"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O carma trocado em miúdos

carma

Continuando a expandir a consciência, vamos hoje ver um conceito que já tem dado “pano pra mangas”.

Como já disse em outro post, mesmo que você não acredite em reencarnação ou carma conscientemente esse conceito pode estar contido em seu DNA, transmitido através de um antepassado que acreditava nisso.

Não podemos ignorar conteúdos inconscientes gravados em nosso DNA já que eles explicam muitos sentimentos nossos e principalmente o que chamamos as nossas idiossincrasias.

Sei que há muitos que acreditam que o carma faz parte das regras divinas, só que a Divindade nunca estabeleceu regras, iria contra sua dádiva para nós do livre arbítrio.

O carma foi um conceito criado pelos humanos, provavelmente após o estabelecimento da primeira religião no planeta. Não esquecer que as religiões, todas elas, foram invenções humanas, criadas e estruturadas por humanos.

O ser humano é bom e puro em sua essência, contudo ao encarnar aqui, esquecido de onde veio, essa sensação de separação da Divindade deu “motivos” para os comportamentos destrutivos que conhecemos tão bem.

Atrelado ao advento das religiões veio a implantação da culpa nos corações humanos.

Mesmo na longínqua antiguidade já havia uma incipiente consciência e ao final da vida terrestre todo ser “sabia” num cantinho de sua psique que havia cometido atos não dignos, o que foi reforçado pelas religiões.

As religiões dessa antiga época aceitavam naturalmente a reencarnação, já que é um fato inerente à vida humana na Terra. Surge então a idéia de pagar numa próxima encarnação as dívidas morais acumuladas.

Eis, provavelmente, o início do conceito que após algum tempo virou uma crença e persiste até hoje.

Com o passar do tempo, com as religiões cada vez mais se sofisticando e acrescentando regras e dogmas aos seus princípios, o conceito de carma acabou se tornando um preceito divino.

Assim chegamos aos dias atuais onde tal conceito é amplamente aceito no lado ocidental do planeta graças ao trabalho realizado por Kardec, além, é claro, do grande contingente de seguidores da crença no Oriente.

Bom, se carma não é uma imposição divina, podemos nos ver livres dele? A resposta é sim. A causa de alguns mal entendidos a respeito do carma é que muitos ainda se deixam guiar por ensinamentos dados em outras épocas, como, por exemplo, os ensinamentos de Kardec. Acontece que o homem evoluiu em consciência e ensinamentos ou mensagens enviados a nós no século passado ou ainda anteriores não são mais válidos nos dias de hoje.

Agora, libertar-se do carma demanda uma considerável evolução de consciência. Requer seres responsáveis pela própria vida¹ e que não sentem mais necessidade, mesmo que inconsciente, de prejudicar seus semelhantes, o que, convenhamos, é uma diminuta percentagem da humanidade.

1. Ser responsável pela própria vida é não delegar a outros (Deus, satanás, a mãe, o motorista que deu-lhe uma fechada, etc.) ou fatores externos (o governo, a sorte ou azar, etc.) a responsabilidade por seus atos, sentimentos ou pensamentos

Imagem: http://www.let-verlag.de/ecards/2-bumerang.jpg

Este blog foi criado para você, leitor. E só saberei se você está satisfeito se comentar os posts, ou então, pergunte, questione e sugira temas ou modificações.

13 comentários:

-*Vera Luz*- disse...

Olá Atena!

O carma assim como causas e efeitos, estão ligados diretamente com as leis internas de cada um, diante dos créditos aos quais construímos na definição das coisas, diante da visão de mundo que se faz pra cada um de nós. É quando nos sentimos responsáveis, tudo se transforma em nossa vida! E que possamos sempre transformar em bem na direção de fazer um mundo um pouquinho melhor. Creio que diante da luz todos serão conduzidos para entender o que já nos foi dito há mais de 2000 anos atrás, 'ama o teu próximo como a ti mesmo', e com isso a confusão está no ar, pois confundem o egoísmo da paixão condicionada com amor! Mas, tudo será guiado para o bem, uma vez que todos estamos designados para evolução!

Um abraço amiga!
"Todo o Conhecimento é Luz que Inspira a Alma" -*Vera Luz*-

Anônimo disse...

Eu não sei qual seria exatamente a definição de carma. Eu acredito que hajam consequencias. Consequencias principalmente de nossas crenças. Pelo o que percebo as nossas crenças definem nossa vida.

Então se não gostamos de alguma consequencia o caminho é mudar nossas crenças.

SUCRIS disse...

A instituição do Karma não é mais de aceitação espiritual para os SERES aqui encarnados,por questão de semântica,terminologia,ou continua valendo a Lei Universal que diz que toda AÇÃO provoca uma REAÇÃO na mesma proporção ou redobrada ? É nosso entendimento gerar Karma por pura culpa interior? Ou o próprio Universo com suas leis gera esses processos? Fico confusa com tais interpretações!
NAMASTÊ

Atena disse...

