"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Intuição é fé, inspiração ou conteúdo inconsciente?

intuição

Dei uma rápida pesquisada na internet e encontrei os mais variados conceitos sobre intuição. Por exemplo:

- Depoimento de um espírita: seriam conhecimentos prévios (de vidas anteriores) sobre determinado assunto, situação, etc.

- Segundo a Psicologia: são conteúdos inconscientes.

- Segundo a Filosofia: há duas grandes modalidades da atividade racional, realizadas pela razão subjetiva ou pelo sujeito do conhecimento - a intuição (ou razão intuitiva) e o raciocínio (ou razão discursiva). A razão intuitiva pode ser de dois tipos: intuição sensível ou empírica e intuição intelectual.

- Segundo um determinado autor: uso da linguagem do coração.

- De um site espírita: o insight de uma descoberta poderia, perfeitamente, provir do sopro de um espírito amigo.

Segundo experiência própria e pesquisas realizadas, nenhuma das asserções acima está correta.

Vidas anteriores influenciam mais é o nosso comportamento e não nosso conhecimento.

Conteúdos inconscientes não são capazes de saber o que vai acontecer e, portanto, nos impedir de tomar um avião que vai cair, por exemplo.

Insight é uma compreensão repentina e está baseada em prévio conhecimento (memória), é um mecanismo cognitivo, não possui as características da intuição.

Já relatei aqui um fato que ocorreu comigo e que é um exmplo perfeito do que é a intuição. Vou repeti-lo para aqueles que não o leram.

Eu tinha uns 14 anos mais ou menos quando voltando para minha casa, estando já no lado da rua onde a mesma se situava, inesperadamente (sem pensar) atravessei a rua para o outro lado. Exatamente quando cheguei à calçada oposta ouvi um forte barulho e me virei para o lado de onde tinha vindo e vi um cabo de alta tensão chicoteando no chão exatamente onde eu iria estar passando. Parece que me salvei da morte.

Meu inconsciente teria condições de saber que o cabo iria rebentar? Claro que não. Foi algo intuído e não racionalizado. O racional teria sido continuar caminhando pela mesma calçada de minha casa.

Então de onde vem a intuição? Ela vem de nossa essência - que é divina. É uma parte nossa à qual são poucos os que dão atenção. Se fosse cultivada, com certeza, teríamos uma vida melhor.

“A intuição está sendo cada vez mais reconhecida como uma faculdade mental natural, um elemento-chave na descoberta e resolução de problemas, na tomada de decisões, um gerador de idéias criativas,um premonitor, um revelador da verdade.” (Philip Goldberg)

Segundo Goldberg, as percepções dos sentidos e o pensamento racional não são as únicas maneiras de conhecermos alguma coisa. Para ele, a intuição é uma forma superior de PES (percepção extra-sensorial).

Em seu livro Intuitive Edge, Philip Goldberg descreve seis tipos de intuição:

Descobridora – introvisão de fatos a serem descobertos (é o famoso ahá!).

Geradora – oportunidades ou possibilidades alternativas.

Avaliadora – voz interior que em certas situações censura ou critica.

Possibilitadora - (estar no lugar certo, na hora certa seria um dos casos).

Operativa – guia as nossas ações (não entrar num avião que sofrerá um acidente, por exemplo).

Profética – pressentimento ou palpite que algo irá acontecer.

Iluminação - no sentido espiritual; é a forma superior da intuição.

Como diferençar um pensamento de nossa mente da intuição? Sinto muito, mas não há receita pronta para quem não está acostumado a seguir a sua intuição. Isso vem com o tempo. O que oferece mais ou menos uma pista é termos uma “certeza” que não sabemos explicar.

E não esquecem: sempre que não seguirem sua intuição, vão se dar mal. Isso não falha.

Imagem: portalterrabase.blogspot.com

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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Você conhece a sua mente?

mente

Já faz algum tempo que surgiu a neurociência e ultimamente anda ativamente pesquisando e divulgando seus achados.

Acho ótimo, estávamos atrasados em relação ao conhecimento do cérebro comparando-se com o restante do corpo. Mas .... como ainda é a ciência cartesiana que domina ... os neurocientistas estão considerando o cérebro como sinônimo de mente.

Felizmente o planeta tem o seu lado oriental, com sua antiguíssima sabedoria, e é de lá que surgem vez por outra informações e conhecimentos riquíssimos que podemos somar às frias e insensatas teorias dos ocidentais.

Fiz faculdade de Psicologia, mas só fui entender mesmo o que é a mente humana quando li o livro do Dr. David Frawley. Embora ele seja americano de nascimento, escolheu se tornar um hindu por convicção. É considerado especialista em medicina Ayurvédica e graduou-se em medicina chinesa, também é professor védico, raja yogi e astrólogo védico.

Seu entendimento da mente humana é tão excepcional porque não é limitado pelo axioma ocidental de que “o todo é a soma das partes”. Os ensinamentos orientais têm um caráter holográfico, onde as partes refletem o todo.

A mente é o principal veículo que usamos para tudo o que fazemos; no entanto, poucos sabem como usá-la ou zelar por ela, se é que alguém sabe.”

“A mente não é matéria física, mas é matéria de natureza sutil, etérea e luminosa.” (...)” o cérebro é o órgão físico por meio do qual a mente trabalha”.

Cérebro e Mente são duas realidades distintas, enquanto o cérebro é condição da mente, a mente não é necessariamente condição do cérebro.” (http://cerebroemente.weebly.com/)

Frawley nos explica que o cérebro (com suas conexões químicas e elétricas) é somente uma ferramenta usada pela mente. A mente foi projetada pela Inteligência Cósmica para permitir que a consciência tenha suas experiências. Vejam então que mente também não é a mesma coisa que consciência.

É uma capacidade nossa, como seres sencientes, e não uma parte de nosso corpo físico. A mente se manifesta através de pensamentos, sentimentos, sensações que, por sua vez, agem como gatilhos para ativar certas partes do cérebro (que os neurocientistas percebem com seus instrumentos).

Bom, alguém vai argumentar que o cientista ativando certas partes do cérebro produz sensações e/ou emoções. Ok, sensações e emoções estão ligados à parte química do corpo, tendo suas respectivas áreas cerebrais também. Eu quero ver eles provocarem pensamentos (sem emoções ou sentimentos) ...

Entender a mente e, principalmente controlá-la, é uma das mais grandiosas tarefas com que o ser humano se defronta. Afinal, é devido a ela que exultamos ou sofremos, que somos capazes de vencer obstáculos ou fracassar miseravelmente, que amamos ou odiamos, enfim é graças a ela que temos consciência de quem somos e de que estamos vivos.

“Aprender a usar de modo correto os recursos da mente não apenas resolve os nossos problemas psicológicos, mas também nos leva à compreensão superior de nós mesmos”.

Para começar a entender a mente é preciso notar que ela se desloca conforme a nossa percepção, portanto é altamente mutável e inquieta. Nossas horas de vigília são totalmente tomadas por sensações (através dos 5 sentidos), pensamentos e emoções, tudo se sucedendo velozmente, sem controle nenhum (exceto em pessoas treinadas).

Uma forma de acalmar e treinar a mente para nosso benefício é praticar meditação.

A mente também propende a reações dualistas de atração e repulsão, amor e ódio e assim por diante. (...) Para afirmar uma coisa temos de sugerir o contrário. (...) Por exemplo, se dissermos a alguém que não pense num macaco, esse alguém naturalmente pensará num macaco.”

(... )”Ela pode facilmente cair presa dos opostos, ou vir a ser vítima de sua própria tendência para mudar de ideia. Por esta razão não deveríamos tentar obrigar a mente a se voltar a nenhuma direção determinada, mas deveríamos procurar conservá-la longe de quais quer extremos”.

Estes dois parágrafos acima são de extrema importância para aprendermos a controlar a mente e merecem uma detida reflexão.

Sem os pensamentos, a mente desaparece. O problema maior é conseguirmos eliminar os pensamentos. Muitas vezes eles parecem um macaquinho doido dentro de nossa cabeça (lembrando que usamos o cérebro como ferramenta). Uma das coisas mais difíceis, para nós ocidentais, é fazer meditação (eliminando os pensamentos), mas é possível através do treino. De início a gente consegue esvaziar a mente nada mais do que um segundo, depois, aos poucos, vamos aumentando o tempo.

Outro controle que precisamos fazer é sobre a qualidade dos nossos pensamentos – o quê pensamos.

Como pensamentos são energia, eles também passam a existir, ter uma vida própria (os orientais chamam de formas-pensamento). A duração de suas vidas vai depender de quantas vezes temos o mesmo pensamento e de sua intensidade (emoção ou sentimento que o acompanha). Pensamentos fugazes e que não se repetem têm vidas (permanência) fugazes também.

