"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Pollyannas que andam por aí

Ou Pollyannos... rsrs

Quando era criança li um livro muito popular chamado Pollyanna. Como desconfio que as gerações mais novas não o conheçam vou descrevê-lo rapidamente.

Pollyanna era uma menina que aprendeu com seu pai o “jogo do contente” que consistia em ver sempre um lado positivo em todas as situações, por mais trágicas que fossem. Era uma menina que acreditava no melhor das pessoas e incapaz de fazer mal a alguém.

Por causa desse livro Pollyanna virou sinônimo de “ver o mundo cor de rosa”, de uma forma utópica, ou como se diria atualmente – uma “sem noção”. Também se começou a falar de uma síndrome de Pollyanna como sendo fuga da realidade. Muitos resistem a sentir-se tristes ou deprimidos por incapacidade de entrar em contato com a dor ou também com medo de afastar aos demais e entram nessa de “brincar o jogo do contente”, esquecendo ou desconhecendo que a depressão ou luto, como muitas vezes é chamado, traz amadurecimento.

Bem, o post de hoje deve-se ao pedido de uma leitora para que eu comentasse o que acontece com pessoas que, nas suas aparições na internet, sempre estão sorridentes, demonstrando que tudo está maravilhoso e não mais que de repente se descobre que a vida das mesmas está uma “caca”.

A leitora em questão chamou a esse comportamento de “máscara da felicidade”. E ela está absolutamente certa, é uma máscara.

Já falei aqui sobre as máscaras que o ser humano usa e os porquês.

Os humanos, nas suas tentativas de preservação da autoestima, utilizam-se de vários mecanismos psicológicos de defesa. O equívoco está aí: no uso de mecanismos ao invés de ir até as causas dos problemas de autoestima. É como usar remédios alopáticos que eliminam os sintomas, mas não a causa da doença.

Um dos mecanismos utilizados é o uso de máscaras e uma delas é esta: a de felicidade para esconder dos demais o que se passa realmente no interior da pessoa e em sua vida.

As pessoas usam as redes sociais, principalmente, para afastar a solidão e sentirem-se queridas, portanto vão colocar “máscaras com purpurina” para agradar aos demais.

Tudo se resume a problemas de autoestima associados, em grande parte dos casos, à “sombra”de cada um que, não adianta negar, todos nós temos.

Encontrei um vídeo na internet que trata brilhantemente sobre o assunto. É longo, mas se vocês assistirem pelo menos até a metade dele já terão feito um grande favor a si mesmos.

Considero este vídeo como indispensável de ser visto por todas as pessoas que almejam ter uma vida melhor, mais alegre e saudável ou mais feliz.

Clique aqui para ver o vídeo

Imagem: http://t2.gstatic.com/

Este blog foi criado para você, leitor. E só saberei se você está satisfeito se comentar os posts, ou então, pergunte, questione e sugira temas ou modificações.

10 comentários:

Unknown disse...

Oi Atena ,
Gosto demais de seus posts , eu lembro dos livrinhos da Pollyana tb kkkkk. Meus dedinhos coçaram para comentar .É verdade tudo que vc disse . Talvez por isso se chame "mundo virtual" as pessoas tentam passar sua felicidade plástica a todo o custo .Muito bacana ! XOXO

MARIANGELA BARRETO disse...

Atena querida,

já tinha lido sobre o efeito sombra,revelador, sensacional! este lado "feio" que negamos,tentamos sepultar,disfarçamos com máscaras, mas que de repente implode e pronto, desmonta tudo!
"A sombra é o mal do mundo" vivemos o caos coletivo do ego que rejeitamos,que se volta contra nós mesmos. Por isso penso que não tem jeito, mais cedo ou mais tarde Polyanna tropeçara e dirá um tremendo palavrão em vez de um sorriso e lá se foi a máscara!
Postagem fantástica, amiga.. o video é maravilhoso vi todinho e queria mais..Te desejo Um lindissimo natal e um iluminado ano novo ..
beijos!!!

Atena disse...

Renatinha:
É, você disse bem:"Talvez por isso se chame "mundo virtual". Ou seja: mundo de faz de conta, não é?
De qualquer forma é triste a gente ver tanta coisa falsa na internet.
Obrigada pela visita e beijos

Atena disse...

Mariangela:
Vindo de você, não esperaria outro comentário. Está incluída entre os poucos de consciência evoluída.
O vídeo é realmente bárbaro, no momento em que o assisti vi que não poderia deixar de partilhá-lo com meus leitores.
O que você falou sobre o ego já me deu ideia para fazer outro post. Obrigada.
Beijos e meus votos de fim de ano irão via e-mail

EXPEDITO GONÇALVES DIAS disse...

Excelente matéria. Até guardei o vídeo.
Passo também para agradecer o convídvio de 2011. Que ele se aprofunde em 2012. Boas Festas!

Atena disse...

Professor:
Sua visita é uma satisfação para mim e agradecida pela gentileza demonstrada.
O vídeo é realmente sensacional.
abraços

Unknown disse...

Atena, Boas Festas!

Um ano de 2012 com menos Pollyanas! Sabes, é muito mais fácil escondermo-nos na leveza fútil do cor-de-rosa do que enfrentar a nossa própria realidade, ou as feias realidades sociais.

Grande abraço!

Atena disse...

Salve, Luisa:
Realmente, temos a tendência ao escapismo, uns mais outros menos. Mas concordo com você, vamos torcer para ter um 2012 com menos Pollyannas. rsrs
Abraços e um grande ano para você, com saúde, paz e realização de seus sonhos

Beth Muniz disse...

Oi Mestra,
Custou mais enfim cheguei.
Que vídeo revelador.
Gosto quando me leva a refletir mesmo quando o produto final seja apenas um nozinho em minha cabeça.
Será que as nossas sombras interiores serão capazes de se revelarem mesmo no universo virtual?
Ou será, que assim como no real, permanecerão a nos atormentar nos transferindo mecanicamente rumo as nossas frágeis dissimulações humanas?.
Seja como for, somos produtos dos nossos medos e angústia. Dos nossos valores absorvidos e aceitos sem muitas contestações.
Se assim é, o que nos restará então?
Creio nossos princípios e a nossa humilde capacidade de nos reconhecermos apenas humanos.
Beijo minha querida mestra.
Obrigada.
Feliz Ano Novo!

Atena disse...

Beth:
Dessa sombra ninguém escapa, mesmo que esteja no escuro! rsrs
Somos produtos de nossos medos e angústias, mas principalmente de nosso sistema de crenças limitantes. Já falei bastante sobre isso aqui e vou continuar falando porque é fundamental nos libertarmos.
Quanto a sermos apenas humanos ... é porque não nos reconhecemos, pois esquecemos que também somos divinos. Essa é a busca eterna do humano.
Desculpe o atraso na resposta, mas estive viajando, visitando nossos hermanos uruguaios.
Beijos e votos de um estupendo 2012