"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Decifra-me ou devoro-te

esfinge

Segunda a lenda do enigma da Esfinge esta era a frase que a mesma proferia a todo viajante que dela se aproximava. Já li mais de um significado ou explicação sobre a mesma, mas como agora não lembro de nenhuma vou colocar aqui uma “ateniana” que se adequa ao propósito deste post.

Vamos transportar a frase para qualquer ser humano.

Decifra-me ou devoro-te homem/mulher, eu sou teu eu interior. Teu verdadeiro eu. Sou teu subconsciente e inconsciente, teus sonhos e devaneios, tuas dúvidas e perplexidades, tuas crenças e valores, teus defeitos e qualidades, amores e ódios, desejos e aversões, fragilidades e fortalezas.

Se não me decifrares não crescerei em consciência, não evoluirei como ser porque o autoconhecimento é o primeiro passo e eu te devorarei ao transformar-te de ser humano livre e autônomo em mero joguete das Parcas, mera folha ao vento do destino.”

Quem não se conhece será sempre refém de suas emoções, de suas desconhecidas crenças limitantes e de suas percepções distorcidas.

Quem não se conhece diz A quando queria ter dito B. Tira conclusões equivocadas sobre si e sobre os outros já que é comandado pelas crenças que tem e desconhece que as têm.

Quem não se conhece tem maior chance de fazer escolhas não benéficas para si mesmo e depois fica culpando fulano ou beltrana ou a má sorte.

Quem não se conhece terá mais chance de insucesso em seus relacionamentos, pois poderá ser manipulado pelo outro, poderá ficar carente de argumentos válidos numa discussão crucial, poderá ter sua auto-estima abalada por comentários equivocados ou maldosos do outro, etc.

Quem não se conhece mais facilmente entra em conflito com os demais.

Quem não se conhece se auto-engana a maior parte do tempo e disso podem vir conseqüências desastrosas tanto na vida pessoal quanto profissional.

Quem não se conhece pode ter uma vida ralada, medíocre e se achar o “rei/rainha do pedaço” ou, ao contrário, ser uma pessoa excepcional e se considerar um lixo.

Quem não se conhece pode ficar marcando passo, estagnado em alguma situação onde não vê saída porque desconhece o próprio potencial ou, ao contrário, pode dar o passo maior que a perna porque desconhece suas limitações.

Há muitos que não querem se conhecer. A estes eu digo: são covardes!

Sim, porque autoconhecimento demanda coragem para vasculhar ou literalmente mergulhar em seu lado escuro: suas limitações, seus medos, seu lado desonesto, seu viés cruel, sua agressividade, sua raiva, sua covardia, enfim tudo aquilo que o ser humano apresenta como características bem humanas, mas que a sociedade e as religiões condenam.

Todos nós temos esse lado sombrio, ninguém escapa. Em alguns o lado sombrio é bem maior que o luminoso, mas na média da humanidade não o é. Ninguém é perfeito, ninguém é 100% “bonzinho”. Só os hipócritas pensam que o são e os ingênuos pensam que alguém assim existe.

Não tenha medo, quando a gente começa a mergulhar no nosso lado sombrio eu sei que começa um pânico, ansiedade e angústia, mas à medida que vamos analisando os porquês de sermos assim ou assado, vai ficando mais fácil a aceitação desse lado tão indesejável e muito do que encontramos de “negativo” já podemos ir mudando (se assim o quisermos) e nos tornando pessoas melhores e mais evoluídas.

Uma advertência: ao se aprofundar no seu lado sombrio, jamais, jamais se julgue ou condene. Não é dito que Deus nos aceita e ama como somos? Então faça como Ele.

Quem não se conhece não pode se amar de verdade, pois só após conhecer cada canto obscuro seu, só após chegar ao âmago de sua menosvalia, será capaz de começar a dar valor a todo o brilho que tem a despeito de todo o obscuro que em si encontrou. Irá conscientizar que isso tudo que é - é simplesmente ser humano. Nem pior nem melhor que todos os demais. Somente diferente em sua individualidade.

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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Perguntas que não querem calar

perguntas

Mais um exercício para expandir a consciência: algumas perguntas para reflexão. Não dê a primeira resposta que vier à mente, reflita primeiro.

- Por que o povo brasileiro aceita uma das maiores cargas tributárias que existem no planeta, maior que da Suíça ou Canadá? (E olhem como eles vivem lá e como vivemos aqui.)

- Por que somos obrigados a votar? Afinal, democracia é um direito ou um dever?

- Por que, mesmo o Brasil tendo atingido a suficiência na extração de petróleo, ainda pagamos bem mais caro pelos combustíveis do que países que não a têm?

- Por que os brasileiros obedecem a governos corruptos e desonestos?

- Por que Deus acharia ser pecado ou injurioso um homem usar barba aparada ou não usar barbas? (Crença de muçulmanos)

- Por que Deus gostaria das mulheres de cabelo comprido e não das de cabelo curto? (Crença de evangélicos)

- Por que um país que se diz o paladino da democracia mantém uma prisão onde os detentos nunca foram julgados? (Guantánamo)

- Por que juízes, após aprovação nos concursos, não são submetidos a uma rigorosa e séria avaliação psicológica e de caráter eliminatório?

