domingo, 19 de dezembro de 2010
Férias, porque eu mereço!
Saio por duas semanas de férias para curtir a família que mora distante de mim.
Se sobrar algum tempinho neste intervalo haverá novo post, senão volto somente ano que vem. Aproveitem para ler os posts mais antigos que ainda não foram lidos...rsrs
Desejo a todos um alegre e festivo Natal, lembrando que essa data é a do nascimento do ser que mais acrescentou, com sua vida e ensinamentos, a todos nós humanos e não uma data só para dar e receber presentes e tomar champanhe.
Desejo também que todos comecem o ano novo com o pé direito. rsrs
Até a volta e abraços a todos
Imagem; alemdaterra.blog.terra.com.br
Este blog foi criado para você, leitor. E só saberei se você está satisfeito se comentar os posts, ou então, pergunte, questione e sugira temas ou modificações.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Cadê a solidariedade?
Elas são 800 famílias ou 1200 pessoas. Homens, mulheres, solteiros, casados, crianças, um bebê de poucos dias é o mais novo. Um aglomerado heterogêneo, porém com algo em comum: a miséria.
Vivem em um hotel da Av. Ipiranga, na capital paulistana, que esteve abandonado durante 5 anos. Num dos apartamentos vivem 22 pessoas, 7 adultos e 5 crianças.
O prédio tem 13 andares e não têm ligados nem a energia elétrica ou a água.
No térreo uma única torneira, que foi ligada clandestinamente pelos moradores, abastece todos que ali vivem e que, com baldes, sobem as escadas com a água de que necessitam.
Um dos moradores, entendido em eletricidade, puxou fios (provavelmente de algum poste próximo) e faz instalações elétricas no prédio, mas somente as áreas comuns e 80 apartamentos têm luz.
A singular comunidade está muito bem organizada, além de uma síndica, na portaria, um coordenador registra num livro diariamente todas as entradas e saídas dos moradores do prédio. Existem regras de convivência que estão escritas em um cartaz à vista de todos. A principal é: “o meu direito termina onde começa o do outro”.
Nas portas dos apartamentos estão escritos os nomes de seus habitantes.
Na cozinha do hotel há uma equipe encarregada de cozinhar para todos os moradores. As cozinheiras usam toucas de plástico cobrindo os cabelos. A higiene é preservada. No almoço servem 400 refeições e no jantar 1200.
Existe uma árdua, porém recompensadora tarefa diária: às 4 horas da madrugada uma equipe vai às ruas para conseguir donativos de alimentos e retornam, em média, duas horas depois.
Outro grupo, este de mães, sai do prédio às 5 horas para, juntas, levarem as crianças que estão matriculadas em creches ou escolas fundamentais e que se localizam bem longe de onde moram.
Os que trabalham também saem cedo, pois para muitos os locais de trabalho são distantes.
Quem são essas pessoas? De onde vieram?
Muitos são emigrantes de outros estados que vão para a capital paulistana por causa de sua fama de ter empregos para todo mundo. Outros são desabrigados que tiveram seus barracos destruídos por alguma enchente.
Estão nesse hotel há pouco mais de um mês, mas hoje é o dia de sua expulsão do prédio porque a empresa construtora proprietária do imóvel conseguiu na justiça a reintegração de posse.
Um aparato policial foi montado: interditaram as ruas de acesso e cercam o prédio com mais de 200 homens, inclusive Polícia de Choque.
Um policial fala com os moradores dizendo que eles podem entrar para tomar café e têm até às 7:45 horas para saírem do prédio.
E quando eles saem, levando seus pouquíssimos pertences, há muito choro e crianças assustadas.
Um repórter pergunta à antiga síndica o que representa para ela aquele momento e ela responde com voz resignada, mas firme: “representa que eu sou pequena diante do poder público”.
A essas alturas da reportagem que assistia, eu já estava chorando feito bezerro desmamado e pensando ao mesmo tempo: não sou a favor de ocupação de prédio alheio, mas quantos imóveis do Estado existem por este Brasil que estão desocupados e se deteriorando ao tempo ... por que não usá-los para abrigar esses sem teto que pululam pelo país?
Quando a mídia faz estardalhaço com os desabrigados de enchentes, logo surgem iniciativas governamentais de construção de casas populares para esse povo habitar depois. Com certeza custará muito mais caro do que reformar ou adequar prédios públicos abandonados para abrigar os sem teto.
E numa hora dessas, em que assisti com o coração apertado, o sofrimento e desespero daquela gente, cadê os milionários e bilionários que poderiam oferecer alguma ajuda?
Cadê a solidariedade? Cadê a humanidade?
Cadê o fim da ganância que faz com que uma única pessoa ganhe em um dia o suficiente para dar casa para todos aqueles que foram despejados e ainda sobrar muito dinheiro?
Cadê a consciência de que somos todos Um?
Vocês sabem?
Imagens: http://g1.globo.com/videos/profissao-reporter/v/ocupacao-parte-1/1384594/
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domingo, 12 de dezembro de 2010
Seu corpo sabe
Você já se conscientizou que seu corpo tem consciência?
Se eu fosse médica poderia esclarecê-los bem melhor, mas citarei alguns exemplos dessa consciência.
Você pensa: vou me espreguiçar ou o faz repentinamente, sem ter comandado?
Quando há alguma substância estranha ou irritante em suas vias respiratórias, você dá o comando para limpá-las ou espirra sem mais nem menos? rsrs
Você tem consciência de quando comeu demais? Às vezes sim, mas seu estômago sabe sempre e acusa o excesso de algumas maneiras como: dor, eructações frequentes, sensação de peso, etc.
Você comanda conscientemente suas glândulas supra-renais para enviarem adrenalina para o sangue, quando você necessita fazer um esforço extra, numa situação de emergência ou isso é feito automaticamente pelo seu corpo?
Estes foram pequenos e simples exemplos da consciência e sabedoria do nosso corpo.
Eu, particularmente, me considero privilegiada porque ainda adolescente comecei intuitivamente a prestar atenção nos sinais que meu corpo emite e passei a obedecê-los. Cá entre nós, nem sempre, pois é uma característica bem humana não usar de bom senso o tempo todo.
Bom, se obedecermos aos sinais e desejos do corpo o resultado é uma melhor saúde, mas quero fazer uma advertência aqui: o corpo também obedece aos sinais enviados pela mente. Este é um dos motivos de as pessoas adquirirem excesso de peso.
Explico: uma, duas ou várias vezes quando você está nervoso, ansioso, carente, etc. vai direto à geladeira ou ao armário da cozinha procurar alguma coisa para comer. Passado algum tempo o corpo já sabe que toda vez que você está num desses estados de humor deverá emitir sinais de fome ou desejo por algum alimento em particular. Está criado o círculo vicioso=aumento de peso.
Outros exemplos seriam consumo de bebidas alcoólicas, excesso de exercícios físicos, consumo excessivo e indiscriminado de medicamentos e outras formas de fazer mal à saúde. Não incluo aqui as substâncias viciantes, pois aí o mecanismo é um pouco diferente.
Nós somos bombardeados constantemente pela mídia com recomendações, inclusive médicas, de comer tais coisas e evitar tais outras.
Houve uma época que o bombardeio foi contra a manteiga, como maléfica, aumentando o nível de colesterol no sangue. Recentemente, entretanto veio informação contrária, salvando a manteiga e condenando a margarina com suas gorduras trans.
O ovo já foi condenado também, agora é recomendada a sua ingestão.
Pombas, quando é que a medicina ou ciências médicas vão chegar a um acordo?
Resposta: quando não houver mais interesses econômicos envolvidos nas pesquisas científicas. Até lá continuaremos como fantoches, balançando pra lá e pra cá a não ser que nos tornemos conscientes do perverso jogo de interesses econômicos escusos que rege o planeta e seus títeres humanos.
Reflita: quem conhece melhor o seu corpo e seus sinais e reações, a mídia e o médico ou você?
Você, é claro! Portanto não tenha receio de discutir com os médicos, pois eles são treinados para tratar padronizadamente os seus pacientes, desconsiderando que cada ser é único e diferente dos demais. Isso sem falar que atualmente boa parte dos médicos não faz mais uso da anamnese (histórico clínico) dos pacientes.
Se você tiver hábitos de vida saudáveis, um sistema imunológico razoavelmente normal e uma cabecinha sem neuras ou hipocondria, o seu corpo saberá se curar sozinho desses pequenos achaques que acometem o ser humano sem precisar ir correndo para as farmácias.
Então, o objetivo deste texto é estimular sua reflexão sobre a consciência inata do corpo humano e a importância, para sua saúde, de prestar atenção nos sinais emitidos pelo mesmo.
Imagem: http://189.47.144.230/WDomiQuest1.aspx?id=34
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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Sedução, arte da conquista amorosa ou enganação?
Existem cursos, livros, uso de PNL (Programação Neuro-linguística), sites e até vídeos no YouTube “ensinando a arte e a ciência da conquista amorosa”.
