Recebi este texto por e-mail atribuído a Bill Cosby, mas, ao pesquisar, descobri ser uma variação de outro (bem mais longo) postado em seu blog por um ex-senador de Massachussets: Robert A. Hall.
Embora seja a visão de um norteamericano, muito do que cita diz respeito a todos nós, pois vivemos num mundo globalizado.
Trata-se de um texto com palavras duras e, à primeira vista, preconceituoso, politicamente incorreto e intolerante. Contudo me fez refletir, pois muito do que diz é a mais pura verdade. Aí fiquei me perguntando: será que não estamos tão hipnotizados pela mídia e pelo politicamente correto que passamos a ver fatos e situações de forma distorcida desde que se adeque à nossa autoimagem de “bonzinhos”?
Fica aqui o texto para cada um fazer a sua reflexão e chegar, ou não, a uma conclusão.
Tenho 74 anos. Exceto num breve período na década de 50 quando fiz o meu serviço militar, tenho trabalhado duro desde que eu tinha 17 anos, exceto por alguns graves desafios de saúde. Tinha 50 horas por semana e não caí doente em quase 40 anos. Tinha um salário razoável, mas eu não herdei o meu trabalho ou o meu rendimento e eu trabalhei para chegar onde estou. Dado o estado da economia, parece que a reforma foi uma má idéia. E estou cansado. Muito cansado.
Estou cansado de que me digam que eu tenho que "espalhar a riqueza" para as pessoas que não tenham a minha ética de trabalho. Estou cansado de que me digam que o governo fica com o dinheiro que eu ganho, pela força se necessário, para dá-lo a pessoas com preguiça para ganhá-lo.
Estou cansado de que digam que o Islã é uma "religião da paz", quando todos os dias eu leio dezenas de histórias de homens muçulmanos matando as suas irmãs, esposas e filhas pela "honra" da família; de tumultos de muçulmanos sobre alguma ligeira infração; de muçulmanos a assassinar cristãos e judeus porque não são"crentes"; de muçulmanos queimando escolas para meninas; de muçulmanos apedrejando adolescentes vítimas de estupro, até a morte, por serem"adúlteras"; de muçulmanos a mutilar o genital das meninas, tudo em nome de Alá, porque o Alcorão e a lei da Sharia diz para eles o fazerem.
Estou cansado de que me digam que em nome da "tolerância para com outras culturas" devemos deixar a Arábia Saudita e outros países árabes usarem o nosso dinheiro do petróleo para financiar mesquitas e escolas madrassa islâmicas para pregar o ódio na Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, enquanto que nenhum desses países está autorizado a fundar uma sinagoga, igreja ou escola religiosa na Arábia Saudita ou qualquer outro país árabe, para ensinar amor e tolerância.
Estou cansado de que me digam para eu baixar o meu padrão de vida para lutar contra o aquecimento global, o qual não é sequer permitido debater...
Estou cansado de que me digam que os toxicodependentes têm uma doença e eu tenho que ajudar no apoio e tratá-los, pagar pelos danos que eles fazem. Terá sido um germe gigante saindo correndo de um beco escuro que os agarrou e os encheu de pó branco pelos narizes ou enfiou uma agulha em seus braços enquanto eles tentavam combatê-lo?!
Estou cansado de ouvir ricos atletas, artistas e políticos, de todos os partidos, falarem sobre os seus erros inocentes, erros estúpidos ou erros da juventude, quando todos sabemos que o que eles realmente pensam é que o seu único erro foi terem sido apanhados.
Estou realmente cansado de pessoas que não assumem a responsabilidade pelas suas vidas e ações. (sublinhado meu) Estou cansado de ouvi-los culpar o governo, a discriminação, a economia e a falta de equidade social - de fato, eles não durariam muito mais numa sociedade de verdadeira equidade social...
Eu também estou cansado e farto de ver homens e mulheres jovens e adolescentes serem "doca" de tatuagens e pregos na face, tornando-se não-empregáveis, e reivindicando dinheiro do governo, como se de um direito se tratasse.
Sim, estou muito cansado. Mas também estou feliz por ter 74 anos porque não vou ter de ver o mundo nojento que essas pessoas estão preparando. Eu só estou triste por minha neta e os seus filhos.
Graças a Deus, estou no caminho de saída e não no caminho de entrada...
Imagem: achopouco.blogspot.com
Este blog foi criado para você, leitor. E só saberei se você está satisfeito se comentar os posts, ou então, pergunte, questione e sugira temas ou modificações.