Na Psicologia Clínica é comum encontramos pacientes que apresentam pensamentos recorrentes, que chamamos de obsessivos. Tais pacientes acabam se tornando vítimas de seus próprios pensamentos porque os mesmos já ganharam vida própria e teimam (e como teimam) em se apresentar novamente criando um círculo vicioso.

“Só quando mudamos nossos pensamentos mais profundos é que podemos realmente mudar e ir além dos limites impostos pela mente. Isso é muito mais do que mudar nossas ideias sobre as coisas, implica alterar nossos sentimentos e instintos mais profundos.”

Isso é nos livramos de hábitos arraigados e vícios mentais. Não é tarefa fácil, mas é realizável.

Como o assunto é muito amplo, retornarei ao mesmo em outra ocasião. Para os interessados em se conhecer melhor, recomendo o livro do Frawley.

Citações: Uma Visão Ayurvédica da Mente, Dr. David Frawley. Ed. Pensamento

Imagem: tresjoiastextos.blogspot.com

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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Tenha consciência na hora de consumir medicação

industria farmaceutica

Quanto mais expandida é nossa consciencia, mais estamos atentos aos maleficios que as drogas alopáticas podem causar ao nosso organismo. É sempre melhor prevenir uma doença do que tratá-la, pois todos os medicamentos alopáticos causam efeitos colaterais.

Abaixo transcrevo uma entrevista dada pelo Dr. Joan-Ramon Laporte, catedrático de Farmacología pela Universidade Autônoma de Barcelona. É chefe do serviço de Farmacología do Hospital de Vall d’Hebron de Barcelona. Dirige o Instituto Catalão de Farmacologia, centro colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS).

- Analisa fármacos que já estão no mercado?

- Sim, porque quando um fármaco sai ao mercado foi provado por uns poucos milhares de voluntários, mas ao ser comercializado em todo o mundo é tomado por milhões de pessoas e é então quando podem aparecer efeitos indesejados, algumas vezes com desenlace mortal.

- Qual é o medicamento que mais gente tem matado?

- A aspirina, porque é o medicamento que mais gente tem tomado e a percepção de seu risco está distorcida. A doses baixas - cem miligramas ao dia- é um excelente protetor cardiovascular, mas a doses analgésicas - um grama- pode produzir hemorragia gastrointestinal.

- Há dados?

- Na Catalunha se produzem uns 3000 casos anuais de hemorragia gastrointestinal dos quais uns 40% são atribuídos à aspirina e a outros antiinflamatórios. Nos USA. morrem ao ano, por hemorragia gastrointestinal e por antiinflamatórios, umas 15.000 pessoas; enquanto que de AIDS morrem 12.000.

- Impactante.

- Qualquer enfermidade pode ser produzida por un. medicamento: um infarto de miocárdio por um antiinflamatório e por muitos outros fármacos; uma pneumonia, qualquer enfermidade neurológica ou patologia psiquiátrica pode ser favorecida por medicamentos.

- Vejo que os efeitos secundários são sérios....

- Muitos causam depressão, como alguns que tratam a pressão arterial ou os diuréticos em pessoas de idade avançada. Os medicamentos para a insônia podem provocar crises de agressividade, muitos casos de irritabilidade, ao levantar-se pela manhã, se devem a medicamentos deste tipo, como as benzodiazepinas ou outros hipnóticos de ação curta.

- Estamos hipermedicados?

- Sim, chegamos ao ponto de que quando uma pessoa está triste se diz coloquialmente que está depre. Os antidepressivos só servem para uma depressão profunda, a tristeza não é una enfermidade, é uma reação saudável.

- Não há medicamentos sem efeitos indesejados?

- Não, cada medicamento tem seu pedágio. A Agencia Européia de Medicamentos calcula que cada ano falecem na Europa 197.000 pessoas a causa de efeitos adversos. Nos USA os efeitos adversos são a quarta causa de morte, detrás do infarto de miocárdio, AVC e câncer; e está acima da diabetes, enfermidades pulmonares e dos acidentes de tráfego.

- É uma loteria?

- Não, se a tomada ou a prescrição do medicamento fosse mais atenta aos riscos que implica se calcula que se poderia evitar entre uns 65% a 75% dessas mortes.

- Anunciar fármacos por televisão deveria ser proibido.

- Opino o mesmo. Em Espanha só se podem anunciar os que não são financiados pela Seguridade Social, senão a arruinariam. Somos o país de Europa que, em relação ao PIB, mais medicamentos consome.

- Falemos de seus preços.

- São arbitrários. Fabricar o medicamento mais caro, de cem a quinhentos euros, não custa mais de dois euros, incluindo a embalagem. Supostamente pagamos o esforço de investigação. Mas entre 30% e 40% do gasto médio dos laboratórios se destina à promoção comercial.

- O preço é negociado pelo Governo ...

- Sim, mas com pouco êxito. Em Espanha o preço do medicamento está alcançando o da Alemanha que nos duplica a renda per capita.

- Que grande negocio.

- Segundo o informe de desenvolvimento da ONU é o terceiro setor econômico, detrás da indústria armamentista e do narcotráfico.

- Dizem que se inventam cada ano novas enfermidades

.

- Sim, sobretudo em relação com a mente e o sexo. Convertem a timidez em enfermidade e a medicam. Agora inventaram a disfunção sexual feminina: “Você padece disfunção sexual feminina..., não se ria...

- De acordo.

- ... se nos últimos seis meses você rechaçou uma proposição de relação sexual ou não teve uma com satisfação plena”. Cada vez que se reúne um dos comitês de hipertensão arterial (o estadounidense, o europeu, ou o da OMS) baixam o nível de pressão arterial considerado normal, e o mesmo ocorre com o colesterol.

- Explique-me.

- Em poucos anos se diminuiu de tal maneira o limite de normalidade do colesterol que cada vez há mais população que deve tratar-se. Nos USA, aumentou de 3 milhões de pessoas a 25 em 10 anos.

- Assombroso.

- A indústria farmacêutica dedica o dobro (na Espanha, o triplo) de seu orçamento para promoção comercial que para a investigação. Uma visita do representante comercial vem a gerar umas 35 novas receitas do medicamento. O assombroso é que não haja em Saúde uma espécie de central de compras de medicamentos com gente formada.

- Quem se ocupa da formação continuada do pessoal sanitário?

- Os laboratórios, assim que é muito difícil assegurar que não haja uma influência de interesses comerciais.

“A diferença entre um medicamento e um veneno consiste na dose”. (Dr. Joan-Ramon Laporte)

“As empresas farmacêuticas muitas vezes não estão tão interessadas na cura, mas na obtenção de dinheiro, assim a investigação, de repente, foi desviada para a descoberta de medicamentos que não curam completamente, tornam isso sim, a doença crônica. Medicamentos que fazem sentir uma melhoria, mas que desaparece quando o doente pare de tomar a droga.(Dr. Richard J. Roberts, Prêmio Nobel de Medicina em 1993)

Fonte: http://www.lavanguardia.com/lacontra/20110124/54105214595/las-medicinas-curan-o-causan-cualquier-enfermedad.html

Imagem: jaderresende.blogspot.com

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terça-feira, 27 de novembro de 2012

O que é normal?




Este texto se refere a uma mensagem que foi dada a um grupo de shaumbra, canalizada de Adamus (um mestre ascensionado) por Geofrey Hoppe.

É uma mensagem que fala sobre o que somos nós (seres criadores) e também de esperança para toda a humanidade, pois diz que a mesma poderá, assim como os shaumbra, alcançar a sua plenitude.

“Eu sou o que sou, Adamus do domínio soberano.

Tanta coisa acontecendo nos dias de hoje. Muito interessante notar que o mundo está ficando louco e que vocês estão realmente voltando ao normal. Muito interessante sobre o que é normal? 

Normal, o estado normal, é um estado de graça, um estado de ahmyo (sagrado ou divino), onde vocês têm implícita confiança em si mesmos, seja aqui ou onde quer que vão, que vocês estão apenas experimentando a alegria da vida e da criação. Isso é normal. Quando vocês podem ir a qualquer reino e experimentar como é sem sentir medo dele consumir vocês, matar vocês, roubar seu coração ou sua alma. Que a alegria da vida é ser capaz de criar qualquer coisa que vocês escolheram para criar para si mesmos e ter alegria e grande orgulho e honra de sua criação e não se preocupar que a criação é tão grande que vai machucar os outros ou machucar vocês, ser capaz de criar algo e não se preocupar que vá se transformar em um monstro ou num destruidor.

Normal é quando vocês não precisam mais destruir energia em suas vidas, onde vocês podem apenas ser, experimentar, criar, sentir. Ah, isso é normal. Isso é quando vocês estão no comando. Isso é de onde alguns de vocês estão muito, muito perto, voltando para si mesmos.