Fiquei pasma com tanto interesse, pois como nunca fiz uso desta “arte” não tinha percebido como as pessoas precisam dela e procuram subsídios a respeito.
Se você procurar a palavra seduzir no dicionário encontrará significados como: atrair, induzir, manipular ou enganar ardilosamente.
Agora a sedução amorosa não parece tão charmosa, não é? No entanto é o que a maioria faz quando na fase da conquista.
Nas minhas andanças pela web descobri que na antiga Roma um poeta de nome Ovídio já escrevia sobre o assunto em seu poema de caráter didático: Ars Amatoria (Arte do amor), um verdadeiro manual de sedução, intriga e cinismo.
E por que as pessoas se utilizam de ardis e manipulação quando querem conquistar alguém? Se não for por pura canalhice, o que é exceção, é por falta de confiança em si mesmo ou sede de poder.
No primeiro tipo encontram-se os tímidos e introvertidos e, embora pareça paradoxal, os muito expansivos e exibicionistas, o tipo: “cheguei!” (sua insegurança faz com que use uma máscara, mecanismo de defesa chamado formação de reação).
O segundo tipo, o que tem sede de poder, considero mais perigoso, inclusive usará de mais truques e de forma sutil para não serem percebidas as suas intenções. Na fase da conquista deixará o/a parceiro/a sentir que está dominando e só após sentir-se seguro/a de ter alcançado seu objetivo irá começar a mostrar “as garras”. Muitos do tipo ciumento também se enquadram aqui.
Encontrei o seguinte gráfico que mostra o resultado da pesquisa feita pelo autor do site:
Como vemos pelos percentuais, 67% estão mais interessados em: um guia para conquistar qualquer mulher ou rapidez na conquista ou como transar com todo tipo de mulher. Somente 33% estão interessados em mudar comportamento ou melhorar o relacionamento.
Que triste! O que pode se esperar desse tipo de homens e que parece ser a maioria?
Não encontrei pesquisa sobre o universo feminino, mas como a web está lotada de blogs e sites sobre seus comportamentos é muito fácil encontrar dicas e receitas sobre tudo que pode ser feito para conquistar “seu homem”. Aff...
Quando eu disse que nunca usei a “arte” da conquista, não foi porque eu fosse uma pessoa muito autoconfiante (quem me dera que com o conhecimento e confiança de hoje eu voltasse a ter uns 30 aninhos), mas simplesmente porque sempre fui espontânea e transparente. É isso que conta mais quando se quer conquistar alguém: ser o que se é realmente.
Você pode não ser bonito/a ou brilhar com frases de efeito numa conversa na balada, mas acredite: cada um é bom em alguma coisa e que pode ser ressaltada de alguma forma no primeiro ou primeiros encontros com o par almejado. Sem falar que sempre haverá alguém que vai se iteressar por você. È só uma questão de ser persistente na busca.
A mentira tem perna curta. Não adianta a mulher fazer caras e bocas, olhares de Pamela Anderson e depois, na cama, o sujeito constatar que ela é ruim de fazer dó como transa.
Do outro lado, o homem que durante a conquista envia flores e fala sobre seus sentimentos, passada a fase vai mostrar que para expressar alguma coisa do que está sentindo vai ser preciso usar um saca-rolhas. rsrs
Ah, e aquele truque ridículo e muito usado, o chamado “tratamento quente e frio” (fase de ir atrás e fase de ignorar o/a parceiro/a)? Deve funcionar com quem está muito carente ou que é muito sem auto-estima, mas é uma tática que pode, muitas vezes, sair pela culatra. Quem já a usou que me contradiga.
Aqueles/as que querem seduzir e conquistar simplesmente por passatempo ou para sentir-se poderoso/a, sigam com seus truques, mas quem está realmente interessado/a em conquistar um parceiro/a para manter um relacionamento pense no que foi exposto aqui.
Um relacionamento deve estar fundamentado, principalmente, em confiança, honestidade e transparência para poder durar e ser satisfatório.
Imagem P.A.:galocego.com.br
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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Meus indicados para o Prêmio dos três Selos
Meu coração está em festa. O ego, então, está saindo pelas orelhas porque o espaço está pequeno para contê-lo. rsrs
Explico o porquê. Em menos de uma semana recebi mimos preciosos de dois amigos do Dihitt. No domingo (dia 28/11) recebi do Apoena o Selo Dardos e quinta (dia 2//12) recebi três Selos da amiga Samanta: novamente o Selo Dardos e mais os Selos Este Blog Tem Meu Coração e Selo Stylish Blogger.
Eu, realmente, já tinha visto esses Selos por aí quando visito os blogs, mas nunca me despertou a curiosidade de saber o que eram nem o porquê de estarem expostos nos blogs. Bom, agora já sei (tô aprendendo a ser blogueira) rsrs
Agradeço imensamente a lembrança dos amigos e o carinho que acompanha tal premiação.
Segundo o amigo Apoena, o prémio Dardos é o reconhecimento dos ideais que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc e que receber o prêmio implica aceitar as suas regras:
1 - Exibir a imagem do Selo no blog;
2 - Revelar o link do blog que atribuiu o prêmio;
3 - Escolher 10, 15 ou 30 blogs para premiar.
Foi uma tarefa bem difícil, pois me senti mal em ter de escolher entre tantos companheiros blogueiros, mas regras são regras, então aqui vão meus escolhidos:
Selo Dardo:
Ricardo Roehe - http://maustratosaoidosodenuncie.blogspot.com/
Marcelo Cabral - http://cabradm.blogspot.com/
Carlos Roberto de Oliveira - http://apatotadopitaco.blogspot.com/
Sentimentos e Emoções - http://www.sentimentoseemocoes.com/
Jackie Freitas - http://fenix-mulheres.blogspot.com/
Marcos Airosa - http://www.marcosairosa.blogspot.com/
Maria de Fátima Jacinto - http://araretamaumamulher.blogspot.com/
Xênia da Matta - http://cucasuperlegal.blogspot.com/
Maria Marçal - http://maturidadedivagando.blogspot.com/
Luis Eduardo Pirollo - http://www.edupirollo.blogspot.com/
Selo Este blog tem meu coração:
Radi - http://dequitulaif.blogspot.com/
Samanta - http://vidarealdasam.blogspot.com/
Victinho – http://www.multiflorafernandopolis.blogspot.com/
Expedito G. Dias – http://www.blogdoprofex.blogspot.com/
Luciana Flora de Freitas – http://poesiasdaautodescoberta.blogspot.com/
Kitmel - http://kitmell.blogspot.com/
Márcia Pinho - http://www.mamaerecomenda.com.br/
Joselito – http://taxidriversex.blogspot.com/
Vera luz - http://www.inspiraalma.com.br/
Vilma Cândida - http://www.cantinhodaluz.com/
Selo Stylish Blogger (cada um com seu estilo bem particular)
Denize Oliveira - http://blogdacomentarista.blogspot.com/
Beth Muniz - http://blogdabethmuniz.blogspot.com/
Rose Nakamura - http://orientalfotosflores.blogspot.com/
Leila Franca - http://leilafranca.blogspot.com/
Claudia Cacau - http://meussonhosecontos.blogspot.com/
Fiesta - http://www.deepinfiesta.com/
Josy Nunes - http://www.bananacomfarinha.blogspot.com/
Isa Medeiros – http://www.preguicamental.com/
Pithan Pilchas - http://pithanpilchas.blogspot.com/
Erich - http://algunstrintaanos.blogspot.com/
Portanto, caros indicados, sintam-se homenageados por mim e pelo blog Expansão de Consciência.
Abraços a todos.
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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Roubo que passa despercebido
O que importa é que saibam ser uma prática antiga e que se manifesta até os dias atuais.
Motivo dessa prática: percepção subjetiva do ser individualizado de não estar recebendo a energia ou força vital da Fonte De Tudo Que É.
Energia ou força vital é o que permeia toda e qualquer forma permitindo-lhe a existência. Desde um simples grão de areia ou bactéria até um ser humano, isto em se tratando de formas físicas densas, aquilo que os nossos cinco sentidos podem perceber, mas no Universo existem outras manifestações, em outras dimensões, como a Física Quântica já está descobrindo.
Voltando ao nosso ambiente, no aqui e agora, como é que a coisa funciona? Quase todo ser humano rouba energia dos seus congêneres, alguns até de plantas. Conhecem o cognome “seca pimenteira”? Pois é, é disso que estou falando.
Que fique bem esclarecido que esse roubo é inconsciente, exceção, talvez, aos invejosos assumidos.
Isso não acontece só entre desconhecidos, conhecidos ou amigos, mas também entre familiares já que é uma atitude inconsciente e não intencional na maior parte das vezes.
Crianças e idosos por se sentirem mais desprotegidos ou sem poder são “adoráveis” e “inocentes” ladrãozinhos. rsrs Este é o principal motivo por cansarem tanto as pessoas que cuidam deles.
Nas relações amorosas este roubo corre solto. Não em todas, claro, mas na maioria porque o ser humanos ainda se liga ao outro por carência e muitos para exercerem poder sobre o outro.
