"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Como vão seus maus hábitos?

inferno

Já ministrei muitos cursos de capacitação de adultos ou cursos empresariais. Em alguns, quando encaixava no assunto abordado, costumava distribuir aos alunos esta lista que hoje compartilho com vocês, pois há alguns tópicos que podem passar batidos se não lhes dermos suficiente atenção.

Fazer tempestade em copo d’água. ( A vida é muito curta, trate de aproveitá-la)

Interromper os outros ou completar suas frases quando eles estão falando.

Ser intolerante.

Não viver o momento presente.

Não aceitar a imperfeição. Sua e dos outros. (Desista: não existe ninguém perfeito, muito menos você)

Não ouvir os outros.

Querer estar sempre certo. (Você é o dono da verdade, é?)

Não ter paciência com aqueles que sabem menos que você.

Julgar tudo e todos sem bases concretas.

Dar ênfase às suas limitações (se o fizer, elas passarão a fazer parte de sua vida).

Ser inflexível com as alterações em seus planos. (Rigidez causa doenças)

Não ouvir seus sentimentos.

Não aceitar e/ou respeitar os sentimentos dos outros.

Retrucar sempre quando alguém diz algo que o incomoda.

Cuidar mais da vida dos outros do que da sua. (?????)

Falar sobre alguém ou alguma coisa só porque “ouviu dizer”.

Não elogiar quando tem motivos para fazê-lo.

Dizer NÃO ao outro sem nem mesmo ter refletido a respeito.

Fazer críticas destrutivas.

Descarregar seu mau humor nos outros. (Ai!!!!)

Não aceitar as diferenças individuais.

Não fazer autoanálise constante.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ouça com os ouvidos!

ouvindo
E não com a mente.
Como é que é?
Sim, grande parte das pessoas, se não a maioria, ouve com a mente, ou seja, através de suas convicções, crenças, preconceitos, defesas inconscientes e etc., etc. Ah, e ouvem o que o outro fala, sem escutar, já formulando mentalmente a resposta e os argumentos que irão contrariar o que o outro está dizendo. Aff.
Às vezes perco a paciência com esses apuradinhos “surdos”. Dizem que saber ouvir é uma arte. Não é não, é só intenção de escutar o que o outro diz, sem formular seus argumentos mentalmente antes que o outro acabe de falar. Conheço uma pessoa que, como adora competir comigo pra ver se é melhor ou mais inteligente ou mais sábia do que eu, é um exemplo perfeito do que estou dizendo. E como é cansativo conversar com alguém assim, mesmo porque acho esse tipo de competição uma perda de tempo!
Geralmente pessoas assim não são muito lúcidas porque se o fossem dar-se-iam conta que não estão contra-argumentando com lógica ou bom senso. Costumam confundir “alhos” com “bugalhos”. Você diz uma coisa, ela entende outra. Você está na metade de sua frase e ela já interrompe despejando rapidamente o que ela concluiu do que você disse.
Lucidez é autoconsciência também!
O ser humano ouve o que quer ouvir e vê o que quer ver. Quem estuda Comunicação sabe bem do que estou falando. São os chamados filtros do que chega aos nossos ouvidos ou olhos.
Vejo nos comentários, aqui no blog, essa característica bem humana. Faço aqui algumas declarações que certamente são estranhas e controversas para muitos, no entanto não encontro questionamentos nos comentários, somente aprovação daqueles que concordam comigo e desaprovação dos discordantes. Não há questionamento, que é o caminho para aprofundar qualquer assunto e dirimir dúvidas e diferenças de opinião.
Recentemente tive uma troca de e-mails com um indivíduo ateu. Bobona como sou, tive o trabalho de descrever alguns fatos (um fato é algo que não admite interpretação, ele é!) que mostravam a existência de “algo mais” além do que podemos perceber através de nossos cinco sentidos. Bom, o indivíduo, tirou conclusões (falsas), somente valorizou no texto o que lhe convinha para contra-argumentar, ou seja:joguei meu tempo fora. Isto é o que chamo de ceticismo burro e cego!
Quanto maior a falta de convicção (inconsciente) de uma pessoa nas suas crenças, maior será o fervor com que as defenderá. Esta frase descreve bem os fanáticos, seja de que lado estejam. Porque no fundo, lá bem no fundo, todos nós temos um conhecimento, um saber que já nasceu conosco, está no nosso DNA e que, muitas vezes, ao contrariá-lo nos vemos de calças curtas para argumentar.
Você pode perceber isso quando a outra pessoa começa a gritar, se estiverem conversando. Pronto: gritou - perdeu a razão. Outra forma: usar de sarcasmos e/ou ironias. Tudo é defesa, autodefesa!
Além do já exposto, outras dificuldades apresentadas pelo ser humano na comunicação:
- Discordar do outro simplesmente para se autoafirmar.
- Minimizar ou desqualificar a declaração do outro.
- Só aceitar aquilo que já é conhecido, rejeitando tudo que for novo ou diferente.
- Generalizações.
- Não reconhecer quando está sem razão.
- Não admitir a própria ignorância sobre o assunto em pauta.
- Arrogância e prepotência.
- Uso do mecanismo de projeção que nos leva a atribuir ao outro intenções que nunca teve, mas que teríamos no lugar dele.
Para finalizar, lembrem –se que:
- um bom ouvinte toma melhores decisões porque tem melhores informações;
- um bom ouvinte poupa tempo porque aprende mais em menos tempo;
- bem ouvir ajuda o comunicador a avaliar como sua mensagem está sendo recebida;
- um bom ouvinte estimula os outros a falarem melhor;
- bem ouvir diminui desentendimentos.
Abram as orelhas, gente! Rsrsrs
Imagem: audiotonal.com.br