Vera:
Tem razão. O mestre nos deu a chave que abre os portões do "céu". Amar o outro como a si mesmo.
Devagarzinho chegaremos lá. Nosso trabalho na luz não é à toa.
beijos

Atena disse...

Florzinha:
Você pegou bem a coisa. As crenças nos definem, gostemos disso ou não. Mudando as crenças, mudamos quem somos e os rumos que podemos tomar.
Sucesso com as suas mudanças!
beijos

Atena disse...

Sucris:
Eu sei que as coisas andam confusas. O mundo está numa mudança muita acelerada.
Até antigos ditadores estão caindo... rsrs
Essa lei de ação e reação eu considero ser mais uma de nossas crenças.
Assim como os homens, lá atrás, criaram um deus antropomórfico, criaram também uma série de normas, regras e conceitos baseados na própria visão limitada de 3ª dimensão. Uma dimensão onde impera a dualidade. Na dualidade TEM que haver uma reação a alguma ação. É assim que entendemos as coisas.
Conforme os ensinamentos dos mestres, a visão do Criador é totalmente diferente da nossa. Se Ele não julga, não tem porque haver reação à ação.
É assim que entendo, pelo menos.
Você é livre para ter outra opinião. Aqui no blog eu coloco a minha visão que foi formada a partir do que ouvi dos mestres, mas não sou dona da verdade. Não mesmo!
Obrigada pela participação. Volte sempre e questione à vontade.
abraços

Beth Muniz disse...

Oi Atena,
Como sempre nos levando a refletir sobres coisas, crenças, comportamentos e dogmas.
Muito bom!
Do ponto de vista religioso não sei bem o que seja carma.
No aspecto cultural, ah!, Isso eu sei! Significa aquele peso que você não vê, mas sente...
São aquelas coisinhas, palavrinhas ou atitudes que os adultos nos ensinam na infância, e que nos assombram para o resto das nossas vidas. Um horror!
Para nos vermos livres só muita evolução e desejo de libertação.
Valeu querida.
Beijo.

Atena disse...

Beth querida:
Sei bem do que está falando, mas não é tão difícil assim se libertar.
Primeiro tem de haver a intenção de e libertar.
Segundo começar a refletir sobre tudo aquilo que nos está incomodando ou "pesando". Analisando o por quê ainda permitimos que tais coisas se mantenham dentro de nós.
Terceiro: tomar a firme decisão de mandá-las embora.
Claro que não é algo que suma de um dia para o outro, mas vale a pena o esforço.
Dê uma pensada no assunto.
beijos

Anônimo disse...

Suas matérias no blog são bem interessantes, e acho que seria bacana também você divulgá-las no www.plik.com.br, porque lá, basta colocar um título, adicionar uma pequena frase ou texto sobre o assunto, e logo após o texto, o link do artigo completo (como complemento, pode informar tags abaixo).

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Espero que goste da dica.

Abraço!

Fernanda

Atena disse...

Olá Fernanda:
Muito agradecida pela dica.Valeu!
Irei sim me cadastrar.
Volte sempre e abraços

Anônimo disse...

Oi Atena.
Já postei seu texto na Teia, espero estar te mandando muitas visitas !!
Até mais.

Anônimo disse...

Respeito a sua opinião, mas não penso da mesma maneira. Imagine uma pessoa que estupra uma criança, ou mesmo um pai que abusa de suas filhas. Vc não acredita que o sofrimento que esta pessoa causou se transforma em energia que se gruda no estuprador? Já li também em outros sites que a culpa é coisa da matrix, por causa das religiões. Embora, eu pessoalmente não goste de nenhuma religião, acredito que o sentimento de culpa é provocado , justamente pela faísca divina que existe em nós e que faz com que o pior assassino possa sentir remorso e se arrepender. Na minha humilde opinião não há ninguém em nenhum lugar anotando nossas más ações. Acredito que são energias negativas que acumulamos ao fazermos o mal e para nos livrarmos delas devemos caminhar no sentido da reforma íntima, que é sempre : ama o teu próximo como a ti mesmo. É difícil, um longo caminho. Mas, acho isto mais justo do que acreditar que o mal feito pode simplesmente se volatizar.

Atena disse...

Anônimo:
Pelo que escreveu não vejo discordância alguma do que escrevi no post.
Releia-o com mais atenção e verá que em momento algum defendo más ações contra o semelhante.
"Agora, libertar-se do carma demanda uma considerável evolução de consciência. Requer seres responsáveis pela própria vida¹ e que não sentem mais necessidade, mesmo que inconsciente, de prejudicar seus semelhantes, o que, convenhamos, é uma diminuta percentagem da humanidade."
Mas o carma NÃO é um preceito divino, é coisa nossa pelas razões que você expôs: "o sentimento de culpa é provocado , justamente pela faísca divina que existe em nós e que faz com que o pior assassino possa sentir remorso e se arrepender"
Por faísca divina entende-se nosso lado divino como supremo bem, porém são poucos ainda que têm o supremo bem dentro de si, daí continuar a existir o carma.