O roubo de energia por outra pessoa pode causar alguns sintomas (senti-los pode variar em função da sensitividade de cada um): bocejos, sensação de fraqueza ou cansaço, tontura, mal estar físico indefinível, dor de cabeça são os mais comuns.
Pessoas que têm muita sede de poder são as que mais roubam energia dos outros.
O desejo de poder está intrinsecamente ligado ao “tirar algo do outro”, seja energia , que é feito despercebidamente, seja algo como um bem físico, posses móveis ou imóveis (dinheiro, jóias, carros, casas, empresas, etc) ou ainda intangíveis como reputação ou cargos profissionais. No ambiente empresarial, nos vultuosos negócios financeiros este “roubo” é bem comum.
O sistema capitalista é o “ninho dos ovos de ouro” para os sedentos de poder já que dentro das regras dele é possível tirar dos outros legalmente, sem ser punido.
Resumindo, se você não quer ter mais sua energia tão roubada, afaste-se das pessoas que lhe causam algum dos sintomas mencionados ou daquelas que você já sabe serem sedentas de poder.
Agora, não se assuste, você sempre terá sua carga de energia vital porque ela está sempre sendo renovada. Se quiser recarregar mais suas baterias, busque a recarga na natureza: caminhar sobre terra ou grama sem calçados, abraçar uma árvore frondosa ou o que sua imaginação ou intuição lhe indicar.
Bom, e algum dia esse roubo de energia vai acabar? Sim. Depende exclusivamente do crescimento em consciência e da evolução dos seres humanos. Atualmente pessoas que já estão mais evoluídas não roubam mais a energia dos outros porque têm consciência de que isso não é preciso.
Imagem:http://grupodereiki.blogspot.com/
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Decifra-me ou devoro-te
Segunda a lenda do enigma da Esfinge esta era a frase que a mesma proferia a todo viajante que dela se aproximava. Já li mais de um significado ou explicação sobre a mesma, mas como agora não lembro de nenhuma vou colocar aqui uma “ateniana” que se adequa ao propósito deste post.
Vamos transportar a frase para qualquer ser humano.
“Decifra-me ou devoro-te homem/mulher, eu sou teu eu interior. Teu verdadeiro eu. Sou teu subconsciente e inconsciente, teus sonhos e devaneios, tuas dúvidas e perplexidades, tuas crenças e valores, teus defeitos e qualidades, amores e ódios, desejos e aversões, fragilidades e fortalezas.
Se não me decifrares não crescerei em consciência, não evoluirei como ser porque o autoconhecimento é o primeiro passo e eu te devorarei ao transformar-te de ser humano livre e autônomo em mero joguete das Parcas, mera folha ao vento do destino.”
Quem não se conhece será sempre refém de suas emoções, de suas desconhecidas crenças limitantes e de suas percepções distorcidas.
Quem não se conhece diz A quando queria ter dito B. Tira conclusões equivocadas sobre si e sobre os outros já que é comandado pelas crenças que tem e desconhece que as têm.
Quem não se conhece tem maior chance de fazer escolhas não benéficas para si mesmo e depois fica culpando fulano ou beltrana ou a má sorte.
Quem não se conhece terá mais chance de insucesso em seus relacionamentos, pois poderá ser manipulado pelo outro, poderá ficar carente de argumentos válidos numa discussão crucial, poderá ter sua auto-estima abalada por comentários equivocados ou maldosos do outro, etc.
Quem não se conhece mais facilmente entra em conflito com os demais.
Quem não se conhece se auto-engana a maior parte do tempo e disso podem vir conseqüências desastrosas tanto na vida pessoal quanto profissional.
Quem não se conhece pode ter uma vida ralada, medíocre e se achar o “rei/rainha do pedaço” ou, ao contrário, ser uma pessoa excepcional e se considerar um lixo.
Quem não se conhece pode ficar marcando passo, estagnado em alguma situação onde não vê saída porque desconhece o próprio potencial ou, ao contrário, pode dar o passo maior que a perna porque desconhece suas limitações.
Há muitos que não querem se conhecer. A estes eu digo: são covardes!
Sim, porque autoconhecimento demanda coragem para vasculhar ou literalmente mergulhar em seu lado escuro: suas limitações, seus medos, seu lado desonesto, seu viés cruel, sua agressividade, sua raiva, sua covardia, enfim tudo aquilo que o ser humano apresenta como características bem humanas, mas que a sociedade e as religiões condenam.
Todos nós temos esse lado sombrio, ninguém escapa. Em alguns o lado sombrio é bem maior que o luminoso, mas na média da humanidade não o é. Ninguém é perfeito, ninguém é 100% “bonzinho”. Só os hipócritas pensam que o são e os ingênuos pensam que alguém assim existe.
Não tenha medo, quando a gente começa a mergulhar no nosso lado sombrio eu sei que começa um pânico, ansiedade e angústia, mas à medida que vamos analisando os porquês de sermos assim ou assado, vai ficando mais fácil a aceitação desse lado tão indesejável e muito do que encontramos de “negativo” já podemos ir mudando (se assim o quisermos) e nos tornando pessoas melhores e mais evoluídas.
Uma advertência: ao se aprofundar no seu lado sombrio, jamais, jamais se julgue ou condene. Não é dito que Deus nos aceita e ama como somos? Então faça como Ele.
Quem não se conhece não pode se amar de verdade, pois só após conhecer cada canto obscuro seu, só após chegar ao âmago de sua menosvalia, será capaz de começar a dar valor a todo o brilho que tem a despeito de todo o obscuro que em si encontrou. Irá conscientizar que isso tudo que é - é simplesmente ser humano. Nem pior nem melhor que todos os demais. Somente diferente em sua individualidade.
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sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Perguntas que não querem calar
Mais um exercício para expandir a consciência: algumas perguntas para reflexão. Não dê a primeira resposta que vier à mente, reflita primeiro.
- Por que o povo brasileiro aceita uma das maiores cargas tributárias que existem no planeta, maior que da Suíça ou Canadá? (E olhem como eles vivem lá e como vivemos aqui.)
- Por que somos obrigados a votar? Afinal, democracia é um direito ou um dever?
- Por que, mesmo o Brasil tendo atingido a suficiência na extração de petróleo, ainda pagamos bem mais caro pelos combustíveis do que países que não a têm?
- Por que os brasileiros obedecem a governos corruptos e desonestos?
- Por que Deus acharia ser pecado ou injurioso um homem usar barba aparada ou não usar barbas? (Crença de muçulmanos)
- Por que Deus gostaria das mulheres de cabelo comprido e não das de cabelo curto? (Crença de evangélicos)
- Por que um país que se diz o paladino da democracia mantém uma prisão onde os detentos nunca foram julgados? (Guantánamo)
- Por que juízes, após aprovação nos concursos, não são submetidos a uma rigorosa e séria avaliação psicológica e de caráter eliminatório?
- Qual a justificativa para o Vestibular ter o mesmo conteúdo de quem vai para ciências exatas do de quem vai para ciências humanas?
- Aliás, por que ainda existe Vestibular? (Não seria muito mais justo os alunos serem aprovados por suas médias alcançadas no Curso Médio?)
- Por que cada vez que, em revoltas prisionais, os presos queimam seus colchões eles são substituídos? (Às custas dos impostos que nós pagamos)
- Por que os indígenas brasileiros são donos de 13% do território nacional (área maior do que Inglaterra, Alemanha, França e Portugal juntos) sendo que somente 25% deles vivem nessas terras (aproximadamente 12 km² para cada índio. Mais ricos que muita gente.), já que os restantes vivem em áreas urbanas? Leia mais
- Por que é permitido aos congressistas, do nosso país, votarem o próprio salário?
- Por que os empresários, do lado ocidental no planeta, estão gradativamente colocando a produção industrial nas mãos dos chineses? (“...contribuindo para o desmantelamento dos já poucos parques industriais ocidentais... Então, num futuro próximo veremos os produtos chineses aumentando os seus preços, produzindo um "choque da manufatura", como aconteceu com o choque petrolífero nos anos setenta. Aí já será tarde de mais. Então o mundo perceberá que reerguer as suas fábricas terá um custo proibitivo e irá render-se ao poderio chinês.” Luciano Pires)
- Por que o Papa continua proibindo o uso da camisinha se ele sabe que isso poderá levar pessoas a se contaminar com HIV e outras DSTs?
- Por que apenas 2% das pessoas do planeta detêm mais de 50% da riqueza mundial?
Por que nossas fronteiras, principalmente por onde entram armas, não são melhor patrulhadas?
- Por que, cada vez mais, o governo brasileiro regula através de leis o comportamento privado dos cidadãos? (Lei da palmada nos filhos, por ex.)
- Por que a maioria das pessoas não está nem aí para o que acontece à sua volta e no planeta em geral? (Coisas que afetam direta ou indiretamente suas próprias vidas)
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terça-feira, 23 de novembro de 2010
Quero mudar, mas não consigo
Realmente o ser humano está sempre almejando mudanças, mas paradoxalmente não gosta de mudanças.