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O que são Mestres Ascensionados?

Mestres
Algumas pessoas já me perguntaram quem são esses mestres que tenho citado como fonte de meus conhecimentos, então este post é dedicado a este assunto.
Mestres Ascensionados foram pessoas exatamente como eu ou como você que em alguma vida tiveram, como é chamado por alguns, a iluminação e por outros: ascensão ao Corpo eletrônico da Presença Eu Sou, ou seja, é a reunião de tudo o que somos com a nossa Divindade.
A Bíblia relata a ascensão de Jesus. Com o passar do tempo, poucas pessoas conseguiram este feito já que se trata de uma tarefa nada fácil.
Diz-se que os Mestres Ascensionados fazem parte da Grande Fraternidade Branca, união de seres da luz dedicados ao cuidado e estímulo à evolução da humanidade.
O meio que os mestres utilizam para falar conosco é a canalização: uso de um ser humano que, através das cordas vocais, comunica o que o mestre está transmitindo. O canalizador permanece consciente todo o tempo. Não é transe mediúnico, embora possa ser escolhido um médium para fazê-lo. Também não é telepatia. É um tipo de comunicação que eu não sei descrever porque não sou canalizadora e nem os próprios conseguem explicar direito como a coisa funciona.
Na década de 1930 dois canalizadores das mensagens dos mestres são bastante conhecidos nos meios esotéricos: Guy. Ballard e sua esposa Edna que criaram o Movimento Eu Sou. Posteriormente, na década de 1950, houve um grande influxo de informações provenientes de destes seres através de Geraldine Innocenti que criou a Ponte para a Liberdade e Mark Profhet que fundou a Summit Lighthouse.
Os mestres e outros seres de luz sempre passam os conhecimentos de acordo com o nosso nível de consciência e época em que vivemos. Nos tempos antigos seres de luz entraram em contato com a humanidade através daqueles que foram denominados profetas. Seus ensinamentos eram perfeitamente consistentes e adequados ao nível de evolução, cultura e consciência da época, todavia totalmente fora de contexto nos dias atuais. Este é o motivo de a Bíblia não ser uma fonte adequada atualmente como “cartilha” para encontrar a Divindade.
Os ensinamentos e mensagens mudam conforme mudam os tempos, pois a criação está sempre em expansão e a humanidade precisa acompanhar este ritmo se quiser também se expandir e evoluir.
Atualmente, principalmente após 1987, tem havido uma enxurrada de canalizações, tanto dos mestres ascensionados como de outros seres, assim chamados, da luz. Algumas confiáveis, outras nem tanto porque existem canais mais puros do que outros (palavras dos mestres). Esta pureza está relacionada com a capacidade do canalizador de afetar ou não a comunicação recebida por fatores bem humanos como suas crenças, valores, conteúdos inconscientes, etc.
Quero esclarecer que somente pode se negar a veracidade de uma canalização a tendo presenciado, pois é difícil não sentir o amor que emana do ser que está sendo canalizado. Existe um ser denominado Kryon que é perito em fazer céticos e descrentes também sentirem seu amor, todavia sempre há exceções: em coração duro e bloqueado nada entra. ...
Os mestres não estão aqui para convencer ninguém, aceitam-nos quem quiser, pois eles sabem que cada um de nós está num degrau da evolução e que todos têm muitas vidas à disposição para poder alcançar esse patamar evolutivo.
Para termos certeza que uma mensagem, atualmente, é de um mestre:
  • são sempre em linguagem muito simples, sem termos esdrúxulos (isso é coisa humana),
  • não se referem a naves espaciais que virão para nos resgatar e/ou salvar,
  • não fazem previsões catastróficas,
  • não nos julgam,
  • não dão ordens ou dizem: vocês têm que ... (isso é interferir no livre arbítrio),
  • não exigem disciplina (o fizeram no passado, mas agora não),
  • não dizem para ou estimulam a criar igreja, templo ou ordem associativa,
  • são altamente bem humorados,
  • não pedem adoração e nem para adorar o Criador (se o Criador precisasse de adoração, não seria o Criador)
  • suas palavras são sempre de amor, alegria, compreensão e aceitação das nossas mazelas,
  • reafirmam constantemente que a divindade está em nós ou seja, Nós Somos Deus também.
Espero ter dado uma idéia sobre este assunto que é bastante controverso e que também se presta para desvarios imaginativos do pessoal da Nova Era e místicos diversos. Para finalizar, reitero que somente tendo contato com estes seres tão especiais ou, pelo menos, acompanhando suas mensagens por anos a fio é que se terá uma idéia melhor sobre eles e sobre o que dizem.
Imagem: Mestres Saint Germain e Kuthumi

