e menos ainda a si próprio. Conheço pessoas que, em seus ataques de fúria, dão socos nas paredes. Isso, além de não resolver a causa da raiva, ainda é burrice porque a pessoa fica machucada. A não ser que o dito cujo esteja com raiva dele mesmo. E acontece bastante, ah, acontece sim. Muitas vezes a pessoa que está com raiva de alguém ou de alguma coisa sabe, lá fundo, que ela própria é a responsável pela questão em causa.
A não manifestação da raiva faz com que ela se internalize, fica dentro do corpo resultando depois nas chamadas doenças ou sintomas psicossomáticos.
A depressão, segundo Louise Hay, é “raiva que a pessoa não se permite sentir” e minha experiência clínica constatou sua veracidade. A raiva não externalizada ou canalizada vai criando bloqueios energéticos - entupindo os canais energéticos do corpo (aqueles da acupuntura) e num segundo momento sobrevém o sintoma físico ou a até mesmo a doença.
Como externalizar positivamente a raiva? Vou dar aqui algumas idéias, você pode contribuir com outras.
Bateu com o dedão do pé e está com vontade de gritar? Grite, então, xingue o objeto que lhe causou a dor, diga palavrões (se puder). Isso ajuda a desopilar, vai por a raiva para fora.
Você está na empresa onde trabalha e acabou de receber uma “regada” do chefe ou desaforos de algum cliente: o mais rápido que puder, vá ao toalete, peque um bom maço de papel-toalha e comece a torcê-lo, mas com toda a força que tiver. Até ficar cansado. Por que dá certo? Porque quando ficamos com raiva aumenta a concentração de adrenalina no corpo e ao se fazer um exercício físico forte haverá descarga de endorfinas que produzem a sensação de bem estar.
Então, quando com raiva, procure fazer qualquer exercício físico forte, depois se sentirá melhor
Cada um tem o seu jeito singular de se expressar, pode ser caminhar bastante, berrar ou correr. Todos valem desde que façam a pessoa descarregar a raiva. Que proporcionem aquela sensação de : ufa, passou...
Você está com raiva porque não disse o que aquela criatura merecia ouvir? Procure então se analisar e ver se o que está lhe faltando não é um nível maior de assertividade.
É bastante comum aquele tipo bonzinho, sempre correto, que não manda ninguém à m..... ser um poço de raivas interiorizadas. Lembre: a raiva é como lava de vulcão, um dia vai sair por algum lugar, procure não deixar que seja adoecendo seu corpo.
Enfim, você é muito raivoso? Então vá se tratar. Faça uma psicoterapia, pois a cada vez que tem um ataque de raiva de cinco minutos, baixa pela metade no seu corpo o nível de uma substância que contribui com a qualidade do seu sistema imunológico.
Pense nisto.
6 comentários:
Eu quebro coisas quando fico com raiva. Principalmente as coisas que eu crio, pinto, reciclo... Quebro, principalmente, quando meu noivo, que é dependente da bebida, me incomoda... Uma grande sensação de alívio me invade, mas vem depois o arrependimento, pois eram coisas tão lindas!
Acho que vou levar comigo um paninho para torcer com muuuuuuita força e talvez poupar minhas criações...
Eu tive um pai alheio na infância, indiferente quero dizer. Ele me dava medo. A presença dele me incomodava, at´pe inha respiração eu controlava... Quando ele não estava presente eu quebrava ovos na parede... Mas eu não lembro se isso era raiva, mas fazer aquilo me dava muito alívio. Desculpe. Eu sei que aqui não é um divã.
Anônima:
Pode ser qualquer esforço físico extenuante. Já quebrar suas coisas lindas?... rsrs
abraços
Anônima:
Seu segundo comentário só me apareceu depois que eu já tinha respondido o primeiro.
Não se preocupe por aqui não ser um divã, botar as coisas pra fora também ajuda, portanto sinta-se à vontade.
Imagino o quão difícil é ter um pai assim, mas antes de encarnar, escolhemos os futuros pais. Sua alma o escolheu por alguma razão. Isto não quer dizer que precise ficar feliz com a escolha, mas aceite-a para o seu próprio bem.
Vou lhe fazer uma confidência: meu pai, quando eu era pequena, batia-me de tal maneira que minha mãe precisava colocar compressas de sal grosso nas minhas pernas. Bem, só fui me sentir aliviada depois que o perdoei (o que infelizmente aconteceu muito tempo depois).
Fique em paz.
abraços
Atena: eu fico furiosa com provocações. Sempre fantasiadas de "brincadeirinha", as provocações são ditas na maior parte das vezes pelas pessoas queridas, só para se nutrirem da energia da gente, pois sabem intuitivamente que em cada acesso de raiva há uma descarga energética que nutre o oponente.
Acho isso, de coração, uma baita sacanagem, e fico brava não com a provocação, mas por esse jeito maquiado de inocente de sugar o que eu tenho de melhor: minha energia!
Eu já me dôo para as pessoas que gosto ao natural, para que querem mais ainda???
Anônimo:
Parece que você tem conhecimento sobre o assunto, então vamos lá...
As pessoas que a provocam SABEM conscientemente que estão lhe roubando energia? Se não sabem não podem ser acusadas de má fé.
A quase totalidade do roubo de energia cometido pelos humanos não é consciente. É simplesmente um produto ou uma consequência de sua falta de autoestima e, em algumas pessoas, associado à ganância de poder.
Aqui no planetinha, poder está associado à dominação, mas esta procura pelo poder é para mascarar o sentimento interior de menos valia.
Outra coisa: se você estiver SEMPRE consciente que dentro de si carrega a Divindade, não será tão afetada pelo roubo de energias dos outros.
O livro A Profecia Celestina trata muito bem deste assunto e nos esclarece bastante.
Obrigada pela visita e abraços
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