terça-feira, 3 de agosto de 2010
A “Doença” do Vazio
Criei esta expressão há alguns anos atrás após ter assistido a um filme que mostrava pessoas, vivendo nos dias atuais, perdidas, sentindo-se impotentes, perplexas e tristes com o a realidade que as rodeava.
Não é assim que vive uma boa parte da humanidade?
Após minha reflexão sobre o assunto, fiquei toda entusiasmada e resolvi escrever um livro. Comecei e ... parei no terceiro capítulo. Meu ascendente em Virgem (mania de perfeição) veio à tona a me dizer que não sou escritora, quando muito, escrevo razoavelmente, que sou muito telegráfica para escrever e não saberia “encher lingüiça”, que é o que dá interesse a qualquer livro.
Bom, mas isto aqui não é um livro, então vou procurar discorrer sobre o que chamo “doença do vazio”.
Esta doença sempre existiu, mas há épocas da história da humanidade em que ela aparece com mais força. Acredito que o Renascimento tem um tanto a ver com ela (sendo uma “seqüela” excelente), mais recentemente o período pré Segunda Guerra, depois durante alguns anos da Guerra Fria e agora – acho que começou após 1987 (ver Mudanças na Terra).
Então o que é a doença do vazio?
- E uma insatisfação difusa, como se faltasse alguma coisa, mas a pessoa não consegue perceber o que é. Um vazio .....
- Pode ser também uma tristeza (que pode virar depressiva) lá no fundo e que também a pessoa não consegue saber o porquê ou de onde ela vem.
- Muitas vezes se manifesta como a vontade de fazer alguma coisa. Qualquer coisa que tire a pessoa da rotina e da mesmice. Aqui, via de regra, a pessoa sai em busca de atividades diferentes, de preferência carregadas de adrenalina.
- Sensação ou crença de nada fazer sentido, de não haver propósito na vida. (pelo menos um que seja entendível).
- Para alguns a pergunta: “o que é que estou fazendo aqui” neste mundo insano e violento? Qual é a saída? “Parem o mundo que eu quero descer!”
Bem, os principais sintomas são estes. Para muitos, cabeçinhas pensantes, a doença se instala já na adolescência, para outros chega mais tarde. Para alguns chega após uma perda (morte) de um ser querido, para outros após perdas financeiras.
Esta “doença” tem conseqüências na vida das pessoas, às vezes até graves: alcoolismo, adição às drogas, vício do jogo são algumas.
Outras conseqüências:
- Trabalhar demais. Os chamados workaholics.
- Passar horas intermináveis na frente da TV.
- O mesmo em relação à internet.
- Participar de eventos frenéticos como festas rave, bailes funk ou shows de rock pauleira.
- Consumir exageradamente: as pessoas compram coisas que depois não usam.
Tudo isso são formas de preencher o Vazio. Enquanto a pessoa está envolvida com tais atividades ela não pensa. Não pensa no que está lhe faltando porque pensar nisso a torna triste ou infeliz ou deprimida.
Alguém já adivinhou o que é esse Vazio? O que está faltando?
Alguns acham que é a alma-gêmea. Não é. Isso não existe. Essa crença foi mais uma das muitas conclusões equivocadas a que chegou o pessoal da Nova Era.
O Vazio que sentimos dentro de nós é a falta que sentimos da Divindade.
Nós somos seres divinos. Temos a chama divina dentro de nós.O problema é que quando encarnamos aqui na Terra esquecemos quem somos: seres magnificentes.
Por que os homens inventaram deuses? Só para explicar raios e trovões? Ou a morte, esse implacável desconhecido? O que acontece depois da morte? Porque sentiram que certas situações não podiam controlar?
Talvez tudo isso, mas principalmente porque lá no fundo da “caixa preta” sempre soubemos que havia algo mais. Indefinível, indecifrável, mas presente. Algo como quando temos um nome na ponta da língua, mas não conseguimos lembrar. A gente sabe que está ali, só não vem à consciência.
Se assim não fosse, como se explica que cerca de 90% da população mundial, hoje, acredita num Ser Superior? Para manter-se na ilusão, como dizem os ateus, de que existe uma escapatória deste mundo violento, “injusto”, cruel, sem sentido?
Se, do ponto de vista deles, formos acreditar nesse deus das religiões, concordo com eles que é pura balela. Ilusão. A Divindade, contudo, não é esse ser antropomórfico que as religiões ensinam.
Como explicar os eventos de êxtase dos chamados santos da igreja católica? Esquizofrenia ou histeria? Alguns até pode ser, eu ou qualquer outro psicólogo não estava lá para avaliar, mas pelo que é conhecido das vidas de vários santos este argumento não se sustenta.
Como explicar os contatos com seres que já desencarnaram? Fato que já está pra lá de comprovado e que mostra haver um corpo intangível que sobrevive à morte.
Enfim, como dizia o mestre Shakespeare “há mais entre o céu e a Terra do que alcança nossa vã filosofia”. A cosmologia, cosmogonia, a própria vida ainda são um grande mistério para nós humanos. Temos muito que aprender ainda. Não podemos negar que algo existe só porque não o vemos ou tocamos.