16 comentários:
Amiga depois que tudo que li fez eu refletir bastante sobre sistemas e pessoas e o Planeta em geral e sobre quem vive nele e o que faz para torná-lo dessa ou daquela forma pude concluir que que para mim o melhor é continuar cansando, mas não desesperançado pois ainda viverei um mundo melhor independentemente se os outros estão ou não preocupados em fazer a diferença o importante é que me resolvi a bastante pelo menos eu sim fazer a diferenciação em tudo, a fim de proporcionar no viver algo melhor que puder fazer para viver enquanto continuo a minha caminhada aqui, ok!
Texto lúcido e realista. Projetar a responsabilidade pra algo externo é sempre mais fácil. Bela contribuiçao Atena. Obtigada mais uma vez.
:-) :) :D
Fa
... A altoreflexão este texto nos leva, a perguntar-nos se o que queremos, temos ou buscamos é realmente o que precisamos, necessitamos, desejamos... Ou, apenas tentamos nos "alinhar" a sociedade de hoje? Somos donos de nossos pensamentos? Ações e Julgamentos? Acredito que a consciência de hoje é: Adaptar e não revindicar!
Adorei o texto!
Querida Atena,
Coitado do senhorzinho, que só consegue olhar o mundo como algo alheio, e a partir de fresta da janela, e não como um espelho, reflexo da ação humana, das gerações passadas.
“Compreender o mundo é, sobretudo, historicizá-lo, entender como ele foi constituído da forma que o conhecemos e como a ação humana reproduz essa realidade. Para poder captar a forma pela qual é possível desmontar e reconstruir de outra forma essa realidade” - Emir Sader.
Não. Eu não me canso de compreender o mundo, e, sobretudo, procurar entender como ele foi constituído e o que podemos fazer para torná-lo e mais humano.
Não podemos enxergar s coisas como um processo mecanicamente e o mais alienante de todos, que é o da naturalização do mundo: as coisas são como são, não podem ser diferentes. A pobreza, a miséria, as catástrofes sempre existiram e sempre existirão. Os próprios pobres não querem sair da sua pobreza. Os países pobres sempre foram e sempre serão pobres. A riqueza é produto do trabalho, do empenho, da seriedade de alguns países e/ou pessoas, enquanto o atraso é resultado de mentalidades retrogradas, de gente que não gosta de trabalhar, de preguiçosos. Esta visão ocidental eletrizada se aplica em particular à África, e reflete bem a ideologia da fase superior do capitalismo - o mercantilismo, praticado por determinadas sociedades, que durante séculos exploraram e saquearam riquezas alheias, em nome do próprio desenvolvimento, e até hoje se recusam pagar a fatura.
“Só os intolerantes se julgam donos da verdade. Assim ocorreu com Milosevic, ao manter-se intransigente e não admitir os direitos dos kosovares, e com Clinton, ao decidir que seus mísseis seriam o melhor argumento para convencer o mundo de que a Casa Branca tem sempre razão. Todo intolerante é um inseguro. Por isso, aferra-se a seus caprichos como um náufrago à tábua que o mantém à tona. E a intolerância é própria da geração do senhorzinho, reproduzida sistematicamente nos dias atuais, por osmose ideológica, pelos seus seguidores”. Frei Betto.
Apesar de concordar com algumas coisas citadas pelo ex-senador, não me agrada a idéia de exceção e segregação, pois as conseqüências podem ser ditaduras, nazismo e fascismo. E acredite: há muita gente de tocaia esperando por isso. Aqui no diHITT já identifique alguns.
Por mais que seja difícil viver na democracia, está será sempre minha opção.
Beijo Mestra.
Realmente com todos os senões que existem neste contexto,confere-se um olhar em sua direção que não deixa de demonstrar uma realidade nua e crua de ações,fatos,que não deixa de fora responsabilidades de ninguém!Existem várias"culpas", erros,mas há sempre uma tendência de vitimizar quem afinal não são tão vítimas assim!A procura desse equilíbrio de pesar responsabilidades passa pela educação e cultura de um povo,mas que não é interessante para a Sinarquia que controla tudo isto, há sempre o pendor para os exgeros mas é de propósito,assim só tem bla.bla,blá e tudo continua como antes,dividido e conquistado! Abraço Fraterno
Charles:
Muito bom, a diferença para melhor reside em cada um. Sei que você está fazendo a sua parte e torço para que o nosso time aumente e quantidade.
abração
Fa:
É isso, a reflexão desejada é sobre a questão da responsabilidade. Ensinar a pescar ao invés de dar o peixe.
Obrigada pela visita e beijos
Marcella:
A atual sociedade, pelo menos a ocidental, está longe de almejar ou ter o que realmente necessita.
