O que você vê dentro do copo?
Para expandir a consciência é necessário primeiro entender como funciona a nossa percepção, pois é através dela que tomamos conhecimento de tudo.
Percepção é uma tomada de conhecimento sensorial de objetos ou de fatores exteriores. É uma maneira subjetiva de ver as coisas, segundo a qual selecionamos os elementos presentes, registrando alguns, ignorando outros, alterando e até mesmo introduzindo elementos pessoais.
A nossa percepção depende de vários fatores: fisiológicos, capacidade sensorial, idade, experiência, traços de personalidade, conteúdos inconscientes, contexto geográfico e cultural, etc.
Esses e outros fatores determinam como interpretamos os estímulos que percebemos por intermédio de nossos cinco sentidos.
Na figura abaixo só perceberá o número dentro do círculo a pessoa que tiver visão normal para cores, aquelas que sofrem de deuteranopia (incapacidade para perceber a diferença entre vermelho e verde) não o verão.
Nesta outra figura ambígua, abaixo, 60% das pessoas vê, primeiramente, uma jovem e 40% vê uma velha (parecendo uma bruxa). Aqui algum componente psicológico se reflete na primeira percepção, depois das duas serem identificadas todos passam a perceber ambas as personagens.
O objetivo desta exposição é que vocês entendam que embora pensem que todos vivemos no mesmo mundo, não é bem assim, cada um vive no seu mundo particular moldado por suas características que vão desde fatores fisiológicos (surdez, cegueira, daltonismo, etc.) até conteúdos psicológicos. Esse entendimento é de vital importância para a harmonia das relações humanas.
Na medida em que compreendemos que cada um tem sua visão de mundo fica mais fácil aceitar as diferenças de opinião, por exemplo, com isso evitando desentendimentos e conflitos.
Vejamos mais um pouco sobre os fatores interferentes na percepção.
Fatores fisiológicos. Além dos exemplos já citados como cegueira, surdez, etc. podemos citar o papel desempenhado por certas drogas que alteram a percepção: maconha, cocaína, LSD, heroína, etc. Aldous Huxley escreveu um livro bem interessante sobre os efeitos da mescalina onde descreve e analisa suas experiências com a droga : As Portas da percepção.
Foco da atenção. Nosso cérebro não foi desenhado para fixar sua atenção em mais de um estímulo ao mesmo tempo, embora, muitas vezes tenhamos esta impressão. Portanto o foco de nossa atenção é que vai determinar o que estamos percebendo. Tente mostrar ao seu marido ou namorado o novo corte de cabelo no momento em que ele assiste ao futebol na TV – ele não o verá. Não é? rsrs
Motivação. A motivação interfere não só no que nós percebemos, mas é responsável pelas diversas formas com que interagimos com o ambiente e com as pessoas. A comida parece mais apetitosa se estivermos famintos. O tempo demora mais a passar quando, atrasados para o trabalho, esperamos a condução.
Fator cultural. A cultura dos povos exerce profundo impacto na maneira como as pessoas percebem certas coisas. A cor do luto, para nós, é o preto, no Japão é o branco. No ocidente é feio arrotar em alto volume, em certos países do oriente é sinal de aprovação pela iguaria comida.
Contexto geográfico. Para quem vive em lugares de clima tropical ou semi-tropical a neve é somente uma substância fria e branca, contudo para um morador do Ártico existem vários tipos de neve.
Personalidade O mesmo fato para uma pessoa pode parecer triste e para outra - divertido. Quando alguém se “estabaca” em plena via pública, alguns riem, outros mostram expressões de pena.
Em virtude de a percepção variar tanto para diferentes pessoas, diferentes culturas, diferentes circunstâncias, etc., ninguém pode se arvorar em detentor de alguma verdade. Infelizmente vemos o mundo repleto deste tipo. Cuidado!
No próximo post vamos abordar mais detidamente os fatores psicológicos e/ou de personalidade que interferem na nossa percepção.
Até lá.