- Qual a justificativa para o Vestibular ter o mesmo conteúdo de quem vai para ciências exatas do de quem vai para ciências humanas?

- Aliás, por que ainda existe Vestibular? (Não seria muito mais justo os alunos serem aprovados por suas médias alcançadas no Curso Médio?)

- Por que cada vez que, em revoltas prisionais, os presos queimam seus colchões eles são substituídos? (Às custas dos impostos que nós pagamos)

- Por que os indígenas brasileiros são donos de 13% do território nacional (área maior do que Inglaterra, Alemanha, França e Portugal juntos) sendo que somente 25% deles vivem nessas terras (aproximadamente 12 km² para cada índio. Mais ricos que muita gente.), já que os restantes vivem em áreas urbanas? Leia mais

- Por que é permitido aos congressistas, do nosso país, votarem o próprio salário?

- Por que os empresários, do lado ocidental no planeta, estão gradativamente colocando a produção industrial nas mãos dos chineses? (“...contribuindo para o desmantelamento dos já poucos parques industriais ocidentais... Então, num futuro próximo veremos os produtos chineses aumentando os seus preços, produzindo um "choque da manufatura", como aconteceu com o choque petrolífero nos anos setenta. Aí já será tarde de mais. Então o mundo perceberá que reerguer as suas fábricas terá um custo proibitivo e irá render-se ao poderio chinês.” Luciano Pires)

- Por que o Papa continua proibindo o uso da camisinha se ele sabe que isso poderá levar pessoas a se contaminar com HIV e outras DSTs?

- Por que apenas 2% das pessoas do planeta detêm mais de 50% da riqueza mundial?

Por que nossas fronteiras, principalmente por onde entram armas, não são melhor patrulhadas?

- Por que, cada vez mais, o governo brasileiro regula através de leis o comportamento privado dos cidadãos? (Lei da palmada nos filhos, por ex.)

- Por que a maioria das pessoas não está nem aí para o que acontece à sua volta e no planeta em geral? (Coisas que afetam direta ou indiretamente suas próprias vidas)

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Quero mudar, mas não consigo

mudanças
Esta é uma das frases mais ouvida em consultório de psicólogos terapeutas.
Realmente o ser humano está sempre almejando mudanças, mas paradoxalmente não gosta de mudanças.
Por quê? Porque a mudança pode ser vista como combate ao tédio, mas ao mesmo tempo significa o desconhecido. O terrível monstro de sete cabeças! rsrs
Todos nós gostamos de viver dentro do que é chamado “zona de conforto”. Ah, e como é difícil sair dela!
Na zona de conforto podemos estar num mau emprego, mas pelo menos estamos empregados (ufa, que alívio) ...
Podemos estar numa relação a dois conflituosa ou aborrecida, mas pelo menos não estamos sozinhos ...
Podemos sentir muita vontade de ter amigos, mas pelo menos não precisamos ter de ser simpáticos ou agradáveis quando não estamos com vontade (isto é o que achamos que é preciso para ter amigos) ...
Podemos odiar os quilos extras do nosso corpo, mas pelo menos não precisamos ir ao fundo da questão que é descobrir por que estamos gordos (o que realmente nos falta ou deixa infelizes) ...
Podemos nos sentir magoados porque os outros nos rejeitam por sermos teimosos, agressivos ou falsos, mas pelo menos não precisamos nos auto-analisar (sabe-se lá quantos monstros e melecas podem sair daí) ...
Enfim, já deu para entender os benefícios da zona de conforto, não é?
Não é fácil mudar e nem se consegue de um dia para o outro, mas quando existe uma forte motivação para a mudança, vá em frente, pois vale a pena.
Cada caso é único, contudo para todos é proveitoso conhecer o como a mudança se processa para pode ter sucesso na empreitada.
Primeiramente aceitamos a idéia da mudança que desejamos no nível mental. Racionalmente concluímos que é a atitude certa a tomar.
Esse período de “digestão” mental varia para cada pessoa e algumas, porque a mudança não acontece, param por aí mesmo.
A mudança não acontece nesta fase porque ela não depende de raciocínio mental, não depende da razão. Por isso técnicas como PNL tem resultados incompletos ou reversíveis.
Se você persistir em seu intento começa o segundo período ou fase – a “digestão” emocional. Você começa a setir alguns efeitos benéficos de suas tímidas mudanças ou alterações de comportamentos e atitudes e isso já o deixa feliz ou ao menos satisfeito.
Se parar por aí, está ferrado. Após algum tempo volta tudo à estaca zero.
Para a mudança se tornar definitiva você deverá entrar no terceiro período – a mudança de valores.
Aí é que “a porca torce o rabo” pois esta é a parte mais difícil, pois valores pessoais levam algum tempo para serem construídos e incorporados ao sistema de cada um.
Uma forma de ajudar nesta fase é o reforço do estímulo. Por exemplo, você leu algum texto ou livro que fala da mudança que quer alcançar, então deixe esse material na sua mesa de cabeceira e releia-o frequentemente. Pode ser antes de dormir, fará mais efeito.
Poderá, também, escrever a mudança desejada elencando todos os benefícios decorrentes da mesma e reler frequentemente.
Este é o método que chamo “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, rsrsrs , mas não é brincadeira não, é fundamentado em nossos processos psíquicos.
Seja feliz e tenha sucesso com suas mudanças!
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sábado, 20 de novembro de 2010

Conflitos: como resolvê-los

conflito

O conflito faz parte da característica gregária dos humanos: ao mesmo tempo em que precisamos do outro, costumamos entrar em disputas ou conflitos com o outro.