Vocês tiveram uma longa, longa jornada neste planeta. Uma jornada que tem ensinado a vocês de várias maneiras como não amar a si mesmos, como não confiar em si mesmos, como temer o que os outros podem ter, como temer até mesmo seus próprios poderes.. Isso é anormal.  Então agora vocês retornam à normalidade. Vocês adentram numa experiência sem medo, criar sem reter. É o que está acontecendo, realmente.

Sim, o mundo está ficando um pouco mais louco agora, todos os eventos acontecendo na história da humanidade, todas as mudanças – mudanças de tecnológicas a morais, valores e crenças, mudanças no próprio tecido e fibra da humanidade.

A humanidade ainda é muito, muito mental. A humanidade ainda é preenchida com os seus aspectos (vidas passadas) A humanidade ainda segue os passos de suas encarnações passadas. Eles estão ainda no tubo de suas probabilidades, ao invés de seus potenciais. E está ok. Faz parte da sua viagem. Parte do que eles estão aprendendo, parte do que eles escolheram experienciar. E, como vocês ... um dia dirão: "não mais”.

Não mais. É hora de seguir em frente. É hora de sair desse tubo limitado de probabilidades. É hora de ir além até mesmo dessa coisa que vocês chamam encarnações – vidas após vidas – e hora de ir além do carma. Tempo para absolutamente viver. E a maior alegria de viver é conseguida aqui, fisicamente encarnados. Sim, isso faz com que seja um pouco mais difícil, porque, sim, vocês vão ter mais preocupações sobre coisas como a sua saúde, outras pessoas e o tráfego nas rodovias, problemas de incêndios em florestas, de dinheiro no mundo e todas essas outras coisas.

Mas para serem capazes de fazer isso, para serem capazes de estar aqui neste momento, voltar ao seu estado normal do ser como um criador, um professor e um aventureiro, sem ter uma agenda, sem a necessidade de manipular energias, ah, é sublime. É o que os mestres têm experimentado. É o que vocês estão começando a experimentar.

Então, vamos tomar uma respiração profunda com isso. Uma boa respiração profunda.”

Fonte: Shaumbra Monthly, Adamus – Jul/2012

Imagem: novasenergias.net

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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Fineza saiu de moda?



Recebi por e-mail, na forma de pps e desconheço a autoria, mas vale partilhar com vocês, principalmente porque percebo que vivemos atualmente tempos onde a grosseria, a falta de respeito e a intolerância permeiam o nosso dia a dia.

Já começa na escola, com o bulling. Sei que isso é coisa antiga, sempre existiu nas escolas, mas somente crianças muito agressivas ou de tendências psicopáticas eram as autoras. Atualmente , convenhamos, está generalizado, quase lugar comum.

Depois vêm os Hulks do trânsito, os colegas de trabalho que adoram” puxar tapetes”, aqueles atendentes antipáticos e de má vontade nos órgãos públicos, os políticos subornáveis, enfim um bando de gente que nunca mereceria ser chamado de “gente fina”.

Fineza não tem nada a ver com status, riqueza ou poder, tem a ver com sentimentos de nobreza interior e não com linhagem.

Vocês lerão comentários simples, mas apropriados, e vale refletir sobre como cada um se encaixa, ou não, em cada um deles.

Se fosse um teste, que nota você receberia ao final ... ?

Gente fina é aquela que é tão especial que a gente nem percebe se é gorda, magra, velha, moça, loira, morena, alta ou baixa.

Ela é gente fina, ou seja, está acima de qualquer classificação. Todos a querem por perto. Tem um astral leve, mas sabe aprofundar as questões quando necessário.

É simpática, mas não bobalhona. É uma pessoa direita, mas não escravizada pelos certos e errados: sabe transgredir sem agredir.

Gente fina é aquela que é generosa, mas não banana. Ajuda-o, mas permite que você cresça sozinho.

Gente fina diz mais sim do que não, e faz isso naturalmente, não somente para agradar.

Gente fina se sente confortável em qualquer ambiente: num boteco de beira de estrada e num castelo no interior da Escócia.

Gente fina não julga ninguém, ... tem opinião, apenas.

Gente fina não esnoba, não humilha, não trapaceia, não compete e, como o próprio nome diz, não engrossa.

Gente fina não veio ao mundo para colocar areia no projeto dos outros.

Ela não pesa, mesmo sendo gorda, e não é leviana, mesmo sendo magra.

Gente fina não faz fofoca,   se coloca no lugar do outro.

Gente fina é amável, honesta, verdadeira e confiável.

Gente fina é generosa, suas mãos têm sempre algo para oferecer.

Se colocarmos na balança, é ELA quem faz a diferença.

Gente fina... é que tinha de virar moda!


Imagem: dicasdebutantesenoivas.blogspot.com

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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

As armadilhas da mente




Meditação é uma prática muito saudável para o corpo, a mente e o espírito, principalmente nos agitados dias atuais.

Existem várias técnicas diferentes, algumas muito carregadas de misticismo, no entanto a meditação é uma coisa muito simples, nada mais do que sentar-se confortavelmente, de preferência num ambiente silencioso, e esvaziar a mente de qualquer pensamento.

Difícil no início? Com certeza. Nossa mente é um constante burburinho, mas com a prática vai ficando cada vez mais fácil.

Encontrei na web este excelente texto que trata das armadilhas da mente, muito útil para nós ocidentais que não temos a mesma familiaridade, com esse tipo de prática, como os orientais.

“Quando se fala em "desligar a mente" durante a meditação, seria como falar em desligar um gigantesco computador, muito poderoso, que tem medo de ser desligado. Aí, então, esse computador começa a preparar armadilhas... Pois é; a mente é mais ou menos assim quando você medita. Meditar é estar em um foco, que lhe permita relaxar a lógica. Estar em um foco é permanecer conectado à sua âncora, seja ela qual for. Pode ser o movimento do abdome, poder ser a atenção na respiração, a pronúncia de um som específico; pode ser até apenas o espaço do agora, mas sempre haverá uma âncora quando se meditar.

Relaxar a lógica é não se envolver nas sequências de pensamentos que forem surgindo em sua mente. Como? Repetidamente "abandonando", soltando", "libertando" os pensamentos e voltando para a âncora.

Mas, aí surge o problema: a mente não pretende ser desligada. Nosso computador mental não pretende ajudar nesse exercício. Para a maioria das escolas meditativas, esse é um dos princípios mais básicos para se entender, e vamos explicar isso melhor, abaixo.

De acordo com essas escolas, se dividirmos didaticamente o nosso "ser", poderíamos dizer que há um ser "atuante" e um ser "existente". Existiria um "eu" que atua no mundo, que fornece a nossa identidade social, composto por raciocínio, emoção, instinto, corpo físico, idade, sexo, profissão, etc. Esse "eu" atua no mundo e nos identificamos completamente com ele.

O outro "eu", seria aquele que existe, antes de tudo. Simplesmente existe. É um "ser" que vem antes do corpo, do raciocínio, do instinto, de identidade social, do sexo, da idade, enfim, de tudo que possamos usar para dar identidade a alguém. É a chamada "pura existência". Esse ser esteve presente quando éramos jovens, quando envelhecemos, quando celebramos, quando choramos. Ele nunca foi jovem, mas estava lá no começo de nossas vidas. Ele não ficou velho, mas presencia nossa idade madura. Ele nunca celebrou, mas assistiu nossa celebração na mais absoluta paz. Ele jamais chorou, mas estava presente, em perfeito equilíbrio, enquanto chorávamos.

Nosso ser completo seria formado pela soma dos dois seres. Sim, isso mesmo, pela soma do superficial e do profundo, pois mesmo a superfície do mais profundo oceano ainda é parte do oceano. A chamada "consciência desperta" seria a percepção deste ser completo, a cada momento.

Quando as correntes místicas orientais falam sobre o ego, elas falam sobre uma falsa identidade, que se formaria quando acreditamos que tudo que somos é o "ser atuante". Essa identificação com este "meio-ser", sem entender o "ser completo", é que formaria o ego. Ao contrário do que muitos pensam, o ego não é o alvo a ser destruído na meditação, mas sim algo que deve ser entendido, quando se percebe que o ser "atuante" é apenas uma parte do que somos em totalidade.

Quando meditamos, com o tempo encontramos espaços de silêncio interno, e "o ser existente" começa a aflorar. Na mesma proporção, o "ser atuante" sente-se ameaçado. É por isso que alguns meditadores, quando atingem determinados estágios, relatam experiências onde sentiram muito medo, e falam sobre um medo tão grande que "parecia que iam morrer". A partir desse momento, começa a luta do "ser atuante", que também podemos chamar de "armadilhas da mente".