Este blog foi criado para você, leitor. E só saberei se você está satisfeito se comentar os posts, ou então, pergunte, questione e sugira temas ou modificações.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Como você reage quando frustrado?

furioso
Quem já não se sentiu frustrado por não alcançar algum propósito, satisfazer uma necessidade ou realizar algum desejo?
Quem acompanha o blog já sabe que o autoconhecimento é o primeiro passo para a evolução e expansão da consciência, portanto o texto de hoje é mais uma colaboração que quero compartilhar com vocês para se analisarem neste “aspecto tão frustrante que é a frustração”. rsrsrs
O conceito de frustração, segundo a Psicologia, é: sentimento resultante da necessidade não satisfeita por causa de algum bloqueio.
Aqui, para simplificar, iremos considerar necessidade e desejo como sinônimos, embora não o sejam.
A frustração foi extensamente estudada pela Psicologia, já que afeta todo mundo, e chegou-se a um resumo de quatro fontes principais que bloqueiam a realização de objetivos pelo homem: 1) ambiente físico (ex. como satisfazer a sede no deserto); 2) limitações biológicas (ex. como passar no vestibular tendo baixíssimo QI); 3) complexidade da constituição psicológica (ex. quando duas necessidades entram em conflito) e 4) ambiente social (ex. o mundo é dos ricos, mas poucos têm acesso à riqueza).
Bem, essas são as fontes, mas vou me deter em outro aspecto que é o que realmente interfere nas relações humanas e consequentemente na convivência com os semelhantes; os traços de resposta interpessoal, ou seja, como as pessoas agem em decorrência de suas frustrações.
Quando somos bebês nos frustramos quase que a todo momento, pois não sabendo falar ainda não conseguimos comunicar o que está nos faltando, então choramos ou ... berramos. Conforme vamos crescendo, bem devagar vamos aprendendo a segurar nossa impaciência quando uma necessidade ou desejo nosso não é atendido.
Ao chegarmos à idade adulta é de se esperar que já tenhamos desenvolvido o controle de nossas primitivas emoções, contudo não é bem assim que acontece na vida real.
Hoje, assistindo a um programa sobre violência no trânsito, vi alguns exemplos dessa falta de controle e de indivíduos com um baixo limiar de tolerância à frustração, ou seja, pessoas que:
a) irritam-se por qualquer coisa ou
b) tem uma reação exagerada frente à situação frustrante
A frustração pode, com o passar do tempo, provocar sentimentos de fracasso pessoal e de angústia, levando a pessoa a ter atitudes defensivas (defender sua autoconcepção e afastar as ameaças à sua autoestima) do tipo: agressividade, insociabilidade, competição, rejeição dos outros, etc.
Vamos ver, então, algumas das reações de defesa mais comuns.
Agressão. Acho que todos vocês já se depararam com alguém do tipo “pavio curto”. Terrível, não é? E os que gostam de “armar barraco”? São pessoas que invariavelmente levam as coisas para o lado pessoal, não conseguindo se distanciar emocionalmente de situações frustrantes. São indivíduos que acabam afastando os demais de seu convívio porque, lá pelas tantas, ninguém mais tem paciência para aguentar seus chiliques. Em número menor, há também alguns que voltam a agressão contra si mesmos. A este segundo tipo, mais do que ao primeiro, eu recomendo terapia para resgatar a autoestima.
Regressão. Este comportamento regressivo é muito comum em crianças que se sentem frustradas, mas acontece também com adultos. É aquele típico “ eu levo a bola e ninguém mais joga” rsrs Ou seja, pessoas que quando muito frustradas começam a agir como crianças.
Aliás, baixo limiar de tolerância à frustração denota pessoas imaturas emocionalmente, seja qual for a maneira como reage.
Afastamento. É uma maneira de resolver a situação afastando-se da fonte ou evento causador. Por exemplo, ao não ser aprovado no vestibular o estudante desiste da carreira acadêmica e vai procurar emprego. Homem ou mulher, após sofrer uma rejeição amorosa, não procura mais companhia do sexo oposto para se relacionar.
Repressão. Essa Freud explicou: necessidades e angústias, muitas vezes estão sujeitas a forças que as tornam inacessíveis à consciência, então o indivíduo “esquece” ou reprime a necessidade insatisfeita. Por exemplo: uma pessoa muito religiosa e puritana, que reprimiu seus desejos sexuais, pode se transformar num bastião da moralidade e “bons costumes” fazendo campanhas para erradicar a prostituição de sua cidade.
Formação de reação. Nada mais é do que manifestar um comportamento oposto àquele que sua necessidade deveria provocar. Por exemplo: uma pessoa muito humilde e submissa pode estar reagindo à sua necessidade de autoritarismo. Na área sexual é bastante comum encontrar este mecanismo de defesa além da repressão. Ex. homens extremamente machões e excessivamente hostis aos homossexuais podem estar reagindo à sua vontade de ter relações com outros do mesmo sexo.
Vocês, provavelmente, já devem ter identificado fulano ou sicrana que se enquadram num destes tipos de resposta interpessoal, não é? Ah, então é por isso que fulano age daquele jeito? E a sicrana, com seu comportamento tão carola, no fundo quer mais é cair na gandaia... rsrsrs
Muito louca a cabeça humana, não? Fruto das incontáveis crenças e condicionamentos limitantes e repressores a que somos submetidos desde o início da epopeia humana.
Qualquer dúvida, usem os comentários.