O texto abaixo foi destinado ao público corporativo, mas serve tranquilamente para conflitos domésticos ou de outro tipo qualquer de relações, pois a solução apontada serve em todas as situações.

Aproveite as dicas de um especialista para administrar eficazmente seus conflitos.

CONFLITO: O Bem Necessário

Há várias teorias tentando explicar o que é conflito e suas origens. Há sempre a necessidade de pelo menos duas pessoas, mas pode haver mais de duas pessoas em conflito. Na teoria da administração, hoje, enxerga-se conflito como algo benéfico.

O conflito pode ter origem em uma destas 3 dimensões:

- percepção: quando você percebe que suas necessidades, desejos ou interesses tornam-se incompatíveis pela presença ou atitude de uma outra pessoa;

- sensação: quando você tem uma reação emocional frente a uma situação ou interação que aponta para um sentimento de medo, tristeza, amargura, raiva, etc.

- ação: quando você torna explícito para a outra parte, ou outras partes, as suas percepções, os seus sentimentos ou age no sentido de ter uma sua necessidade satisfeita, mas essa sua ação interfere na satisfação das necessidades de outras pessoas.

É difícil um conflito ter uma única dimensão, ele freqüentemente tem as 3 dimensões, e a intensidade de cada dimensão pode variar durante o processo de conflito.

O conflito quando se torna conhecido pelas pessoas envolvidas, pode ser destrutivo e violento, conciliatório ou amistoso; pode ser um exercício de poder ou pode ser construtivo.

Não importa qual a origem do conflito, nem o caminho que se toma para a solução, ou não, do conflito, a pessoa em conflito sempre tem a intenção de expor as suas razões dentro do conflito e ter suas necessidades atendidas.

O termo conflito, que antes demonstrava e eliciava uma percepção de confronto, hoje, na área administrativa, demonstra oportunidade.

A diversidade, também perseguida em toda empresa de ponta, é outra propulsora do conflito, pois se busca febrilmente compor equipes o mais diversificado possíveis, exatamente para poder captar nuances da realidade mutável do mercado.

Com a diversidade, opiniões e pontos de vista diferentes, constroem-se empresas mais resistentes, pela adequação de seus serviços e produtos ao público que se destina. Essa adequação é tanto maior quanto maior for a percepção da usabilidade - facilidade de uso - por parte dos clientes. Para isso compõem-se equipes diversificadas, para aumentar a usabilidade.

Pode-se resumir as soluções que podem ser obtidas nos possíveis conflitos, em 4 tipos, a saber:

- Evitação: um lado não manifesta a existência de conflito, o outro lado desconhece a existência do conflito, é a forma mais passiva.

- Acomodação: o conflito é expresso e conhecido, mas um lado se acomoda, demonstrando uma resignação externa e, freqüentemente, uma revolta latente interna.

- Competição: o conflito é expresso e conhecido, mas forma-se uma gangorra, onde os dois lados querem ganhar, e quando um ganha o outro perde.

- Acordo: o conflito também é expresso e conhecido, mas é formada uma parceria para buscar soluções que contemplem os pontos de vista diferentes, só há um lado que, na busca de soluções únicas, aumenta a auto-estima e fortalece o grupo para assumir novos desafios.

Nas empresas busca-se fazer a gestão de conflitos com o aprendizado e a prática da solução por acordo.

Qual tipo de solução de conflitos você pratica em casa? No trabalho? Nas suas relações pessoais?

E na sua empresa há cursos, suporte ou orientações para a gestão de conflitos?

Qual o perfil de pessoas que podem conduzir conflitos a soluções por acordo?

Na Tabela abaixo apresentamos com mais detalhes os 4 tipos de soluções para os conflitos.

SOLUÇÃO POR

Evitação

Acomodação

Competição

Acordo

Tipo de conflito

Fechado, não declarado

Aberto

Aberto

Aberto

Solução

Não há conflito expresso, não há solução.

Solução ganha-perde.

Solução ganha-perde, solução de soma constante, quando um ganha o outro perde.

Solução ganha-ganha, soluções de soma ampliada.

Caracterís-

ticas

Passividade extrema, receio ou medo de conflitos.

Um lado se entrega sem convicção interna, passividade.

Os dois lados brigam entre si, falta empatia, interesses exclusivamente próprios.

Empatia, os dois lados participam pro-ativamente na compreensão dos problemas em suas múltiplas facetas e na busca de soluções comuns. Os dois lados são maduros e desenvolvem essa maturidade na busca de uma solução e da sua respectiva implantação.

Um lado

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Passivo, não deixa aflorar o conflito por algum medo, receio, valores ou convicções.