Por quê? Porque a mudança pode ser vista como combate ao tédio, mas ao mesmo tempo significa o desconhecido. O terrível monstro de sete cabeças! rsrs
Todos nós gostamos de viver dentro do que é chamado “zona de conforto”. Ah, e como é difícil sair dela!
Na zona de conforto podemos estar num mau emprego, mas pelo menos estamos empregados (ufa, que alívio) ...
Podemos estar numa relação a dois conflituosa ou aborrecida, mas pelo menos não estamos sozinhos ...
Podemos sentir muita vontade de ter amigos, mas pelo menos não precisamos ter de ser simpáticos ou agradáveis quando não estamos com vontade (isto é o que achamos que é preciso para ter amigos) ...
Podemos odiar os quilos extras do nosso corpo, mas pelo menos não precisamos ir ao fundo da questão que é descobrir por que estamos gordos (o que realmente nos falta ou deixa infelizes) ...
Podemos nos sentir magoados porque os outros nos rejeitam por sermos teimosos, agressivos ou falsos, mas pelo menos não precisamos nos auto-analisar (sabe-se lá quantos monstros e melecas podem sair daí) ...
Enfim, já deu para entender os benefícios da zona de conforto, não é?
Não é fácil mudar e nem se consegue de um dia para o outro, mas quando existe uma forte motivação para a mudança, vá em frente, pois vale a pena.
Cada caso é único, contudo para todos é proveitoso conhecer o como a mudança se processa para pode ter sucesso na empreitada.
Primeiramente aceitamos a idéia da mudança que desejamos no nível mental. Racionalmente concluímos que é a atitude certa a tomar.
Esse período de “digestão” mental varia para cada pessoa e algumas, porque a mudança não acontece, param por aí mesmo.
A mudança não acontece nesta fase porque ela não depende de raciocínio mental, não depende da razão. Por isso técnicas como PNL tem resultados incompletos ou reversíveis.
Se você persistir em seu intento começa o segundo período ou fase – a “digestão” emocional. Você começa a setir alguns efeitos benéficos de suas tímidas mudanças ou alterações de comportamentos e atitudes e isso já o deixa feliz ou ao menos satisfeito.
Se parar por aí, está ferrado. Após algum tempo volta tudo à estaca zero.
Para a mudança se tornar definitiva você deverá entrar no terceiro período – a mudança de valores.
Aí é que “a porca torce o rabo” pois esta é a parte mais difícil, pois valores pessoais levam algum tempo para serem construídos e incorporados ao sistema de cada um.
Uma forma de ajudar nesta fase é o reforço do estímulo. Por exemplo, você leu algum texto ou livro que fala da mudança que quer alcançar, então deixe esse material na sua mesa de cabeceira e releia-o frequentemente. Pode ser antes de dormir, fará mais efeito.
Poderá, também, escrever a mudança desejada elencando todos os benefícios decorrentes da mesma e reler frequentemente.
Este é o método que chamo “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, rsrsrs , mas não é brincadeira não, é fundamentado em nossos processos psíquicos.
Seja feliz e tenha sucesso com suas mudanças!
sábado, 20 de novembro de 2010
Conflitos: como resolvê-los
O conflito faz parte da característica gregária dos humanos: ao mesmo tempo em que precisamos do outro, costumamos entrar em disputas ou conflitos com o outro.
O texto abaixo foi destinado ao público corporativo, mas serve tranquilamente para conflitos domésticos ou de outro tipo qualquer de relações, pois a solução apontada serve em todas as situações.
Aproveite as dicas de um especialista para administrar eficazmente seus conflitos.
CONFLITO: O Bem Necessário
Há várias teorias tentando explicar o que é conflito e suas origens. Há sempre a necessidade de pelo menos duas pessoas, mas pode haver mais de duas pessoas em conflito. Na teoria da administração, hoje, enxerga-se conflito como algo benéfico.
O conflito pode ter origem em uma destas 3 dimensões:
- percepção: quando você percebe que suas necessidades, desejos ou interesses tornam-se incompatíveis pela presença ou atitude de uma outra pessoa;
- sensação: quando você tem uma reação emocional frente a uma situação ou interação que aponta para um sentimento de medo, tristeza, amargura, raiva, etc.
- ação: quando você torna explícito para a outra parte, ou outras partes, as suas percepções, os seus sentimentos ou age no sentido de ter uma sua necessidade satisfeita, mas essa sua ação interfere na satisfação das necessidades de outras pessoas.
É difícil um conflito ter uma única dimensão, ele freqüentemente tem as 3 dimensões, e a intensidade de cada dimensão pode variar durante o processo de conflito.
O conflito quando se torna conhecido pelas pessoas envolvidas, pode ser destrutivo e violento, conciliatório ou amistoso; pode ser um exercício de poder ou pode ser construtivo.
Não importa qual a origem do conflito, nem o caminho que se toma para a solução, ou não, do conflito, a pessoa em conflito sempre tem a intenção de expor as suas razões dentro do conflito e ter suas necessidades atendidas.
O termo conflito, que antes demonstrava e eliciava uma percepção de confronto, hoje, na área administrativa, demonstra oportunidade.
A diversidade, também perseguida em toda empresa de ponta, é outra propulsora do conflito, pois se busca febrilmente compor equipes o mais diversificado possíveis, exatamente para poder captar nuances da realidade mutável do mercado.
Com a diversidade, opiniões e pontos de vista diferentes, constroem-se empresas mais resistentes, pela adequação de seus serviços e produtos ao público que se destina. Essa adequação é tanto maior quanto maior for a percepção da usabilidade - facilidade de uso - por parte dos clientes. Para isso compõem-se equipes diversificadas, para aumentar a usabilidade.
Pode-se resumir as soluções que podem ser obtidas nos possíveis conflitos, em 4 tipos, a saber:
- Evitação: um lado não manifesta a existência de conflito, o outro lado desconhece a existência do conflito, é a forma mais passiva.
- Acomodação: o conflito é expresso e conhecido, mas um lado se acomoda, demonstrando uma resignação externa e, freqüentemente, uma revolta latente interna.
- Competição: o conflito é expresso e conhecido, mas forma-se uma gangorra, onde os dois lados querem ganhar, e quando um ganha o outro perde.
- Acordo: o conflito também é expresso e conhecido, mas é formada uma parceria para buscar soluções que contemplem os pontos de vista diferentes, só há um lado que, na busca de soluções únicas, aumenta a auto-estima e fortalece o grupo para assumir novos desafios.
Nas empresas busca-se fazer a gestão de conflitos com o aprendizado e a prática da solução por acordo.
Qual tipo de solução de conflitos você pratica em casa? No trabalho? Nas suas relações pessoais?
E na sua empresa há cursos, suporte ou orientações para a gestão de conflitos?
Qual o perfil de pessoas que podem conduzir conflitos a soluções por acordo?
Na Tabela abaixo apresentamos com mais detalhes os 4 tipos de soluções para os conflitos.
SOLUÇÃO POR | ||||
Evitação | Acomodação | Competição | Acordo | |
Tipo de conflito | Fechado, não declarado | Aberto | Aberto | Aberto |
Solução | Não há conflito expresso, não há solução. | Solução ganha-perde. | Solução ganha-perde, solução de soma constante, quando um ganha o outro perde. | Solução ganha-ganha, soluções de soma ampliada. |
Caracterís- ticas | Passividade extrema, receio ou medo de conflitos. | Um lado se entrega sem convicção interna, passividade. | Os dois lados brigam entre si, falta empatia, interesses exclusivamente próprios. | Empatia, os dois lados participam pro-ativamente na compreensão dos problemas em suas múltiplas facetas e na busca de soluções comuns. Os dois lados são maduros e desenvolvem essa maturidade na busca de uma solução e da sua respectiva implantação. |
Um lado | valign="center" Passivo, não deixa aflorar o conflito por algum medo, receio, valores ou convicções. | Tem solução ótima para o conflito, aparentemente. | Autocentrado, estresse, brigas, possível solução arbitral externa. | Só há o lado vencedor, porque só há um lado, o único lado, o único lado de AMBOS: a empresa, o projeto, a relação. Gera aumento da auto-estima, comprometimento mútuo e união. Fortalece as pessoas e facilita o enfrentamento de novos conflitos. |
Outro lado | Desconhece a existência do conflito | Abandono de interesse, passividade, resignação externa, revolta interna, ressentimento, perda de auto-estima. | Semelhante ao “um lado” | Só há o lado vencedor, porque só há um lado, o único lado, o único lado de AMBOS: a empresa, o projeto, a relação. |
Carlos Alberto de Faria
Consultor em Administração e Marketing
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quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Você tem controle da sua vida?
Então vamos esclarecer para você se conhecer mais um pouco.
Primeiramente, como em qualquer medida de comportamento humano o controle também segue a Curva de Gauss. Há pessoas que não tem a mínima preocupação em controlar e isso vai num crescendo até àquelas que são altamente controladoras, não só da própria vida, mas também daqueles que a rodeiam.