sábado, 18 de setembro de 2010

Ainda existe respeito e cortesia?

mesura2
Num ônibus, com quase todos os assentos ocupados, vários passageiros são idosos. Entra um grupo de adolescentes e começa uma conversa em voz bem alta onde de cada quatro ou cinco palavras, uma é um palavrão daqueles bem cabeludos.
Uma vizinha pede, certo dia, uma tigela emprestada. Após um mês sem tê-la devolvido você bate na porta dela pedindo a tigela. Para sua surpresa ela abre a porta do refrigerador para pegá-la. Estava em uso! A sua tigela!
Numa sala de aula da quinta série ............um aluno ouve seu MP3. A professora lhe pede que desligue e guarde o aparelho e o aluno a manda tomar no ...
É meia noite e você apaga a luz para dormir. Eis que ouve uma música em volume altíssimo. Você identifica a origem como sendo de uma casa na rua paralela à sua e que faz fundos com seu terreno. Meio complicado ir até lá aquela hora da noite, então você é obrigado a ouvir o maldito CD até que termine. Uma e quinze da madrugada!
Você está dirigindo seu carrinho, popular e econômico, numa via urbana em velocidade compatível com as regras de trânsito. De repente, no maior susto, é obrigado a frear porque um carrão de luxo acaba de cortar a sua frente.
Estas são situações comuns de quem vive em centros urbanos atualmente. Exemplos do quê? De falta de respeito pelo outro e pelo que é do outro.
Resolvi falar sobre respeito porque acredito piamente que muitas notícias revoltantes que lemos ou ouvimos diariamente são de fatos que não teriam ocorrido se houvesse o respeito pelo outro. O outro que é um ser humano como nós. Em essência igual a nós, independentemente de sua condição social, da cor, da crença ou o que seja.
Parece que o ser humano pauta suas ações com os outros enfocando as diferenças e não as semelhanças que todos nós temos.
Respeito a gente aprende, é construído dentro da família, mas parece que atualmente os pais estão delegando essa tarefa às escolas e o que estamos vendo cotidianamente são as mártires professoras sendo absurdamente desrespeitadas pelos alunos. Algumas nem chamam mais os pais para dar queixa porque sabem que eles darão razão aos filhinhos “monstrinhos”.
No Rio de janeiro a situação já está insustentável, com as professoras sendo agredidas fisicamente e ameaçadas de morte.
Agora com este projeto de Lei, proibindo os pais de darem palmadas nos filhos eu não sei realmente aonde vamos chegar.
Eu não costumo pensar no passado, mas às vezes, conversando sobre o assunto, eu lembro como eu e a minha geração fomos educados por nossos pais. Aprendíamos a respeitar os mais velhos, os professores, enfim a todos a quem nos dirigíssemos.
Havia mais respeito também pelo que era do outro. Roubar, furtar era considerado algo vergonhoso e hoje o pequeno furto é algo corriqueiro em todas as classes sociais (já vi pessoas com aparência de ser classe média alta abrindo embalagens e comendo guloseimas em supermercados).
Eu não sou nem um pouco moralista e digo meus palavrões também – em casa, mas atualmente palavrões horrorosos são ditos nas ruas, dentro dos transportes públicos, em qualquer lugar, principalmente por jovens. Que direito eles têm de ofender pessoas que estão próximas e que por educação familiar ou formação religiosa consideram os palavrões como algo ofensivo ou pecado?
Estamos vivendo num mundo muito louco onde a escala de valores das pessoas está revirada ou invertida. Valores éticos estão sendo considerados “caretas” por muitos jovens.
Na TV vemos programas de pegadinhas onde, muitas vezes, é confundido brincadeira com falta de respeito pela “vítima”, pois ela é submetida a situações humilhantes. E a galera ri e se diverte sem ter a mínima empatia pelo sujeito submetido à pegadinha.
Minorias são discriminadas e sujeitas a preconceitos dos mais variados tipos.
Bem, num mundo onde não existe respeito será que vamos encontrar cortesia? Difícil, não é? Acho que alguns jovens de hoje nem sequer sabem o significado desta palavra, terão de procurar no dicionário.
E sem respeito e cortesia como vivem as pessoas em comunidade, principalmente nos apinhados centros urbanos?
Deixo a reposta com vocês ...
Imagem: http://arpose.blogspot.com/2010/06/pequena-historia-cortesia.html