Tem solução ótima para o conflito, aparentemente.

Autocentrado, estresse, brigas, possível solução arbitral externa.

Só há o lado vencedor, porque só há um lado, o único lado, o único lado de AMBOS: a empresa, o projeto, a relação. Gera aumento da auto-estima, comprometimento mútuo e união. Fortalece as pessoas e facilita o enfrentamento de novos conflitos.

Outro lado

Desconhece a existência do conflito

Abandono de interesse, passividade, resignação externa, revolta interna, ressentimento, perda de auto-estima.

Semelhante ao “um lado”

Só há o lado vencedor, porque só há um lado, o único lado, o único lado de AMBOS: a empresa, o projeto, a relação.

Carlos Alberto de Faria

Consultor em Administração e Marketing

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Você tem controle da sua vida?

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Não. Você só pensa que tem. É um auto-engano muito comum.
Então vamos esclarecer para você se conhecer mais um pouco.
Primeiramente, como em qualquer medida de comportamento humano o controle também segue a Curva de Gauss. Há pessoas que não tem a mínima preocupação em controlar e isso vai num crescendo até àquelas que são altamente controladoras, não só da própria vida, mas também daqueles que a rodeiam.
Como isso começa? Pode haver várias causas, mas a mais recorrente é o sentimento, inconsciente e bem arraigado no ser humano, de impotência e fragilidade já que somos mortais. Por exemplo: nos sentimos impotentes ante as forças da natureza ou perante as doenças que tanto mal e sofrimento nos causam. Então o controle ou pseudocontrole surge como uma reação ou mecanismo inconsciente de defesa.
A necessidade de controle já começa na adolescência, às vezes até mais cedo. Atualmente está bastante comum entre as adolescentes do sexo feminino a necessidade doentia de controlar o peso corporal culminando com a anorexia e bulimia.
Pessoas controladoras são mais ansiosas e mais propensas a doenças psicossomáticas. São também as mais rígidas (emocionalmente), o que se manifesta no físico: esticadas e estaqueadas, músculos comprimidos, muitas vezes lábios contraídos, ombros retos (exceção militares e bailarinos), eu as chamo de “tábua de passar roupa”. Recebi algumas em meu consultório. Você provavelmente conhece o tipo. Ah, e não esqueça de se olhar num espelho onde possa se ver por inteiro e avaliar se não se enquadra também.
Há também os controladores do tipo prepotente, do tipo CEO (seja lá do quê), do tipo Ego Titânico. Esses a gente encontra facilmente dentro dos ambientes de trabalho e dão uma trabalheira danada ao pessoal de RH. rsrs
Essa característica humana pode se manifestar de várias formas também. Há pessoas que enfocam o controle nas suas finanças, outras em sua alimentação, outras ainda têm vários planejamentos dirigidos a diferentes áreas como visitas a amigos, férias, horários para isso ou aquilo. E tudo isso é pura perda de energia, pois todos nós sabemos que existe algo chamado imprevisto que pode nos pegar de surpresa a qualquer momento.
Então, a gente pensa que controla, mas esse controle é muito parcial e vejamos por que:
a) nós temos aproximadamente 2/3 de conteúdo inconsciente em nosso psiquismo (impossível de controlar);
b) a humanidade é dirigida por inúmeros e diferentes ciclos naturais dos quais não tem sequer noção, conhecendo somente alguns como os ciclos solar e lunar (se você quiser conhecer alguns outros, pergunte ao seu médico);
c) estamos o tempo todo em contato e sob a influência da consciência e inconsciência coletivas que afetam tremendamente as pessoas que não bloqueiam essa interferência porque a desconhecem;
d) dependemos de governos, leis e normas sociais;
e) há também a mídia que, cada vez mais, dita modas e forma opiniões.
Estes são alguns dos motivos porque não podemos exercer um controle realmente efetivo sobre nossas vidas.
Reflita comigo: se você concordou com o exposto, não fica muito mais fácil levar a vida de uma forma mais zen ou fluída evitando assim ansiedade e stress?
Não estou indo contra o planejamento que muitas vezes se torna necessário se quisermos ter sucesso nalgum empreendimento. O que quero deixar claro é que na rotina do dia a dia não carecemos tanto assim de controle, se deixarmos as coisas fluírem elas se acomodam naturalmente. Também é muito bom para os familiares, para uma relação mais harmoniosa, e se livrarem do “mala sem alça” que os controla o tempo todo, interferindo nas liberdades individuais.
Então, você é um ser livre ou um game nas mãos de um jogador, mesmo que este seja você mesmo?
Imagem: londrina.olx.com.br
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domingo, 14 de novembro de 2010

A magia está em falta

magia

Esta palavra tem mais de um significado, conforme o dicionário pode ser: “arte de produzir por meio de certos atos e palavras efeitos contrários às leis naturais”, mas também “fascinação e encanto” (Dicionário Aurélio).

Bom, quanto à primeira definição, o Aurelio que me perdoe, mas está completamente errada. Atos mágicos só podem ser possíveis por estarem enquadrados em leis naturais, somente que desconhecidas pela maioria dos humanos.

