terça-feira, 29 de março de 2011
A sabedoria e o poder da criança interior
Em outros posts já falei sobre a criança interna e vou continuar falando. Por que?
Porque é o nosso aspecto Criança que carrega nosso maior poder: a imaginação.
Albert Einstein já dizia que somente a imaginação é maior que o conhecimento. Com absoluta propriedade, pois tudo que a humanidade já criou deveu-se à imaginação. Um invento não cai do céu, ele é primeiramente imaginado pelo seu criador, desde um simples clips (uma das melhores invenções humanas) até um computador.
O ser humano ainda não deu o devido valor nem tem noção da importância da imaginação, já que tudo que é imaginado torna-se real em algum nível ou, como dizem alguns, em alguma dimensão.
Os místicos e esotéricos falam muito na quinta, sexta e outras dimensões, só que ainda não temos a capacidade de saber ou entender o que elas são. O que se sabe é que elas são diferentes níveis de realidades. Muitos as visitam em meditação ou em estados alterados de consciência, contudo o que descrevem deve-se à sua percepção pessoal, não querendo dizer que descreva exatamente o que a tal ou qual dimensão é de fato.
Outra característica ou atribuição da criança interior é a intuição ou sabedoria. A intuição nunca mente, nunca nos “deixa na mão”. É uma sabedoria que muitas vezes dizemos - inata. E é! Está de alguma forma ligada às emoções e aos sentimentos. O aspecto Adulto é a estrutura, mas a Criança é a energia catalisadora.
Todos nós possuímos intuição, alguns mais outros menos, alguns a seguem, outros não.
Muitas vezes já me perguntaram como se diferencia um pensamento proveniente da intuição de um pensamento comum vindo de nossa mente.
É difícil ser taxativo quanto a isso. Às vezes é uma certeza que temos a respeito de algo, sem sabermos como, não existe uma explicação lógica. Outras vezes é um pensamento muito fugaz, quando, se não prestarmos a devida atenção, ele se perde. E nós nos “ferramos”. rsrs
Um atributo muito lindo da Criança é a alegria. É o que nos conecta com a Divindade. Algumas religiões dizem que para você encontrar o Criador precisa ser devoto, obediente, adorá-lo e rezar muito. Grande engano. O Criador é somente amor - que caminha junto com a alegria, são parceiros.
Atenção, contudo, não confundam alegria com prazer. A alegria é pura, desinteressada, não exigente nem depende de algo. É espontânea.
O quarto atributo de nossa criança interna é a ausência de crenças.
As crenças são o fator limitante da vida humana. São as responsáveis por medos, superstições, mal-entendidos, inércia, indecisões, etc.
A Criança pode tudo, para ela não há barreiras, não há limites, ela arrisca. Se não existisse a criança interna não teriam ocorrido as grandes navegações e descobertas dos tempos antigos.
O último atributo ou característica da nossa Criança é o fator de contenção de toda sua impetuosidade e temeridade: a dependência do aspecto Adulto.
Em cada um de nós o aspecto Adulto está aí para conter e cuidar do aspecto Criança. É a razão e o bom senso protegendo o nosso ser de exageros e inconsequências.
Este texto é uma adaptação de uma mensagem de Kryon canalizada por Lee Carrol.
Lembrem: “O caminho mais rápido para o Ser Superior (a Divindade) é a Criança.” (Kryon)
Imagem: garotasincomuns.wordpress.com
Este blog foi criado para você, leitor. E só saberei se você está satisfeito se comentar os posts, ou então, pergunte, questione e sugira temas ou modificações.
quarta-feira, 9 de março de 2011
Quem somos nós? Ou: os aspectos humanos
Hoje vamos aprofundar mais o conhecimento sobre o ser humano. Vamos falar sobre os aspectos que possuímos que motivam, influenciam ou determinam nosso comportamento.
Freud, o pai da Psicanálise, estruturou toda sua teoria em cima de somente três aspectos nossos: o superego, o ego e o id, contudo o ser humano é bem mais complexo , não podendo ser reduzido dessa maneira.
Não se trata aqui de retirar o mérito de Freud, ele fez o melhor que podia com as informações e conhecimentos da época em que viveu.
Hoje temos novos subsídios para entender melhor como funciona o ser humano em seu universo mental e emocional.
Nosso psiquismo recebe informações e influências de várias fontes internas, as quais chamaremos de aspectos.
Quem costuma prestar atenção ao seu próprio eu ao invés do que ocorre no exterior já deve ter percebido que em muitas ocasiões estamos pensando uma coisa e ao mesmo tempo há uma musica tocando dentro de nossa cabeça ou estamos pensando em algo e ao mesmo tempo há um outro assunto rodando no HD. rsrs Ou ainda, estamos pensando em como nos saímos bem “naquela” jogada e uma vozinha interna diz: “babaca, você acertou na pura sorte”...