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A Saga Crepúsculo

Crepúsculo

Esta semana, no conforto de minha poltrona preferida, assisti Eclipse, o último filme da série Crepúsculo. Gostei dos três e, me perdoem os cínicos e intelectuais de plantão, não ofendeu minha inteligência. Primeiro porque cinema, para mim, é sinônimo de diversão e não de encucação. Segundo porque toda mulher que se diz feminina curte um filme romântico. Terceiro porque há um conceito nesta série, que vamos ver aqui, de vital importância para a evolução do ser humano.

Já li e ouvi explicações ou interpretações sobre o sucesso da Saga e o fascínio que exerceu sobre os adolescentes. Variando entre: o fascínio por vampiros ser antigo ou o desejo humano pela vida eterna até o papel primordial do sangue como fluído vital. Explicações bem fundamentadas e das quais não nego a propriedade, mas em nenhuma delas tocou-se num conceito que permeia os três filmes (ou livros).

Uma das explicações dizia que os vampiros causam repulsa, mas ao mesmo tempo oferecem às vítimas a vida eterna. Daí o seu fascínio.

A causa da repulsa aos vampiros seria o fato de não terem alma e também a tirar de suas vítimas.

Agora pergunto: por que o ser humano crê ser tão terrível não ter alma?

Porque somente o ser álmico “tem lugar” junto ao Criador?

Tantas pessoas crêem em Arcanjos e Anjos e por acaso acham que esses seres são inferiores a nós, humanos, porque eles não têm alma? Ou nunca pensaram sobre isso e está a nível inconsciente?

Segundo a tradição, esses seres são completamente devotados a ajudar e cuidar da humanidade a qual amam incondicionalmente ... E então? Não merecem estar também junto ao Criador?

Se não tivermos alma não seremos salvos? Mas salvos do quê?

Ausência ou não de alma ... Caso para pensar ...

Bem, vamos ao conceito que me deixou tão encantada com a Saga: ela mostra, desde a primeira parte o AMOR INCONDICIONAL de Edward por Bella.

A humanidade já tem amostras de amor incondicional na maioria das mães e numa boa parte dos pais, mas em relacionamento amoroso seja hetero ou homossexual o que a gente encontra é o amor egoísta e possessivo.

Este é o ponto que quero ressaltar. Já abordei o assunto em “Você ama de verdade?”

Edward demonstra também compaixão, que é respeitar e aceitar o desejo do outro. Ele, por amor, não quer transformar Bella em vampiro por considerar essa situação uma maldição, mas se resigna a tanto por respeito ao desejo da moça.

Fico cogitando se a autora da Saga teve consciência do motivo de, do trio romântico, somente o vampiro sentir o amor verdadeiro. Sim, porque em Eclipse fica claro que Jacob (o homem-lobo) sente por Bella um amor bem humano (possessivo) e quanto a Bella, ela esclarece que há outro motivo para querer se transformar em vampiro e não só o amor que sente por Edward. Aliás, ela também ama a Jacob. Uma ambigüidade que não fica bem esclarecida no filme (coisas para dar mais lucro...).

Sim, os filmes estão longe de serem obras de arte. São filmes para consumo das massas e gerar grana, contudo esta mensagem do amor verdadeiro é de se tomar nota.

Será que a autora, pelo conhecimento do ser humano, julgou que somente Edward seria capaz disso?

O amor incondicional e a compaixão são condições sine qua non para a nossa evolução.

Ah, Edward ... Além de lindo, evoluído? Rsrsrs

Foto: http://updatefreud.blogspot.com/2010/07/crepusculo-lindsay-lohan.html

sábado, 11 de setembro de 2010

Você tem tempo para ...

por-do-sol

Certa época morei em Brasília e ministrava cursos no SENAC no período noturno. Para chegar lá escolhia o caminho que cruzava o parque da cidade. Certa noite, enquanto dirigia, sem nenhum tráfego no parque naquela hora, ao olhar para cima vi uma enoooorme lua cheia. Maravilhosa! Não parei mais de admirá-la até chegar ao meu destino. Só quem já viu uma lua cheia em Brasília pode entender do que estou falando. Quando ela está subindo no horizonte é absurdamente grande e às vezes de cor alaranjada. Um espetáculo digno de se ver.