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Mas neste post quero me referir à magia como sinônimo de fantasia e encanto. É isto o que está faltando nos dias atuais.

De alguma forma, não sei exatamente quando, perdeu-se a magia. Acho que, atualmente, só as crianças ainda a mantém. Claro que muito menos do que em outras gerações, pois não havia a diversidade de brinquedos que hoje existem, nem a facilidade de adquiri-los. As crianças costumavam criar os seus brinquedos. Hoje vem tudo pronto e a TV, os games e a Internet não deixam muito espaço para a criação.

Afora as crianças, atualmente há um tipo de pessoas que ainda procura e experimenta a magia, só que de forma negativa e destrutiva para sua saúde mental e física: os adictos em drogas.

Junto com a magia foi-se embora muito da criatividade. Essa ausência tem sido notada e reclamada por parte das empresas.

Antes, quando um homem estava interessado por uma mulher, ele ficava fantasiando como seria seu corpo. Sonhava em vê-la nua, antecipando com avidez as curvas de seu corpo. Houve épocas em que o simples vislumbre de um tornozelo era o bastante para excitar um homem.

Hoje tudo é mostrado muitas vezes de forma vulgar e carente de senso estético.

Esse excesso de exposição do corpo feminino acarretou um saciamento muito rápido do desejo fantasioso masculino. E onde isso leva? Relações rápidas também.

clip_image003Em tempos muito, muito antigos as pessoas conseguiam ver seres, hoje considerados mágicos, como duendes, sílfides, ondinas e salamandras. Tais seres, embora não sejam mágicos, mas simplesmente elementos da natureza, com o passar do tempo foram desaparecendo das vistas do ser humano comum, só sendo percebidos por pessoas com a chamada “3ª visão” desenvolvida. Atualmente talvez só seja possível vê-los em Findhorn.

Por que estou citando-os? Porque eles nos trazem um viés mágico, de encanto e fantasia já que são tão diferentes de nós, pertencendo a uma “outra realidade”. Além do fato de muitos serem brincalhões.

Vocês podem dizer que estou viajando na maionese, mas eu sei do que estou falando. O simples fato de alguém não admitir que espíritos ou elementais da natureza não existem já demonstra que sua fantasia está capenga. Até o cientista Einstein reconhecia que só a imaginação é mais importante que o conhecimento. Sem falar que onde há fumaça, há fogo. Toda lenda tem seu fundo de verdade.

O futuro trará a comprovação de muita coisa que hoje é considerada pura fantasia, absurdo ou crendice ignorante.

Vejam bem, nada é criado sem ter sido imaginado primeiro e a imaginação é irmã da fantasia e prima do mistério.

O reducionismo nos deixou um triste legado e a Era das Luzes trouxe muito conhecimento, mas também tornou o ser humano descrente de tudo aquilo que a maioria não consegue perceber e do que não possa ser provado em laboratório.

O ser humano precisa da magia, do mistério e do encanto. Isso permite que nosso lado mental descanse e abra caminho para a intuição e para a verdadeira criatividade. Principalmente nos dias atuais, onde o stress tomou conta da maioria, é altamente saudável ter alguns momentos, ao menos, de relax e divagações criativas. É aí que entram a fantasia e a imaginação.

clip_image004Restou-nos a magia do cinema ... Ainda bem.

"A coisa mais bela que o homem pode experimentar é o mistério. É essa emoção fundamental que está na raiz de toda ciência e toda arte." (Einstein)

Imagem: amorizade.wordpress.com

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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Vamos esperar os cadáveres para agir contra o celular?

celular

Recebi este e-mail da amiga Mariléa de Castro e pela importância do assunto resolvi postá-lo aqui no blog.

Embora pregando no deserto, não deixarei de divulgar.

Por favor, suspendam a hipnose por um instante e digam se 95% do que as pessoas falam aos celulares não é perfeitamente dispensável...ou protelável.

Mariléa

Da Folha de SP de 07/11/2010 - 16h02

"Vamos esperar os cadáveres para agir contra o celular?", questiona pesquisadora

Débora Mismeti – Editora Assistente de Saúde

A epidemiologista Devra Davis lidera uma cruzada para fazer as pessoas deixarem o celular longe de suas cabeças. Convencida de que a radiação emitida pelo aparelho lesa a saúde, ela escreveu "Disconnect" (sem edição no Brasil), cuja base são pesquisas que começam a mostrar os efeitos dessa radiação no organismo. Nesta entrevista, ela também perguntou: "Vamos esperar as mortes começarem antes de mudar a relação com o celular?".

Folha - Quais os riscos para a saúde de quem usa celular?

Devra Davis - Se você segurá-lo perto da cabeça ou do corpo, há muitos riscos de danos. Todos os celulares têm alertas sobre isso. As fabricantes sabem que não é seguro. Os limites [de radiação] definidos pelo FCC [que controla as comunicações nos EUA] são excedidos se você deixa o celular no bolso.

Quais os riscos, exatamente?

O risco de câncer é muito real, e as provas disso vão se avolumar se as pessoas não mudarem a maneira como usam os telefones. Trabalhei nas pesquisas sobre fumo passivo e amianto. Fiquei horrorizada ao perceber que só tomamos atitude depois de provas incontestáveis de que danificavam a saúde.

