"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O analfabeto político

analfabeto.político

“O pior analfabeto é o analfabeto político.

Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, do remédio, depende de decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.

Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante.

E o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio de empresas nacionais e multinacionais.”

Este texto me chegou às mãos há muito tempo atrás, nem lembro mais como. É atribuído a Bertold Brecht (1898-1956), poeta e dramaturgo alemão. Estava fazendo uma faxina na papelada quando o encontrei. Lido novamente - minha surpresa: incrível como é atual. Aliás, às vezes aparecem na Internet outros textos, até bem mais antigos que este e surpreendentemente atuais.

Quando os leio sempre fico um pouco triste ao constatar que (desculpem, mas vou ter de usar um clichê) passados tantos anos, tantas conquistas científicas e tecnológicas e o ser humano continua o mesmo. Repetindo os mesmos erros.

Claro que sei que o condicionamento humano é muito forte. As burrices e canalhices daqueles que nos precederam estão, neste exato momento, correndo em nossas veias. Porque o nosso DNA é herdado!

Mas oh céus, oh dor, oh vida (lembram do pica-pau?), nós temos todo o poder da livre escolha. Podemos escolher nossos atos em todos os instantes de nossa vida. Por que ceder ao condicionamento? Se por acaso alguém traz em seu corpo os genes de um antepassado mau caráter, não está predestinado a ser igual. Predestinação não existe! O que existem são probabilidades.

Todos nós, ao nascermos, viemos com múltiplas probabilidades que poderão se manifestar ou não. Vai depender de nossa livre escolha, de escolher, muitas vezes, valores que não são nossos (honestidade, por exemplo), mas que a gente sabe que existem, estão ao nosso redor e apostando neles fazer diferente do que “o diabinho” está soprando em nosso ouvido.

È uma questão de escolha!

As eleições estão aí.

Pensem nisso.

Foto: http://seriartetshirts.blogspot.com/2009/02/nao-vejo-nada-nao-ouco-nada-e-nao-falo.html

Um comentário:

Eduardo Medeiros disse...

É verdade. Os que não querem saber de política não percebem o quanto são afetados pela política que eles relegam. Maturidade política é conquista que cada um tem que buscar aprender, analisar e criticar.

abraços