Quais as principais armadilhas da mente? Várias. As ideações positivas, quando pensamos sobre como estamos indo bem enquanto meditamos e, assim, nos envolvemos em outras sequências de pensamentos. A sensação de poder, que gera arrogância e alimenta o ego. O orgulho de estarmos aparentemente em evolução "espiritual", e não há orgulho maior do que o orgulho espiritual. A vaidade de ser visto como alguém que vive sem tantas necessidades, e não há ostentação maior do que a vaidade de não ter vaidades. O tato intuitivo crescente, que nos faz parecer poderosos magos, quase que adivinhos das sensações e necessidades alheias. A capacidade de meditar, em qualquer circunstância, por muito tempo, que é usada como um troféu perante outras pessoas. Até mesmo o rótulo de "buscador", de alguém que está "a caminho" de alguma coisa, com o qual nos identificamos como com qualquer outro rótulo. Por fim, o medo sem explicação aparente, conforme já descrevemos acima.

Vejam que todas essas armadilhas apenas alimentam o ego, e quando o ego é alimentado ele é inchado, permanece em soberba, e parece cada vez maior e mais poderoso, ao invés de ser percebido como apenas uma parte de nós. São as armadilhas da mente. É simples assim. Um mecanismo de defesa de um "ser" (o ser atuante) que pensa que vai morrer e precisa se defender. Quando estamos no espaço de consciência, é possível vislumbrar que não somos apenas isso. A consciência plena compreende o engano do ego, mas o ego não é capaz de compreender a consciência plena, acredita que corre risco de desaparecer, e luta como pode para evitar isso.

Como evitar esses riscos quando se pratica meditação? Apenas meditando, cada vez melhor. A prática continuada irá desbastando essas barreiras. Não se rotule. Não faça "pose de meditador". Não pense que alcançou, pois enquanto for possível pensar que algo foi conquistado, aí ainda estará o ego em operação. Na verdade, nem procure alcançar nada, pois tudo se dissolverá - até mesma sua intenção de busca - antes de começarmos a perceber a nossa mais profunda natureza. Esqueça a "conquista"; esqueça a "busca"; esqueça a "iluminação". Esses são conceitos, e conceitos pertencem ao mundo da lógica.

Medite. Viva. Esteja aqui, agora. Perdoe-se por ainda não estar em completa paz. Seja, sem precisar saber o que exatamente você é. Relaxe no não-saber. Aceite. Sinta. Você já é. Você sempre foi...”

Roberto Cardoso

Imagem: lipocentersorocaba.com.br

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domingo, 4 de novembro de 2012

E se a gente não precisasse mais pagar pela energia que precisamos e consumimos?

energia livre

“Quem controla o suprimento de alimentos, controla o povo. Quem controla a energia pode controlar todos os continentes. Quem controla o dinheiro pode controlar o mundo.”

Henry Kissinger

Segundo as informações que temos, foi Nikola Tesla (o pai da eletricidade e inventor do rádio) que no final do século 19 e início do 20 esteve envolvido com experimentos e invenções que tinham a ver com o que atualmente chamamos Energia Livre ou Energia de Ponto Zero, à qual ele chamava de Energia Radiante.

Também foi o primeiro a ser boicotado em suas tentativas de fornecer energia grátis à população. Ao início de suas experimentações foi financiado pelo banqueiro J.P. Morgan, mas depois que este se deu conta que não haveria como cobrar a dita energia, cancelou sua ajuda financeira a Tesla.

“Finalizada a II Guerra Mundial, os esforços científicos para obter energias limpas ou inesgotáveis se centraram sobre a nuclear. A chamada Energia Livre não chegou a despertar, aparentemente, o interesse geral, no entanto vários inventores continuaram com seus ensaios. Para frear as tentativas particulares daqueles que tratavam de alcançá-la, o Governo dos EEUU promulgou a "Secrecy Order.

Os que recebessem a ordem, seriam calados e abandonariam seus projetos. Segundo a Ata de Liberdade de Informação da Federação de Cientistas Americanos, só em 1991, o Pentágono considerou 774 patentes como Secrecy Order, supomos que uma importante parte sobre este tema” (http://energia-libre.blogspot.com.br/)

A Secrecy Order- Lei de Sigilo de Invenção de 1951 (Pub.L. 82-256, 66 stat. 3, promulgada em 1 de fevereiro de 1952, codificada em 35 U.S.C § § 181–188) é um corpo de lei federal dos Estados Unidos, projetada para impedir a divulgação de novas invenções e tecnologias que, na opinião de agências federais selecionadas, apresentam uma possível ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos.”

A partir de então ficou difícil para os bravos pesquisadores e inventores de mecanismos produtores de energia renovável e grátis ter sucesso em patentear, e principalmente por à disposição do público, seus inventos que beneficiariam a humanidade até os mais recônditos confins da África ou interior da Amazônia.

Adam Trombly é um especialista reconhecido internacionalmente nas áreas de física, dinâmica atmosférica, geofísica, giro e ressonância eletromagnética sistemas e Modelagem Global Ambiental. Ele criou diversos dispositivos capazes de gerar Energia Livre como o Closed Path Homopolar Machine e Piezo Ringing Resonance Generator. Só que, até agora já foi perseguido e teve patentes cassadas. É criador do Projeto Terra e trabalha pela criação de um mundo melhor e mais justo, não só para os humanos como também para o meio ambiente.

A Homopolar Generator, é uma máquina, um gerador elétrico, cuja saída excede a entrada por um fator de 4,92. Seja lá o que isso for, para uma leiga como eu, o que entendi é que a tal máquina produz mais energia do que consome o que quer dizer – economia.

Entre outros inventores que pesquisamos podemos citar Perendev, Beardens e Bedini responsáveis por outros motores usando ímãs e bobinas e de trabalho virtualmente perpétuo.

Um centímetro cúbico de espaço vazio em torno de nós (a ponta de um dedo mindinho de volume) tem nele tanta energia em estado natural que, se condensada em matéria, haveria mais matéria do que é observável no universo através do maior telescópio! Assim, mesmo uma pequena eficiência de captação poderia e irá extrair toda a energia que qualquer um poderia desejar. (http://www.energyfromthevacuum.com/)

Infelizmente os poderosos das companhias petrolíferas, banqueiros que os apóiam e os governos (que ganham muito nas faturas de energia elétrica e preços de combustíveis fósseis) estão exercendo muita pressão para que a Energia Livre não se torne uma realidade (o lucro com a energia constitui aproximadamente um terço do mercado mundial).

Está mais do que na hora de todos acordarem e começar a batalhar para que a Energia Livre venha a se tornar uma realidade. O primeiro passo estou fazendo aqui: divulgar que isso já é possível e que está sendo boicotado. Acompanhem-me!

Número de incidentes de supressão de invenções de energia (dados de 2006):

- 53 o número de mortos de inventores, ativistas e associados, desaparecidos ou feridos

- 13 o número de inventores de energia ameaçados de morte

- 16 o número de pesquisadores de energia e associados presos

- 7 o número de incidentes envolvendo a US. Central Intelligence Agency (CIA)

- 4 o número de incidentes envolvendo o governo dos EUA

- 27 o número de invenções classificadas como secretas pela US Patent Office

- aproximadamente 4000 incidentes envolvendo empresas de petróleo

- 9 nomes de bancos e companhias de petróleo envolvidas - Standard, Atlantic Richfield, Shell Oil Company, World Bank, Wells Fargo Bank Possibly Most Impressive Energy Invention (http://rense.com/general72/oinvent.htm)

“É nossa convicção no Projeto Terra ™ que, sem imediata e radical mudança em um nível nunca realizado em qualquer época anterior da história, a raça humana está em uma potencialmente fase terminal de um declínio longo e trágico, arremessada em direção a desintegração como uma onda que se quebrou contra as rochas da inércia cultural e educacional coletiva. A humanidade tem a oportunidade neste momento de transcender os erros do passado e participar na cura dos danos.” (Adam Trombly)

Se quiserem saber mais a respeito do aqui exposto, sugiro os seguintes vídeos:

http://www.youtube.com/watch?v=NznxK0KQdaM&feature=related parte 1

http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&v=Zu64jDHICts&NR=1 parte 2

Imagem: http://johnbedini.net/john34/bedinibearden.html

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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O que é estado alterado de consciência - parte II

Castañeda

Dando continuidade ao post anterior veremos agora o que causa estados alterados de consciência e alguns efeitos dos mesmos, a partir do que encontrei em pesquisas e de minha própria vivência.

A alteração da consciência se dá através de: drogas chamadas de psicotrópicas, rituais xamânicos, fervor religioso (principalmente em indivíduos com características histéricas, indução hipnótica (seja por hipnólogo ou pastores de algumas religiões), às vezes pela bebida alcoólica, terapias de regressão, meditação, treinamento por intermédio de práticas e exercícios. Talvez algum outro método que desconheço.

