Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.
Este texto é atribuído a George Carlin (1937-2008), humorista, ator e diretor norteamericano. Independente de quem seja o autor, o texto relata muito bem o tipo de vida que existe atualmente, pelo menos nas grandes cidades, fruto da falta de consciência das pessoas.
Vamos torcer para que agora, com a entrada no novo ciclo, a humanidade comece a ser mais consciente com relação a si própria, ao meio ambiente, às relações de trabalho, à economia, enfim que seja mais consciente de que todos nós estamos interligados e dependemos uns dos outros.
Menos agressividade, menos consumo menos pressa, mais tolerância, mais espiritualidade e mais harmonia. Concordam?
Imagem: thegreatbluesea.blogspot.com