Boa parte vive no piloto automático, sem ter consciência sequer do que acontece no mundo.
Sim, o ser humano é altamente adaptável, faz parte até da nossa biologia sermos assim. rsrs
Obrigada pela visita e abraços
Sucris:
Que prazer encontrá-lo por aqui novamente.
Nos esforçamos para acordar o pessoal, não é?
Pois é, dividir para conquistar... ainda estamos nessa, mas devagarinho acho que chegaremos lá - no planeta livre do hipnotismo ou da matrix.
abraços
Beth:
Você sabe que minha orientação ideológica é humanista e social, mas o que me chamou atenção no texto do senador foi a citação de atitudes de caráter paternalista e do chamado politicamente correto.
Não sou absolutamente anti-islã, tenho um pé nas areias do deserto que me faz torcer bastante para que acabe a interferência imperialista no mundo muçulmano, mas veja o que ele diz, por exemplo, sobre a instalação de mesquitas em cidades ocidentais sem a contrapartida de igrejas ocidentais nos países muçulmanos. Por que eles podem e nós não?
Concordo que só podemos compreender o mundo a partir de um contexto histórico, daí eu ser apaixonada por História e estar sempre lendo sobre a mesma. Gerações anteriores fizeram suas cacas e nós estamos pagando o pato, assim como as atuais gerações estão fazendo as suas e as futuras pagarão também.
A pobreza, no meu entender, é resultado da ignorância e falta de consciência porque se ambas não existirem os homens lutarão pelos seus direitos. Claro que para muitos não existe a possibilidade de acesso à educação, mas para muitos existe sim e o que eles fazem? Aqui no Brasil, por exemplo, eles olham Big Brother e outras baixarias na TV ao invés de ler um livro, uma revista educativa ou ler algum blog informativo como o seu e o meu. rsrs
Resumindo sobre o que eu refleti: acho que muitas vezes estamos nos deixando levar pela hipocrisia do politicamente correto (estou incluída aqui) e usando de paternalismo (com drogados, por ex.) sendo que o paternalismo dá o peixe ao invés de ensinar a pescar.
Agora, exceção e segregação? Jamais!
Beijos, amiga
Atena, querida,
as palavras sao realmente duras, mas pode acreditar que já ouvi coisas semelhantes?!
Cada pessoa carrega uma bagagem de experiencias, a vivencia pode ser boa ou não, pode ter altos e baixos.
Estamos sendo, diariamente, bombardeados por informações tristes ao redor do mundo. Parece tudo meio sombrio demais, pensando para frente, para o futuro.
Depois que vi Mad Max sempre fiquei meio que assustada se um dia a humanidade se reduziria aquilo. Eu não quero ver nada parecido acontecendo.
Espero ter 74 anos vividos de uma maneira satisfatoria, vendo a vida, mais ao final dela, com um toque de poesia. Espero que Deus me dê esta oportunidade.
(não estou mais no dihitt).
Beijos
Fadinha:
Sim, estamos vivendo uma época onde tudo está acontecendo ao mesmo tempo, pois embora a violência esteja aumentando também a bondade e o humanitarismo estão mais presentes só que não é quase divulgado.
Algumas figuras hollywoodianas gostam de transmitir futuros sombrios para a humanidade, mas fique tranquila a luz é mais forte e prevalecerá.
Estive procurando-a no Dihitt e não pude acessar sua página, agora entendo porque. Contudo tenho seu endereço no meu PC e continuarei a visitá-la sempre que puder.
beijos e obrigada pela visita
Excelente texto...em alguns pontos, apesar de impactante (para alguns mais e para outros menos), o autor tem razão.
Só fiquei decepcionado no final quando ele cita "Graças a Deus, estou no caminho de saída e não no caminho de entrada...": depois de tanto lutar, desistir no final? Entendi o que ele quis dizer, mas ficou-me parecendo um pouco lamentoso (como as pessoas que só lamentam - que ele tanto criticou no texto).
Parabéns!
Edinaldo:
É sempre um prazer encontrar seus sensatos comentários por aqui.
Concordo com sua apreciação sobre a desistência do autor. Algumas pessoas, após terem visto tanta injustiça e tantas barbaridades no mundo, ao chegar a terceira idade, jogam mesmo a toalha.
Ainda bem que não são todos. rsrs Devemos muito a tantos "velhinhos" lúcidos e batalhadores que fizeram e continuam fazendo a nossa história. Salve eles.
É um texto duro, mas que dá o que pensar...
abraços e obrigada
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