Reconheço que não temos provas conclusivas nesse momento. Escrevi o livro na esperança de que meu status como cientista tenha peso, e as pessoas entendam que há ameaça grave à saúde e podemos fazer algo a respeito.

Mas há estudo em humanos que dê provas categóricas?

Quando você diz "provas", você quer dizer cadáveres? Você acha que só devemos agir quando já tivermos prova? Terei que discordar. Hoje temos uma epidemia mundial de doenças ligadas ao fumo. O Brasil também tem uma epidemia de doenças relacionadas ao amianto. Só recentemente vocês agiram para controlar o amianto no Brasil, apesar de ele ainda ser usado. Ninguém vai dizer que nós esperamos o tempo certo para agir contra o tabaco ou o amianto. Estou colocando minha reputação científica em risco, dizendo: temos evidências fortes em pesquisas feitas em laboratório mostrando que essa radiação danifica células vivas.

Qual a maior evidência disso?

A radiação enfraquece o esperma. Sabemos por pesquisas com humanos. As amostras de esperma foram dividas ao meio. Uma metade foi mantida sozinha, morrendo naturalmente. A outra foi exposta a radiação de celulares e morreu três vezes mais rápido. Homens que usam celulares por quatro horas ao dia têm a metade da contagem de esperma em relação aos demais.

Crianças correm mais perigo?

O crânio das crianças é mais fino, seus cérebros estão se desenvolvendo. A radiação do celular penetra duas vezes mais. E a medula óssea de uma criança absorve dez vezes mais radiação das micro-ondas do celular. É uma bomba-relógio. A França tornou ilegal vender celular voltado às crianças. Nos EUA, temos comerciais encorajando celular para crianças. É terrível. Fico horrorizada com a tendência de as pessoas darem celulares para bebês e crianças brincarem. Sabemos que pode haver um vício no estímulo causado pela radiação de micro-ondas. Ela estimula receptores de opioides no cérebro.

Jovens usam muitos gadgets que emitem radiação.

Sim, e eles não estão a par dos alertas que vêm com esses aparelhos. Não é para manter um notebook ligado perto do corpo. As empresas colocam os avisos em letras miúdas para reduzir sua responsabilidade quando as pessoas ficarem doentes.

É possível comparar a radiação de celular à fumaça?

Sim. O tabaco é um risco maior. Mas nunca tivemos 100% da população fumando. Agora, temos 100% das pessoas usando celular. Então, ainda que o risco relativo não seja tão grande, o impacto pode ser devastador.

Nos maços de cigarro, há aquelas fotos horríveis. Esse é o caminho para o celular?

Isso é o que foi proposto no Estado do Maine (EUA). Está se formando um grande movimento para alertar as pessoas a respeito dos celulares. Isso é o que aconteceu com o fumo passivo. Vamos começar a ver limites para a maneira e os locais onde as pessoas usam celular. A maioria não sabe que, se você está tentado conversar num celular em um elevador, a radiação está rebatendo nas paredes e fica mais intensa em você e em quem estiver perto.

Além de usar fones, o que é possível fazer para prevenir?

Enviar mensagens de texto é mais seguro do que falar. Ficar com o celular nas mãos, longe do corpo, é bom, e mantê-lo desligado também.

Mas celular é um vício!

Sim. Temos que usá-lo de forma mais inteligente.

FORMAÇÃO

Doutora em estudos científicos pela Universidade de Chicago e mestre em saúde pública pela Johns Hopkins.

ATIVISMO

É fundadora da ONG Environmental Health Trust, que faz campanhas sobre riscos do tabaco, amianto e dos celulares para a saúde.

LIVROS

"When Smoke Ran Like Water" (2002), sobre poluição, "The Secret History of the War on Cancer" (2007), sobre as causas ambientais do câncer, e "Disconnect" (2010).

Imagem: http://www.armengo.com/2009_08_01_archive.html

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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Eu Sou o que Sou