Como isso começa? Pode haver várias causas, mas a mais recorrente é o sentimento, inconsciente e bem arraigado no ser humano, de impotência e fragilidade já que somos mortais. Por exemplo: nos sentimos impotentes ante as forças da natureza ou perante as doenças que tanto mal e sofrimento nos causam. Então o controle ou pseudocontrole surge como uma reação ou mecanismo inconsciente de defesa.
A necessidade de controle já começa na adolescência, às vezes até mais cedo. Atualmente está bastante comum entre as adolescentes do sexo feminino a necessidade doentia de controlar o peso corporal culminando com a anorexia e bulimia.
Pessoas controladoras são mais ansiosas e mais propensas a doenças psicossomáticas. São também as mais rígidas (emocionalmente), o que se manifesta no físico: esticadas e estaqueadas, músculos comprimidos, muitas vezes lábios contraídos, ombros retos (exceção militares e bailarinos), eu as chamo de “tábua de passar roupa”. Recebi algumas em meu consultório. Você provavelmente conhece o tipo. Ah, e não esqueça de se olhar num espelho onde possa se ver por inteiro e avaliar se não se enquadra também.
Há também os controladores do tipo prepotente, do tipo CEO (seja lá do quê), do tipo Ego Titânico. Esses a gente encontra facilmente dentro dos ambientes de trabalho e dão uma trabalheira danada ao pessoal de RH. rsrs
Essa característica humana pode se manifestar de várias formas também. Há pessoas que enfocam o controle nas suas finanças, outras em sua alimentação, outras ainda têm vários planejamentos dirigidos a diferentes áreas como visitas a amigos, férias, horários para isso ou aquilo. E tudo isso é pura perda de energia, pois todos nós sabemos que existe algo chamado imprevisto que pode nos pegar de surpresa a qualquer momento.
Então, a gente pensa que controla, mas esse controle é muito parcial e vejamos por que:
a) nós temos aproximadamente 2/3 de conteúdo inconsciente em nosso psiquismo (impossível de controlar);
b) a humanidade é dirigida por inúmeros e diferentes ciclos naturais dos quais não tem sequer noção, conhecendo somente alguns como os ciclos solar e lunar (se você quiser conhecer alguns outros, pergunte ao seu médico);
c) estamos o tempo todo em contato e sob a influência da consciência e inconsciência coletivas que afetam tremendamente as pessoas que não bloqueiam essa interferência porque a desconhecem;
d) dependemos de governos, leis e normas sociais;
e) há também a mídia que, cada vez mais, dita modas e forma opiniões.
Estes são alguns dos motivos porque não podemos exercer um controle realmente efetivo sobre nossas vidas.
Reflita comigo: se você concordou com o exposto, não fica muito mais fácil levar a vida de uma forma mais zen ou fluída evitando assim ansiedade e stress?
Não estou indo contra o planejamento que muitas vezes se torna necessário se quisermos ter sucesso nalgum empreendimento. O que quero deixar claro é que na rotina do dia a dia não carecemos tanto assim de controle, se deixarmos as coisas fluírem elas se acomodam naturalmente. Também é muito bom para os familiares, para uma relação mais harmoniosa, e se livrarem do “mala sem alça” que os controla o tempo todo, interferindo nas liberdades individuais.
Então, você é um ser livre ou um game nas mãos de um jogador, mesmo que este seja você mesmo?
Imagem: londrina.olx.com.br
domingo, 14 de novembro de 2010
A magia está em falta
Esta palavra tem mais de um significado, conforme o dicionário pode ser: “arte de produzir por meio de certos atos e palavras efeitos contrários às leis naturais”, mas também “fascinação e encanto” (Dicionário Aurélio).
Bom, quanto à primeira definição, o Aurelio que me perdoe, mas está completamente errada. Atos mágicos só podem ser possíveis por estarem enquadrados em leis naturais, somente que desconhecidas pela maioria dos humanos.
Mas neste post quero me referir à magia como sinônimo de fantasia e encanto. É isto o que está faltando nos dias atuais.
De alguma forma, não sei exatamente quando, perdeu-se a magia. Acho que, atualmente, só as crianças ainda a mantém. Claro que muito menos do que em outras gerações, pois não havia a diversidade de brinquedos que hoje existem, nem a facilidade de adquiri-los. As crianças costumavam criar os seus brinquedos. Hoje vem tudo pronto e a TV, os games e a Internet não deixam muito espaço para a criação.
Afora as crianças, atualmente há um tipo de pessoas que ainda procura e experimenta a magia, só que de forma negativa e destrutiva para sua saúde mental e física: os adictos em drogas.
Junto com a magia foi-se embora muito da criatividade. Essa ausência tem sido notada e reclamada por parte das empresas.
Antes, quando um homem estava interessado por uma mulher, ele ficava fantasiando como seria seu corpo. Sonhava em vê-la nua, antecipando com avidez as curvas de seu corpo. Houve épocas em que o simples vislumbre de um tornozelo era o bastante para excitar um homem.
Hoje tudo é mostrado muitas vezes de forma vulgar e carente de senso estético.
Esse excesso de exposição do corpo feminino acarretou um saciamento muito rápido do desejo fantasioso masculino. E onde isso leva? Relações rápidas também.
Em tempos muito, muito antigos as pessoas conseguiam ver seres, hoje considerados mágicos, como duendes, sílfides, ondinas e salamandras. Tais seres, embora não sejam mágicos, mas simplesmente elementos da natureza, com o passar do tempo foram desaparecendo das vistas do ser humano comum, só sendo percebidos por pessoas com a chamada “3ª visão” desenvolvida. Atualmente talvez só seja possível vê-los em Findhorn.
Por que estou citando-os? Porque eles nos trazem um viés mágico, de encanto e fantasia já que são tão diferentes de nós, pertencendo a uma “outra realidade”. Além do fato de muitos serem brincalhões.
Vocês podem dizer que estou viajando na maionese, mas eu sei do que estou falando. O simples fato de alguém não admitir que espíritos ou elementais da natureza não existem já demonstra que sua fantasia está capenga. Até o cientista Einstein reconhecia que só a imaginação é mais importante que o conhecimento. Sem falar que onde há fumaça, há fogo. Toda lenda tem seu fundo de verdade.
O futuro trará a comprovação de muita coisa que hoje é considerada pura fantasia, absurdo ou crendice ignorante.
Vejam bem, nada é criado sem ter sido imaginado primeiro e a imaginação é irmã da fantasia e prima do mistério.
O reducionismo nos deixou um triste legado e a Era das Luzes trouxe muito conhecimento, mas também tornou o ser humano descrente de tudo aquilo que a maioria não consegue perceber e do que não possa ser provado em laboratório.
O ser humano precisa da magia, do mistério e do encanto. Isso permite que nosso lado mental descanse e abra caminho para a intuição e para a verdadeira criatividade. Principalmente nos dias atuais, onde o stress tomou conta da maioria, é altamente saudável ter alguns momentos, ao menos, de relax e divagações criativas. É aí que entram a fantasia e a imaginação.
Restou-nos a magia do cinema ... Ainda bem.
"A coisa mais bela que o homem pode experimentar é o mistério. É essa emoção fundamental que está na raiz de toda ciência e toda arte." (Einstein)
Imagem: amorizade.wordpress.com
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Vamos esperar os cadáveres para agir contra o celular?
Recebi este e-mail da amiga Mariléa de Castro e pela importância do assunto resolvi postá-lo aqui no blog.
Embora pregando no deserto, não deixarei de divulgar.
Por favor, suspendam a hipnose por um instante e digam se 95% do que as pessoas falam aos celulares não é perfeitamente dispensável...ou protelável.
Mariléa
Da Folha de SP de 07/11/2010 - 16h02
"Vamos esperar os cadáveres para agir contra o celular?", questiona pesquisadora
Débora Mismeti – Editora Assistente de Saúde
A epidemiologista Devra Davis lidera uma cruzada para fazer as pessoas deixarem o celular longe de suas cabeças. Convencida de que a radiação emitida pelo aparelho lesa a saúde, ela escreveu "Disconnect" (sem edição no Brasil), cuja base são pesquisas que começam a mostrar os efeitos dessa radiação no organismo. Nesta entrevista, ela também perguntou: "Vamos esperar as mortes começarem antes de mudar a relação com o celular?".
Folha - Quais os riscos para a saúde de quem usa celular?
Devra Davis - Se você segurá-lo perto da cabeça ou do corpo, há muitos riscos de danos. Todos os celulares têm alertas sobre isso. As fabricantes sabem que não é seguro. Os limites [de radiação] definidos pelo FCC [que controla as comunicações nos EUA] são excedidos se você deixa o celular no bolso.
Quais os riscos, exatamente?
O risco de câncer é muito real, e as provas disso vão se avolumar se as pessoas não mudarem a maneira como usam os telefones. Trabalhei nas pesquisas sobre fumo passivo e amianto. Fiquei horrorizada ao perceber que só tomamos atitude depois de provas incontestáveis de que danificavam a saúde.