Todas essas vozes internas são os nossos aspectos inconscientes e que muitas vezes nos infernizam a vida. Há aqueles “bonzinhos” que nos dizem sermos maravilhosos, inteligentes e charmosos, mas há também os “mauzinhos” que adoram nos botar pra baixo.
Como já vimos anteriormente, temos dentro de nós um aspecto Pai, um Adulto e um Criança (semelhantes ao superego, ego e id de Freud). Além destes existem inúmeros aspectos que são as outras vidas que tivemos (temos). Provavelmente, 99,99% dos humanos não têm consciência dos conteúdos psíquicos provenientes dessas vidas anteriores (atuais), mas elas nos afetam consideravelmente.
Podemos citar como exemplos certas fobias que aparecem já na infância ou adolescência, conflitos familiares, comportamentos difíceis de modificar e sentimentos de culpa que afetam profundamente o bem estar e equilíbrio do indivíduo.
Alguns de vocês já devem ter conhecimento de sermos chamados “seres multidimensionais”. Dimensões à parte, por tratar-se de um tema que o nosso cérebro ainda não tem capacidade de processar, multidimensional quer dizer exatamente sermos muitos eus, pois como o tempo não existe ou é simultâneo, todas as manifestações de vida que tivemos (temos) no planeta estão conscientes e atuantes, em certa medida, num outro nível de realidade do qual não temos consciência.
Não queiram entender como isso funciona porque é perder tempo – o tico e o teco entram em parafuso e desandam a dançar La Macarena. rsrs
Aqueles de mente cartesiana que só aceitam um conteúdo depois de dissecá-lo e devidamente rotulá-lo, podem parar de ler por aqui.
O importante é termos consciência de que esses aspectos existem e influenciam bastante a nossa vidinha do dia a dia.
Bem, vocês podem perguntar: e daí, agora que eu sei que outras vidas estão afetando a atual, o que faço?
Depende. Cada caso é um caso. Eu não sou muito fã de terapias de regressão porque se não for bem conduzida e o paciente não tiver um ego bem estruturado, podem fazer mais mal do que bem.
No caso em que uma pessoa faz uma terapia convencional e esta não resolve um problema que afeta bastante sua vida, pode procurar então uma terapia de regressão.
Advertência: que seja com um profissional bem capacitado e de preferência recomendado por alguém que já se tratou com ele.
Além destes aspectos já comentados ainda temos: o aspecto adolescente; os aspectos masculino e feminino (em ambos os gêneros, apesar da feroz resistência dos machões); o aspecto profissional; o religioso (para aqueles que possuem uma religião); o da nação em que vivemos ou cultural e aquele aspecto que eu chamo de “eu negativo” (aquele que adora nos diminuir), etc. Ou seja, somos complexos mesmo.
São “n” vozes dentro da nossa cabeça travando aquilo que chamamos de diálogos internos. A maior parte das pessoas não se dá conta da diversidade de vozes ou influências porque somente uma minoria costuma prestar atenção nisso ou se autoanalisar.
E agora: o que fazemos com este conhecimento? Se tiver interesse em se conhecer melhor, crescer como pessoa, ter maiores chances de sucesso em suas empreitadas e expandir sua consciência, comece a prestar atenção em seu interior, nas vozinhas internas e em que diachos elas estão interferindo.
***************************************************************************
Aviso aos meus queridos leitores: estou em mudança de residência, só poderei lhes dar atenção na próxima semana. Agradeço a toda sua atenção, carinho e paciência comigo. rsrs
Imagem: verdadeabsoluta.net
Este blog foi criado para você, leitor. E só saberei se você está satisfeito se comentar os posts, ou então, pergunte, questione e sugira temas ou modificações.
quinta-feira, 3 de março de 2011
Powaqqatsi – O que é isso?
Ontem me deu vontade de ouvir o canto do muezin e coloquei o que eu tenho: uma fita cassete (lembram o que é isso? rsrs) com toda a trilha sonora de um filme.
Powaqqatsi, um dos filmes que mais marcou a minha retina, pois as imagens são de mestre, mas também a minha consciência. Então me lembrei de partilhar com vocês.
Este filme é a segunda parte de uma trilogia dirigida por Godfrey Reggio.