Eu Sou o que Sou
Este post é para responder a um comentário de um caro leitor. Já estive postando sobre este assunto, mas creio que não ficou bem claro para ele e talvez para outros também não.
Numa resposta a um comentário deste leitor eu me referi como sendo um ser evoluído e ele me respondeu dizendo que poderia ser arrogância ou infantilidade de minha parte e que “um ser evoluído não diria “eu sou evoluído”, pois quem diz “eu sou isso...” tem carência de provar alguma coisa...”.
Eis aí um exemplo típico da hipnose em que vivemos com nossas crenças limitantes e que nos impedem de manifestar toda a nossa magnificência e grandiosidade, pois somos Deus também.
O amigo leitor está simplesmente repetindo algo que já ouviu muitas vezes, todos nós já ouvimos. Tenho certeza que se eu tivesse dito: eu sou burra, ele não acharia que eu estava querendo provar alguma coisa. Concordam comigo?
Claro, há pessoas que não tem desconfiômetro e há muitas que se acham o rei ou rainha da cocada preta sem ter a mínima chance de o serem. Toda regra tem exceção.
As pessoas só o consideram inconveniente ou até arrogante se você manifesta uma característica positiva sua ou uma qualidade. Por quê? Porque é assim que fomos condicionados. É feio “contar vantagem”. Só que expressar o que sou ou quem eu sou não é contar vantagem e sim a expressão de algo que eu considero um fato. Por que não é taxado de feio as pessoas manifestarem seus defeitos? Ninguém reclama disso, não é?
Ah, é considerado ser franco e honesto ou talvez demonstração de humildade. Que hipocrisia! O pior é que a maioria sequer se dá conta disso, de tão acostumados que estamos a viver num mundo falso e hipócrita.
Humildade ... é um conceito que se presta a muitos mal entendidos. Os religiosos, então, acham o máximo da qualidade. Grande engano. Essa tão apregoada humildade só ajuda as pessoas a terem menos auto-estima. E novamente faz parte da hipocrisia reinante, pois os crentes se dizem humildes, mas ao mesmo tempo “donos” da verdade ao dizer que a sua religião é a única que salva ou, como anda muito em pauta ultimamente, dizer que os ateus não são boas pessoas. Que humildade é essa?
Ser humilde é: mesmo sabendo que somos Deus também, reconhecer que estamos aqui numa situação de ignorância porque estamos em corpos físicos com toda a gama de desvantagens que isso acarreta. Não é se sentir diminuído porque fulano tem curso superior e eu não ou beltrano é mais inteligente do que eu.
Já dei treinamento para operários analfabetos em chão de fábrica e ficava muito constrangida com a deferência com que me tratavam, pois para mim eles eram meus iguais como seres humanos, da mesma raça que eu. Minha falecida mãe tinha um ditado bem gauchesco que dizia: “quem muito se abaixa, o fiofó lhe aparece”. rsrs
A humanidade vem sendo condicionada há muito, muito tempo que é ruim e nascida em pecado. Assim fica difícil ter boa auto-estima e a prova disso está nos consultórios de psicólogos e psiquiatras.
Portanto, caros leitores, eu não me gabo de ser evoluída. Sou sim. Fiz por onde. É mérito meu. Ah, e também sou muito inteligente, empática e carismática (essa não é minha avaliação, eu já ouvi de várias pessoas). Com isso não estou dizendo que não há, pelo mundo, milhares ou milhões de pessoas mais evoluídas, inteligentes, empáticas ou carismáticas do que eu.
Quando a gente sabe Quem é e o Que se é não temos medo ou vergonha de dizê-lo.
Entenderam?
Isso é ter boa auto-estima. Sem hipocrisias. rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs
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sábado, 6 de novembro de 2010

Viva este dia como se fosse o seu último. ... Pode ser!

morte
Todo ser humano sabe que vai morrer. É a única certeza que temos na vida. Por que, então, muitos, quiçá a maioria se comporta como se fosse viver para sempre?
É um tal de adiar decisões, tarefas, férias, visitas aos amigos, aos parentes que moram distante, arrumar um tempinho para brincar com o filho e por aí vai.
E as palavras duras ou agressivas que dizem aos seres que mais amam? Se morrer no fim do dia, esta será a última lembrança deixada.
Tudo bem, quem não tem sangue de barata se irrita às vezes e pode dizer coisas que não gostaria, mas se as palavras foram ditas a alguém que ama, por que não se desculpar antes de sair para o trabalho? O trânsito está virado numa batalha urbana, as balas perdidas andam soltas por aí, os assaltos com morte também. E se for a sua vez?
Ninguém parece pensar nisso.
Cruz, credo, Atena, saravá, mangalô treis veiz!
Não, não é agouro, é um fato que pode acontecer hoje. Temos de ter consciência dele, temos de ter consciência da morte física. A vida é eterna, mas o corpo físico não e como ainda não chegamos no estágio em que podemos nos comunicar facilmente com os vivos após “bater as botas”...
Aí chegam do outro lado e ficam chorando e gritando que precisam voltar porque magoaram fulano ou beltrano e precisam se desculpar. Como a humanidade dá trabalho aos “anjos” que estão do outro lado para ajudar!
E os adiamentos, as postergações? É bem conhecida a característica dos brasileiros de deixar tudo para a última hora, último dia. Até pode funcionar se continuamos vivendo, mas e se for nosso último dia aqui (nesta vida) no planetinha azul?
Durante o tempo em prestava consultoria e treinamentos em empresas recebia muito dos administradores pedidos para trabalhar com os funcionários essa característica: postergação. Nas empresas, postergar pode ser mortal para a vida das mesmas desde que se torne um hábito dos funcionários (péssimo hábito).
Ter consciência da morte não é ficar morbidamente pensando nela, pensando em coisas ruins que podem acontecer com você. É aprender a viver no Agora. Hoje é o dia! O dia D.
O dia em que você pode, sim, arrumar um tempinho para brincar com seu filho ou ajudar na lição que ele trouxe da escola.
O dia de dizer ao parceiro/a o quanto o/a ama.
O dia para consertar aquela tomada que já está a perigo de causar um curto circuito. Pode cobrar depois ... na cama. Será pago com gosto.
O dia de começar a fazer a caminhada diária que vai ajudá-lo/a a viver mais e melhor.
O dia de responder o e-mail do amigo que já está há um mês na caixa de entrada.
O dia de derramar aquelas lágrimas que foram tão represadas que já escorreram dos olhos e estão entupindo a garganta.
O dia de assistir aquele filme bem comédia pastelão para relaxar após o trabalho ao invés de assistir o noticiário.
O dia de fazer um elogio para o seu tímido e pouco comunicativo, mas excelente funcionário.
O dia de colocar uma música orquestral, bem relaxante, enquanto dirige para o trabalho e não se irritar com os facínoras atrás do volante.
O dia de perdoar aquela pessoa que tanto lhe ofendeu. Quando você chegar ao outro lado dar-se-á conta de que nada disso importa.
Enfim, o dia de viver intensamente e presentemente o Agora, lembrando que guardar rancores acaba causando doenças, que adiamentos podem se tornar irreparáveis e que podem ser demonstração de covardia.
Então, os deixo com duas frases sábias que encontrei por aí.
“O segredo da saúde, mental e corporal, está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas , mas viver sabia e seriamente o presente.” (atribuída a Buda)
“Não temas arriscar-te. Quando um barco avança, ele equilibra-se.” (dito popular chinês)-
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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A premiação do grito - Scream Awards 2010