Entrei na sala de aula ainda muito excitada pelo que tinha visto e antes de dizer boa noite aos alunos já fui perguntando: vocês viram aquela maravilhosa lua lá fora? Para meu espanto ninguém tinha visto!

Então, agora eu pergunto a você, meu leitor:

Tem tempo para olhar a lua cheia?

Você ouve o cantar dos pássaros pela manhã ou em qualquer outro horário?

Você nota que em determinada rua por onde passa há um belo jardim?

Que nesse jardim há uma rosa espetacular?

Você sente o cheiro da terra molhada depois que cai a primeira pancada de chuva? (mesmo na selva de asfalto dá para senti-lo)

Você nota as brancas e fofas nuvens no céu e às vezes até vê formas nelas?

Quando está na praia se extasia com a imensidão e força do mar ou é mais urgente ficar se bronzeando e bebendo sua cerveja?

Nota a pureza, o brilho, a perplexidade do olhar de um bebê quando cruza com algum?

Repara, em dias quentes de verão, quando de repente sopra uma brisa mais fresca?

Sente o odor do feijão ou da carne fritando na panela que emana de algum apartamento no prédio onde mora?

Já lambeu vagarosamente a parte de cima de um quindim (aquela bem molinha)?

Ou, como disse o poeta, comeu papo de anjo em trevas totais?

Saberia me dizer qual a sensação no seu corpo quando está mergulhado na água da banheira ou de um rio?

Na parte da tarde, já notou a cor fantástica que a luz do sol produz numa parede clara, quase branca?

Já saiu correndo do trabalho, ao final da tarde, para poder observar o por do sol?

Já parou, alguma vez, para observar o por do sol?

Saberia me dizer em que fase a lua está hoje?

Quem respondeu afirmativamente a maioria das perguntas receba os meus parabéns: você vive e não simplesmente passa por aqui.

Você, provavelmente, pode ter dias em que está triste ou deprimido ou irritado, mas nunca entrará em depressão porque você sabe aproveitar o que há de bom na vida - g r a t u i t a m e n t e!

Vou contar um segredo: você sempre tem tempo para tudo isso que mencionei somente não pára para aproveitar. O tempo é algo totalmente relativo, ele não existe. Se você é uma pessoa que está sempre correndo ou atrasado para os compromissos recomendo um Curso de Administração do Tempo. Encontrará vários na Internet.

A humanidade atual que vive em centros urbanos, principalmente nas metrópoles, perdeu a simplicidade no viver, perdeu a capacidade de se deliciar ou encantar com coisas simples, pueris e gratuitas também. Dizem não ter tempo para nada. Tem sim, basta priorizar o ser em vez do ter.

Vivemos hoje num mundo violento, cheio de problemas (causados por nós mesmos) e se ainda não aproveitarmos o que há de bom, a conseqüência será o que está aí nas estatísticas: elevados índices de pessoas com depressão, stress ou câncer.

Cada vez mais pessoas se entregam à bebida, muitas às drogas. A agressividade anda altíssima. Vocês acham que alguma delas responderia afirmativamente às perguntas que fiz? Duvido muito.

Após ler este texto, pare para refletir em como anda a sua vida, o que você tem feito de bom para si mesmo, o quanto tem ou não tem aproveitado das coisas simples e belas da vida. O exposto aqui é um dos primeiros passos para expandir a consciência: ter consciência do que nos rodeia no dia a dia.

Ah sim, dirão alguns, eu vejo os noticiários com toda a violência e tragédias do dia a dia. Bom, mas é só isso que existe? Neste exato momento milhões de coisas boas, alegres, saudáveis, criativas estão acontecendo no mundo, só que os noticiários não as mostram porque o ser humano gosta de ser mórbido, gosta do drama.

Para você desejo um lindo dia amanhã, com rosas no seu caminho ao trabalho ou o sol batendo numa parede branca, um lindo bebê no ônibus, no metrô ou no carro que parar ao seu lado no semáforo.

Ah, ao final do dia: um radiante por do sol!

Foto: http://www.flickr.com/photos/9568111@N04/2255317172/

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O culto da feiúra

 

pixação

A feiúra me incomoda, talvez porque inconscientemente eu a associe ao “estar separado da Divindade”. Sim, para mim o divino é sinônimo de beleza. Loucura minha? Talvez ...

Desde criança a beleza me emocionou e extasiou. Lá na infância eu procurava a beleza nas flores. Cedo elegi minhas preferidas: a orquídea e o amor-perfeito. Existem orquídeas tão lindas de tirar o fôlego. Juntamente com a beleza visual, amava também a beleza da música. Aos seis anos de idade já adorava óperas e sinfonias.