O primeiro chama-se Koyaanisqatsi que significa vida fora de equilíbrio ou a vida se desintegrando e aborda os aspectos da indústria tecnológica do Hemisfério Norte. O segundo Powaqqatsi, significa vida em transformação e o terceiro Naqoyqatsi, que significa vida como uma guerra, aborda “o planeta como um todo, conectado, globalizado, mergulhado na tecnologia que encurta distâncias e acelera processos de destruição devido ao mau uso da tecnologia. (http://filmescomlegenda.net/fcl/filmes/trilogia-qatsi)
Como copiar é mais fácil do que criar, aqui vai um texto sobre o filme que está muito bom e encontrei neste site: http://redehumanizasus.net/node/7489
“Calma, você não está lendo um palavrão. Powaqqatsi é uma palavra da língua Hopi (tribo indígena norteamericana) e quer dizer vida em transformação. O filme, em narrativa de documentário, faz parte de uma trilogia (em breve espero fazer comentários sobre os outros dois filmes), dirigido por Godfrey Reggio com trilha sonora maravilhosa de Phillip Glass.
O filme chama atenção pelas imagens fortes e contundentes, um caleidoscópio de cores, comportamentos, culturas, festas, sofrimento. O tema destacado é o trabalho humano levado aos seus limites, uma loucura onde desestabilizamos o mundo para sobrevivermos em condições ultrajantes.
Pontilhado de paradoxos, a narrativa de Powaqqatsi descreve, ao som da música de Glass, o duelo entre o homem e a natureza, onde a adaptação da natureza aos nossos desejos produz o desequilíbrio que nos ameaça. A tecnologia se amalgama à Terra e destroi toda diversidade pelo padrão das repetições, como se o planeta fosse lentamente transformado numa fábrica insana. Ao lutar pela sobrevivência, os homens são colocados no seu limite. As relações desiguais se configuram em exploração desenfreada.
A sequência inicial nos interessa de perto. Mostra Serra Pelada no auge do garimpo. Milhares de homens sujos de lama se embrenham terra adentro...olhares ambíguos...vazios de vida...cheios de esperança...corpos moldados pelo peso que carregam, e quem assiste às imagens se verga com eles. A música de Phillip Glass ressalta esse efeito num diapasão repetitivo, intenso, mas nunca monótono.” (Enviado por Erasmo Ruiz) -
O post é sobre o Powaqqatsi, mas recomendo assistir todos os três. São filmes para se ficar pensando sobre o que somos e para onde estamos indo no planeta Terra a continuar com o atual sistema de vida.
Não existe diálogos ou narrativa, as imagens reforçadas pela música falam por si próprias. A música tema é fantástica, poderosa!
A trilogia já existe em DVD e abaixo coloco um link de vídeo para terem uma palhinha. Se bem que esses filmes demandam uma tela de bom tamanho bem como um bom som para serem apreciados devidamente.
Vídeo Youtube
Enjoy it.
Imagem: zinequanon.com.br
Este blog foi criado para você, leitor. E só saberei se você está satisfeito se comentar os posts, ou então, pergunte, questione e sugira temas ou modificações.
terça-feira, 1 de março de 2011
10 doenças espirituais transmissíveis
O texto a seguir é de autoria de Mariana Caplan, PhD, psicoterapeuta especializada em questões espirituais e somáticas, professora de yoga e psicóloga transpessoal, pesquisadora com mais de duas décadas em tradições místicas tanto ocidentais quanto orientais.. É autora de sete livros e numerosos artigos sobre espiritualidade ocidental.
Publico-o hoje aqui como mais um alerta para haver discernimento e lucidez àqueles que estão empenhados em sua busca espiritual.
As seguintes 10 categorias não pretendem ser definitivas, mas são oferecidas como uma ferramenta para tomar-se consciência das mais comuns doenças espirituais transmissíveis.
1. A Espiritualidade Fast-Food: Misture a espiritualidade com uma cultura que celebra a velocidade, a multitarefa e a gratificação instantânea e o resultado é provável que seja a espiritualidade fast-food. A espiritualidade fast-food é um produto da fantasia comum e compreensível de que o alívio do sofrimento da nossa condição humana pode ser rápida e fácil. Uma coisa porém é certa: a transformação espiritual não pode ser obtida em uma solução rápida.
2. Falsa Espiritualidade: a espiritualidade do falso é a tendência de falar, vestir e agir como se imagina que uma pessoa espiritual seja. É uma espécie de imitação da espiritualidade que imita a realização espiritual à maneira do tecido estampado de pele de onça que imita a pele genuína de uma onça. (Aqui nós encontramos aquelas pessoas que estão sempre sorrindo e sendo boazinhas, que não dizem palavrões e que jamais se irritam ou perdem a calma. Pelo menos, aparentemente)
3. Motivações Confusas: Embora o nosso desejo de crescer seja genuíno e puro, muitas vezes ele se confunde com motivações menores, incluindo o desejo de ser amado, o desejo de pertencer, a necessidade de preencher nosso vazio interior. A crença de que o caminho espiritual removerá o nosso sofrimento e ambição espiritual, o desejo de ser especial, de ser melhor do que, de ser "o único".