O Vazio é produzido porque viemos da Fonte e aqui, desmemoriados, sentimos falta do contato com ela. Sentimos como se nos faltasse uma parte. Por que as pessoas procuram tanto a “outra metade da laranja”? É porque se sentem incompletas. Concordam?
Foto: http://emrota.com/2010/03/17/salar-de-uyuni/
Não é assim que vive uma boa parte da humanidade?
Após minha reflexão sobre o assunto, fiquei toda entusiasmada e resolvi escrever um livro. Comecei e ... parei no terceiro capítulo. Meu ascendente em Virgem (mania de perfeição) veio à tona a me dizer que não sou escritora, quando muito, escrevo razoavelmente, que sou muito telegráfica para escrever e não saberia “encher lingüiça”, que é o que dá interesse a qualquer livro.
Bom, mas isto aqui não é um livro, então vou procurar discorrer sobre o que chamo “doença do vazio”.
Esta doença sempre existiu, mas há épocas da história da humanidade em que ela aparece com mais força. Acredito que o Renascimento tem um tanto a ver com ela (sendo uma “seqüela” excelente), mais recentemente o período pré Segunda Guerra, depois durante alguns anos da Guerra Fria e agora – acho que começou após 1987 (ver Mudanças na Terra).
Então o que é a doença do vazio?
- E uma insatisfação difusa, como se faltasse alguma coisa, mas a pessoa não consegue perceber o que é. Um vazio .....
- Pode ser também uma tristeza (que pode virar depressiva) lá no fundo e que também a pessoa não consegue saber o porquê ou de onde ela vem.
- Muitas vezes se manifesta como a vontade de fazer alguma coisa. Qualquer coisa que tire a pessoa da rotina e da mesmice. Aqui, via de regra, a pessoa sai em busca de atividades diferentes, de preferência carregadas de adrenalina.
- Sensação ou crença de nada fazer sentido, de não haver propósito na vida. (pelo menos um que seja entendível).
- Para alguns a pergunta: “o que é que estou fazendo aqui” neste mundo insano e violento? Qual é a saída? “Parem o mundo que eu quero descer!”
Bem, os principais sintomas são estes. Para muitos, cabeçinhas pensantes, a doença se instala já na adolescência, para outros chega mais tarde. Para alguns chega após uma perda (morte) de um ser querido, para outros após perdas financeiras.
Esta “doença” tem conseqüências na vida das pessoas, às vezes até graves: alcoolismo, adição às drogas, vício do jogo são algumas.
Outras conseqüências:
- Trabalhar demais. Os chamados workaholics.
- Passar horas intermináveis na frente da TV.
- O mesmo em relação à internet.
- Participar de eventos frenéticos como festas rave, bailes funk ou shows de rock pauleira.
- Consumir exageradamente: as pessoas compram coisas que depois não usam.
Tudo isso são formas de preencher o Vazio. Enquanto a pessoa está envolvida com tais atividades ela não pensa. Não pensa no que está lhe faltando porque pensar nisso a torna triste ou infeliz ou deprimida.
Alguém já adivinhou o que é esse Vazio? O que está faltando?
Alguns acham que é a alma-gêmea. Não é. Isso não existe. Essa crença foi mais uma das muitas conclusões equivocadas a que chegou o pessoal da Nova Era.
O Vazio que sentimos dentro de nós é a falta que sentimos da Divindade.
Nós somos seres divinos. Temos a chama divina dentro de nós.O problema é que quando encarnamos aqui na Terra esquecemos quem somos: seres magnificentes.
Por que os homens inventaram deuses? Só para explicar raios e trovões? Ou a morte, esse implacável desconhecido? O que acontece depois da morte? Porque sentiram que certas situações não podiam controlar?
Talvez tudo isso, mas principalmente porque lá no fundo da “caixa preta” sempre soubemos que havia algo mais. Indefinível, indecifrável, mas presente. Algo como quando temos um nome na ponta da língua, mas não conseguimos lembrar. A gente sabe que está ali, só não vem à consciência.
Se assim não fosse, como se explica que cerca de 90% da população mundial, hoje, acredita num Ser Superior? Para manter-se na ilusão, como dizem os ateus, de que existe uma escapatória deste mundo violento, “injusto”, cruel, sem sentido?
Se, do ponto de vista deles, formos acreditar nesse deus das religiões, concordo com eles que é pura balela. Ilusão. A Divindade, contudo, não é esse ser antropomórfico que as religiões ensinam.
Como explicar os eventos de êxtase dos chamados santos da igreja católica? Esquizofrenia ou histeria? Alguns até pode ser, eu ou qualquer outro psicólogo não estava lá para avaliar, mas pelo que é conhecido das vidas de vários santos este argumento não se sustenta.
Como explicar os contatos com seres que já desencarnaram? Fato que já está pra lá de comprovado e que mostra haver um corpo intangível que sobrevive à morte.
Enfim, como dizia o mestre Shakespeare “há mais entre o céu e a Terra do que alcança nossa vã filosofia”. A cosmologia, cosmogonia, a própria vida ainda são um grande mistério para nós humanos. Temos muito que aprender ainda. Não podemos negar que algo existe só porque não o vemos ou tocamos.