16 comentários:
Oi Atena,
Costumo ver as duas figuras, mas comigo a avaliação "não vale" porque já estudei esse tema na faculdade e tenho a vista treinada para procurar essas formas. Já li o livro "As portas da percepção" também há muitos anos atrás. Tinha o complemento "Entre o céu e o inferno", lembra? Pra mim foi fantástico porque li logo depois de Demian, de Herman Hesse - uma boa dupla.
Querida Atena,
Incrível post !
Não tinha conhecimento destas informações !
mas fiquei intrigada com o fato de que mesmo olhando por minutos a fio, não consegui ver a Jovem na figura ambígua...
tem algo errado comigo ??? rsrs
Obrigada por compartilhar este assunto tão relevante !
Um enorme beijo !
Leila:
Com treino a gente vê ambas, mas quando se olha uma figura ambígua sempre veremos uma depois a outra imagem. O cérebro não consegue ver ambas ao mesmo tempo, existe uma alternância rapidíssima entre uma e outra.
Samanta:
Que bom que gostou. Não se aflija, não há nada de anormal em não conseguir ver uma ou outra.
beijos
Atena, minha querida!
Olha, amiga, te confesso que só vi a jovem e fiquei aqui uns 5 minutos entortando a cabeça para todos os lados tentando ver a velha e não vi até agora! O pior é que eu já tinha visto essa imagem e conseguia enxergar as duas... Enfim, acho que quem está velha sou eu! rsrsrs
Eu acho super interessante essas percepções e como está escrito, por aí conseguimos ter idéia do quanto o olhar diferencia as coisas.
Grande beijo, minha querida!
Jackie
Olá Atena.
Muito interessante seu texto.
Seu post foi publicado na Teia.
Até mais.
Pois é, Jackie, tudo começa com a nossa percepção e dependendo de nossa ótica as coisas podem se encaminhar positivamente ou ao contrário.
No próximo post abordarei os fatores psicológicos, que são os mais cabeludos. rsrs
um grande beijo
Alfredo:
Mais uma vez obrigada.
Que bom que gostou.
abraços
kkkk. Eu sou a diferente mesmo. Até em testes psicologicos eu sou a minoria. Eu vejo a velha que parece uma bruxa. Fiquei olhando tentando achar a jovem e não vi de jeito nenhum. srsrsr
Vai ver é porque eu sempre me considerei muito diferente das outras pessoas. srsrsr
Florzinha:
Você está dentre os 40%.Nada anormal. rsrsrs
Sim, mas de qualquer forma é minoria. srsrsrs
irei tentar desenvolver um dialogo de consciência mentalidade,no que como identidade humana na vivencia para com o planeta, para com a humanidade. usar o planeta no individual provoca a insegurança motivado por a forma de vida no instinto de ideologia de politicas individual, degradamos as essências desmotivamos o concreto por nosso beneficio pessoal individual provocamos a decadência provocando o caus a estabilidade da humanidade do planeta
Olá, Carlos
Obrigada pela visita e seja bem vindo.
Rs..Vi primeiro a jovem e depois a velha..Rs...Atena,acho que seu post reforçou mais ainda o que eu disse! Posso estar enganada,mas reflitamos!
Ah...agora percebi!Sou menina não menino...RS...Menina??Rs..já tô bem madurinha ..rs..Meu nick ficou tão ambíguo assim ?Ou é a forma que me expresso que me importa esse tom masculino? Me diga Atena!Rs..Abraço Fraterno.
Sucris:
Realmente seu nick fica ambíguo e tenho por hábito, quando não fica claro o sexo do remetente, tratar no masculino, pois creio que uma mulher aceita melhor o engano do que o homem. Os fulaninhos ainda são muito machistas, né? rsrs
A sua forma de se expressar até agora tem sido neutra, daí minha dificuldade. Que bom que agora já está resolvido o "mistério". rsrs
abraços
Não ligo Nâo!A junção do meu nome no nick me hibridizou de vez!Rs..rs...
Sou como Pepeu Gomes ..Rs..Ser um H feminino não fere o meu lado M..Se deus é menina e menino...Rs..RS... Abraço Fraterno.
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