Nos rituais xamânicos são alcançadas ondas Alfa e Teta por intermédio de tambores e/ou chocalhos e/ou cantos. Nos templos religiosos, através do ritmo da fala do pastor e da música é alcançado o estado Alfa. Ver neste post como é conseguido.

Na hipnose propriamente dita, no transe leve é alcançado o estado Alfa e no transe profundo pode se chegar às ondas Teta.

Quanto aos transes de fervor religioso, pelo que se tem de informações dos relatos de santos e místicos parece que ambos os estados Alfa e Teta são alcançados.

Já as drogas psicotrópicas e as plantas chamadas de alucinógenas induzem a estados alterados Alfa e também Teta.

Veja abaixo uma descrição feita sobre o uso da planta Ayahuasca (Santo Daime):

“A gama de alterações cognitivas (efeitos psíquicos) produzidas pela adição do composto, assim como para os demais psicodélicos, varia de acordo com o ambiente (condição externa) e o estado de espírito e personalidade (condição interna) do usuário: as experiências ruins e potencialmente danosas são frequentes entre os usuários recreacionais (ilícitos) enquanto o uso positivo é sumamente verificado no contexto religioso (lícito). Os efeitos são similares aos efeitos desencadeados pelos químicos pertencentes ao mesmo grupo: alterações na percepção visual que podem incluir visões caleidoscópicas, hiper-coloridas e zoons em texturas ou padrões de formação dos objetos; sensibilização sensorial; experiências de despersonalização onde o indivíduo perde a identidade com seu próprio corpo e com os limites do próprio corpo; alteração da noção temporal e espacial; sensação de plenitude consciencial, de unicidade com o universo (cosmovisão); sensações tanto de paz suprema quanto de intenso terror que pode levar a quadros de pânico (má viagem, bad trip); taquipsiquismo (pensamento rápido); pensamento confuso e desordenado; perda do controle emocional etc. (...) Já os efeitos fisiológicos incluem alterações variáveis como o aumento da pressão sanguínea, taquicardia, midríase (dilatação da pupila) e atividades eméticas (vômito).”(http://avisospsicodelicos.blogspot.com.br/2009/06/mescalina-molecula-magica-do-peiotismo.html) ...

As plantas alucinógenas quando consumidas com objetivos espirituais ou religiosos, vai provavelmente ocasionar visões dentro desta temática, entretanto quando consumidas com objetivo investigativo (como foi o caso de Aldous Huxley, livro As Portas da Percepção) irá proporcionar outras visões diferenciadas, dependendo da personalidade e das crenças do usuário.

As chamadas alucinações produzidas pela plantas não podem realmente ter este nome, pois não são produto da mente, mas visões de uma diferente realidade alcançada por outra parte do ser humano que embora a ciência não admita, existe e atua.

Neste sentido posso dar minha declaração pelo consumo de peiote (mescalina): mantive a consciência e lucidez o tempo todo que durou a experiência. Algo que percebi foi que houve diminuição da autocrítica.

Nos estados alterados de consciência o que acontece é termos uma percepção ampliada, onde podemos estabelecer contato com outras realidades que os nossos cinco sentidos não percebem, o que não elimina o fato de elas existirem.

“Nossas expectativas usuais acerca da realidade são criadas por um consenso social. Nos ensinam como ver e perceber o mundo. O truque da socialização consiste em nos convencer que as descrições que estamos de acordo definem os limites do mundo real. O que chamamos de realidade é apenas um modo de ver o mundo, um modo que é sustentando pelo consenso social. Nós sempre vemos o desconhecido nos termos do conhecido.” (Carlos Castaneda)

Sobre a incompreensão ou não aceitação de realidades alternativas:

“Esta questão pode ter, também, ligações com o que Narby denomina de olhar racional ou aproximação racional, que “tende a minimizar aquilo que não se compreende”. Diz o antropólogo que o melhor dos campos de treinamento para esta arte muito conveniente, é a sua profissão: a antropologia. E explica o porquê. “Os primeiros antropólogos consideravam a todos aqueles que viviam na periferia do mundo dito “civilizado e racional” de primitivos e pertencentes a sociedades inferiores. Os xamãs foram categorizados como doentes mentais. A aproximação ou olhar racional é o resultado da idéia de que tudo o que é inexplicável e misterioso é, em um determinado senso, o inimigo. Isto significa que se prefere o pejorativo, e mesmo o erro, a responder demonstrando a ausência de compreensão”.

“Aprendi durante a minha investigação que vemos somente aquilo no que acreditamos e, para mudarmos a nossa visão, torna-se necessário, algumas vezes, mudarmos aquilo no que acreditamos”.(http://avisospsicodelicos.blogspot.com.br/2009/06/hipotese-do-antropologo-jeremy-narby.html)

O melhor material que conheço para conhecer sobre estados alterados de consciência é a coletânea de livros do antropólogo Carlos Castaneda. É riquíssimo em informações que, contudo, necessitam um prévio conhecimento dos assuntos chamados de ocultismo ou transcendentais para que seja entendido o que realmente acontece com o protagonista nas suas diferentes experiências.

Por último uma advertência: não recomendo a ninguém consumir plantas psicoativas sem acompanhamento especializado (psicólogo, psiquiatra ou mesmo um xamã) e nem se tiver ego não bem estruturado. As conseqüências podem ser danosas!

Imagem: http://www.cineconhecimento.com/

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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O que é estado alterado de consciência - Parte I

AldousHuxley

Já percebi que muitos que chegam a este blog estão confundindo consciência expandida com consciência alterada. Já falei sobre a primeira, portanto hoje vamos falar sobre consciência alterada.

A consciência humana ainda é um assunto inexplicado pela ciência. Há muito bla bla bla a respeito e múltiplos conceitos. A atual neurociência quer explicar tudo pelo cérebro, contudo para aqueles mais familiarizados com o chamado transcendental, muito do assim explicado não passa de babaquice.

Vejamos alguns conceitos relativos à consciência:

1- definição neuropsicológica – sentido de estado vigil, que iguala a consciência ao grau de clareza do sensório. Consciência é estar desperto, acordado, vigil, lúcido. Fala-se, nesse caso, de nível de consciência.

2- definição psicológica – soma total das experiências conscientes de um indivíduo em um determinado momento.É a dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito que se volta para a realidade. Na relação do eu com o meio ambiente, a consciência é a capacidade de o indivíduo entrar em contato com a realidade, perceber e conhecer os seus objetos.

3- definição ético-filosófica – consciência se refere, aqui, à capacidade de tomar ciência dos deveres éticos e assumir as responsabilidades, direitos e deveres concernentes a essa ética. A consciência ético-filófica é um atributo do homem desenvolvido e responsável.(M.A. Coutinho Jorge)

Segundo Henri Ey consciência é “a organização da experiência sensível atual que integra a presença no mundo, a representação atual da ordem objetiva e subjetiva,e a construção do presente.”

Para se falar em estados alterados de consciência, primeiro devemos recapitular o que são ondas cerebrais: são formas de ondas eletromagnéticas produzidas pela atividade elétrica das células cerebrais. Elas são medidas pelo aparelho eletroencefalográfico (EEG) e foram assim divididas:

a) Ondas Beta é quando o cérebro humano está pulsando entre 13 e 25 ciclos por segundo. Este é o estado da vigília, homem acordado, frequência acelerada.

b) Ondas Alfa é quando o cérebro esta pulsando na freqüência que oscila entre 8 e 12 ciclos por segundo. É um estado de grande paz, ocorre na hipnose, na meditação e no período transitório um pouco antes de dormir.

c) Ondas Teta é quando o cérebro humano está pulsando na freqüência que oscila entre 4 e 7 ciclos por segundo. Ocorre na hipnose profunda e sob efeito de algumas drogas psicotrópicas. Aqui o tempo e o espaço não existem.

Neste estado o ser humano tem acesso a ferramentas como a telecinésia, a “saída em corpo astral” e até a bilocação.

d) Ondas Delta é quando o cérebro esta pulsando entre 0,5 e 3 ciclos por segundo. É o estado de sono profundo. É em delta que o ser humano se refaz em energias para todo o dia.

Tudo aquilo chamado de paranormal ocorre durante estados em que as ondas Alfa ou Teta estão atuando; aqui se identificam os estados alterados de consciência. Entre estes se encontram os chamados êxtases dos místicos e santos e muito provavelmente tudo aquilo que acontece com os que dizem ter “falado com Deus” (atualmente estão se replicando feito erva daninha) rsrs

Pois bem, um famoso psicólogo e neurocientista (Michael Persinger), durante os anos 1980, realizou experimentos no sentido de provar que a experiência religiosa derivava de estímulos cerebrais. Os pesquisados de Persinger foram submetidos a estímulos magnéticos e responderam com a sensação de presenças etéreas.

