Acho que todos vocês já se deram conta que o ser humano é um conformista, ou seja, imita maneiras de vestir, falar e se comportar de outros. Contudo já se perguntaram até onde vai essa conformidade? As pessoas seriam capazes de negar os próprios sentidos só para se conformar com os demais?
Ash, um psicólogo norteamericano, resolveu realizar um experimento para demonstrar que as pessoas não se deixam afetar pela opinião das demais quando têm uma inequívoca resposta acerca de algo.
Enganou-se.
Eis como transcorreu o experimento:
Ash convocou estudantes de graduação, todos do sexo masculino. Um da cada vez, os fazia entrar numa sala onde havia mais oito pessoas sobre as quais era dito serem outros participantes. A cada um era mostrado um cartaz como a imagem abaixo e pedido a todos que respondessem qual das três linhas do lado direito tinha o mesmo tamanho que a do lado esquerdo?
O que os participantes não sabiam era que aqueles oito dentro da sala na verdade eram cúmplices do experimentador com a orientação de dar respostas erradas e sempre primeiro eram chamados cinco ou seis antes do verdadeiro participante do experimento.
O procedimento foi repetido doze vezes com variantes da imagem acima e Ash se surpreendeu com as respostas.
“50% das pessoas deram a mesma resposta errada como os outros em mais de metade dos ensaios.
Apenas 25% dos participantes se recusaram a ser influenciados pelo falso julgamento da maioria em todas as 12 provas.
5% mantiveram-se sempre conformados com o parecer incorreto da maioria (todos nós conhecemos pessoas assim, né?)
Durante todos os ensaios, a taxa média de conformidade foi de 33%.
Intrigado sobre o porquê dos participantes terem ido junto com a maioria, Asch entrevistou-os após o experimento. Suas respostas são, provavelmente, muito familiares a todos nós:
a) Todos se sentiam ansiosos, temiam a desaprovação dos outros.
b) Muitos explicaram que viram as linhas de forma diferente do grupo, mas, em seguida sentiram que o grupo estava correto.
c) Alguns disseram que foram junto com o grupo para evitar destacar-se, ainda que soubesse que o grupo estava errado.
d) Um pequeno número de pessoas realmente disse que viram as linhas da mesma forma como o grupo.
Intrigado sobre o porquê dos participantes terem ido junto com a maioria, Asch entrevistou-os após o experimento. Suas respostas são, provavelmente, muito familiares a todos nós:
a) Todos se sentiam ansiosos, temiam a desaprovação dos outros.
b) Muitos explicaram que viram as linhas de forma diferente do grupo, mas, em seguida sentiram que o grupo estava correto.
c) Alguns disseram que foram junto com o grupo para evitar destacar-se, ainda que soubessem que o grupo estava errado.
d) Um pequeno número de pessoas realmente disse que viram as linhas da mesma forma como o grupo.” (http://www.spring.org.uk/2007/11/i-cant-believe-my-eyes-conforming-to.php)
Acho que esses resultados dão o que pensar, não é?
A necessidade do ser humano de “pertencer ao grupo” realmente é bem significativa, porém é mister ter-se cuidado para não virar um “Maria vai com as outras”, ter um mínimo de individualidade como ser pensante. Isso é ter consciência, de si e do que faz. Na adolescência uma atitude conformista é aceitável, depois ... é lamentável.
Cuide para não se tornar um “sheeple”.
Imagem: richardcorrigan.com
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