Reconheço que não temos provas conclusivas nesse momento. Escrevi o livro na esperança de que meu status como cientista tenha peso, e as pessoas entendam que há ameaça grave à saúde e podemos fazer algo a respeito.
Mas há estudo em humanos que dê provas categóricas?
Quando você diz "provas", você quer dizer cadáveres? Você acha que só devemos agir quando já tivermos prova? Terei que discordar. Hoje temos uma epidemia mundial de doenças ligadas ao fumo. O Brasil também tem uma epidemia de doenças relacionadas ao amianto. Só recentemente vocês agiram para controlar o amianto no Brasil, apesar de ele ainda ser usado. Ninguém vai dizer que nós esperamos o tempo certo para agir contra o tabaco ou o amianto. Estou colocando minha reputação científica em risco, dizendo: temos evidências fortes em pesquisas feitas em laboratório mostrando que essa radiação danifica células vivas.
Qual a maior evidência disso?
A radiação enfraquece o esperma. Sabemos por pesquisas com humanos. As amostras de esperma foram dividas ao meio. Uma metade foi mantida sozinha, morrendo naturalmente. A outra foi exposta a radiação de celulares e morreu três vezes mais rápido. Homens que usam celulares por quatro horas ao dia têm a metade da contagem de esperma em relação aos demais.
Crianças correm mais perigo?
O crânio das crianças é mais fino, seus cérebros estão se desenvolvendo. A radiação do celular penetra duas vezes mais. E a medula óssea de uma criança absorve dez vezes mais radiação das micro-ondas do celular. É uma bomba-relógio. A França tornou ilegal vender celular voltado às crianças. Nos EUA, temos comerciais encorajando celular para crianças. É terrível. Fico horrorizada com a tendência de as pessoas darem celulares para bebês e crianças brincarem. Sabemos que pode haver um vício no estímulo causado pela radiação de micro-ondas. Ela estimula receptores de opioides no cérebro.
Jovens usam muitos gadgets que emitem radiação.
Sim, e eles não estão a par dos alertas que vêm com esses aparelhos. Não é para manter um notebook ligado perto do corpo. As empresas colocam os avisos em letras miúdas para reduzir sua responsabilidade quando as pessoas ficarem doentes.
É possível comparar a radiação de celular à fumaça?
Sim. O tabaco é um risco maior. Mas nunca tivemos 100% da população fumando. Agora, temos 100% das pessoas usando celular. Então, ainda que o risco relativo não seja tão grande, o impacto pode ser devastador.
Nos maços de cigarro, há aquelas fotos horríveis. Esse é o caminho para o celular?
Isso é o que foi proposto no Estado do Maine (EUA). Está se formando um grande movimento para alertar as pessoas a respeito dos celulares. Isso é o que aconteceu com o fumo passivo. Vamos começar a ver limites para a maneira e os locais onde as pessoas usam celular. A maioria não sabe que, se você está tentado conversar num celular em um elevador, a radiação está rebatendo nas paredes e fica mais intensa em você e em quem estiver perto.
Além de usar fones, o que é possível fazer para prevenir?
Enviar mensagens de texto é mais seguro do que falar. Ficar com o celular nas mãos, longe do corpo, é bom, e mantê-lo desligado também.
Mas celular é um vício!
Sim. Temos que usá-lo de forma mais inteligente.
FORMAÇÃO
Doutora em estudos científicos pela Universidade de Chicago e mestre em saúde pública pela Johns Hopkins.
ATIVISMO
É fundadora da ONG Environmental Health Trust, que faz campanhas sobre riscos do tabaco, amianto e dos celulares para a saúde.
LIVROS
"When Smoke Ran Like Water" (2002), sobre poluição, "The Secret History of the War on Cancer" (2007), sobre as causas ambientais do câncer, e "Disconnect" (2010).
Imagem: http://www.armengo.com/2009_08_01_archive.html
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terça-feira, 9 de novembro de 2010
Eu Sou o que Sou
Numa resposta a um comentário deste leitor eu me referi como sendo um ser evoluído e ele me respondeu dizendo que poderia ser arrogância ou infantilidade de minha parte e que “um ser evoluído não diria “eu sou evoluído”, pois quem diz “eu sou isso...” tem carência de provar alguma coisa...”.
Eis aí um exemplo típico da hipnose em que vivemos com nossas crenças limitantes e que nos impedem de manifestar toda a nossa magnificência e grandiosidade, pois somos Deus também.
O amigo leitor está simplesmente repetindo algo que já ouviu muitas vezes, todos nós já ouvimos. Tenho certeza que se eu tivesse dito: eu sou burra, ele não acharia que eu estava querendo provar alguma coisa. Concordam comigo?
Claro, há pessoas que não tem desconfiômetro e há muitas que se acham o rei ou rainha da cocada preta sem ter a mínima chance de o serem. Toda regra tem exceção.
As pessoas só o consideram inconveniente ou até arrogante se você manifesta uma característica positiva sua ou uma qualidade. Por quê? Porque é assim que fomos condicionados. É feio “contar vantagem”. Só que expressar o que sou ou quem eu sou não é contar vantagem e sim a expressão de algo que eu considero um fato. Por que não é taxado de feio as pessoas manifestarem seus defeitos? Ninguém reclama disso, não é?
Ah, é considerado ser franco e honesto ou talvez demonstração de humildade. Que hipocrisia! O pior é que a maioria sequer se dá conta disso, de tão acostumados que estamos a viver num mundo falso e hipócrita.
Humildade ... é um conceito que se presta a muitos mal entendidos. Os religiosos, então, acham o máximo da qualidade. Grande engano. Essa tão apregoada humildade só ajuda as pessoas a terem menos auto-estima. E novamente faz parte da hipocrisia reinante, pois os crentes se dizem humildes, mas ao mesmo tempo “donos” da verdade ao dizer que a sua religião é a única que salva ou, como anda muito em pauta ultimamente, dizer que os ateus não são boas pessoas. Que humildade é essa?
Ser humilde é: mesmo sabendo que somos Deus também, reconhecer que estamos aqui numa situação de ignorância porque estamos em corpos físicos com toda a gama de desvantagens que isso acarreta. Não é se sentir diminuído porque fulano tem curso superior e eu não ou beltrano é mais inteligente do que eu.
Já dei treinamento para operários analfabetos em chão de fábrica e ficava muito constrangida com a deferência com que me tratavam, pois para mim eles eram meus iguais como seres humanos, da mesma raça que eu. Minha falecida mãe tinha um ditado bem gauchesco que dizia: “quem muito se abaixa, o fiofó lhe aparece”. rsrs
A humanidade vem sendo condicionada há muito, muito tempo que é ruim e nascida em pecado. Assim fica difícil ter boa auto-estima e a prova disso está nos consultórios de psicólogos e psiquiatras.
Portanto, caros leitores, eu não me gabo de ser evoluída. Sou sim. Fiz por onde. É mérito meu. Ah, e também sou muito inteligente, empática e carismática (essa não é minha avaliação, eu já ouvi de várias pessoas). Com isso não estou dizendo que não há, pelo mundo, milhares ou milhões de pessoas mais evoluídas, inteligentes, empáticas ou carismáticas do que eu.
Quando a gente sabe Quem é e o Que se é não temos medo ou vergonha de dizê-lo.
Entenderam?
Isso é ter boa auto-estima. Sem hipocrisias. rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs
sábado, 6 de novembro de 2010
Viva este dia como se fosse o seu último. ... Pode ser!
É um tal de adiar decisões, tarefas, férias, visitas aos amigos, aos parentes que moram distante, arrumar um tempinho para brincar com o filho e por aí vai.
E as palavras duras ou agressivas que dizem aos seres que mais amam? Se morrer no fim do dia, esta será a última lembrança deixada.
Tudo bem, quem não tem sangue de barata se irrita às vezes e pode dizer coisas que não gostaria, mas se as palavras foram ditas a alguém que ama, por que não se desculpar antes de sair para o trabalho? O trânsito está virado numa batalha urbana, as balas perdidas andam soltas por aí, os assaltos com morte também. E se for a sua vez?
Ninguém parece pensar nisso.
Cruz, credo, Atena, saravá, mangalô treis veiz!
Não, não é agouro, é um fato que pode acontecer hoje. Temos de ter consciência dele, temos de ter consciência da morte física. A vida é eterna, mas o corpo físico não e como ainda não chegamos no estágio em que podemos nos comunicar facilmente com os vivos após “bater as botas”...
Aí chegam do outro lado e ficam chorando e gritando que precisam voltar porque magoaram fulano ou beltrano e precisam se desculpar. Como a humanidade dá trabalho aos “anjos” que estão do outro lado para ajudar!
E os adiamentos, as postergações? É bem conhecida a característica dos brasileiros de deixar tudo para a última hora, último dia. Até pode funcionar se continuamos vivendo, mas e se for nosso último dia aqui (nesta vida) no planetinha azul?