Os sujeitos não foram esclarecidos sobre o propósito exato do teste; só que o experimento era para relaxamento. Segundo os relatos, 80% dos participantes disseram sentir algo quando os campos magnéticos foram aplicados. Persinger chama a uma das sensações comuns como “presença sentida”, como se alguém estivesse no quarto com o sujeito.

Posteriormente, o Dr Persinger foi apresentado a um dos ateus mais renomados da Grã-Bretanha, o Prof Richard Dawkins. Ele concordou em testar suas técnicas em Dawkins para ver se ele poderia lhe dar um momento de sentimento religioso. Após uma sessão que durou 40 minutos, Dawkins relatou que os campos magnéticos em torno de seus lóbulos temporais afetaram sua respiração e seus membros, mas que ele não encontrou Deus.

Bom, Persinger não se deu por satisfeito e comentou que as pessoas reagem diferentemente. Que mania que esse povo tem de achar que tudo o que vivenciamos é produto do cérebro!

“Muitos autores demonstram uma falta total de deslumbramento e parecem considerar que a vida é meramente um fenômeno fisioquímico”. (Jeremy Narby)

Na próxima postagem irei detalhar, dentro do possível, o que acontece quando estamos em estados alterados de consciência.

Imagem: osbaratasalbinas.blogspot.com

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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Coitados dos diferentes! (Kaspar Hauser)

kaspar-hauser

“O que são de fato os homens sem aquilo que a sua cultura faz deles?” (Clifford:Gertz em A interpretação das culturas. Ed. Guanabara)

Já postei aqui sobre os diferentes , pessoas que muitas vezes se sentem infelizes por se perceberem excluídas dos “politicamente corretos” ou “politicamente aceitos”.

Ser diferente não deveria ser um estigma, mas infelizmente na nossa hipócrita e condicionada sociedade assim o é. Há tempos assisti um filme que mostra brilhantemente como a sociedade se comporta com os diferentes. O filme é “O enigma de Kaspar Hauser” do aclamado diretor Werner Herzog. É baseado em uma história verdadeira ocorrida em Nuremberg entre 1828 e 1833.

“Hauser passou os primeiros anos de sua vida aprisionado numa cela, não tendo contacto verbal com nenhuma outra pessoa, fato esse que o impediu de se expressar em um idioma. Porém, logo lhe foram ensinadas as primeiras palavras, e com o seu posterior contato com a sociedade, ele pode paulatinamente aprender a falar, da mesma maneira que uma criança o faz. Afinal, ele havia sido destituído somente de uma língua, que é um produto social da faculdade de linguagem, não da própria faculdade em si. A exclusão social de que foi vítima não o privou apenas da fala, mas de uma série de conceitos e raciocínios, o que fazia, por exemplo, que Hauser não conseguisse diferenciar sonhos de realidade durante o período em que passou aprisionado.

Hauser, supostamente com quinze anos de idade, foi deixado em uma praça pública de Nuremberg, em 26 de maio de 1828, com apenas uma carta endereçada a um capitão da cidade, explicando parte de sua história, um pequeno livro de orações, entre outros itens que indicavam que ele provavelmente pertencia a uma família da nobreza.

Entre as idiossincrasias originadas pelos seus anos de solidão, Hauser odiava comer carne e beber álcool, já que aparentemente havia sido alimentado basicamente por pão e água. Aprendeu a falar, a ler e a se comportar, e a sua fama correu a Europa, tendo ficado conhecido à época, como o "filho da Europa". Obteve um desenvolvimento do lado direito do cérebro notoriamente maior que o do esquerdo, o que teoricamente lhe proporcionou avanços consideráveis no campo da música.

Hauser foi assassinado com uma facada no peito, em Dezembro de 1833, nos jardins do palácio de Ansbach. As circunstâncias e motivações ou autoria do crime jamais foram esclarecidas, apesar da recompensa de 10.000 Gulden (c. 180.000,00 Euros) oferecida pelo rei Luís I da Baviera.” (Wikipédia)

Sua história já foi motivo de muitas análises por psicólogos, sociólogos etc.. O que mais chama a atenção é a forma como foi visto e tratado pela sociedade da época.

“O século XIX, época em que Kaspar Hauser viveu, foi um período marcado pela perspectiva positivista, evolucionista e desenvolvimentista. A visão de que havia um modelo de civilização e de desenvolvimento a ser alcançado, tanto pelos homens, como pelas sociedades, estava em seu auge. Todos aqueles que não correspondiam ao protótipo do homem "civilizado" eram classificados como primitivos, atrasados e deveriam ser "ajudados" a alcançar graus mais avançados na escala de desenvolvimento e evolução. É dentro dessa visão de mundo que Kaspar Hauser vai ser socializado.”

(...) “A forma diferente como ele percebia a realidade parecia suficiente para que fosse visto como "diferente," estranho, o "outro" pela sociedade da época.”

(...) “Os objetos não eram percebidos por K. Hauser da forma como a prática social definia previamente, ou seja, K. Hauser estava despido dos "filtros" e estereótipos culturais que condicionam a percepção e o conhecimento. Tais "filtros" ou estereótipos, por sua vez, são garantidos e reforçados pela linguagem.”

“Tanto Masson (1997), quanto Herzog (1974) e Blikstein (1983), apontam para o fato de que após algum tempo de convivência com a comunidade de Nuremberg, Kaspar Hauser passa a representar um incômodo, pois vê a realidade, que aos olhos dos outros estava tão bem ordenada, com outros olhos: os olhos "subversivos" que não aceitam os referenciais que a sociedade insiste em lhe impor, negando, de certa forma, a ordem social vigente. Ele olha as pessoas, os objetos e as situações com o espanto e a perplexidade de um olhar "puro," sem "filtros" ou estereótipos perceptuais. A sua aproximação cognitiva da realidade é direta, ou seja, percebe o mundo de uma maneira ainda não programada pela estereotipia cultural.”

Nesse sentido, Blikstein (1983) afirma que o que concebemos como realidade é apenas uma ilusão, pois a práxis opera em nosso sistema perceptual, ensinando-nos a "ver" o mundo com os "óculos sociais" e gerando conteúdos visuais, tácteis, olfativos e gustativos que aceitamos como naturais. Como Kaspar Hauser não passou por esta práxis, ou apenas começou a vivenciá-la quando adolescente, sua forma de comportamento abala os fundamentos da ilusão referencial, pois não "enxerga" a realidade da forma como os outros esperam.” (Maria Clara Lopes Saboya)

Kaspar, por exemplo, não entendia porque somente as mulheres realizavam as tarefas domésticas e ainda serviam aos homens como se fossem suas serviçais.

Foi-lhe imposta uma evangelização à qual reagiu muito mal, pois não conseguia entender a existência de um Deus. Claro que o Deus que lhe apresentaram é aquela figura controversa da Bíblia.

No curto período em que conviveu entre os homens Kaspar sofreu muito devido ao preconceito com que era tratado e muitas vezes hostilizado.

Em vista do exposto é de se refletir quais as convenções sociais que vivemos e o que se chama de normal, dentro da estrutura de uma sociedade que não sabe como reagir ao entrar em contato com um homem inocente, puro, sem cultura e sem regras a seguir.

Aconselho a assistirem a esse filme, é tocante e coloca-nos em cheque quanto às nossas “convicções” e percepções da realidade em que vivemos.

Imagem: fredburlenocinema.com

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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Se Deus falasse com você, o que Ele lhe diria?

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Palavras que todo crente seja católico, evangélico, muçulmano, etc. deveria ler e refletir (com a própria cabeça, se é que ainda não sofreu lavagem cerebral).

As palavras abaixo são de Baruch Spinoza - nascido em 1632 em Amsterdã, falecido em Haia em 21 de fevereiro de 1677, foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna.

Não concordo com a totalidade do pensamento de Spinoza, mas seu entendimento do Criador, vislumbrado nas palavras abaixo, é sem dúvida brilhante e lógico.

Infelizmente, ainda estamos longe de entender apropriadamente o que vem a ser o Criador, pois segundo as próprias palavras de Spinoza: “Um entendimento finito não pode compreender um infinito”.

Deus falando com você:

“Para de ficar rezando e batendo no peito!

O que Eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.

Para de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.

Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias.

Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.

Para de me culpar da tua vida miserável:

Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau.

O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria.

Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.

Para de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo.

Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho...

Não me encontrarás em nenhum livro!

Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?

Para de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.

Para de me pedir perdão. Não há nada a perdoar.

Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio.

Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti?

Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez?

Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade?

Que tipo de Deus pode fazer isso?

Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar e que só geram culpa em ti.

Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti.

A única coisa que te peço é que prestes atenção à tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.

Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é a única que há aqui e agora, e a única que precisas.

Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos.

Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro.

Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.

Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho.

Vive como se não o houvesse.

Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir.

Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei.

E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não.

Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?

Para de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar.

Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti.

Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.

Para de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja?

Aborrece-me que me louvem. Cansa-me que agradeçam.

Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo.

Sentes-te olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.

Para de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim.

A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas.

Para que precisas de mais milagres?

Para que tantas explicações?

Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro de ti... aí é que estou."

Einstein, quando perguntado se acreditava em Deus, respondeu: “Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe.”

Imagem: foto do Hubble

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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Machismo e a violência contra a mulher

machismo

A violência contra a mulher vem aumentando pelo mundo. Parece que voltamos aos tempos da Idade Antiga. Só que naquela época não havia o grau de consciência humana que existe hoje. Então, o que está acontecendo?

Abaixo compartilho com vocês o resumo de um vídeo de Jackson Katz intitulado Tough Guise (aparência dura ou rude) que explica um lado dos motivos da violência contra as mulheres tendo como origem o machismo. O vídeo refere-se aos norteamericanos, mas não encontro diferenças entre lá e aqui ou qualquer outra parte do mundo no tocante ao assunto em pauta.

"O Mágico de Oz é citado como uma metáfora de como os homens usam uma máscara que é um disfarce de ser valentão - uma aparência dura.

Katz perguntou a jovens o que significava ser do sexo masculino e teve respostas como: forte, corpulento, independente, no controle, poderoso, atlético, duro, resistente. E, quando os homens não se conformam ao papel, eles são chamados, nerd, emocional, pederasta, bicha. Muita pressão em conformidade com o papel - inclusive e especialmente nos homens de cor.

Meios de comunicação são cruciais para o constrangimento dos homens, vendo masculinidade violenta como a norma cultural. Há uma conexão crescente na sociedade entre ser um homem e ser violento (há muitas estatísticas sobre os homens como sendo os violentos, 85% dos assassinatos são por homens, 95% da violência doméstica é por homens, 99% dos estupros na prisão são homens, etc

Meninos abusados tendem a crescer para assumir esse papel.

O que está acontecendo?

Parte I – Compreendendo a masculinidade violenta

Os homens perpetram 90% da violência na sociedade e esta (a mídia especialmente) tende a focar os grupos subordinados, não os dominantes. A visibilidade da masculinidade é jogada fora – a mídia diz que é "crianças matando crianças" - não meninos matando meninos e meninas. Exemplos do New York Times, etc. suportam isso.

Katz diz que se você não o disser, vai deixar de fora elemento importante na discussão subsequente e observa que quando as mulheres são violentas, quase sempre é uma parte importante da história (exemplos são Lorena Bobbit, que cortou o pênis do marido e do filme, Thelma e Louise). Katz diz que temos de torná-lo visível. Fazendo com que a masculinidade violenta seja visível é o primeiro passo para ver como ela funciona na cultura.

Katz diz que a imagem dos homens e da masculinidade tem mudado ao longo dos últimos 50 anos, com homens mais corpulentos e agressivos (ex. Superman, Batman, estatuetas de Star Wars, GI Joe - com bíceps aumentando, nos anos 70, de 12 polegadas para as atuais 26 polegadas. Também muitas mudanças de rostos nas telas de cinema com caras durões como Boggie, Connery, Eastwood, Stallone ou Schwarzenegger - com atos mais agressivos e armas maiores.

As mulheres mudaram exatamente o oposto - a maioria delas para uma aparência mais esguia.

As imagens não são um acidente — homens brancos heterossexuais são, na maior parte, responsáveis pelo conteúdo que é produzido. Katz diz que o desenvolvimento tem contexto histórico que se consubstancia como reação à ameaça ao poder cultural, social, econômico (realizado principalmente por homens brancos) por movimentos como o dos direitos civis, o movimento de mulheres e o movimento de homossexuais.

Katz também cita o aumento da celebração da violência nos esportes, jogos de ação e filmes de terror. Ele conecta isto a uma reação masculina contra ganhos econômicos e sociais das mulheres e à libertação gay. Violência prejudica as vítimas, claro, mas ela envia uma mensagem que é melhor os homens não tentarem qualquer novo tipo de masculinidade também.

O sentimento anti-guerra durante a guerra do Vietnã deu origem à alegação de que nós tínhamos perdido nosso orgulho masculino e representa a atitude machista que o movimento anti-guerra era o problema (ex. Rambo). Katz usa exemplos de "Rocky", Ronald Reagan e John Wayne para o incremento do “papel de durão”.

Ele cita a "Pose Impassível" de Richard Myers (general de 4 estrelas que planejou e executou a invasão do Iraque em 2003) como suporte de como a aparência dura adotada pelos homens acontece por causa da pressão social e cultural - vindo até nós através da mídia de massa. Ele diz que estruturas sociais e econômicas sistematicamente mudaram a realidade, deixando apenas a pose. Citando exemplos de mídia, Katz diz que não deve ser nenhum enigma quando rapazes brancos estão agindo como pretos, desde que isto também é um ato e eles também podem assumir uma pose preta urbana.

Assim, masculinidade é uma pose, uma performance, aprendida em nossa sociedade e cultura e ensinada em grande parte pelos meios de comunicação (exercendo a função de professor). Temos de nos perguntar como e por que isso acontece, as consequências e o que pode ser feito.

Parte II – Masculinidade Violenta

Esta seção explora a construção da masculinidade violenta, a conexão à violência e sugere algumas respostas.

Katz conecta a violência a uma sociedade americana, ele afirma, que ela constrói a masculinidade em torno de dominação e violência. Este segmento apresenta as consequências sociais da pose: tiroteios nas escolas, construindo a masculinidade violenta, violência sexualizada, invulnerabilidade , mas também oferece esperança.

O século XX foi o mais sangrento na história, com muita postura e criticismo dos gay. Katz diz que será exigido um tipo diferente de coragem para sair do papel de durão. Os homens são pressionados para isso, assim a sociedade pode continuar a fazer progressos. A coragem deve ser vista como o ato de oposição a assumir a pose de durão e a mudança vai ser difícil porque a masculinidade violenta é uma norma cultural na América e vinculada a instituições sociais, políticas e institucionais.

Algumas soluções possíveis:

1) Katz diz que temos que mudar o "ambiente cultural" (cita George Gerbner em Telas da Morte, filme sobre a violência e o papel da mídia). Para começar, homens devem ter "coragem" para trabalhar com mulheres e demonstrar isso livremente. Eles precisam ver um retrato mais honesto da vulnerabilidade masculina. Então, também poderão participar com outros - como alianças gay/hetero, mas a mudança deve acontecer em um nível pessoal e institucional (meios de comunicação são instituições, juntamente com escolas, etc.).

2) Garotas e mulheres devem mostrar que elas valorizam homens que rejeitam o disfarce de durão.

3) As pessoas devem trabalhar para quebrar a mídia controlada por homens ricos, brancos que controlam as histórias existentes e incluir mais histórias sobre homens como seres humanos não presos pelo disfarce da aparência de durões.”

Fonte: http://hope.journ.wwu.edu/tpilgrim/j190/toughguise.vidsum.html

Estatísticas

Nos EUA, 17,6% das mulheres sofreram algum tipo de violação. 21,6% eram menores de 12 anos de idade quando foram estupradas, e 32,4% estavam entre as idades de 12 e 17. Muitas destas ações foram executadas por alguém conhecido da vítima. Alguém é violentada no país a cada dois minutos.

55.000 mulheres e crianças são traficadas anualmente nos Estados Unidos da América.

4 milhões de mulheres e meninas são traficadas anualmente no mundo, enquanto um milhão de meninas entram no comércio sexual.

Dados brasileiros - Pesquisa Ibope:

Aproximadamente uma em cada três mulheres pesquisadas em São Paulo e Pernambuco diz já ter sofrido algum tipo de violência cometida pelo parceiro. Uma em cada cinco brasileiras declara espontaneamente já ter sofrido algum tipo de violência por parte de um homem.

A cada 15 segundos uma mulher é espancada por um homem no Brasil.

A violência sexual antes dos 15 anos foi relatada por 12% das mulheres em São Paulo e 9% na Zona da Mata em Pernambuco.

De 1980 a 2010, foram assassinadas no país perto de 91 mil mulheres no Brasil, 43,5 mil só na última década.

Machismo (46%) e alcoolismo (31%) são apontados como principais fatores que contribuem para a violência. 94% conhecem a Lei Maria da Penha, mas apenas 13% sabem seu conteúdo. (Instituto Avon)

O que você leitor pode fazer para melhorar essa situação? Reflita sobre isso.

Imagem: batanoticias.com.br

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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Quando começou a manipulação das massas

century-of-the-self

Na última postagem expressei a opinião de que não vivemos (países ditos democráticos) uma real democracia. No post de hoje apresento em sequência um assunto que está intimamente relacionado com o que afirmei anteriormente.