screams

Dia 31 pp. assisti na TV a um tal de Scream Awards 2010. Nem sabia que essa premiação existia, mas como devia estar num surto inconsciente de masoquismo, resolvi olhar a tal de premiação.

Scream Awards é um prêmio dedicado a filmes do gênero terror, ficção científica e fantasia, revistas em quadrinhos violentas, etc. Não preciso dizer que é americano, não é?

Bom, vamos esclarecer que o show da premiação é um exemplo magistral de non sense, algo parecido com certos programas de variedades dos canais abertos brasileiros. Nas pausas feitas pelos apresentadores a mulherada presente (grande maioria) gritava histericamente. As roupas, maquiagens e perucas, de ambos os sexos, usadas pela plateia, eram bizarras. Uma mistura de halloween com carnaval brasileiro.

O pior do espetáculo era que mostravam cenas dos filmes de terror que estavam concorrendo aos prêmios. Um dos prêmios era “melhor cena de mutilação”. Dá para acreditar numa coisa dessas? Então fiquei tapando os olhos uma boa parte do tempo.

Não consegui assistir até o final, mas durante o tempo em que fiquei olhando aquele festival de horrores, muita coisa veio à minha cabeça. tsk tsk

Por que o ser humano assiste e – gosta de filmes de terror com cenas absolutamente desumanas e nojentas?

Já li e ouvi diversas explicações de especialistas como: é uma forma de fazer catarse; as pessoas gostam porque se sentem vivas (quem morre é a personagem no filme); se sentem aliviadas porque sabem que é só uma fantasia; etc. A meu ver é total e completa rejeição pelo bom gosto.

Cinema é diversão, cultura e de certa forma uma “fuga” aos dissabores da realidade nua e crua do dia a dia. Então por que não fugir com filmes alegres, divertidos ou bem humorados?

Desde o início da história do cinema houve filmes de suspense e terror, mas até a década de 1950 eram bem ingênuos, sem cenas chocantes, em parte porque não havia a tecnologia que existe hoje, mas creio que principalmente porque as pessoas não estavam tão enlouquecidas quanto atualmente.

Hoje colocam na web cenas de decapitação reais feitas por terroristas, cenas dos corpos vitimados em desastres aéreos, um dos meus filhos me contou que existem sites dedicados só a bizarrices. Que mundo é esse?

Calígula e Nero até hoje são condenados por seus atos e lembrados como bárbaros e loucos, mas o que acontecia lá na Roma antiga não fica devendo nada para o que se vê atualmente na vida real e nos filmes.

Os filmes de terror atraem milhões de pessoas aos cinemas, muito mais do que filmes com bom conteúdo. Aí dirão alguns: mas filme não é real, é fantasia. Sim, mas o que se passa na mente dos espectadores é bem real.

As pessoas precisam entender que pensamentos são reais. Alguns pensamentos quando carregados de sentimentos ou emoções adquirem vida própria e mais longa é essa existência conforme vai sendo alimentada pela energia de outras pessoas tendo o mesmo tipo de pensamento. Aquela dimensão chamada de Umbral, por alguns, está repleta de formas-pensamento de todo tipo. Segundo indivíduos que conseguem se conectar com essa dimensão, a chamada viagem astral, lá se encontram todo tipo de horrores, talvez até pior do que se veem atualmente nos filmes de terror.

Imaginem a quantidade e o tipo de pensamento de milhões de pessoas assistindo a um filme com cenas bárbaras e sanguinárias ... muitas, mas muitas mesmo dessas cenas vão adquirir vida no Umbral. Depois não querem ter pesadelos noturnos (durante o sono quase todos nós passeamos por lá). Aff

Eu sei que a violência e a barbárie fazem parte da experiência chamada Terra, mas pombas já estamos no século 21, não está na hora de evoluir um pouquinho? Só um pouquinho que seja?

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