4. Identificando-se com Experiências Espirituais: Nesta doença, o ego se identifica com a nossa experiência espiritual e a toma como sua própria, e nós começamos a acreditar que estamos incorporando insights e idéias que surgiram dentro de nós em determinado momento. Na maioria dos casos, isso não dura indefinidamente, embora tenda a perdurar por longos períodos de tempo para aqueles que se julgam iluminados e/ou que trabalham como professores espirituais.
5. O Ego Espiritualizado: Essa doença ocorre quando a própria estrutura da personalidade egóica se torna profundamente integrada com conceitos espirituais e ideias. O resultado é uma estrutura egóica, que é "à prova de bala." Quando o ego se torna espiritualizado somos invulneráveis a ajudar, a novas informações ou a feedbacks construtivos. Nos tornamos seres humanos impenetráveis, travados em nosso crescimento espiritual, tudo em nome da espiritualidade.
6. Produção em Massa de Professores Espirituais: Há uma série de tradições espirituais em moda atualmente que produzem pessoas que acreditam estar em um nível de iluminação espiritual ou maestria muito além de seu nível real. Esta doença funciona como uma correia transportadora espiritual: coloca um brilho, leva àquele insight, e - bam! - você está iluminado e pronto para iluminar os outros de maneira similar. O problema não é aquilo que tais professores ensinam, mas representarem a si próprios como tendo realizado a maestria espiritual.
7. Orgulho Espiritual: O orgulho espiritual surge quando o profissional, através de anos de esforço trabalhado efetivamente, alcançou certo nível de sabedoria e usa esse conhecimento para recusar novas experiências. Um sentimento de "superioridade espiritual" é outro sintoma desta doença transmitida espiritualmente. Ela se manifesta como uma sensação sutil de: "eu sou melhor, mais sábio e acima dos outros porque sou espiritual".
8. Mente de Grupo: Também conhecido como o pensamento grupal, mentalidade de culto ou doença ashram. A mente de grupo é um vírus insidioso que contém muitos elementos tradicionais da co-dependência. Um grupo espiritual faz acordos sutis e inconscientes sobre as formas corretas de pensar, falar, vestir e agir. Indivíduos e grupos infectados com o "espírito de grupo" rejeitam indivíduos, atitudes e circunstâncias que não estão em conformidade com as regras, muitas vezes não escritas, do grupo.
9. O Complexo de Povo Escolhido: O complexo de pessoas escolhidas não se limita aos judeus. É a crença de que: "o nosso grupo é mais poderoso, iluminado, evoluído espiritualmente e melhor do que qualquer outro grupo". Há uma distinção importante sobre o reconhecimento de que alguém encontrou o caminho certo ou o professor ou a comunidade certa para si e, o tendo encontrado, aquele é O Único.
10. O Vírus Mortal: "Eu Cheguei": Esta doença é tão potente que tem a capacidade de ser terminal e mortal para a nossa evolução espiritual. Esta é a crença do "Eu cheguei" na meta final do caminho espiritual. Nosso progresso espiritual termina no ponto em que essa crença se cristalizou em nossa psique. No momento em que começamos a acreditar que chegamos ao fim do caminho, um maior crescimento cessa.
"A essência do amor é a percepção", de acordo com os ensinamentos de Marc Gafni, "Portanto, a essência do amor próprio é a auto-percepção Você só pode se apaixonar por alguém que você pode ver claramente – incluindo a si mesmo. Amar é ter olhos para ver. É só quando você se vê claramente que pode começar a se amar ".
É no espírito dos ensinamentos de Marc que eu acredito que uma parte crítica do discernimento da aprendizagem no caminho espiritual é a descoberta da doença generalizada do ego e do auto-engano que está em todos nós. Ou seja, é quando precisamos de senso de humor e do apoio de amigos espirituais reais. À medida que enfrentamos nossos obstáculos para o crescimento espiritual, há momentos em que é fácil cair em um sentimento de desespero e auto-diminuição e perder nossa confiança no caminho. Precisamos manter a fé em nós mesmos e nos outros a fim de realmente fazer a diferença neste mundo.
Mariana Caplan, Ph.D.
Autora de “Eyes Wide Open” (Olhos Bem Abertos): Cultivando o Discernimento no Caminho Espiritual
Fonte:http://www.huffingtonpost.com/mariana-caplan-phd/spiritual-living-10-spiri_b_609248.html
Imagem: deborabalsini.blogspot.com
Este blog foi criado para você, leitor. E só saberei se você está satisfeito se comentar os posts, ou então, pergunte, questione e sugira temas ou modificações.