Como comigo a sincronia funciona mesmo, vi na internet uma referência a um documentário que chamou-me a atenção e após assisti-lo todo (4 horas de duração ) passo a resumir aqui.

The Century of Self (o século do ego) é um premiado documentário britânico de Adam Curtis. Ele se concentra em como a obra de Sigmund Freud, Anna Freud e Edward Bernays influenciou a forma como os governos e as corporações têm analisado, tratado e controlado o povo na era da democracia de massa.

O Século do Ego faz perguntas profundas sobre as raízes e os métodos do consumismo moderno, democracia representativa, marketing e suas implicações. Ele também questiona a maneira moderna de vermos a nós mesmos, as atitudes em relação à moda e à  superficialidade.

Edward Bernays (sobrinho de Freud), considerado pela revista Life Magazine como uma das 100 pessoas mais influentes do século XX e considerado o pai da ciência chamada Relações Públicas, foi a primeia pessoa (após 1ª Grande Guerra) a usar as ideias de Freud sobre a mente para manipular as massas.

Com base nas ideias de seu tio, ele ensinou aos empresários americanos como podiam fazer com que as pessoas desejassem coisas das quais não necessitavam. Estava nascendo a ideia política de “como contolar as massas”: satisfazendo os desejos inconscientes das pessoas para torná-las felizes e dóceis. Era o pontapé inicial da era do consumismo.

Logo de início Bernays já demonstrou ser um baita marqueteiro pois criou o termo Relações Públicas substituindo a palavra propaganda já que esta estava mal vista por causa de seu uso pelos alemães.

A certa altura se perguntou se poderia ganhar dinheiro manipulando o inconsciente das pessoas e como assessor de um grande industrial do fumo lançou-se à sua primeira tarefa: convencer as mulheres a fumar em público (um tabu na sociedade da época). Convencido de que o cigarro é um símbolo fálico com idéias de poder, independência e liberdade embutidos nele, percebeu que poderia fazer com que o cigarro fosse adotado pelas mulheres como um desafio ao poder masculino. Com uma certeira e espalhafatosa jogada de marketing o conseguiu, aumentando incrivelmente as vendas de cigarro para o seu contratante.

Até então a publicidade se focava nas necessidades do povo e era dirigida ao seu lado racional. Bernays iria mudar essa ótica, pois já que seu tio tinha dito que o homem é controlado por impulsos irracionais, ele percebeu que poderia influenciar as pessoas apelando para o seu lado inconsciente e desenvolveu técnicas de persuasão a partir desses impulsos. É o que vemos acontecer até os dias atuais na publicidade e propaganda.

Além dos grandes empresários, Bernays sempre esteve muito ligado aos governos dos EUA. Em 1917 foi contratado pelo então presidente Woodrow Wilson para criar uma campanha para influenciar os americanos a apoiar a entrada de seu país na primeira guerra mundial. Em seis meses um imenso repúdio ao povo alemão estava instalado na América.

Em 1930, um banqueiro da Lehman Brothers, considerando que seu banco estava faturando pouco, decidiu: nós precisamos mudar a cultura americana da necessidade para o desejo, as pessoas têm de ser treinadas para desejar novas coisas. O encarregado de mudar tal mentalidade foi Bernays. Este, então, criou uma campanha para convencer as pessoas a pegar empréstimos para comprar ações (o que mais tarde teria suas consequências no crash da bolsa de 29).

Em 1929 Hoover é eleito e diz para seus assessores em RP (Bernays já havia feito vários discípulos) que deveriam transformar as pessoas em “máquinas de felicidade em constante movimento” ou “máquinas-chave para o progressso econômico”. Estava sendo criada uma nova maneira de como dirigir a democracia de massas, sua chave era o consumismo per si.

As ideias de Matthew Lipman (filósofo americano influente na época) e Bernays contaminaram a democracia e a transformaram num paliativo – “se continuar-se a estimular o lado irracional dos humanos, a elite pode continuar fazendo o que quiser” (as massas não têm capacidade racional para governar-se, pois são comandadas por impulspos primitivos).

A ideia de democracia para Bernays era manter as relações de poder metendo-se na vida psicológica das pessoas quando isso fosse necessário. Incutiu no povo a crença de que não poderia haver democracia sem o capitalismo - “a democracia se reduz de uma cidadania ativa para um consumidor passivo”.

As barbáries nazistas constatadas durante a Segunda Grande Guerra levaram os governantes americanos a voltar à ideia de que as massas são controladas por inconscientes perigosas forças destruidoras. O governo americano, grandes corporações e a CIA uniram-se para desenvolver técnicas que controlassem a mente do povo americano porque temiam que o lado humano irracional poderia tomar conta do povo e repetir o comportamento dos alemães durante a guerra.

Gigantesco experimento social para controlar a vida mental interior do povo americano foi criado, o programa “Saúde Mental da Nação” (lei aprovada pelo presidente Truman em 1946).

Centenas de psicanalistas foram treinados para aplicar as ideias de Anna Freud. Ela acreditava que era possível ensinar às pessoas como controlar as irracionais forças internas. Havia realizado a terapia de algumas crianças e considerou que seu método era válido (há que ensinar às crianças a ajustar-se às regras da sociedade), o que foi desmistificado posteriormente, mas, infelizmente, anos mais tarde.

No final da década de 1950 a CIA investiu milhões de dólares nos departamentos de psicologia das universidades americanas,financiando secretamente experimentos para controlar as forças internas das pessoas. Destacou-se nesta época Ewen Cameron que, como outros tantos psicanalistas, acreditava que dentro do ser humano residiam forças que ameaçavam a sociedade. Acreditava também que era possível eliminar da memória dos indivíduos tudo aquilo, que no seu critério, não era positivo à sociedade. Com este objetivo submeteu seus pacientes a doses maciças de eletrochoques, consumo de LSD e outras drogas procurando apagar a memória deles e posteriormente incluir nessa “tabula rasa” novos conteúdos, novos comportamentos. O resultado de suas experiências foi um completo desastre, pois deu origem a uma dezena de pessoas desmemoriadas de sua vida prévia e somente com a habilidade de repetir frases como: “estou contente comigo mesmo”.

Outros experimentos financiados pela CIA também resultaram num fracasso. Os estudiosos envolvidos finalmente começaram a se dar conta do quão difícil era comprender e controlar os mecanismos da mente humana.

Em 1978 um grupo de economistas e psicólogos da Stanford Research University decidiram encontrar uma maneira de ler, medir e cumprir os desejos dos novos imprevisíveis consumidores (os que queriam a autoexpressão). Foi criado então o “marketing por estilo de vida”.

Novos instrumentos de pesquisa psicológica do consumidor foram criados (os chamados grupos de discussão – focus groups) para explorar os sentimentos dos grupos divididos pelo “estilo de vida”. Posteriormente as empresas passam a fabricar produtos que permitam aos componentes desses grupos expressar o que consideram sua individualidade. A geração que uma vez já tinha se revoltado contra o consumismo, agora se rende ao mesmo porque o ajuda a ser a si mesmo (filosofia do eu centrado em si próprio).

Resumindo, no documentário é constatado que para criar-se uma sociedade estável é preciso reconhecer que o cidadão comum compensa suas frustrações gastando em auto-gratificações (consumo de produtos).

Dois exemplos da influência de Bernays:

- Achava que em vez de tentar dinminuir o medo das pessoas em relação ao comunismo este devia ser induzido e incentivado porque, desencadeando medos irracionais, faria americanos leais ao Estado e ao capitalismo de maneira a tornar-se uma arma na “guerra fria”.

- Seu papel no golpe de Estado da Guatemala em 1953, que culminou com a derrubada do presidente Jacobo Arbenz, eleito com a promessa de promover a reforma agrária em terras da United Fruit Company. Por meio dos jornais, Bernays foi capaz de aumentar o apoio da população ao golpe e à invasão do exército norteamericano, porém não pôde evitar a guerra civil que durou 36 anos e resultou em mais de um milhão de guatemaltecos mortos. (http://www.ip.usp.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=1927:v3n1a09-a-engenharia-do-consentimento&catid=340&Itemid=91)

Bernays nunca realmente acreditou que a democracia podia funcionar.

O restante do documentário ainda mostra as influências das ideias freudianas em outros eventos, tanto nos USA como na Europa desde a época da Primeira Guerra Mundial, mostrando magistralmente como tem funcionado a manipulação das massas seja pelos políticos ou pelas empresas visando o consumo.

E então? Continuaremos sendo massa de manobra? Até quando?

Há que expandir a consciência para que a manipulação acabe!

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=HjzMHt2s4cI&feature=fvwrel

Imagem: eakd.wordpress.com

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