O Vazio é produzido porque viemos da Fonte e aqui, desmemoriados, sentimos falta do contato com ela. Sentimos como se nos faltasse uma parte. Por que as pessoas procuram tanto a “outra metade da laranja”? É porque se sentem incompletas. Concordam?
Foto: http://emrota.com/2010/03/17/salar-de-uyuni/
9 comentários:
Plenamente,claro que concordo!Esse rombo na alma,só uma espiritualidade não dogmática,não preconceituosa pode tapar.Um ponto aliás,que acho ter muito a ver com esse vazião existêncial,são os milhares de suicídios pelo mundo,todos os dias,sem contar as psicoses que podem ser disparadas pela depressão profunda causada por "isso",essa falta,apesar de que vc citou,que muitos cabeções saem procurando adrenalina e diversão,ao invés de,e do Divino em nós mesmos.Eu,como não sou Santinho,
procuro ambos em um meio termo,um equilíbrio.
Difícil,admito que é;masssss,tô aqui pra aprender,nem que seja apanhando (e muito) dessa vida cá embaixo...
Um grande abraço,Atena;e,escreva o livro,nem que demore 20 anos.O tema é bom e muito necessário.
Concordo com o amigo acima...escreva o livro ! Quero entender mais.
Eu já
tive muitos desses sintomas. Mas nunca associei a vazio.
Sempre me pareceu que meus problemas particulares explicavam essas sensações. Por exemplo: As zoações no colégio. Por causa delas eu passava o dia inteiro estudando. Minha vida era estudar e dormir. Mas eu senria que havia alo errado comigo.
E isso me levou ao pathwork. Que como vc já sabe, estou amando!!!!
Luciana:
pelo que você já contou a seu respeito, imagino que na época em que sentia esses sintomas estava muito focada em si mesmo, tentando defender seu ego (reação absolutamente normal) devido ao sofrimento que sentia. Talvez por isso o vazio não era sentido ou então você já estava em contato, mesmo que tímido, com sua divindade.
Anônimo:
obrigada pela visita. Siga lendo o blog que irá entendendo mais.
Vim e gostei. Me fez lembrar das aulas de astrologia quando meu prof. falava desta minha,nossa, "nostalgia divina". Algo que você descreveu bem a sensação, como aquela palavra na ponta da língua que a gente não consegue lembrar! Por falar em lembrar ( e não.rs..) me esqueci de quase tudo o que li. Quando era mais jovem, tanta busca, tanto lia, ouvia, queria aprender, e um dia, pensava eu, vou poder compreender melhor...e agora...nada quase lembro e tudo quase esqueço com facilidade. Comecei pelo fim, pelo vazio a preencher com o espiritual e agora estou burra!! só rindo mesmo da nossa vã procura, pois aqui, talvez não encontremos, de fato. rs...
Gosto demais dos seus posts, como antes gostava de aprender! Agora nem me atrevo a pensar nisto(vir para aprender)porque sei que meu cérebro só se detém num dia de cada vez, ou retém apenas as emoções/sentimentos que traz ao presente e as torna eternas aí..rs..Queria ter a memória dos elefantes para conter em mim tanta coisa boa que já li e vi, e tanta beleza que há, e que talvez me lembrem de algo, será? rs..O paraíso perdido lembrado a cada sinal do amor.
Hoje,apenas leio e aprecio muito, muito mesmo, minha querida amiga, sabia em tantas coisas.
Beijos. Vera.
Amiga Vera:
Como você, sou desmemoriada. rsrs Só que o meu caso não se deve à idade, sou assim desde criança quando não conseguia decorar os versinhos para os dias de apresentações escolares.
Pesquiso assuntos metafísicos e espirituais há mais de 30 anos e a maior parte do que já li - esqueci.
Contudo, após tanto tempo, hoje sei que não é preciso estudar ou ler para se encontrar a Divindade. O Espírito é muito simples, só exige de nós que nos amemos. Mesmo! E isso é o mais difícil. Requer também que desenvolvamos a consciência. Sem esta evoluída, nada é possível em termos de espiritualidade.
Todas essas coisas que nos disseram para fazer para ser espiritualizados são bobagens, invenções humanas ou decorrentes de má decodificação das palavras de mestres, os chamados iluminados.
Sei que é difícil, pois eu, pessoalmente, me irrito, mas devemos tratar de não dar bola para os “esquecimentos”. Vivemos num mundo de maya. Nada é importante aqui, mas a gente demora para conscientizar isso e principalmente aceitar. rsrs
Ah, a nossa procura não é vã, podemos, sim, encontrar a Divindade ainda estando no corpo físico por isso sigo os ensinamentos do Círculo Carmesim.
beijão
Orgulhosamente programei uma 'chamada' para este ótimo artigo no site agregador de conteúdo dos Blogueiros do Brasil (( http://omelhordos.blogueirosdobrasil.com/ )).
Será publicado em 22/04/2013 , no decorrer do dia.
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similares como originadas na URL
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Abraços cordiais.
Tiozão:
Obrigada apela força.
abraços
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