Não sei bem quando começou, se na década de 70 ou 80, mas devagarzinho a moda começou a ficar feia. Notei que a juventude começou a usar um uniforme para todas as ocasiões: T-shirts e jeans ou T-shirts e bermudas.

Uns bons anos depois a moda dos rapazes adolescentes chegou ao auge da feiúra e ridículo: usar as calças ou bermudas bem abaixo da cintura. Aqueles fundilhos quase nos joelhos me dão uma vontade incontrolável de rir – para não chorar de tristeza.

Sim, tristeza porque o mundo está feio. Na moda, os calçados absolutamente medonhos (plataformas), nada femininos, que deixam as mulheres com pés de elefantes e um caminhar muito estranho. Nem as modelos de passarela conseguem caminhar direito com eles. Calças justas, de malha (não sei o nome porque nunca comprei uma. Será que é legs?), roupa criada exclusivamente para corpos perfeitos, mas que o mulherio todo usa ressaltando as gordurinhas quando não são as banhas mesmo.

E a moda de arrombar os lóbulos das orelhas e cobrir o corpo com tintas escuras e tétricas? (rsrsrs)

Na música, criou-se o tal de rap, que podem até ser chamados de versos com ritmo, mas nunca de música. Alguns têm letras interessantes e inteligentes, pelo menos. E o funk? Repetindo indefinidamente os mesmos compassos? Não consigo ouvir por cinco minutos sequer. E a forma de dançar das mulheres, como se estivessem evacuando em pé ritmadamente? Sei que gostos variam, mas esse modo de dançar ofende o meu senso estético.

Atualmente a feiúra está por toda parte. Como está a sua cidade com a pichação? E o lixo jogado em vias urbanas e córregos?

Em 1985 ou 1986 fui numa Bienal em São Paulo. Saí da exposição passando mal. Causa: excesso de estímulos visuais horrendos.

O motivo deste assunto é para chamar a atenção para algo interessante: junto com a feiúra veio também o aumento da grosseria, da violência, da falta de respeito, do individualismo exacerbado ... Por que será?

A Psicologia nos ensina que conforme está o nosso interior isso se refletirá no nosso exterior, mas acho que o inverso também é verdadeiro.

Então aí vai uma frase para colocar nos anais do conhecimento humano: .(rsrsrs)

“Pessoas feias, interiormente, criam um mundo feio e um mundo feio torna as pessoas feias.”

Reflitam sobre isso.

Foto:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMxykYn2p6eY_Z9BLu53ouRJDx_oIQLwca6YynJtCbYIfZYzJpe5FE5jOqYo4Cvc1geTwUPc5zW5KURXi_-KiEbAK6F0BDbmNYWn-gCgp2Zh4TeFLIc6GZnE9o0yeunXS2bKKzfYllvc8/s400/pixacaoselim.jpg

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O analfabeto político

analfabeto.político

“O pior analfabeto é o analfabeto político.

Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, do remédio, depende de decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.

Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante.

E o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio de empresas nacionais e multinacionais.”

Este texto me chegou às mãos há muito tempo atrás, nem lembro mais como. É atribuído a Bertold Brecht (1898-1956), poeta e dramaturgo alemão. Estava fazendo uma faxina na papelada quando o encontrei. Lido novamente - minha surpresa: incrível como é atual. Aliás, às vezes aparecem na Internet outros textos, até bem mais antigos que este e surpreendentemente atuais.

Quando os leio sempre fico um pouco triste ao constatar que (desculpem, mas vou ter de usar um clichê) passados tantos anos, tantas conquistas científicas e tecnológicas e o ser humano continua o mesmo. Repetindo os mesmos erros.

Claro que sei que o condicionamento humano é muito forte. As burrices e canalhices daqueles que nos precederam estão, neste exato momento, correndo em nossas veias. Porque o nosso DNA é herdado!

Mas oh céus, oh dor, oh vida (lembram do pica-pau?), nós temos todo o poder da livre escolha. Podemos escolher nossos atos em todos os instantes de nossa vida. Por que ceder ao condicionamento? Se por acaso alguém traz em seu corpo os genes de um antepassado mau caráter, não está predestinado a ser igual. Predestinação não existe! O que existem são probabilidades.

Todos nós, ao nascermos, viemos com múltiplas probabilidades que poderão se manifestar ou não. Vai depender de nossa livre escolha, de escolher, muitas vezes, valores que não são nossos (honestidade, por exemplo), mas que a gente sabe que existem, estão ao nosso redor e apostando neles fazer diferente do que “o diabinho” está soprando em nosso ouvido.

È uma questão de escolha!

As eleições estão aí.

Pensem nisso.