Durante o tempo em prestava consultoria e treinamentos em empresas recebia muito dos administradores pedidos para trabalhar com os funcionários essa característica: postergação. Nas empresas, postergar pode ser mortal para a vida das mesmas desde que se torne um hábito dos funcionários (péssimo hábito).
Ter consciência da morte não é ficar morbidamente pensando nela, pensando em coisas ruins que podem acontecer com você. É aprender a viver no Agora. Hoje é o dia! O dia D.
O dia em que você pode, sim, arrumar um tempinho para brincar com seu filho ou ajudar na lição que ele trouxe da escola.
O dia de dizer ao parceiro/a o quanto o/a ama.
O dia para consertar aquela tomada que já está a perigo de causar um curto circuito. Pode cobrar depois ... na cama. Será pago com gosto.
O dia de começar a fazer a caminhada diária que vai ajudá-lo/a a viver mais e melhor.
O dia de responder o e-mail do amigo que já está há um mês na caixa de entrada.
O dia de derramar aquelas lágrimas que foram tão represadas que já escorreram dos olhos e estão entupindo a garganta.
O dia de assistir aquele filme bem comédia pastelão para relaxar após o trabalho ao invés de assistir o noticiário.
O dia de fazer um elogio para o seu tímido e pouco comunicativo, mas excelente funcionário.
O dia de colocar uma música orquestral, bem relaxante, enquanto dirige para o trabalho e não se irritar com os facínoras atrás do volante.
O dia de perdoar aquela pessoa que tanto lhe ofendeu. Quando você chegar ao outro lado dar-se-á conta de que nada disso importa.
Enfim, o dia de viver intensamente e presentemente o Agora, lembrando que guardar rancores acaba causando doenças, que adiamentos podem se tornar irreparáveis e que podem ser demonstração de covardia.
Então, os deixo com duas frases sábias que encontrei por aí.
“O segredo da saúde, mental e corporal, está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas , mas viver sabia e seriamente o presente.” (atribuída a Buda)
“Não temas arriscar-te. Quando um barco avança, ele equilibra-se.” (dito popular chinês)-
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
A premiação do grito - Scream Awards 2010
Dia 31 pp. assisti na TV a um tal de Scream Awards 2010. Nem sabia que essa premiação existia, mas como devia estar num surto inconsciente de masoquismo, resolvi olhar a tal de premiação.
Scream Awards é um prêmio dedicado a filmes do gênero terror, ficção científica e fantasia, revistas em quadrinhos violentas, etc. Não preciso dizer que é americano, não é?
Bom, vamos esclarecer que o show da premiação é um exemplo magistral de non sense, algo parecido com certos programas de variedades dos canais abertos brasileiros. Nas pausas feitas pelos apresentadores a mulherada presente (grande maioria) gritava histericamente. As roupas, maquiagens e perucas, de ambos os sexos, usadas pela plateia, eram bizarras. Uma mistura de halloween com carnaval brasileiro.
O pior do espetáculo era que mostravam cenas dos filmes de terror que estavam concorrendo aos prêmios. Um dos prêmios era “melhor cena de mutilação”. Dá para acreditar numa coisa dessas? Então fiquei tapando os olhos uma boa parte do tempo.
Não consegui assistir até o final, mas durante o tempo em que fiquei olhando aquele festival de horrores, muita coisa veio à minha cabeça. tsk tsk
Por que o ser humano assiste e – gosta de filmes de terror com cenas absolutamente desumanas e nojentas?
Já li e ouvi diversas explicações de especialistas como: é uma forma de fazer catarse; as pessoas gostam porque se sentem vivas (quem morre é a personagem no filme); se sentem aliviadas porque sabem que é só uma fantasia; etc. A meu ver é total e completa rejeição pelo bom gosto.
Cinema é diversão, cultura e de certa forma uma “fuga” aos dissabores da realidade nua e crua do dia a dia. Então por que não fugir com filmes alegres, divertidos ou bem humorados?
Desde o início da história do cinema houve filmes de suspense e terror, mas até a década de 1950 eram bem ingênuos, sem cenas chocantes, em parte porque não havia a tecnologia que existe hoje, mas creio que principalmente porque as pessoas não estavam tão enlouquecidas quanto atualmente.
Hoje colocam na web cenas de decapitação reais feitas por terroristas, cenas dos corpos vitimados em desastres aéreos, um dos meus filhos me contou que existem sites dedicados só a bizarrices. Que mundo é esse?
Calígula e Nero até hoje são condenados por seus atos e lembrados como bárbaros e loucos, mas o que acontecia lá na Roma antiga não fica devendo nada para o que se vê atualmente na vida real e nos filmes.
Os filmes de terror atraem milhões de pessoas aos cinemas, muito mais do que filmes com bom conteúdo. Aí dirão alguns: mas filme não é real, é fantasia. Sim, mas o que se passa na mente dos espectadores é bem real.
As pessoas precisam entender que pensamentos são reais. Alguns pensamentos quando carregados de sentimentos ou emoções adquirem vida própria e mais longa é essa existência conforme vai sendo alimentada pela energia de outras pessoas tendo o mesmo tipo de pensamento. Aquela dimensão chamada de Umbral, por alguns, está repleta de formas-pensamento de todo tipo. Segundo indivíduos que conseguem se conectar com essa dimensão, a chamada viagem astral, lá se encontram todo tipo de horrores, talvez até pior do que se veem atualmente nos filmes de terror.
Imaginem a quantidade e o tipo de pensamento de milhões de pessoas assistindo a um filme com cenas bárbaras e sanguinárias ... muitas, mas muitas mesmo dessas cenas vão adquirir vida no Umbral. Depois não querem ter pesadelos noturnos (durante o sono quase todos nós passeamos por lá). Aff
Eu sei que a violência e a barbárie fazem parte da experiência chamada Terra, mas pombas já estamos no século 21, não está na hora de evoluir um pouquinho? Só um pouquinho que seja?
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domingo, 31 de outubro de 2010
Você é empático ou simpático?
Empático: é aquele que demonstra ou sente empatia.
Empatia: capacidade de sentir o que outra pessoa sente em determinada situação. Saber colocar-se no lugar do outro.
Há pessoas simpáticas que não são empáticas. Simpatia é ser cordial, sorridente e delicado nas relações humanas, mas não necessariamente sentir com o outro.
Há muitos que já nascem com essa capacidade de empatia, outros a desenvolvem no decorrer de suas vidas.
E há outros em cujo dicionário esta palavra não existe. Por quê?
A empatia tem a ver com bondade, compaixão e sensibilidade, contudo nem toda pessoa sensível é empática. Uma pessoa pode ser sensível às artes, por exemplo, e não ser sensível ao sentimento ou sofrimento dos outros.
Para sermos empáticos temos de não só ver as nossas necessidades, mas as dos outros também. Por que devemos achar que as nossas necessidades são mais importantes que as dos demais?
Precisamos primeiramente nos conhecer, conhecer nossos sentimentos, carências e necessidades para poder entender os sentimentos e carências do outro.
Precisamos enfocar mais as semelhanças que existem entre nós porque assim fica mais fácil aceitar as diferenças.
A falta de empatia também pode ser um problema mental. É sabido que os psicopatas ou sociopatas não têm a mínima capacidade de empatia. Sua relação com os demais é totalmente egocentrada e carente de afeto.
Simpatia pode trazer qualidade de vida, vencer oposições, obstáculos ou atrair pessoas, mas empatia pode conquistar amizades ou, quem sabe, aquela criatura sensacional em que você está interessado afetivamente ...
Nas relações humanas, tanto sociais quanto afetivas, haveria bem mais entendimento se as pessoas fossem mais empáticas.
Cada vez mais no mundo dos negócios os empresários procuram pessoas empáticas para atender seus clientes porque já constataram sua eficácia na fidelização dos mesmos. E existem técnicas para desenvolver a empatia. O Dr. Martin Portner, neurologista, trabalha já há algum tempo com técnicas muito interessantes que ele disponibiliza em seu site.
Para quem interessar, este link é para download de seu e-book sobre Empatia no Trabalho: http://portner.sites.uol.com.br/empatia/index.html
Para finalizar, aqui vai um texto de alguém que, muito mais do que eu, resume com perfeição o assunto:
O sentimento do outro quantas vezes te faz parar, meditar, deixar de fazer o melhor que tens ou podes, só porque o outro é o mistério que te ameaça. Por que o outro te ameaça? Porque és tu. Quanto maior teu sentimento do outro, maior será teu o sentimento do melhor e do pior que tens.
O sentimento do outro não é sentir por ele. É saber o que ele sente. É avaliar o como e o quanto ele sente. O sentimento do outro não é o masoquismo de fazer teu, um sofrimento que só a ele pertence. É dimensionares a medida certa do sofrimento dele e só poderes ajudar porque não fazes teu um sofrimento que é alheio mas o entendes e sentes, na exata medida de sua extensão, sem as marcas e as limitações da dor enquanto dói. Não é ficar como o outro. É ficar com o outro. O sentimento do outro é quase um milagre. Cuidado com ele, vai te obrigar a ceder, a entender. Atrapalhará para sempre teu desejo, tua gula e vontade.