Foto: http://seriartetshirts.blogspot.com/2009/02/nao-vejo-nada-nao-ouco-nada-e-nao-falo.html

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Você vive de expectativas?

bola_de_cristal
Resolvi escrever este post porque em outro anterior “A expectativa na relação amorosa” vi comentários manifestando ser difícil não criar expectativas. Concordo, é difícil, mas por quê? Porque esta é uma das nossas crenças da qual não nos damos conta de que seja uma crença.
Nós crescemos vendo assim e fazendo assim. Nunca paramos para pensar que poderia ser diferente e nunca será demasiado alertar sobre o papel limitante, às vezes destrutivo, das crenças em nossa vida. Achar que não podemos viver sem expectativas é uma crença também.
Eu lembro que passei nove meses de gravidez esperando uma filha que teria cabelos cor de mel e olhos verdes (geneticamente bem possível). Tive uma menina de olhos e cabelos castanho-escuros. Fiquei muito desapontada! Claro, depois de nove meses de expectativa ...
Hoje eu sei que poderia ter me poupado esse desapontamento. E não é isso que nós todos queremos, ter um mínimo de decepções na vida?
No outro post dei o conceito de expectativa: esperar obter o resultado desejado de uma determinada situação. Situação essa que ainda não aconteceu, que se encontra no futuro. Seja um futuro namorado ou futuro emprego.
Meus queridos leitores: o futuro consiste em potenciais. Não existe um futuro pré-determinado, existem sim futuros prováveis – vários.
Eu sei que muita gente acredita em destino, tarot, profecias, etc. Destino não existe, quanto ao tarot e profecias o que acontece é que o cartomante ou vidente tem acesso aos potenciais futuros e como do outro lado do “véu” (a chamada quarta dimensão) as coisas são caóticas mesmo, naquele mar de possibilidades ou potencialidades o vidente pega o que está mais à mão ou mais próximo ou mais forte em energia. Essa parada é difícil de explicar, até porque eu não sou vidente e não posso falar por experiência. Contudo é o que explica o porquê de muitas profecias não se realizarem.
Lembro que em meados da década de 90 uma amiga me disse que alguém tinha “visto” o Rio de Janeiro debaixo das águas na passagem do milênio. E a cidade maravilhosa continua linda e seca. O vidente viu errado ou mentiu? Não, ele escolheu esse potencial que provavelmente existia na época.
Esclarecida esta parte, vamos ver como a formação de expectativas pode influenciar ou interferir numa situação futura.
Quando criamos uma expectativa nós interferimos no fluxo natural das energias por intermédio dos nossos pensamentos que ficam como que batendo na mesma tecla – um mesmo e único potencial sendo ativado.
Assim ó: meu futuro tem vários potenciais o que permite com que eu faça uma série de escolhas. Eu escolho um deles para concentrar meus pensamentos (através da expectativa), só que necessariamente esse não é o melhor ou mais benéfico para mim, pode haver outro ou outros que o são Provavelmente eu o escolhi somente por ser o mais sedutor, aquele que me afeta mais fortemente. É assim que age o ser humano, ignorantes que somos de como as energias agem e das outras realidades das quais não temos consciência.
Eu sei que isso é difícil de entender. Eu, pessoalmente, já desisti de entender faz um bom tempo, contudo coloquei em prática a ausência de expectativas e percebi que as situações na minha vida começaram a ficar mais fáceis. Ou seja, deixei as coisas fluírem naturalmente e de uma hora para outra a vida se tornou menos complicada. Como se diria em informatês: com uma interface mais amigável.
Na realidade o ser humano “acha” que tem controle sobre sua vida e seu futuro ... Vã ilusão! Postarei mais adiante sobre este tema.
Voltando: desconhecemos quais os potenciais que se encontram no nosso futuro, portanto não temos como avaliar a correção ou adequação de nossas escolhas.
Alguém comentou no outro post que “todo ser vivente tem um objetivo e se correr atrás dele irá se decepcionar em algum ponto da vida”.
Concordo. Todos nós temos objetivos, mas objetivo não é a mesma coisa que expectativa. Objetivo é um alvo ou fim que se quer atingir (dicionário do Aurélio). Requer ação de nossa parte e não suspiros de ansiedade ou pensamentos obsessivos esperando obter o resultado desejado. Sentiram a diferença? Eu diria até que a pessoa que vive de expectativas é reativa em vez de pró-ativa.
Sim, podemos nos decepcionar por não atingir certos objetivos, mas se pararmos com as expectativas nos decepcionaremos muito menos. É uma questão matemática.
A expectativa só serve para fabricar decepções. Experimente começar a viver de uma forma mais leve, deixando as coisas fluírem naturalmente, fica tudo tão mais fácil ... Com isso não estou excluindo planejamentos, estes fazem parte de alcançar objetivos. Lembre que nós podemos, sim, fazer diferente dos nossos pais, dos nossos antepassados, dos nossos conhecidos, ou seja, sair da hipnose coletiva ou Matrix. É só querer e ter a intenção.
Você experimenta e depois me conta o resultado, ok?
Foto:http://www.e-ideias.com.br/monica-content/uploads/2008/10/boladecristal.jpg