O sentimento do outro é aquilo que é mais prático não ter. Mas, em caso positivo é contágio de saúde: não podes deixar de exercê-lo. Senão fermentas. Senão apodreces.
Ele freará tua vitória, calará teu brilho e tua boca, impedirá tua vaidade. Pode, até, te pregar a suprema peça de te fazer entender os detestáveis. Cuidado com ele! Quanto maior, mais anulador! Quanto mais anulador, mais repleto de grandeza.
O sentimento do outro, talvez te faça tímido, herói, cais, antena. Ser antena dilacera, sabias? O sentimento do outro te exigirá nervos, músculos, e uma paciência de anacoreta. Quanto mais o outro o perceba em ti, mais ele te invadirá, cobrará, exigirá, até quando, exaurido, ainda consigas juntar os cacos do teu cansaço para, ainda assim, prosseguir.
O sentimento do outro é tua glória e tua tragédia! Tanto mais o terás quanto encontres em ti os escaninhos escurecidos do que és e, ao mesmo tempo as luzes do que, ainda puro, brilha em ti.
O sentimento do outro é o conteúdo oculto do amor ao Próximo.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Nova Era e esoterismo
Já tinha algum interesse pelo assunto e esse fato aguçou minha curiosidade pelos chamados ETs. Portanto quando, já em minha cidade, fui convidada para uma palestra sobre ETs fui toda curiosa ao evento.
Para minha surpresa a palestra não foi sobre extraterrestres e sim sobre espiritualidade. A palestrante canalizava um ser oriundo de Metaria, seja lá onde for que fique isso. Logo ao chegar já me impressionou a energia que senti no local – senti-me muito bem. Durante a palestra senti muito amor vindo daquele ser que estava sendo canalizado.
Este foi o início de minhas experiências no chamado Movimento da Nova Era.
Após tal palestra, durante 4 anos, aproximadamente, tive estreito contato com um grupo de pessoas realmente extraordinárias, pelas qualidades de amor, amizade, humanidade, desprendimento e altruísmo e também por serem, muitas delas, totalmente “viajantes na maionese”.
Sucederam-se encontros holísticos (que foram maravilhosos em todos os sentidos) e alguns rituais, inclusive xamânicos, nos quais me sentia bastante desconfortável e às vezes ridícula. O problema é que nunca gostei, e continuo não gostando, de rituais. Não julgo as pessoas que os apreciam, mas os rituais em si me causam uma vontade de sair correndo. Hoje eu sei por quê.
No meu afã de encontrar a Divindade eu acabava indo a tais rituais para ver se eu “melhorava” ou melhor dizendo se, de repente, naquele dia despertaria em mim a comunicação com o “outro lado”. Afinal de contas, quase todos com os quais eu interagia tinham visões de outras realidades e alguns se comunicavam com seres extrafísicos e eu – nada! Sentia-me como se fosse aleijada, faltando-me uma parte que os demais possuíam.
Foram anos incríveis e dolorosos também. Incríveis porque nos encontros de canalizações eu me sentia nas nuvens tal o amor que permeava tais reuniões. Dolorosos porque junto com meu despertar interno, com muita, mas muita auto-análise, tendo de fazer face ao meu lado sombrio, também percebi naquelas pessoas que conheci alguns egos gigantescos, vaidades e muita puxação de saco dos canalizadores. Aff
Também percebi, com exceção de alguns poucos, que estavam mais interessados no aspecto fenomenológico: ver, sentir, ouvir coisas fora do normal desta prosaica terceira dimensão. Não que eu também esporadicamente não tivesse minhas “visões” e sentisse energias que até então nunca havia sentido, mas tais manifestações não me impressionavam ou deixavam vaidosa, pelo contrário, eu ficava sempre me perguntando se também não estaria “viajando”.
De lá para cá 15 anos se passaram e continuo vendo outras pessoas ainda fascinadas pelo fenômeno, por rituais, por objetos de poder (como se objetos tivessem poder), cristais, mandalas, mudras, danças , e etc., etc.
Não estou dizendo que tudo isso é besteira, mas são apenas instrumentos para despertar o nosso lado místico e sensitivo, não são o caminho para chegar ao Deus interior.
O Deus interior é alcançado através de duro e contínuo trabalho interno:
- autoconhecimento,
- amar-se totalmente,
- desfazer-se das crenças limitantes,
- desenvolver a compaixão (aceitar o outro como ele é e aceitar o que ele faz),
- eliminar o dualismo
- sentir (na enésima potência),
- eliminar o medo (se eu sou Deus também, terei medo do quê?).
Acho que estou esquecendo alguma coisa, mas o exposto é o principal. E deu para perceber que alcançar tal maestria não é tarefa nada fácil. É contínua e constante auto-observação e auto-análise (sem julgamento). E isso é difícil, muito difícil.
Então, ser esotérico ou Nova Era ou espiritual não é necessariamente o Caminho para Ele/Ela. O Uno, Tudo que É, a Fonte, o Criador. Até porque os tempos mudaram, atualmente vivemos numa nova energia onde antigos parâmetros não funcionam mais.
A humanidade está mudando e se ela muda a Divindade também muda porque fazemos parte Dela. O Deus de Abraão mudou há muito tempo e o da Nova Era também já mudou e continuará mudando. Há que expandir-se a consciência para poder perceber e acompanhar as mudanças.
Imagem:http://adparqueribeiraopreto.com.br/2010/02/nova-era/
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Cinismo e eleições
Em tempos de eleição a gente vê, através dos meios de comunicação, diversos exemplos de cinismo totalmente explícito. E o pior é que não há punição para os cínicos de plantão, pois o cinismo não consta como delito nos nossos códigos jurídicos.
“O Cinismo foi uma escola filosófica grega criada por Antístenes, seguidor de Sócrates, aproximadamente no ano 400 a.C., mas seu nome de maior destaque foi Diógenes de Sínope. Estes filósofos menosprezavam os pactos sociais, defendiam o desprendimento dos bens materiais e a existência nômade que levavam.” (Ana Lucia Santana)
Como a palavra chegou ao significado atual, a História não tem registro, provavelmente foi se deturpando aos poucos. Bom, mas hoje, além de se referir à escola filosófica, o dicionário diz o seguinte sobre o cinismo: “impudência, desvergonha, descaramento.” (Dicionário Aurelio)
Também é empregado como indiferença ao sentimento e sofrimento alheios. A História apresenta vários cínicos famosos, na política, na filosofia, nas letras, etc. Sem pensar muito, lembro de dois que quase me contaminaram com seus pensamentos derrotistas e doentes quando eu era adolescente: Nietzsche e Oscar Wilde.
Eis aqui alguns exemplos do cinismo de ambos:
De Oscar Wilde:
“Não deixe de perdoar os seus inimigos – nada os aborrece tanto.”
“O cinismo não é mais do que a arte de ver as coisas como elas são de preferência a de como deveriam ser.”
“As tragédias dos outros são sempre de uma banalidade exasperante.”
“Quando eu era jovem, pensava que o dinheiro era a coisa mais importante do mundo. Hoje, tenho certeza.”
De Nietzsche:
“O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são.”
"Em geral, as mães, mais que amar os filhos, amam-se nos filhos."
“Nome da mãe da moral: medo.”
“Se se quer ser alguém, deve venerar-se a própria sombra.”
Nunca me dei ao trabalho de pesquisar a vida do Nietzsche, então não sei os motivos de seu derrotismo e pessimismo, mas de Oscar Wilde eu sei alguma coisa. Ele era homossexual e passou por maus bocados devido a isso já que viveu durante a época Vitoriana que se tornou famosa por causa dos excessos puritanos.
O cinismo é uma máscara usada para encobrir baixa auto-estima e/ou medo. Quanto à primeira acho que não preciso explicar, está obvio. Já o medo, pode ter vários motivos.
Pode ser o medo do indivíduo não achar que os demais acreditam na imagem perfeita que ele tenta passar ao mundo.
Pode ser medo de perdas: financeiras ou de poder, por exemplo.
Medo de perda do ser amado (ainda não conquistado) e - por quê? Por baixa auto-estima.
Medo de perda de posição social, reconhecimento ou honrarias.
Medo da própria capacitação sexual. As baladas noturnas estão repletas desse tipo de cínicos. Tanto homens quanto mulheres, só o que os difere são as formas de cinismo.
Medo da finitude – da morte daquelas pessoas que não tem o respaldo de uma crença espiritual.
Enfim, medos de vários tipos e várias razões.
Então, não sejam muito duros com os nossos políticos, o que eles merecem é compaixão, pois resolveram experienciar nesta vida atitudes nada edificantes como ganância, falsidade, hipocrisia, desonestidade, demagogia e egocentrismo e terão de voltar para resgatar o carma que geraram.
Pode ser que um dia, num futuro e alvissareiro dia, a totalidade dos políticos seja de pessoas íntegras.
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